Na obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant apresenta uma formulação do imperativo
categórico: “Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei
universal”. (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
p. 129)
Em relação ao pensamento de Kant, é CORRETO afirmar.
Na obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant apresenta uma formulação do imperativo categórico: “Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal”. (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 129)
Em relação ao pensamento de Kant, é CORRETO afirmar.
Gabarito comentado
Gabarito: Alternativa C
Tema central: o enunciado trata do imperativo categórico de Kant — regra fundamental da ética deontológica que vincula a ação moral a uma norma universalizável.
Resumo teórico: Para Kant, a moralidade não depende de consequências ou desejos (imperativos hipotéticos), mas de uma lei prática que a razão pura pratica autonomamente. A fórmula “Age apenas segundo uma máxima que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal” é o teste da universalizabilidade: uma máxima é moralmente válida se puder ser coerentemente desejada como norma universal por todos os agentes racionais. Também relevante é a segunda formulação: tratar a humanidade sempre como fim e nunca apenas como meio (Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant, 1785).
Justificativa da alternativa correta (C): A alternativa afirma que “O imperativo categórico vincula a conduta moral a uma norma universal.” Isso é precisamente o núcleo da formulação kantiana: a razão impõe uma norma válida para todos os agentes racionais — ou seja, uma conduta só é moral se a máxima que a guia puder ser desejada como lei universal. Logo, C está correta.
Análise das alternativas incorretas:
A — Incorreta. O imperativo categórico não exime o agente de considerar os demais; ao contrário, exige que se conceba a ação como norma universal válida para todos, o que pressupõe respeito recíproco e responsabilidade universal.
B — Incorreta. Kant fundamenta a moral na razão prática autônoma, não em providência divina; sua ética não visa reconciliar “cidade de Deus” e espaço terreno — essa é uma leitura teológica estranha à sua obra moral.
D — Incorreta. Kant defende que o indivíduo deve ser tratado como fim em si mesmo (segunda fórmula). Não há recomendação para “espelhar-se” na ação dos outros; a autoridade moral vem da razão autônoma.
E — Incorreta. O imperativo categórico não descreve um estado de natureza anterior ao Estado civil; trata-se de uma lei moral racional, independente de contratos sociais ou de origens políticas.
Estratégias para a prova: ao ler alternativas, busque palavras-chave (universal, autonomia, consequência, divindade, estado de natureza). Separe imperativos hipotéticos (baseados em fins contingentes) de categóricos (obrigatórios independentemente de fins). Use exemplos simples (ex.: promessa falsa — se universalizada, a prática destrói a própria possibilidade de promessas) para testar a coerência da máxima.
Fonte básica: Immanuel Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes (1785).
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