Questõessobre Conceitos Filosóficos

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UENP 2016 - Filosofia - Conceitos Filosóficos

Leia o texto a seguir.

Descartes queria aplicar o “método matemático” à reflexão filosófica. Ele queria provar as verdades filosóficas mais ou menos como se prova um princípio da Matemática, empregando para tanto a mesma ferramenta que usamos no trabalho com números: a razão. A razão é a única coisa capaz de nos levar a um conhecimento seguro.
(GAARDER, J. O mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.255-256.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre Descartes, assinale a alternativa correta.

A
A existência de um Deus – um ser perfeito – é algo absurdo de ser pensado pela razão.
B
A realidade material e a realidade espiritual são idênticas, pois são uma e a mesma coisa.
C
Mesmo que seja necessário duvidar de tudo, pode-se e deve-se confiar nos sentidos.
D
O mundo físico é mais real do que o Eu pensante, uma vez que esse último pode enganar.
E
Para se chegar a um conhecimento seguro sobre as coisas, o ponto de partida é duvidar de tudo.
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UNIOESTE 2016 - Filosofia - Conceitos Filosóficos

“Somos como navegantes em mar aberto que têm de reconstruir seu navio, mas nunca podem recomeçar desde o princípio. Quando uma viga é retirada, uma nova tem de ser imediatamente recolocada em seu lugar e, para tanto, o restante do navio é usado de apoio. Desse modo, com vigas velhas e troncos flutuantes, o navio pode ser completamente refeito, mas apenas por reconstrução gradual.” (Otto Neurath, Empirismo e sociologia)


A imagem do navio de Neurath ilustra o antifundacionalismo do autor. Embora o pensamento antifundacional seja bastante diverso e diferentes ideias sejam articuladas por seus defensores, esses, de modo geral, ...

A
...assumem que as descrições científicas do mundo são o ponto de partida de todo o filosofar.
B
...pressupõem uma certeza sólida e inabalável, capaz de servir de fundamento permanente do saber.
C
...alegam que, sem fundamentos últimos, todas as opiniões são igualmente merecedoras de crença.
D
...consideram que a justificação de uma crença particular depende de outras crenças que assumimos.
E
... mantêm a esperança de encontrar um método universal para justificar definitivamente o conhecimento.
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UNIOESTE 2016 - Filosofia - Conceitos Filosóficos

Na obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant apresenta uma formulação do imperativo categórico: “Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal”. (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 129)


Em relação ao pensamento de Kant, é CORRETO afirmar.

A
O propósito do imperativo categórico é o de permitir que o indivíduo decida suas ações sem que tenha que se preocupar com os demais.
B
O imperativo categórico tem por objetivo desfazer o conflito entre a providência divina, relacionada à cidade de Deus, e o espaço terreno.
C
O imperativo categórico vincula a conduta moral a uma norma universal.
D
Para Kant, não é possível que o indivíduo constitua um fim em si mesmo. Por isso mesmo, ele precisa espelhar-se na ação dos demais para a sua ação.
E
O imperativo categórico corresponde à condição do estado de natureza, que é anterior à instituição do Estado civil.
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UNIOESTE 2016 - Filosofia - Conceitos Filosóficos

Texto 1: “Por princípio da utilidade entende-se aquele princípio que aprova ou desaprova qualquer ação, segundo a tendência que tem a aumentar ou a diminuir a felicidade da pessoa cujo interesse está em jogo, ou, o que é a mesma coisa em outros termos, segundo a tendência de promover ou comprometer a referida felicidade. Digo qualquer ação, com o que tenciono dizer que isto vale não somente para qualquer ação de um indivíduo particular, mas também de qualquer ato ou medida de governo. [...] A comunidade constitui um corpo fictício, composto de pessoas individuais que se consideram como constituindo os seus membros. Qual é, nesse caso, o interesse da comunidade? A soma dos interesses dos diversos membros que integram a referida comunidade”. (BENTHAM, Jeremy. Uma introdução aos princípios da moral e da legislação. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 10)

Texto 2: “Para compreendermos o valor que Mill atribui à democracia, é necessário observar com mais atenção a sua concepção de sociedade e indivíduo [...]. O governo democrático é melhor porque nele encontramos as condições que favorecem o desenvolvimento das capacidades de cada cidadão”. (WEFFORT, F. (org.). Os clássicos da política 2. 3 ed. São Paulo: Ática, 1991. p. 197-98).


Sobre o utilitarismo e o pensamento de Bentham e Stuart Mill, é INCORRETO afirmar.

A
Para o utilitarismo clássico, o principal critério para a moralidade é o princípio da utilidade, que defende como morais as ações que promovem a felicidade e o bem-estar para o maior número de pessoas envolvidas.
B
Para os utilitaristas Bentham e Stuart Mill, uma ação é considerada moralmente correta se promove a felicidade e o bem-estar para o indivíduo, não importando suas consequências em relação ao conjunto da sociedade.
C
Utilitaristas como Bentham defendem que o papel do legislador é o de produzir leis que sejam do interesse dos indivíduos que constituem uma comunidade e que resultem na maior felicidade para o maior número deles.
D
O pensamento de Stuart Mill propõe mudanças importantes à agenda política, na medida em que reconhece que a participação política não pode ser tomada como privilégio de poucos. O Estado deverá, portanto, adotar mecanismos que garantam a institucionalização da participação mais ampliada dos cidadãos.
E
Enquanto Bentham defendia a democracia representativa como sendo uma forma de impedir que os governos imponham seus interesses aos do povo, Stuart Mill defende tal forma de governo como a melhor forma para se controlar os governantes e ao mesmo tempo aumentar a riqueza total da sociedade.
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UEL 2010 - Filosofia - Conceitos Filosóficos

Leia o texto a seguir.

Na Primeira Secção da Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant analisa dois conceitos fundamentais de sua teoria moral: o conceito de vontade boa e o de imperativo categórico. Esses dois conceitos traduzem as duas condições básicas do dever: o seu aspecto objetivo, a lei moral, e o seu aspecto subjetivo, o acatamento da lei pela subjetividade livre, como condição necessária e suficiente da ação.
(DUTRA, D. V. Kant e Habermas: a reformulação discursiva da moral kantiana. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002. p. 29.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria moral kantiana, é correto afirmar:

A
A vontade boa, enquanto condição do dever, consiste em respeitar a lei moral, tendo como motivo da ação a simples conformidade à lei.
B
O imperativo categórico incorre na contingência de um querer arbitrário cuja intencionalidade determina subjetivamente o valor moral da ação.
C

Para que possa ser qualificada do ponto de vista moral, uma ação deve ter como condição necessária e suficiente uma vontade condicionada por interesses e inclinações sensíveis.

D
A razão é capaz de guiar a vontade como meio para a satisfação de todas as necessidades e assim realizar seu verdadeiro destino prático: a felicidade.
E
A razão, quando se torna livre das condições subjetivas que a coagem, é, em si, necessariamente conforme a vontade e somente por ela suficientemente determinada.
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UEA 2012 - Filosofia - Conceitos Filosóficos

O existencialismo foi um movimento filosófico do século XX. Martin Heidegger, Jean-Paul Sartre, Maurice Merleau-Ponty escreveram e publicaram livros sobre o existencialismo. Embora houvesse diferenças entre pensamentos e pensadores existencialistas, um princípio filosófico lhes era comum, segundo o qual

A
o homem está no topo da vida animada, depois de ter passado por um longo processo de transformação e de evolução.
B
o homem alcança a sabedoria quando adquire o conhecimento das leis que regem a sua existência.
C
o prazer é o bem mais soberano do homem; os prazeres naturais e necessários à existência devem ser favorecidos.
D
a existência precede a essência; o homem é o que ele faz de si mesmo por meio de seus atos.
E
o homem existe porque pensa; ele é, desde o início de sua existência, um ser caracterizado pela racionalidade.
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UFU-MG 2011 - Filosofia - Conceitos Filosóficos

Leia o texto e as assertivas abaixo.


René Descartes (1596 – 1650) é considerado por muitos “o pai da filosofia moderna”, pois em obras como O discurso sobre o método e Meditações metafísicas colocou em xeque conhecimentos considerados indubitáveis. Em especial, suas reflexões o levam a questionar o valor epistemológico dos conhecimentos do senso comum, dos argumentos de autoridade e do testemunho dos sentidos.


I - Descartes foi um dos filósofos da Era Moderna que valorizou o papel do método no avanço do conhecimento.

II - Descartes colocou em dúvida o valor das informações que se obtêm por meio da experiência sensível.

III - As teorias de Descartes seguiram o modelo aristotélico de investigação dos fenômenos naturais.


Assinale a alternativa correta

A
I e III são verdadeiras.
B
II e III são verdadeiras.
C
I e II são verdadeiras.
D
I e III são falsas.
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UNICENTRO 2010 - Filosofia - Conceitos Filosóficos

Qual o postulado básico da fenomenologia?

A
A fenomenologia afirma que o conhecimento não passa de uma interpretação da realidade, isto é, de uma atribuição de sentidos determinada por uma escala ontológica de valores, constituindo-se, portanto, numa metafísica dos costumes.
B
Em nome da verdade subjetiva, a fenomenologia recusa o projeto da filosofia moderna, recusando o pensamento analítico. Seu postulado básico afirma que o real deixa de ser racional.
C
A fenomenologia procede por decomposição, enumeração e categorização dos objetos, fragmentando-os. Seu postulado básico é estabelecer a dicotomia entre razão e experiência.
D
A fenomenologia pretende realizar a superação da dicotomia razão-experiência no processo do conhecimento, afirmando que toda consciência é intencional, ou seja, o objeto só existe para um sujeito que lhe dá significado.
E
O postulado básico da fenomenologia é a metafísica fenomenológica, isto é, voltada para o reconhecimento do ser-em si dos fenômenos, portanto, vinculada a uma noção de ser abstrata e a uma consciência transcendental.
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UFU-MG 2010, UFU-MG 2010, UFU-MG 2010 - Filosofia - Conceitos Filosóficos

Friedrich Nietzsche (1844 – 1900) opõe à moral tradicional, herdeira do pensamento socrático-platônico e da religião judaica-cristã, a transvaloração de todos os valores. Conforme Aranha e Arruda (2000): “Ao fazer a crítica da moral tradicional, Nietzsche preconiza a ‘transvaloração de todos os valores’. Denuncia a falsa moral, ‘decadente’, ‘de rebanho’, ‘de escravos’, cujos valores seriam a bondade, a humildade, a piedade e o amor ao próximo”. Desta forma, opõe a moral do escravo à moral do senhor, a nova moral.


(ARANHA, M. L. de A. e MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2000, p. 286.)



Assinale a alternativa que contenha a descrição da “moral do senhor” para Nietzsche.

A
É caracterizada pelo ódio aos instintos; negação da alegria.
B
É negativa, baseada na negação dos instintos vitais.
C
É transcendental; seus valores estão no além-mundo.
D
É positiva, baseada no sim à vida.
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UNIOESTE 2017 - Filosofia - Conceitos Filosóficos, A Razão e seus Sentidos

O filósofo alemão Immanuel Kant formulou, na Crítica da Razão Pura, uma divisão do conhecimento e acesso da razão aos fenômenos. Fenômenos não são coisas; eles nomeiam aquilo que podemos conhecer das coisas, através das formas da sensibilidade (Espaço e Tempo) e das categorias do entendimento (tais como Substância, Relação, Necessidade etc.). Assim, Kant afirma que o conhecimento humano é finito (limitado por suas formas e categorias). Como poderia haver, então, algum conhecimento universalmente válido? Ele afirma que tal conhecimento se formula num “juízo sintético a priori”. Juízos são afirmações; o adjetivo “sintéticos” significa que essas afirmações reúnem conceitos diferentes; “a priori”, por sua vez, indica aquilo que é obtido sem acesso à experiência dos fenômenos, antes deles e para que os fenômenos possam ser reunidos em um conhecimento que tenha unidade e sentido.

Com base nisso, indique a alternativa CORRETA.

A
Para Kant, o conhecimento humano é diretamente dado pela experiência das coisas, acessíveis pelos sentidos (visão, audição, etc.).
B
Juízos sintéticos a priori são afirmações de conhecimento cuja natureza é particular e que se altera caso a caso.
C
Se a Metafísica é o conhecimento da essência das coisas elas mesmas, Kant é, na Crítica da Razão Pura, um defensor da Metafísica, e não um defensor da finitude do conhecimento.
D
Para Kant, Espaço e Tempo são categorias do entendimento mediante as quais conhecemos os fenômenos.
E
Juízos sintéticos a priori permitem organizar o conhecimento, dando a ele validade universal e unicidade.
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ENEM 2019 - Filosofia - Conceitos Filosóficos, Razão: Inata ou Adquirida?

TEXTO I

Considero apropriado deter-me algum tempo na contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar totalmente à vontade seus maravilhosos atributos, considerar, admirar e adorar a incomparável beleza dessa imensa luz.

DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980.


TEXTO II

Qual será a forma mais razoável de entender como é o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa? Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas” uma questão de fé.

RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.


Os textos abordam um questionamento da construção da modernidade que defende um modelo

A
centrado na razão humana.
B
baseado na explicação mitológica.
C
fundamentado na ordenação imanentista.
D
focado na legitimação contratualista.
E
configurado na percepção etnocêntrica.
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ENEM 2019 - Filosofia - Conceitos Filosóficos, Ontologia e a Natureza do ser

Dizem que Humboldt, naturalista do século XIX, maravilhado pela geografia, flora e fauna da região sul-americana, via seus habitantes como se fossem mendigos sentados sobre um saco de ouro, referindo-se a suas incomensuráveis riquezas naturais não exploradas. De alguma maneira, o cientista ratificou nosso papel de exportadores de natureza no que seria o mundo depois da colonização ibérica: enxergou-nos como territórios condenados a aproveitar os recursos naturais existentes.

ACOSTA, A. Bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Elefante, 2016 (adaptado).


A relação entre ser humano e natureza ressaltada no texto refletia a permanência da seguinte corrente filosófica:

A
Relativismo cognitivo.
B
Materialismo dialético.
C
Racionalismo cartesiano.
D
Pluralismo epistemológico.
E
Existencialismo fenomenológico.
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UNESPAR 2018 - Filosofia - Conceitos Filosóficos

À hegemonia do sujeito corresponde o que se convencionou denominar em Descartes de primado da representação. Podemos dizer, em princípio, que representação é todo e qualquer conteúdo presente na mente. Para uma teoria realista do conhecimento, como era por exemplo aquela que predominava na época de Descartes, a representação é apenas o reflexo de objetos particulares ou então a transfiguração abstrata da ordenação do mundo material. Nessa perspectiva, tudo aquilo que o espírito representa já foi alguma vez objeto da percepção, pois nada poderia estar presente na mente sem que tivesse estado antes nos sentidos. Assim, a questão do conhecimento consistiria em explicar o trajeto das coisas à mente por intermédio da sensibilidade e a transformação do particular e divisível em essência universal e indivisível, presente no intelecto.

SILVA, F.L e. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Ed. Moderna, 1993.


René Descartes (1596-1650) é considerado o filósofo que inaugura o pensamento moderno. O que caracteriza a noção cartesiana de conhecimento é a:

A
Correção do intelecto por meio da sensibilidade;
B
Ordenação dos objetos particulares na mente;
C
Transformação do sujeito em representação;
D
Concepção de verdade como totalidade de particulares;
E
Noção de verdade universal concebida no intelecto.
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ENEM 2018 - Filosofia - Conceitos Filosóficos, Linguagem e Pensamento, A Razão e seus Sentidos, A Consciência e os Limites do Conhecimento, O Sujeito Moderno

Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos e sublimes que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em ideias simples que são cópias de uma sensação ou sentimento anterior. Mesmo as ideias que, à primeira vista, parecem mais afastadas dessa origem mostram, a um exame mais atento, ser derivadas dela.

HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973.


Depreende-se deste excerto da obra de Hume que o conhecimento tem a sua gênese na

A
convicção inata.
B
dimensão apriorística.
C
elaboração do intelecto.
D
percepção dos sentidos.
E
realidade trascendental.
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ENEM 2018 - Filosofia - Ética e Liberdade, Conceitos Filosóficos, A Razão e seus Sentidos, A Consciência e os Limites do Conhecimento, Em Busca da Verdade, O Sujeito Moderno, Razão: Inata ou Adquirida?

Jamais deixou de haver sangue, martírio e sacrifício, quando o homem sentiu a necessidade de criar em si uma memória; os mais horrendos sacrifícios e penhores, as mais repugnantes mutilações (as castrações, por exemplo), os mais cruéis rituais, tudo isto tem origem naquele instinto que divisou na dor o mais poderoso auxiliar da memória.

NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.


O fragmento evoca uma reflexão sobre a condição humana e a elaboração de um mecanismo distintivo entre homens e animais, marcado pelo(a)

A
racionalidade científica.
B
determinismo biológico.
C
degradação da natureza.
D
domínio da contingência.
E
consciência da existência.
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ENEM 2018 - Filosofia - Lógica: Nascimento e seus Elementos, Conceitos Filosóficos, Em Busca da Verdade

Demócrito julga que a natureza das coisas eternas são pequenas substâncias infinitas, em grande número. E julga que as substâncias são tão pequenas que fogem às nossas percepções. E lhes são inerentes formas de toda espécie, figuras de toda espécie e diferenças em grandeza. Destas, então, engendram-se e combinam-se todos os volumes visíveis e perceptíveis. SIMPLÍCIO. Do Céu (DK 68 a 37). In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1996 (adaptado).


A Demócrito atribui-se a origem do conceito de

A
porção mínima da matéria, o átomo.
B
princípio móvel do universo, a arché.
C
qualidade única dos seres, a essência.
D
quantidade variante da massa, o corpus.
E
substrato constitutivo dos elementos, a physis.
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ENEM 2018 - Filosofia - Conceitos Filosóficos, Ontologia e a Natureza do ser

Não é verdade que estão ainda cheios de velhice espiritual aqueles que nos dizem: “Que fazia Deus antes de criar o céu e a terra? Se estava ocioso e nada realizava”, dizem eles, “por que não ficou sempre assim no decurso dos séculos, abstendo-se, como antes, de toda ação? Se existiu em Deus um novo movimento, uma vontade nova para dar o ser a criaturas que nunca antes criara, como pode haver verdadeira eternidade, se n'Ele aparece uma vontade que antes não existia?”

AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Abril Cultural, 1984.


A questão da eternidade, tal como abordada pelo autor, é um exemplo da reflexão filosófica sobre a(s)

A
essência da ética cristã.
B
natureza universal da tradição.
C
certezas inabaláveis da experiência.
D
abrangência da compreensão humana.
E
interpretações da realidade circundante.
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ENEM 2018 - Filosofia - Conceitos Filosóficos, A Razão e seus Sentidos

O filósofo reconhece-se pela posse inseparável do gosto da evidência e do sentido da ambiguidade. Quando se limita a suportar a ambiguidade, esta se chama equívoco. Sempre aconteceu que, mesmo aqueles que pretenderam construir uma filosofia absolutamente positiva, só conseguiram ser filósofos na medida em que, simultaneamente, se recusaram o direito de se instalar no saber absoluto. O que caracteriza o filósofo é o movimento que leva incessantemente do saber à ignorância, da ignorância ao saber, e um certo repouso neste movimento.

MERLEAU-PONTY, M. Elogio dafilosofia. Lisboa: Guimarães, 1998 (adaptado).


O texto apresenta um entendimento acerca dos elementos constitutivos da atividade do filósofo, que se caracteriza por

A
reunir os antagonismos das opiniões ao método dialético.
B
ajustar a clareza do conhecimento ao inatismo das ideias.
C
associar a certeza do intelecto à imutabilidade da verdade.
D
conciliar o rigor da investigação à inquietude do questionamento.
E
compatibilizar as estruturas do pensamento aos princípios fundamentais.
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UFPR 2018 - Filosofia - Conceitos Filosóficos, Filosofia da Cultura

A estética corresponde ao ramo da filosofia que se ocupa das manifestações artísticas, buscando apontar, por exemplo, os diferentes critérios e modos como em diferentes momentos ou culturas se percebe e classifica algo como belo, sublime ou agradável. Trata-se, assim, de uma forma de conhecimento que não nega a razão, ao certo, mas que coloca em relevo a forma como ela se relaciona com a imaginação e com a sensibilidade.


A partir do exposto acima, é correto afirmar:

A
Juntamente com a razão, a imaginação e a sensibilidade são fatores indispensáveis para a nossa apreensão do mundo e das coisas.
B
A estética é o campo da filosofia que se ocupa da relação entre o pensamento e a religião.
C
Na estética, a razão predomina sobre a sensibilidade e a imaginação.
D
O sublime e o agradável devem ser apreendidos de forma objetiva pelo raciocínio lógico.
E
Na estética não há lugar para a razão, visto que ela se baseia na sensibilidade e na imaginação.
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UFPR 2018 - Filosofia - Conceitos Filosóficos, A Razão e seus Sentidos

Mas, logo em seguida, adverti que enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de abalar, julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da Filosofia que procurava.

(DESCARTES. Discurso do método. Col. Os Pensadores. Trad. J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1991, p. 46.)


O texto citado corresponde a uma das passagens mais marcantes da filosofia de Descartes, um filósofo considerado por muitos intérpretes como o pai do racionalismo. Com base no texto e na ideia geral de racionalismo, é correto afirmar:

A
O racionalismo tem como garantia de verdade a experiência.
B
Descartes é um filósofo empirista, visto que faz experiências de pensamento.
C
Descartes inaugura um tipo de busca pela verdade que se ampara no exercício.
D
A expressão “penso, logo existo” é uma das suposições dos céticos sobre o conhecimento.
E
Descartes não buscava um princípio seguro, pois duvidava de todas as coisas.