Questõesde PUC - Campinas sobre História do Brasil

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Foram encontradas 27 questões
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PUC - Campinas 2016 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil, História da América Latina, América Latina na segunda metade do século XX: revoluções, transformações e permanências

Alguns anos após a Revolução Cubana, o argumento do "perigo vermelho" foi usado, por parte da imprensa brasileira, para apoiar o Golpe de 1964. Entre as razões alegadas para a derrubada do governo de João Goulart, pode-se encontrar

 Considere o texto abaixo.


    A década de 1960 também representou um período de grande renovação no âmbito da literatura latino-americana. Foram os chamados anos do boom, quando uma safra de escritores ganhou projeção internacional, especialmente em virtude de obras que exploram o gênero do realismo mágico (...) A Revolução Cubana, sobretudo em seus primeiros tempos, irradiou ideais e conquistou simpatias (...)


(PRADO, Maria Ligia e PELLEGRINO, Gabriela. História da América Latina. São Paulo: Contexto, 2014, p. 192; 194) 

A
o resultado insatisfatório da aplicação das Reformas de Base, que haviam agravado as tensões no campo sem solucionar a precariedade econômica, e o radicalismo de líderes locais como Leonel Brizola, que poderiam ameaçar a estabilidade do país por meio de uma guerra civil.
B
a difusão de notícias sobre o nível alarmante de corrupção em toda a estrutura do governo, abalando a credibilidade do presidente, que sequer havia sido eleito uma vez que tomara posse como vice de Jânio Quadros, após a renúncia deste.
C
o endividamento externo, muito grande desde a construção de Brasília e intensificado após a adoção de uma política liberal para o desenvolvimento do interior do país, somada a medidas populistas como o aumento do salário mínimo em 100%.
D
a denúncia de desordem social, visível em manifestações como o Comício da Central do Brasil; a suposta proximidade desse governo com países socialistas e a possibilidade de uma insurreição popular descontrolada, considerando a crise econômica em curso.
E
a ingovernabilidade do país, uma vez que Goulart governava sob o regime parlamentarista, sem ter apoio da maioria do Congresso, e a ação de grupos de guerrilha urbana que, inspirados pela Revolução Cubana, pressionavam para a adoção do socialismo.
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PUC - Campinas 2016 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

No Estado Novo, a que o texto se refere, é correto afirmar que

Considere o texto abaixo.


     As Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos, são um paradigma do que se pode chamar literatura de testemunho: nem pura ficção, nem pura historiografia. O fundo histórico é o da ditadura Vargas, mas o testemunho vive e elabora-se numa zona de fronteira: ao percorrer essas memórias somos levados tanto a reconstituir a fisionomia e os gestos de alguns companheiros de prisão de Graciliano, entre os quais líderes comunistas, como a contemplar a metamorfose dessa matéria objetiva em uma prosa una e única − a palavra do narrador.


(Adaptado de: BOSI, Alfredo. Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 222.) 

A
foi de grande importância para a economia brasileira, pois provocou o crescimento do setor industrial e o ingresso maciço de capitais estrangeiros e evitou o deslocamento da força de trabalho do setor agrário para o setor industrial.
B
simbolizou o caminho escolhido pelas elites políticas, apoiadas no movimento socialista internacional, para enfrentarem a crise social, face à organização de parcelas da sociedade civil que reivindicavam os direitos de cidadania
C
interrompeu o processo de criação da moderna legislação social brasileira, inaugurado no início dos anos de 1930, devido à atuação controladora do Estado brasileiro sobre os movimentos sindicais e associação de trabalhadores nas cidades.
D
assegurou a hegemonia das classes dominantes, não apenas pelo incentivo econômico que o Estado prestava aos empresários, mas sobretudo pela cooptação das classes trabalhadoras através da legislação trabalhista.
E
estimulou o desenvolvimento econômico brasileiro por meio da abertura da economia ao capital estrangeiro, principalmente com a participação de investimentos de capital alemão na construção de siderurgias em Volta Redonda.
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PUC - Campinas 2016 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

O texto de Antonio Candido e José Aderaldo Castello faz referência à razão de ser do movimento abolicionista. Sobre este movimento é correto afirmar que

Considere o texto abaixo.


     Há no Romantismo nacional uma expressão evidente do culto da nacionalidade, o qual, tomado num sentido mais amplo, se manifesta também em lutas pela afirmação da liberdade política e determina a exaltação de valores e tradições. Esse sentimento é tomado também nos seus aspectos sociais, sob o apanágio dos direitos do homem livre, razão de ser do movimento abolicionista e matéria para o romance, para o teatro e para a poesia da época.


(Adaptado de: CANDIDO, Antonio e CASTELLO, José Aderaldo. Presença da Literatura Brasileira I. Das origens ao Romantismo. São Paulo: DIFE, 1974, p. 207-208)

A
se estruturou a partir dos centros urbanos e encontrou apoio no nordeste, onde o contingente de escravos estava declinando desde o século XVIII.
B
agravou, com o comércio interno de escravos, a situação econômica do norte/nordeste, mas resolveu o problema de mão de obra do sul.
C
alterou as formas de produção agrícola no norte e nordeste ao estimular o tráfico interno entre as províncias do sudeste durante o século XIX.
D
aproximou-se ideologicamente de movimentos de insurreição de escravos que aconteciam nas colônias europeias no norte da África e na Ásia.
E
provocou a diminuição de importação de escravos e reduziu o abastecimento de mão de obra escrava para o setor cafeeiro, durante o século XIX.
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PUC - Campinas 2016 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, História do Brasil

Considere a imagem abaixo.



Na imagem, Batalha naval do Riachuelo, óleo sobre tela,

de Vitor Meirelles, executado em fins do século XIX. 

                         











(In: AZEVEDO, Gislene e SERIACOPI, Reinaldo. História.

São Paulo: Ática, 2005,(série Brasil), p.348) 


Com base na observação da pintura e no conhecimento histórico, é correto afirmar que o autor da tela 

Considere o texto abaixo.


     Há no Romantismo nacional uma expressão evidente do culto da nacionalidade, o qual, tomado num sentido mais amplo, se manifesta também em lutas pela afirmação da liberdade política e determina a exaltação de valores e tradições. Esse sentimento é tomado também nos seus aspectos sociais, sob o apanágio dos direitos do homem livre, razão de ser do movimento abolicionista e matéria para o romance, para o teatro e para a poesia da época.


(Adaptado de: CANDIDO, Antonio e CASTELLO, José Aderaldo. Presença da Literatura Brasileira I. Das origens ao Romantismo. São Paulo: DIFE, 1974, p. 207-208)

A
optou pela construção de um ideal épico, liberal e humanitário da batalha e contrário à política externa de D. Pedro II de controlar a Região do Prata.
B
procurou enaltecer a capacidade produtiva da economia brasileira, exibindo um arsenal naval e bélico utilizado na batalha Naval de Riachuelo, em 1865.
C
optou pela construção de uma visão épica, heróica e romantizada da batalha e atendia ao projeto de afirmação da nacionalidade orquestrado por D. Pedro II.
D
retratou a cena de um episódio da Guerra do Paraguai e enfatizou o caráter devastador, desumano e cruel do conflito, travado em 22 de setembro de 1866.
E
retratou a saída dos soldados brasileiros do acampamento de Tuiuti, onde ocorreu uma das batalhas da Guerra do Paraguai e a execução dos feridos.
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PUC - Campinas 2016 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

A Revolta de Canudos, no sertão nordestino, apresentava, entre suas motivações,

Considere o texto abaixo.  

   Euclides fora um dos que deram à nossa história um “estilo”: uma forma de pensar e sentir o país (...) Não casualmente ele conferira lugar especial ao fenômeno da mestiçagem (...) Ele teria descoberto nossa “tendência” à fusão, nossa aptidão para a “domesticação da natureza” e para a religiosidade. A figura do sertanejo como “forte de espírito” por excelência era o símbolo de nossa originalidade completa.

(GOMES, Ângela de Castro. História e historiadores. A política cultural do Estado Novo. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1996. p. 195) 
A
a utopia de uma república alternativa, democrática, que substituísse o governo imperial, uma vez que este era responsabilizado pelo caos, pela miséria e pela desordem que grassavam no interior nordestino.
B
o messianismo, estimulado pelas precárias condições de vida causadas pela seca, pelo aval da Igreja Católica a manifestações dessa natureza e pela violência social premente no nordeste.
C
a profecia apocalíptica de que o fim do mundo estava bastante próximo e de que os moradores daquela comunidade, cujo líder pregava em defesa da monarquia, poderiam obter a salvação
D
o terror causado pelo banditismo social presente no Cangaço, movimento que visava eliminar as elites locais e vinha sendo alvo de extermínio por parte dos coronéis da região.
E
o imaginário cristão da terra prometida, uma vez que os sertanejos almejavam a reforma agrária, a formação de ligas camponesas e a garantia, pelo Estado, de assistência àquela população.
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PUC - Campinas 2016 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

A referência ao poeta latino Virgílio faz lembrar que

Considere o texto abaixo. 

      Finalmente, a bandeira. Tiradentes propôs que fosse adotado o triângulo representando a Santíssima Trindade, com alusão às cinco chagas de Cristo crucificado, presente nas armas portuguesas. Já Alvarenga propôs a imagem de um índio quebrando os grilhões do colonialismo, com a inscrição “Libertas quae sera tamen” (Liberdade, ainda que tardia), do poeta latino Virgílio, e que foi adotada e consagrada.

(MOTA, Carlos Guilherme e LOPEZ, Adriana. História do Brasil: uma interpretação. São Paulo, Ed. 34, 2015, 4. ed. p. 261) 
A
entre os nossos poetas românticos, os ideais clássicos ganharam novo alento.
B
Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga opuseram-se aos artifícios clássicos.
C
as lutas nacionalistas do século XIX deveram muito aos pensadores do Classicismo.
D
a religiosidade medieval incorporou-se às lutas libertárias do século XVIII.
E
nossos árcades e inconfidentes mostraram-se sensíveis aos valores da poesia clássica.
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PUC - Campinas 2016 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

A proposta formulada por Alvarenga, de se colocar na nova bandeira a imagem de um índio quebrando os grilhões do colonialismo ajuda a entender que

Considere o texto abaixo. 

      Finalmente, a bandeira. Tiradentes propôs que fosse adotado o triângulo representando a Santíssima Trindade, com alusão às cinco chagas de Cristo crucificado, presente nas armas portuguesas. Já Alvarenga propôs a imagem de um índio quebrando os grilhões do colonialismo, com a inscrição “Libertas quae sera tamen” (Liberdade, ainda que tardia), do poeta latino Virgílio, e que foi adotada e consagrada.

(MOTA, Carlos Guilherme e LOPEZ, Adriana. História do Brasil: uma interpretação. São Paulo, Ed. 34, 2015, 4. ed. p. 261) 
A
os românticos da última geração foram os mais ingênuos defensores do indianismo.
B
antes dos poetas árcades, artistas do barroco já propugnavam por ideais nativistas.
C
os inconfidentes alinhavam-se aos abolicionistas em duas frentes de libertação popular.
D
os escritores ilustrados, ainda no século XVIII, já se mostravam sensíveis aos valores nativistas.
E
antes mesmo dos sentimentos nativistas, ideais nacionalistas moviam os inconfidentes mineiros.
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PUC - Campinas 2010 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Disposto para promover a cultura erudita no país, D. Pedro II agia como verdadeiro mecenas. Segundo a historiadora Leila Moritz Schwarcz, por meio do financiamento direto, do incentivo ou do auxílio a poetas, músicos, pintores e cientistas, D. Pedro II fazia parte de um

Instruções: Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.


Banana, a fruta mais consumida e perigosa do mundo


(Adaptado de Sergio Augusto, O Estado de S. Paulo, 26/04/2008)

A
programa social no qual o desenvolvimento das artes pressupunha as pessoas se dedicarem a aprender as técnicas práticas na área artística.
B
movimento cultural europeu que via o mundo como lugar onde o ser humano deveria usufruir de benefícios e belezas de tudo o que o rodeia, inclusive do corpo.
C
grande projeto que implicava, além do fortalecimento da monarquia e do Estado, a própria unificação nacional, que também seria obrigatoriamente cultural.
D
conjunto de transformações sociais que, embora restritas às camadas ricas da população, promoveu uma verdadeira efervescência artística e cultural no Brasil.
E
grupo de intelectuais que se dedicavam, além de estudos para desenvolver o setor técnico e científico nacional, à criação de uma arte livre da influência lusa.
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PUC - Campinas 2010 - História - Guerra Fria e seus desdobramentos, História Geral, História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

No período da Guerra Fria, tensões e repercussões trágicas da II Grande Guerra marcaram a vida política, econômica e cultural de muitos países. No Brasil, sobretudo nos anos de 1950,

Instruções: Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.


Banana, a fruta mais consumida e perigosa do mundo


(Adaptado de Sergio Augusto, O Estado de S. Paulo, 26/04/2008)

A
uma consequência dessa atmosfera negativa foi um vazio de obras ou de movimentos literariamente significativos.
B
o amadurecimento de autores como Guimarães Rosa e João Cabral de Melo Neto trouxe novo fôlego para a literatura.
C
o fato de Drummond e Manuel Bandeira se empenharem em uma arte mais política revolucionou a lírica moderna.
D
certo marasmo cultural impediu que na literatura se destacassem obras de caráter vanguardístico.
E
a literatura ficou marcada pelo ressurgimento das teses modernistas de 22, sobretudo as de caráter nacionalista.
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PUC - Campinas 2010 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil, República de 1954 a 1964

O fim do governo Jango e o início do regime militar brasileiro foi marcado, dentre outros aspectos,

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     O decênio de 1960 foi primeiro turbulento e depois terrível. (...) Na fase inicial, período Goulart, houve um aumento de interesse pela cultura popular e um grande esforço para exprimir as aspirações e reivindicações do povo − no teatro, no cinema, na poesia, na educação. (...) Mas o timbre dos anos 60 e sobretudo 70 na literatura foram as contribuições de linha experimental e renovadora, refletindo de maneira crispada, na técnica e na concepção da narrativa, esses anos de vanguarda estética e amargura política.
(Antonio Candido. A educação pela noite e outros ensaios. S. Paulo: Ática, 1987. p. 208-209) 
A
pela insuficiente popularidade do presidente que, apesar de ter conclamado o povo a reagir ao golpe e a pegar em armas, caso fosse preciso, na ocasião do Comício da Central do Brasil, não obteve a adesão esperada.
B
pelo fracasso do Plano de Metas, que previa reformas em diversos setores econômicos e sociais, mas que não foi executado uma vez que a implementação do Parlamentarismo minou os poderes presidenciais.
C
pela deposição do presidente pelos executores da chamada “Revolução Democrática Brasileira”, que contou com apoio de significativos setores da sociedade, num contexto político marcado pela crise do Estado populista.
D
pela renúncia do presidente ao saber da articulação política que antecedeu o golpe militar, bem como pelo apoio norte-americano para garantir o êxito dessa ação, concretizado na chamada “Operação Brother Sam”.
E
pela eficácia da Rede da Legalidade, movimento ancorado na defesa da ordem constitucional e pelo combate ao comunismo, que contou com apoio da Igreja e dos principais veículos de comunicação, garantindo o apoio das massas aos militares.
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PUC - Campinas 2010 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

O mandonismo local comumente exercido pelos senhores de engenho, como sugere o texto é um traço do coronelismo, um dos mais característicos fenômenos sociais e políticos da República Velha. Sobre esse fenômeno pode-se afirmar que

I. o governo por meio de eleições fraudulentas, conhecidas na época por “eleições do cacete”, “fabricava” uma maioria parlamentar que lhe servia de base de apoio na aprovação de projetos de seu interesse e dos latifundiários.
II. sua forma mais genuína foi fruto do entrelaçamento de modernas instituições, como o voto universal e a autonomia estadual, com as arcaicas estruturas da grande propriedade rural e seus interesses particularistas.
III. o regime republicano inaugurou no país uma política fundamentada no predomínio político dos cafeicultores paulistas no governo federal, aliado às oligarquias dominantes na política em âmbito estadual e local.
IV. a consolidação do domínio municipal do interior pelos dirigentes políticos era assegurada pelas alianças políticas com candidatos governistas nas eleições estaduais e federais, nas quais toda sua “clientela” era forçada a votar.

É correto o que se afirma SOMENTE em

Para responder à questão, considere o texto abaixo.


    − É o que lhe digo, seu Laurentino. Você mora na vila. Soube valorizar o seu ofício. A minha desgraça foi esta história de bagaceira. É verdade que senhor de engenho nunca me botou canga. Vivo nesta casa como se fosse dono. Ninguém dá valor a oficial de beira de estrada. Se estivesse em Itabaiana, estava rico. Não é lastimar, não. Ninguém manda no mestre José Amaro. Aqui moro para mais de trinta anos.

(José Lins do Rego. Fogo morto. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1956. p. 32) 

A
I e II.
B
I e III.
C
II e III.
D
II e IV.
E
III e IV.
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PUC - Campinas 2010 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

Dentre os objetivos da Inconfidência mineira, pode-se destacar

Para responder à questão, considere o poema abaixo.


Vila Rica, Vila Rica,

Cofre de muita riqueza:

Ouro de lei no cascalho,

Diamantes à flor do chão.

Num golpe só de bateia,

Nosso bem ou perdição.


(...)


Vila Rica, Vila Rica,

Forja de muito covarde:

Só o corpo mutilado

De um bravo e simples alferes

Te salva e te justifica

Vila Rica vil e rica.


(José Paulo Paes, Poesia completa. S. Paulo: Companhia das Letras, 2008. p. 91-92) 

A
o fim da dominação portuguesa, a abolição da escravidão e a expulsão dos jesuítas a fim de que o novo governo constituísse um Estado moderno, laico e republicano.
B
a independência do Brasil, a formação de um governo ilustrado, a abertura comercial, a implantação de indústrias e a promoção de amplas campanhas de alfabetização para modernizar o país.
C
a organização de uma revolta popular contra a cobrança abusiva de impostos pelos portugueses e a implementação gradual de um regime democrático a fim de garantir a soberania nacional e a igualdade social.
D
a liberdade de produção e comércio, a emancipação de Minas Gerais, a doação de terras às famílias mais pobres e a condenação moral da escravidão.
E
a separação de parte da colônia em relação a Portugal, a implantação de reformas que garantissem a cidadania a todos os habitantes, bem como a participação popular na exploração e comercialização dos minérios.
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PUC - Campinas 2015 - História - História do Brasil, República de 1954 a 1964

A inauguração de Brasília, símbolo da modernização empreendida durante o período de governo de JK, foi acompanhada de uma série de impactos imediatos, dentre os quais podemos citar

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      A década de 1950 foi marcada pelo anseio de modernização do país, cujos reflexos se fazem sentir também no plano da cultura. É de se notar o amadurecimento da poesia de João Cabral, poeta que se rebelou contra o que considerava nosso sentimentalismo, nosso “tradicional lirismo lusitano”, bem como o surgimento de novas tendências experimentalistas, observáveis na linguagem renovadora de Ferreira Gullar e na radicalização dos poetas do Concretismo. As linhas geométricas da arquitetura de Brasília e o apego ao construtivismo que marca a criação poética parecem, de fato, tendências próximas e interligadas.

                                                                                             (MOUTINHO, Felipe, inédito) 

A
a mudança da capital federal, medida que causou muita polêmica pois o projeto havia sido inusitado na história do Brasil, e os funcionários federais recusavam-se a mudar para o centro-oeste.
B
o fim do isolamento econômico do centro-oeste, por meio da inauguração de uma extensa rede viária e de um grande parque industrial nas imediações da capital.
C
a migração de pequenos agricultores do sul do país para Goiás e Mato Grosso, estimulados por incentivos estatais para o plantio da soja e a agropecuária voltada à exportação.
D
a transformação da localidade em fundamental polo turístico nacional, em função da curiosidade estrangeira em conhecer a primeira cidade planejada da América Latina.
E
o crescimento de cidades satélites muito além da proporção imaginada por Lucio Costa em seus primeiros planejamentos, em função da grande população de trabalhadores atraída à região.
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PUC - Campinas 2015 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

O termo populista é atribuído por parte da historiografia brasileira a líderes como Getúlio Vargas, uma vez que era parte de sua estratégia de governo, o

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      Com base numa ideia central de Lucien Goldmann, o crítico e historiador Alfredo Bosi propõe, para a moderna ficção brasileira, enquadramentos como estes:

I. romances de tensão mínima: as personagens não se destacam visceralmente da estrutura social e da paisagem que as condicionam. Exemplos, as histórias populistas de Jorge Amado.

II. romances de tensão crítica: o herói opõe-se e resiste agonicamente às pressões da natureza e da exploração social. Exemplos, os romances de Graciliano Ramos.

III. romances de tensão transfigurada: o herói procura ultrapassar o conflito que o constitui existencialmente pela transmutação mítica ou metafísica da realidade: Exemplos, Guimarães Rosa e Clarice Lispector.

                         (Apud História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1970) 

A
trabalhismo, que pressupunha a garantia de benefícios aos trabalhadores concomitante ao cerceamento da livre organização e intenso controle de sindicatos.
B
paternalismo, por meio de políticas assistencialistas para diminuir a pobreza e amplas reformas no campo, colocando em cheque o apoio da burguesia ao presidente.
C
nacionalismo, cujo resultado foi a plena identificação, pelo povo, de sua imagem à da nação e a inexistência de qualquer oposição.
D
queremismo, mediante o qual Vargas, por meio do culto à personalidade, estreitou laços com as camadas mais pobres da sociedade e instituiu o Estado Novo.
E
peleguismo, que consistia na criação de grandes centrais sindicais que atendiam a todos os interesses dos trabalhadores mas promoviam compra de votos e troca de favores.
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PUC - Campinas 2015 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

Sobre a dissolução do regime político brasileiro, a que o texto de Antonio Cândido se refere, é correto afirmar:

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      No fim de 1944 estávamos em regime de ditadura no Brasil, como todos sabem. Uma ditadura que já se ia dissolvendo, porque o ditador de então começara a acertar o passo com as chamadas Potências do Eixo; mas quando os Estados Unidos entraram na guerra e pressionaram no mesmo sentido os seus dependentes, ele não só passou para o outro lado, como teve de concordar que o país interviesse efetivamente na luta, como aliás pedia a opinião pública, às vezes em manifestações de massa que foram as primeiras a quebrar a rotina disciplinada de tranquilidade aparente nas grandes cidades.

            (CÂNDIDO, Antonio. Teresina etc. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980, p. 107-108) 

A
A oposição da nascente burguesia industrial da região Sudeste às leis trabalhistas formuladas pelo Ministro do Trabalho e a agitação da Força Pública contribuíram para a desestabilização do regime autoritário no Estado Novo.
B
As repercussões da Segunda Guerra Mundial se entrelaçaram à crise política interna, formando uma complexa rede de contradições que resultou na criação de uma conjuntura favorável ao desmantelamento do Estado Novo.
C
A acirrada disputa entre a esquerda, representada pela Aliança Nacional Libertadora, e a direita radical e fascista da Ação Integralista Brasileira criou as condições necessárias para a derrocada da ditadura varguista.
D
A extrema instabilidade política, marcada por tentativas de golpes e contragolpes de caráter nacionalista, desestabilizou a estrutura do Estado e levou à decadência do governo totalitário implantado por Getúlio Vargas.
E
As contestações ao regime autoritário, expressas pelo descontentamento de parcelas significativas da sociedade brasileira, incentivaram rebeliões populares que levaram à queda do Estado Novo.
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PUC - Campinas 2015 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Considere os itens baixo.

I. O desenvolvimento da cafeicultura exigiu o surgimento de uma série de atividades complementares, tais como ferrovias, bancos, empresas de seguro, de navegação fluvial etc.

II. A imigração contribuiu para o incremento da urbanização, a ampliação do mercado interno, além de proporcionar mão de obra especializada.

III. A Primeira Guerra Mundial, ao dificultar as importações, estimulou a produção interna de artigos manufaturados.

Os fenômenos a que os itens se referem

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      Contraditoriamente, foi o patrocínio da fração mais europeizada da aristocracia rural de São Paulo, aberta às influências internacionais, que permitiu o florescimento das inovações estéticas. O café pesou mais do que as indústrias. Os velhos troncos paulistas, ameaçados em face da burguesia e da imigração, se juntaram aos artistas numa grande “orgia intelectual”, conforme a definição de Mário de Andrade. Segundo ele, “foi da proteção desses salões literários [promovidos pela aristocracia rural] que se alastrou pelo Brasil o espírito destruidor do movimento modernista.

(MARQUES, Ivan. Cenas de um modernismo de província. São Paulo: Editora 34, 2011, p. 11)

A
foram causados pela elevação das taxas alfandegárias sobre as importações, para proteger a indústria brasileira, a partir do século XX.
B
contribuíram para a acumulação primitiva e o desenvolvimento da indústria de base, responsável pela criação da tecnologia nacional.
C
resultaram de uma política econômica, que, por meio de incentivos fiscais, favoreceu a criação de um polo industrial no Sudeste.
D
provocaram o crescimento do setor industrial e o ingresso maciço de capitais estrangeiros, a partir da queda da oligarquia cafeeira.
E
incentivaram o desenvolvimento industrial e a diversificação da economia brasileira, a partir da primeira década do século XX.
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PUC - Campinas 2015 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Violências sociais abundaram no período regencial, momento em que eclodiram rebeliões populares que foram duramente reprimidas, caso da

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      O universo ficcional de Machado de Assis é povoado pelos tipos sociais que se mesclavam na sociedade fluminense do século XIX: proprietários, rentistas, comerciantes, homens pobres mas livres e escravos. Cruzam seus interesses e medem-se em seus poderes ou em sua falta de poder. É essa a configuração das personagens das obras-primas Memórias póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro. A tragédia do negro escravizado está exposta em contos violentos, e o capricho dos senhores proprietários dá o tom a narradores como Brás Cubas e Bento Santiago, o Bentinho, que contam suas histórias de modo a apresentar com ar de naturalidade a prática das violências pessoais ou sociais mais profundas.

                                                                                           (TÁVOLA, Bernardim da, inédito) 

A
Guerra de Canudos, que implicou a resistência armada, na Bahia, de milhares de famílias em torno do líder religioso Antonio Conselheiro, resultando em grande massacre.
B
Farroupilha, conflito iniciado no Rio Grande do Sul, que durou cerca de dez anos e foi motivado pela revolta contra a política de impostos vigente e por anseios separatistas de parte da elite.
C
Sabinada, originada no Maranhão, em regiões paupérrimas de cultivo de algodão e protagonizada por trabalhadores livres e escravos, que contaram com apoio de parte da elite local.
D
Guerra dos Palmares, conflito desencadeado pela repressão aos quilombolas liderados por Zumbi dos Palmares, com apoio de pequenos agricultores da região de Alagoas.
E
Revolta da Chibata, que mobilizou um grande contingente de escravos revoltados contra os maus tratos e a prática das chicotadas em praça pública, na cidade do Rio de Janeiro.
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PUC - Campinas 2015 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

A tragédia do negro escravizado, no Brasil, deixou marcas profundas na sociedade brasileira. Durante a primeira República a maioria absoluta da população negra continuou excluída da vida política, tendo colaborado para essa exclusão o fato de que

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      O universo ficcional de Machado de Assis é povoado pelos tipos sociais que se mesclavam na sociedade fluminense do século XIX: proprietários, rentistas, comerciantes, homens pobres mas livres e escravos. Cruzam seus interesses e medem-se em seus poderes ou em sua falta de poder. É essa a configuração das personagens das obras-primas Memórias póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro. A tragédia do negro escravizado está exposta em contos violentos, e o capricho dos senhores proprietários dá o tom a narradores como Brás Cubas e Bento Santiago, o Bentinho, que contam suas histórias de modo a apresentar com ar de naturalidade a prática das violências pessoais ou sociais mais profundas.

                                                                                           (TÁVOLA, Bernardim da, inédito) 

A
a legislação republicana oficializou medidas segregacionistas em nível nacional.
B
a população negra livre não era contemplada pelo sistema clientelista.
C
os negros optaram por permanecer no campo, não se inserindo nas cidades.
D
os analfabetos, mendigos e soldados não podiam votar.
E
as organizações políticas ou culturais que agregassem negros eram proibidas.
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PUC - Campinas 2015 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

É correto afirmar que, no século a que o texto de Afrânio Coutinho se refere, a mineração, ao atuar como polo de atração econômica,

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Também no Brasil o século XVIII é momento da maior importância, fase de transição e preparação para a Independência. Demarcada, povoada, defendida, dilatada a terra, o século vai lhe dar prosperidade econômica, organização política e administrativa, ambiente para a vida cultural, terreno fecundo para a semente da liberdade. (...) A literatura produzida nos fins do século XVIII reflete, de modo geral, esse espírito, podendo-se apontar a obra de Tomás Antônio Gonzaga como a sua expressão máxima.

(COUTINHO, Afrânio. Introdução à Literatura no Brasil. Rio de Janeiro: EDLE, 1972, 7. Ed. p. 127 e p. 138) 

A
foi responsável pela entrada no país de uma grande quantidade de produtos sofisticados que incentivou a criação de uma estrutura para o desenvolvimento da indústria nacional.
B
reforçou os laços de dependência e monopólio do sistema colonial ao garantir aos comerciantes portugueses o comércio de importação e exportação e impedir a concorrência nacional.
C
promoveu a descentralização administrativa colonial para facilitar o controle da produção pela metrópole e fez surgir o movimento de interiorização conhecido como bandeirismo de contrato.
D
iniciou o processo de integração das várias regiões até então dispersas e desarticuladas e fez surgir um fenômeno antes desconhecido na colônia: a formação de um mercado interno.
E
alterou qualitativamente o sistema social pois, ao estimular a entrada de imigrantes, promoveu a transformação dos antigos senhores de terras e minas em capitães de indústria brasileira.
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PUC - Campinas 2015 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Considere o manifesto abaixo.

Manifesto dos Baianos, agosto de 1798

(...) considerando os muitos e repetidos latrocínios feitos com os títulos de imposturas, tributos e direitos que são cobrados por ordem da Rainha de Lisboa (...) e no que respeita à inutilidade da escravidão do mesmo Povo tão sagrado e digno de ser livre, com respeito à liberdade e qualidade ordena, manda e quer que para o futuro seja feita nesta cidade e seu termo a sua revolução para que seja exterminado para sempre o péssimo jugo da Europa.

(In: KOSHIBA, Luiz e PEREIRA, Denise M. F. História do Brasil, no contexto da história ocidental. São Paulo: Atual, 2003, p.157)

Com base no manifesto pode-se afirmar que, para os conjurados baianos,

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Também no Brasil o século XVIII é momento da maior importância, fase de transição e preparação para a Independência. Demarcada, povoada, defendida, dilatada a terra, o século vai lhe dar prosperidade econômica, organização política e administrativa, ambiente para a vida cultural, terreno fecundo para a semente da liberdade. (...) A literatura produzida nos fins do século XVIII reflete, de modo geral, esse espírito, podendo-se apontar a obra de Tomás Antônio Gonzaga como a sua expressão máxima.

(COUTINHO, Afrânio. Introdução à Literatura no Brasil. Rio de Janeiro: EDLE, 1972, 7. Ed. p. 127 e p. 138) 

A
os movimentos de rebeldia favoreciam a divulgação das ideias liberais europeias e denunciavam a exploração metropolitana das riquezas da colônia.
B
o rompimento com a metrópole não significava apenas a autonomia política, mas também a manutenção da estrutura econômica tradicional no país.
C
a independência não era apenas a ruptura dos laços coloniais, mas também a alteração da ordem social, a começar pela abolição da escravatura.
D
a rebelião não era apenas uma manifestação contra a metrópole, mas também uma forma de demonstrar o amadurecimento da consciência colonial.
E
autonomia política era a melhor maneira de eliminar as desigualdades sociais e construir uma nação baseada nos princípios do socialismo utópico.