Questõessobre Conceitos Filosóficos
“Somos como navegantes em mar aberto que têm de reconstruir seu navio, mas nunca podem recomeçar
desde o princípio. Quando uma viga é retirada, uma nova tem de ser imediatamente recolocada em seu lugar
e, para tanto, o restante do navio é usado de apoio. Desse modo, com vigas velhas e troncos flutuantes, o
navio pode ser completamente refeito, mas apenas por reconstrução gradual.” (Otto Neurath, Empirismo e
sociologia)
A imagem do navio de Neurath ilustra o antifundacionalismo do autor. Embora o pensamento antifundacional
seja bastante diverso e diferentes ideias sejam articuladas por seus defensores, esses, de modo geral, ...
“Somos como navegantes em mar aberto que têm de reconstruir seu navio, mas nunca podem recomeçar desde o princípio. Quando uma viga é retirada, uma nova tem de ser imediatamente recolocada em seu lugar e, para tanto, o restante do navio é usado de apoio. Desse modo, com vigas velhas e troncos flutuantes, o navio pode ser completamente refeito, mas apenas por reconstrução gradual.” (Otto Neurath, Empirismo e sociologia)
A imagem do navio de Neurath ilustra o antifundacionalismo do autor. Embora o pensamento antifundacional seja bastante diverso e diferentes ideias sejam articuladas por seus defensores, esses, de modo geral, ...
Na obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant apresenta uma formulação do imperativo
categórico: “Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei
universal”. (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
p. 129)
Em relação ao pensamento de Kant, é CORRETO afirmar.
Na obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant apresenta uma formulação do imperativo categórico: “Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal”. (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 129)
Em relação ao pensamento de Kant, é CORRETO afirmar.
Texto 1: “Por princípio da utilidade entende-se aquele princípio que aprova ou desaprova qualquer ação,
segundo a tendência que tem a aumentar ou a diminuir a felicidade da pessoa cujo interesse está em jogo,
ou, o que é a mesma coisa em outros termos, segundo a tendência de promover ou comprometer a referida
felicidade. Digo qualquer ação, com o que tenciono dizer que isto vale não somente para qualquer ação de
um indivíduo particular, mas também de qualquer ato ou medida de governo. [...] A comunidade constitui
um corpo fictício, composto de pessoas individuais que se consideram como constituindo os seus membros.
Qual é, nesse caso, o interesse da comunidade? A soma dos interesses dos diversos membros que integram
a referida comunidade”. (BENTHAM, Jeremy. Uma introdução aos princípios da moral e da legislação.
São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 10)
Texto 2: “Para compreendermos o valor que Mill atribui à democracia, é necessário observar com mais
atenção a sua concepção de sociedade e indivíduo [...]. O governo democrático é melhor porque nele
encontramos as condições que favorecem o desenvolvimento das capacidades de cada cidadão”.
(WEFFORT, F. (org.). Os clássicos da política 2. 3 ed. São Paulo: Ática, 1991. p. 197-98).
Sobre o utilitarismo e o pensamento de Bentham e Stuart Mill, é INCORRETO afirmar.
Texto 1: “Por princípio da utilidade entende-se aquele princípio que aprova ou desaprova qualquer ação, segundo a tendência que tem a aumentar ou a diminuir a felicidade da pessoa cujo interesse está em jogo, ou, o que é a mesma coisa em outros termos, segundo a tendência de promover ou comprometer a referida felicidade. Digo qualquer ação, com o que tenciono dizer que isto vale não somente para qualquer ação de um indivíduo particular, mas também de qualquer ato ou medida de governo. [...] A comunidade constitui um corpo fictício, composto de pessoas individuais que se consideram como constituindo os seus membros. Qual é, nesse caso, o interesse da comunidade? A soma dos interesses dos diversos membros que integram a referida comunidade”. (BENTHAM, Jeremy. Uma introdução aos princípios da moral e da legislação. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 10)
Texto 2: “Para compreendermos o valor que Mill atribui à democracia, é necessário observar com mais atenção a sua concepção de sociedade e indivíduo [...]. O governo democrático é melhor porque nele encontramos as condições que favorecem o desenvolvimento das capacidades de cada cidadão”. (WEFFORT, F. (org.). Os clássicos da política 2. 3 ed. São Paulo: Ática, 1991. p. 197-98).
Sobre o utilitarismo e o pensamento de Bentham e Stuart Mill, é INCORRETO afirmar.
Leia o texto a seguir.
Na Primeira Secção da Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant analisa dois conceitos fundamentais de sua teoria moral: o conceito de vontade boa e o de imperativo categórico. Esses dois conceitos
traduzem as duas condições básicas do dever: o seu aspecto objetivo, a lei moral, e o seu aspecto subjetivo,
o acatamento da lei pela subjetividade livre, como condição necessária e suficiente da ação.
(DUTRA, D. V. Kant e Habermas: a reformulação discursiva da moral kantiana. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002. p. 29.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria moral kantiana, é correto afirmar:
Para que possa ser qualificada do ponto de vista moral, uma ação deve ter como condição necessária e suficiente
uma vontade condicionada por interesses e inclinações sensíveis.
O existencialismo foi um movimento filosófico do século XX.
Martin Heidegger, Jean-Paul Sartre, Maurice Merleau-Ponty
escreveram e publicaram livros sobre o existencialismo. Embora houvesse diferenças entre pensamentos e pensadores
existencialistas, um princípio filosófico lhes era comum, segundo o qual
Leia o texto e as assertivas abaixo.
René Descartes (1596 – 1650) é considerado por muitos “o pai da filosofia moderna”, pois em obras como O discurso
sobre o método e Meditações metafísicas colocou em xeque conhecimentos considerados indubitáveis. Em especial,
suas reflexões o levam a questionar o valor epistemológico dos conhecimentos do senso comum, dos argumentos de
autoridade e do testemunho dos sentidos.
I - Descartes foi um dos filósofos da Era Moderna que valorizou o papel do método no avanço do conhecimento.
II - Descartes colocou em dúvida o valor das informações que se obtêm por meio da experiência sensível.
III - As teorias de Descartes seguiram o modelo aristotélico de investigação dos fenômenos naturais.
Assinale a alternativa correta
Leia o texto e as assertivas abaixo.
René Descartes (1596 – 1650) é considerado por muitos “o pai da filosofia moderna”, pois em obras como O discurso sobre o método e Meditações metafísicas colocou em xeque conhecimentos considerados indubitáveis. Em especial, suas reflexões o levam a questionar o valor epistemológico dos conhecimentos do senso comum, dos argumentos de autoridade e do testemunho dos sentidos.
I - Descartes foi um dos filósofos da Era Moderna que valorizou o papel do método no avanço do conhecimento.
II - Descartes colocou em dúvida o valor das informações que se obtêm por meio da experiência sensível.
III - As teorias de Descartes seguiram o modelo aristotélico de investigação dos fenômenos naturais.
Assinale a alternativa correta
Qual o postulado básico da fenomenologia?
Friedrich Nietzsche (1844 – 1900) opõe à moral tradicional, herdeira do pensamento socrático-platônico e da religião
judaica-cristã, a transvaloração de todos os valores. Conforme Aranha e Arruda (2000): “Ao fazer a crítica da moral
tradicional, Nietzsche preconiza a ‘transvaloração de todos os valores’. Denuncia a falsa moral, ‘decadente’, ‘de rebanho’,
‘de escravos’, cujos valores seriam a bondade, a humildade, a piedade e o amor ao próximo”. Desta forma, opõe a moral
do escravo à moral do senhor, a nova moral.
(ARANHA, M. L. de A. e MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2000, p. 286.)
Assinale a alternativa que contenha a descrição da “moral do senhor” para Nietzsche.
O filósofo alemão Immanuel Kant formulou, na Crítica da Razão Pura, uma divisão do conhecimento e
acesso da razão aos fenômenos. Fenômenos não são coisas; eles nomeiam aquilo que podemos conhecer das
coisas, através das formas da sensibilidade (Espaço e Tempo) e das categorias do entendimento (tais como
Substância, Relação, Necessidade etc.). Assim, Kant afirma que o conhecimento humano é finito (limitado
por suas formas e categorias). Como poderia haver, então, algum conhecimento universalmente válido? Ele
afirma que tal conhecimento se formula num “juízo sintético a priori”. Juízos são afirmações; o adjetivo
“sintéticos” significa que essas afirmações reúnem conceitos diferentes; “a priori”, por sua vez, indica aquilo
que é obtido sem acesso à experiência dos fenômenos, antes deles e para que os fenômenos possam ser
reunidos em um conhecimento que tenha unidade e sentido.
Com base nisso, indique a alternativa CORRETA.
TEXTO I
Considero apropriado deter-me algum tempo na
contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar
totalmente à vontade seus maravilhosos atributos,
considerar, admirar e adorar a incomparável beleza
dessa imensa luz.
DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
TEXTO II
Qual será a forma mais razoável de entender como é
o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que
o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa?
Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas”
uma questão de fé.
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
Os textos abordam um questionamento da construção
da modernidade que defende um modelo
TEXTO I
Considero apropriado deter-me algum tempo na contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar totalmente à vontade seus maravilhosos atributos, considerar, admirar e adorar a incomparável beleza dessa imensa luz.
DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
TEXTO II
Qual será a forma mais razoável de entender como é o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa? Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas” uma questão de fé.
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
Os textos abordam um questionamento da construção da modernidade que defende um modelo
Dizem que Humboldt, naturalista do século XIX,
maravilhado pela geografia, flora e fauna da
região sul-americana, via seus habitantes como se
fossem mendigos sentados sobre um saco de ouro,
referindo-se a suas incomensuráveis riquezas naturais
não exploradas. De alguma maneira, o cientista ratificou
nosso papel de exportadores de natureza no que seria
o mundo depois da colonização ibérica: enxergou-nos
como territórios condenados a aproveitar os recursos
naturais existentes.
ACOSTA, A. Bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos.
São Paulo: Elefante, 2016 (adaptado).
A relação entre ser humano e natureza ressaltada
no texto refletia a permanência da seguinte corrente
filosófica:
Dizem que Humboldt, naturalista do século XIX, maravilhado pela geografia, flora e fauna da região sul-americana, via seus habitantes como se fossem mendigos sentados sobre um saco de ouro, referindo-se a suas incomensuráveis riquezas naturais não exploradas. De alguma maneira, o cientista ratificou nosso papel de exportadores de natureza no que seria o mundo depois da colonização ibérica: enxergou-nos como territórios condenados a aproveitar os recursos naturais existentes.
ACOSTA, A. Bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Elefante, 2016 (adaptado).
A relação entre ser humano e natureza ressaltada no texto refletia a permanência da seguinte corrente filosófica:
À hegemonia do sujeito corresponde o que se
convencionou denominar em Descartes de primado da
representação. Podemos dizer, em princípio, que
representação é todo e qualquer conteúdo presente na
mente. Para uma teoria realista do conhecimento, como
era por exemplo aquela que predominava na época de
Descartes, a representação é apenas o reflexo de objetos
particulares ou então a transfiguração abstrata da
ordenação do mundo material. Nessa perspectiva, tudo
aquilo que o espírito representa já foi alguma vez objeto
da percepção, pois nada poderia estar presente na mente
sem que tivesse estado antes nos sentidos. Assim, a
questão do conhecimento consistiria em explicar o trajeto
das coisas à mente por intermédio da sensibilidade e a
transformação do particular e divisível em essência
universal e indivisível, presente no intelecto.
SILVA, F.L e. Descartes: a metafísica da modernidade. São
Paulo: Ed. Moderna, 1993.
René Descartes (1596-1650) é considerado o filósofo que
inaugura o pensamento moderno. O que caracteriza a
noção cartesiana de conhecimento é a:
À hegemonia do sujeito corresponde o que se convencionou denominar em Descartes de primado da representação. Podemos dizer, em princípio, que representação é todo e qualquer conteúdo presente na mente. Para uma teoria realista do conhecimento, como era por exemplo aquela que predominava na época de Descartes, a representação é apenas o reflexo de objetos particulares ou então a transfiguração abstrata da ordenação do mundo material. Nessa perspectiva, tudo aquilo que o espírito representa já foi alguma vez objeto da percepção, pois nada poderia estar presente na mente sem que tivesse estado antes nos sentidos. Assim, a questão do conhecimento consistiria em explicar o trajeto das coisas à mente por intermédio da sensibilidade e a transformação do particular e divisível em essência universal e indivisível, presente no intelecto.
SILVA, F.L e. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Ed. Moderna, 1993.
René Descartes (1596-1650) é considerado o filósofo que inaugura o pensamento moderno. O que caracteriza a noção cartesiana de conhecimento é a:
Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias,
por mais complexos e sublimes que sejam, sempre
descobrimos que se resolvem em ideias simples que
são cópias de uma sensação ou sentimento anterior.
Mesmo as ideias que, à primeira vista, parecem mais
afastadas dessa origem mostram, a um exame mais
atento, ser derivadas dela.
HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
Depreende-se deste excerto da obra de Hume que o
conhecimento tem a sua gênese na
Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos e sublimes que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em ideias simples que são cópias de uma sensação ou sentimento anterior. Mesmo as ideias que, à primeira vista, parecem mais afastadas dessa origem mostram, a um exame mais atento, ser derivadas dela.
HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
Depreende-se deste excerto da obra de Hume que o conhecimento tem a sua gênese na
Jamais deixou de haver sangue, martírio e sacrifício,
quando o homem sentiu a necessidade de criar em si
uma memória; os mais horrendos sacrifícios e penhores,
as mais repugnantes mutilações (as castrações, por
exemplo), os mais cruéis rituais, tudo isto tem origem
naquele instinto que divisou na dor o mais poderoso
auxiliar da memória.
NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.
O fragmento evoca uma reflexão sobre a condição
humana e a elaboração de um mecanismo distintivo
entre homens e animais, marcado pelo(a)
Jamais deixou de haver sangue, martírio e sacrifício, quando o homem sentiu a necessidade de criar em si uma memória; os mais horrendos sacrifícios e penhores, as mais repugnantes mutilações (as castrações, por exemplo), os mais cruéis rituais, tudo isto tem origem naquele instinto que divisou na dor o mais poderoso auxiliar da memória.
NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.
O fragmento evoca uma reflexão sobre a condição humana e a elaboração de um mecanismo distintivo entre homens e animais, marcado pelo(a)
Demócrito julga que a natureza das coisas eternas
são pequenas substâncias infinitas, em grande número.
E julga que as substâncias são tão pequenas que fogem
às nossas percepções. E lhes são inerentes formas de
toda espécie, figuras de toda espécie e diferenças em
grandeza. Destas, então, engendram-se e combinam-se
todos os volumes visíveis e perceptíveis.
SIMPLÍCIO. Do Céu (DK 68 a 37). In: Os pré-socráticos. São Paulo:
Nova Cultural, 1996 (adaptado).
A Demócrito atribui-se a origem do conceito de
Demócrito julga que a natureza das coisas eternas são pequenas substâncias infinitas, em grande número. E julga que as substâncias são tão pequenas que fogem às nossas percepções. E lhes são inerentes formas de toda espécie, figuras de toda espécie e diferenças em grandeza. Destas, então, engendram-se e combinam-se todos os volumes visíveis e perceptíveis. SIMPLÍCIO. Do Céu (DK 68 a 37). In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1996 (adaptado).
A Demócrito atribui-se a origem do conceito de
Não é verdade que estão ainda cheios de velhice espiritual aqueles que nos dizem: “Que fazia Deus antes de criar
o céu e a terra? Se estava ocioso e nada realizava”, dizem eles, “por que não ficou sempre assim no decurso dos
séculos, abstendo-se, como antes, de toda ação? Se existiu em Deus um novo movimento, uma vontade nova para
dar o ser a criaturas que nunca antes criara, como pode haver verdadeira eternidade, se n'Ele aparece uma vontade
que antes não existia?”
AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Abril Cultural, 1984.
A questão da eternidade, tal como abordada pelo autor, é um exemplo da reflexão filosófica sobre a(s)
Não é verdade que estão ainda cheios de velhice espiritual aqueles que nos dizem: “Que fazia Deus antes de criar o céu e a terra? Se estava ocioso e nada realizava”, dizem eles, “por que não ficou sempre assim no decurso dos séculos, abstendo-se, como antes, de toda ação? Se existiu em Deus um novo movimento, uma vontade nova para dar o ser a criaturas que nunca antes criara, como pode haver verdadeira eternidade, se n'Ele aparece uma vontade que antes não existia?”
AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Abril Cultural, 1984.
A questão da eternidade, tal como abordada pelo autor, é um exemplo da reflexão filosófica sobre a(s)
O filósofo reconhece-se pela posse inseparável
do gosto da evidência e do sentido da ambiguidade.
Quando se limita a suportar a ambiguidade, esta se
chama equívoco. Sempre aconteceu que, mesmo aqueles
que pretenderam construir uma filosofia absolutamente
positiva, só conseguiram ser filósofos na medida em que,
simultaneamente, se recusaram o direito de se instalar no
saber absoluto. O que caracteriza o filósofo é o movimento
que leva incessantemente do saber à ignorância, da
ignorância ao saber, e um certo repouso neste movimento.
MERLEAU-PONTY, M. Elogio dafilosofia.
Lisboa: Guimarães, 1998 (adaptado).
O texto apresenta um entendimento acerca dos elementos
constitutivos da atividade do filósofo, que se caracteriza por
O filósofo reconhece-se pela posse inseparável do gosto da evidência e do sentido da ambiguidade. Quando se limita a suportar a ambiguidade, esta se chama equívoco. Sempre aconteceu que, mesmo aqueles que pretenderam construir uma filosofia absolutamente positiva, só conseguiram ser filósofos na medida em que, simultaneamente, se recusaram o direito de se instalar no saber absoluto. O que caracteriza o filósofo é o movimento que leva incessantemente do saber à ignorância, da ignorância ao saber, e um certo repouso neste movimento.
MERLEAU-PONTY, M. Elogio dafilosofia. Lisboa: Guimarães, 1998 (adaptado).
O texto apresenta um entendimento acerca dos elementos constitutivos da atividade do filósofo, que se caracteriza por
A estética corresponde ao ramo da filosofia que se ocupa das manifestações artísticas, buscando apontar, por
exemplo, os diferentes critérios e modos como em diferentes momentos ou culturas se percebe e classifica algo como
belo, sublime ou agradável. Trata-se, assim, de uma forma de conhecimento que não nega a razão, ao certo, mas que
coloca em relevo a forma como ela se relaciona com a imaginação e com a sensibilidade.
A partir do exposto acima, é correto afirmar:
A estética corresponde ao ramo da filosofia que se ocupa das manifestações artísticas, buscando apontar, por exemplo, os diferentes critérios e modos como em diferentes momentos ou culturas se percebe e classifica algo como belo, sublime ou agradável. Trata-se, assim, de uma forma de conhecimento que não nega a razão, ao certo, mas que coloca em relevo a forma como ela se relaciona com a imaginação e com a sensibilidade.
A partir do exposto acima, é correto afirmar:
Mas, logo em seguida, adverti que enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que
pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as mais
extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de abalar, julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulo, como o
primeiro princípio da Filosofia que procurava.
(DESCARTES. Discurso do método. Col. Os Pensadores. Trad. J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1991, p. 46.)
O texto citado corresponde a uma das passagens mais marcantes da filosofia de Descartes, um filósofo considerado
por muitos intérpretes como o pai do racionalismo. Com base no texto e na ideia geral de racionalismo, é correto
afirmar:
Mas, logo em seguida, adverti que enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de abalar, julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da Filosofia que procurava.
(DESCARTES. Discurso do método. Col. Os Pensadores. Trad. J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1991, p. 46.)
O texto citado corresponde a uma das passagens mais marcantes da filosofia de Descartes, um filósofo considerado por muitos intérpretes como o pai do racionalismo. Com base no texto e na ideia geral de racionalismo, é correto afirmar: