Questão 4a54492f-0a
Prova:
Disciplina:
Assunto:
TEXTO I
Considero apropriado deter-me algum tempo na
contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar
totalmente à vontade seus maravilhosos atributos,
considerar, admirar e adorar a incomparável beleza
dessa imensa luz.
DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
TEXTO II
Qual será a forma mais razoável de entender como é
o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que
o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa?
Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas”
uma questão de fé.
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
Os textos abordam um questionamento da construção
da modernidade que defende um modelo
TEXTO I
Considero apropriado deter-me algum tempo na contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar totalmente à vontade seus maravilhosos atributos, considerar, admirar e adorar a incomparável beleza dessa imensa luz.
DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
TEXTO II
Qual será a forma mais razoável de entender como é o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa? Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas” uma questão de fé.
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
Os textos abordam um questionamento da construção da modernidade que defende um modelo
A
centrado na razão humana.
B
baseado na explicação mitológica.
C
fundamentado na ordenação imanentista.
D
focado na legitimação contratualista.
E
configurado na percepção etnocêntrica.
Gabarito comentado
Athos VieiraHistoriador, Mestre em Ciência Política pelo IESP/UERJ e Doutorando em Ciência Política pelo IESP/UERJ
René Descartes formulou o "método cartesiano" fundamentado na dúvida epistemológica, ou seja, na dúvida como fundamento do pensamento e que exige, portanto, um escrutínio maior e detalhado dos problemas para livrar-se de explicações meramente tradicionais ou mitológicas. Apesar disso, Descartes não negou a existência de Deus, ao contrário, a provou considerando que se alguma perfeição no mundo pode existir, ela seria Deus.
No segundo trecho, o autor põe no centro a razoabilidade, a "boa razão" para questionar a própria crença no Deus capaz de tudo criar, questionamentos somente possíveis a partir da modernidade. O questionamento apresentado defende um modelo centrado na razão humana.
A resposta é letra A.
A explicação mitológica é justamente a que se baseia em ações divinas como explicações para os fenômenos do mundo.
A ordenação imanentista se refere à imanência dos seres ou fenômenos, ou seja, daquilo que faz parte da natureza de algum ser ou fenômeno.
A legitimação contratualista se refere aos pensamentos políticos de um grupo de filósofos que argumentavam que a sociedade e a forma como os poderes se instituíram e existiam se deviam a um contrato social entre governantes e governados.
No segundo trecho, o autor põe no centro a razoabilidade, a "boa razão" para questionar a própria crença no Deus capaz de tudo criar, questionamentos somente possíveis a partir da modernidade. O questionamento apresentado defende um modelo centrado na razão humana.
A resposta é letra A.
A explicação mitológica é justamente a que se baseia em ações divinas como explicações para os fenômenos do mundo.
A ordenação imanentista se refere à imanência dos seres ou fenômenos, ou seja, daquilo que faz parte da natureza de algum ser ou fenômeno.
A legitimação contratualista se refere aos pensamentos políticos de um grupo de filósofos que argumentavam que a sociedade e a forma como os poderes se instituíram e existiam se deviam a um contrato social entre governantes e governados.