Dentre os objetivos da Inconfidência mineira, pode-se destacar
Para responder à questão,
considere o poema abaixo.
Vila Rica, Vila Rica,
Cofre de muita riqueza:
Ouro de lei no cascalho,
Diamantes à flor do chão.
Num golpe só de bateia,
Nosso bem ou perdição.
(...)
Vila Rica, Vila Rica,
Forja de muito covarde:
Só o corpo mutilado
De um bravo e simples alferes
Te salva e te justifica
Vila Rica vil e rica.
(José Paulo Paes, Poesia completa. S. Paulo: Companhia das
Letras, 2008. p. 91-92)
Para responder à questão, considere o poema abaixo.
Vila Rica, Vila Rica,
Cofre de muita riqueza:
Ouro de lei no cascalho,
Diamantes à flor do chão.
Num golpe só de bateia,
Nosso bem ou perdição.
(...)
Vila Rica, Vila Rica,
Forja de muito covarde:
Só o corpo mutilado
De um bravo e simples alferes
Te salva e te justifica
Vila Rica vil e rica.
(José Paulo Paes, Poesia completa. S. Paulo: Companhia das Letras, 2008. p. 91-92)
Gabarito comentado
Alternativa correta: E
Tema central: a Inconfidência Mineira (1789) e seus objetivos políticos: tentativa de separação de parte da colônia, reivindicações econômicas e projeto político dos conspiradores.
Resumo teórico: a Inconfidência foi um movimento liderado por elites mineiras (militares, clérigos e proprietários) reagindo à alta tributação — especialmente a derrama — e às restrições do sistema colonial. Os inconfidentes aspiravam à autonomia de Minas,modelos republicanos e liberais inspirados pelo Iluminismo e pelos exemplos atlânticos (Revolução Americana, Revolução Francesa). Não se tratou de uma revolta popular ampla nem de um programa social igualitário: era projeto de elite para controlar riqueza e comércio regional. (Ver: Boris Fausto, História Concisa do Brasil; Emília Viotti da Costa, análises sobre interiorização das ideias iluministas.)
Por que a alternativa E é correta: ela aponta para a separação de parte da colônia (objetivo separatista/autônomo), a intenção de implantar reformas políticas e administrativas e a busca de controle local sobre a exploração dos minérios — aspectos centrais no plano conspirativo. Esses pontos sintetizam o caráter separatista e reformista (embora elitista) do movimento.
Análise das alternativas incorretas:
A: incorreta — associa abolição da escravidão e expulsão dos jesuítas aos objetivos; esses não integravam o programa dos inconfidentes. A expulsão dos jesuítas ocorreu antes (1759) por política pombalina.
B: incorreta — lista propostas muito modernas (alfabetização em massa, industrialização ampla) que não constavam no projeto dos líderes de 1789, cujo foco era autonomia fiscal e política.
C: incorreta — apresenta a Inconfidência como revolta popular por impostos e projeto democrático igualitário; na prática foi conspiração de elites, sem mobilização popular nem garantia de igualdade social.
D: incorreta — fala em doação de terras às famílias pobres e condenação moral da escravidão; medidas sociais redistributivas não faziam parte do programa inconfidente, que aceitava a ordem escravista.
Dica de prova: busque termos-chave no enunciado (separação, autonomia, controle dos minérios, caráter elitista). Desconfie de alternativas que projetam intenções democráticas ou sociais amplas em movimentos de elite do século XVIII.
Fontes sugeridas: Boris Fausto, História Concisa do Brasil; Emília Viotti da Costa, obras sobre o período colonial; documentos sobre a Inconfidência (memórias e cartas dos envolvidos).
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