Questõessobre A Política

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UFU-MG 2016 - Filosofia - Os Contratualistas (Hobbes, Locke e Rousseau), A Política

Leia o enunciado abaixo:
[...] esforçar-me-ei por mostrar de que maneira os homens podem vir a ter uma propriedade em diversas partes daquilo que Deus deu em comum à humanidade, e isso sem nenhum pacto expresso por parte de todos os membros da comunidade.
LOCKE, J. Dois tratados sobre o governo. Tradução de Julio Fisher. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p. 406.– grifo do autor.

Assinale a alternativa que apresenta o fundamento natural da propriedade privada segundo Locke. 

A
A propriedade privada surgiu com o pacto de consentimento em que alguns abdicam da posse do que é comum, dando-o como bem de um indivíduo pelo seu mérito.
B
A propriedade privada é antes de tudo uma dadiva divina que alguns obtêm e outros não, por isso não resulta do trabalho do indivíduo e sim da bondade de Deus.
C
O fundamento da propriedade privada é o poder estatal que, em última instância, é o verdadeiro proprietário, e que no uso de seu poder redistribui o bem público.
D
O fundamento da propriedade privada consiste essencialmente na propriedade de si mesmo; cada pessoa tem como direito inalienável a propriedade de si mesma.
cf238e96-29
UNESP 2016 - Filosofia - A Política

Os ídolos e noções falsas que ora ocupam o intelecto humano e nele se acham implantados não somente o obstruem a ponto de ser difícil o acesso da verdade, como, mesmo depois de superados, poderão ressurgir como obstáculo à própria instauração das ciências, a não ser que os homens, já precavidos contra eles, se cuidem o mais que possam. O homem se inclina a ter por verdade o que prefere. Em vista disso, rejeita as dificuldades, levado pela impaciência da investigação; rejeita os princípios da natureza, em favor da superstição; rejeita a luz da experiência, em favor da arrogância e do orgulho, evitando parecer se ocupar de coisas vis e efêmeras; rejeita paradoxos, por respeito a opiniões vulgares. Enfim, inúmeras são as fórmulas pelas quais o sentimento, quase sempre imperceptivelmente, se insinua e afeta o intelecto.

(Francis Bacon. Novum Organum [publicado originalmente em 1620], 1999. Adaptado.)

Na história da filosofia ocidental, o texto de Bacon preconiza

A
um pensamento científico racional afastado de paixões e preconceitos.
B
uma crítica à hegemonia do paradigma cartesiano no âmbito científico.
C
a defesa do inatismo das ideias contra os pressupostos da filosofia empirista.
D
a valorização romântica de aspectos sentimentais e intuitivos do pensamento.
E
uma crítica de caráter ético voltada contra a frieza do trabalho científico.
69128a48-19
UNICAMP 2015 - Filosofia - Maquiavel e O Príncipe, A Política

Quanto seja louvável a um príncipe manter a fé, aparentar virtudes e viver com integridade, não com astúcia, todos o compreendem; contudo, observa-se, pela experiência, em nossos tempos, que houve príncipes que fizeram grandes coisas, mas em pouca conta tiveram a palavra dada, e souberam, pela astúcia, transtornar a cabeça dos homens, superando, enfim, os que foram leais (...). Um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de existir.

(Nicolau Maquiavel, O Príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 1997, p. 73-85.)

A partir desse excerto da obra, publicada em 1513, é correto afirmar que:

A
O jogo das aparências e a lógica da força são algumas das principais artimanhas da política moderna explicitadas por Maquiavel.
B
A prudência, para ser vista como uma virtude, não depende dos resultados, mas de estar de acordo com os princípios da fé.
C
Os princípios e não os resultados é que definem o julgamento que as pessoas fazem do governante, por isso é louvável a integridade do príncipe.
D
A questão da manutenção do poder é o principal desafio ao príncipe e, por isso, ele não precisa cumprir a palavra dada, desde que autorizado pela Igreja.
c1ec291d-9a
PUC-GO 2015 - Filosofia - A Política

O Texto 6 relata uma situação polêmica sobre o beijo na boca entre dois homens. Sobre o beijo, até onde se tem notícia, o primeiro beijo entre pessoas do mesmo sexo na história do cinema foi no ano de 1927, no filme Wings (Asas). Os astros Buddy Rogers e Richard Arlen interpretam dois pilotos de combate que disputam a afeição de uma mesma mulher (Clara Bow). Essa é a trama do filme. Nenhum dos dois “mostra tanto amor por ela... como demonstra um pelo outro.” O beijo foi bastante tímido. No ano de 2014, uma cena se destacou nas novelas da Globo. O beijo gay entre Felix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso) que foi ao ar no último capítulo da novela Amor à vida. Na verdade, a quebra de determinados preconceitos ou mudança de comportamento geralmente ocorre porque a sociedade constituída de homens está em constante mudança. Há os que defendem a quebra de paradigmas e lutam por sua liberdade e autonomia. Dentre as correntes filosóficas citadas a seguir, marque a alternativa que apresenta a corrente que contribuiu para a valorização da autonomia e liberdade do indivíduo.

TEXTO 6

[…]

Amado (na sua euforia profissional) – Cunha,

escuta. Vi um caso agora. Ali, na praça da Bandeira. Um caso que. Cunha, ouve. Esse caso pode ser a tua salvação!

Cunha (num lamento) – Estou mais sujo do que pau de galinheiro!

Amado (incisivo e jocundo) – Porque você é uma besta, Cunha. Você é o delegado mais burro do Rio de Janeiro.

(Cunha ergue-se.)

Cunha (entre ameaçador e suplicante) – Não pense que. Você não se ofende, mas eu me ofendo.

Amado (jocundo) – Senta!

(Cunha obedece novamente.)

Cunha (com um esgar de choro) – Te dou um tiro!

Amado – Você não é de nada. Então, dá. Dá!

Quedê?

Cunha – Qual é o caso?

Amado – Olha. Agorinha, na praça da Bandeira. Um rapaz foi atropelado. Estava juntinho de mim. Nessa distância. O fato é que caiu. Vinha um lotação raspando. Rente ao meio-fio. Apanha o cara. Em cheio. Joga longe. Há aquele bafafá. Corre pra cá, pra lá. O sujeito estava lá, estendido, morrendo.

Cunha (que parece beber as palavras do repórter) – E daí?

Amado (valorizando o efeito culminante) – De repente, um outro cara aparece, ajoelha-se no asfalto, ajoelha-se. Apanha a cabeça do atropelado e dá-lhe um beijo na boca.

CUNHA (confuso e insatisfeito) – Que mais?

Amado (rindo) – Só.

Cunha (desorientado) – Quer dizer que. Um sujeito beija outro na boca e. Não houve mais nada. Só isso?

(Amado ergue-se. Anda de um lado para outro. Estaca, alarga o peito.)

Amado – Só isso!

Cunha – Não entendo.

Amado (abrindo os braços para o teto) – Sujeito burro! (para o delegado) Escuta, escuta! Você não quer se limpar? Hein? Não quer se limpar?

Cunha – Quero!

Amado – Pois esse caso.

Cunha – Mas ...

Amado – Não interrompe! Ou você não percebe?

Escuta […]

(RODRIGUES,  Nelson. O beijo no asfalto. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. p. 12/13.)

A
Positivismo.
B
Iluminismo.
C
Estoicismo.
D
Epicurismo.
c182984c-9a
PUC-GO 2015 - Filosofia - A Política

O Texto 4 faz referência a dúvida e a certeza. Descartes, o pai da filosofia moderna, começa duvidando de tudo. Na verdade, o seu método parte de um ceticismo que é levado ao extremo para se chegar a uma verdade indubitável. Tendo Descartes como referência, analise as proposições a seguir e marque a alternativa correta:

TEXTO 4

      A dúvida, continuou Laura, maldita dúvida. Essa é minha companheira, a sombra inconveniente que me segura pelos calcanhares, que há de seguir comigo até o túmulo. A morte de Tomázia, será que ela me convinha? Talvez me conviesse. Essa hipótese, eu não tenho como descartar. Seu desaparecimento anularia a prova de meu crime? Teria poder para apaziguar a culpa que continuava latejando mesmo depois de meu rompimento definitivo com Vítor? A dúvida acabou se revelando muito superior à certeza. Mil, um milhão de vezes mais forte. Talvez se eu tivesse sido obrigada a confessar meu crime aos pés de um juiz, se tivesse sido enjaulada entre mulheres que me odiavam, que me submetessem ao horror do estupro, que atentassem contra minha pessoa, a sensação de culpa tivesse sido atenuada. Juro que cheguei a sentir inveja do destino reservado às muçulmanas que cometem o pecado do adultério. Desejei, sim, ser publicamente difamada, arrastada pelos cabelos, enterrada até o pescoço, e, finalmente, ter a cabeça esfacelada a pedradas. Qualquer coisa, qualquer situação limite teria sido menos penosa do que seguir carregando a culpa, enquanto simulava a mais absoluta indiferença. Não tenho vocação para o disfarce, a simulação. Ah, como eu lamentei a perda de meu direito de exibir minha fraqueza como outras mulheres faziam! Mas não, eu tinha a permanente obrigação de ser forte, de estar preparada para o momento em que meu mundo viesse abaixo, como veio.

      A visão de mulheres com as cabeças esfaceladas, transformadas em um bolo de carne sangrento e disforme, partículas de cérebro espatifadas pra tudo que é lado, arrepiou meu corpo dolorido. Sentindo um princípio de náusea, comecei a fungar uma emoçãozinha desconfiada. Essa bruxa tá me embromando, penso, daqui a pouco eu entro na dela, caio em prantos e, alagada de piedade, abraço a velha, aliso seus cabelos grisalhos, cubro-lhe a face enrugada com beijinhos consoladores. Calma, tia, calma! Cuidado com a pressão. Tem aí algum tranquilizante que eu possa lhe dar?

                                   (BARROS, Adelice da Silveira. A mesa dos inocentes. Goiânia: Kelps, 2010. p. 23.)

A
Descartes parte em busca de um conjunto de verdades que não possam ser postas em dúvida e, a partir delas, constata através dos sentidos as afirmações que são verdadeiras e começa a construir o seu conceito de existência no momento em que alcança a verdade inata.
B
Descartes sempre duvidava; porém, sua única certeza estava no fundamento de seu método, que consistia em confiar em seus sentidos como base segura para aquisição do conhecimento. Afinal, nem todos tinham a sua formação acadêmica (Direito, Filosofia, Medicina, Matemática e Química); portanto, os seus sentidos eram treinados para descobrir a certeza.
C
Descartes estabelece quatro regras para o método, são elas: a evidência: acolher apenas o que aparece ao espírito; a análise: dividir cada dificuldade em parcelas menores; o cogito: pensar as premissas mais complexas da análise; a conclusão: fechar todas as premissas com base nas ideias inatas.
D
“Penso, logo existo" trata-se da conclusão do argumento do cogito, por meio do qual Descartes pretende encontrar um fundamento seguro para a construção do edifício do conhecimento.
3d0af3e1-8d
UNESP 2011 - Filosofia - A Política

Analise o trecho da entrevista dada pelo chefe de imprensa do governo do Irã a um jornal brasileiro.

Folha – Há preocupação quanto a uma mudança de posição do governo brasileiro, sobretudo na área de direitos humanos, depois que a presidente Dilma se manifestou contrariamente ao apedrejamento de Sakineh?

Ali Akbar Javanfekr – Encontrei poucas informações sobre a realidade iraniana aqui no Brasil. Há notícias distorcidas e falsas. Isso é preocupante. Minha presença aqui é para tentar divulgar as informações corretas. No caso de Sakineh, informações que chegaram à presidente Dilma Rousseff não foram corretas.

Folha – A presidente Dilma está mal informada?

Ali Akbar Javanfekr – Sim. Foi mal informada sobre esse caso.

Folha – É verdade, como diz o presidente Ahmadinejad, que não há gays no Irã?

Ali Akbar Javanfekr – Não temos.

Folha – É o único país do mundo que não tem gay?

Ali Akbar Javanfekr – Na República Islâmica do Irã, não há.

Folha – Se houver, há punições?

Ali Akbar Javanfekr – Nossa visão sobre esse tema é diferente da de vocês. É um ato feio, que nenhuma das religiões divinas aceita. Temos a responsabilidade humana, até divina, de não aceitar esse tipo de comportamento. Existe uma ameaça sobre a saúde da humanidade. A Aids, por exemplo. Uma das raízes é esse tipo de relacionamento.

                                                                                               (Folha de S.Paulo, 14.03.2011. Adaptado.)

Sob o ponto de vista ético, as opiniões expressas no trecho da entrevista podem ser caracterizadas como


A
uma visão de mundo fortemente influenciada pelas matrizes liberais do pensamento filosófico.
B
uma posição convencionalmente associada ao pensamento politicamente correto.
C
uma visão de mundo fortemente influenciada pelo fundamentalismo religioso.
D
opiniões que expressam afinidade com o imperativo categórico kantiano.
E
posições condizentes com a valorização da consciência individual autônoma.
3cfb5f94-8d
UNESP 2011 - Filosofia - Maquiavel e O Príncipe, A Política

Analise o texto político, que apresenta uma visão muito próxima de importantes reflexões do filósofo italiano Maquiavel, um dos primeiros a apontar que os domínios da ética e da política são práticas distintas.

        “A política arruína o caráter", disse Otto von Bismarck (1815-1898), o “chanceler de ferro" da Alemanha, para quem mentir era dever do estadista. Os ditadores que agora enojam o mundo ao reprimir ferozmente seus próprios povos nas praças árabes foram colocados e mantidos no poder por nações que se enxergam como faróis da democracia e dos direitos humanos: Estados Unidos, Inglaterra e França. Isso é condenável? Os ditadores eram a única esperança do Ocidente de continuar tendo acesso ao petróleo árabe e de manter um mínimo de informação sobre as organizações terroristas islâmicas. Antes de condenar, reflita sobre a frase do mais extraordinário diplomata americano do século passado, George Kennan, morto aos 101 anos em 2005: “As sociedades não vivem para conduzir sua política externa: seria mais exato dizer que elas conduzem sua política externa para viver".

                                                                                                                    (Veja, 02.03.2011. Adaptado.)

A associação entre o texto e as ideias de Maquiavel pode ser feita, pois o filósofo


A
considerava a ditadura o modelo mais apropriado de governo, sendo simpático à repressão militar sobre populações civis.
B
foi um dos teóricos da democracia liberal, demonstrando-se avesso a qualquer tipo de manifestação de autoritarismo por parte dos governantes.
C
foi um dos teóricos do socialismo científico, respaldando as ideias de Marx e Engels.
D
foi um pensador escolástico que preconizou a moralidade cristã como base da vida política.
E
refletiu sobre a política através de aspectos prioritariamente pragmáticos.
5071c9a1-77
PUC - PR 2012 - Filosofia - Os Contratualistas (Hobbes, Locke e Rousseau), A Política

Leia o trecho a seguir, retirado da obra Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens, de Rosseau.

“Enquanto os homens se contentaram com suas cabanas rústicas, enquanto se limitaram a costurar com espinhos ou com cerdas suas próprias roupas de peles, a enfeitar-se com plumas e conchas, a pintar o corpo com várias cores, a aperfeiçoar ou embelezar seus arcos e flechas, a cortar com pedras agudas algumas canoas de pescador ou alguns instrumentos grosseiros de música – em uma palavra: enquanto só se dedicavam a obras que um único homem podia criar e a artes que não solicitavam o concurso de várias mãos, viveram tão livres, sadios, bons e felizes quanto o poderiam ser por sua natureza, e continuaram a gozar entre si das doçuras de um comércio independente; mas, desde o instante em que um homem sentiu necessidade do socorro de outro, desde que se percebeu ser útil a um só contar com provisões para dois, desapareceu a igualdade, introduziu-se a propriedade, o trabalho tornou-se necessário e as vastas florestas transformaram-se em campos aprazíveis que se impôs regar com suor dos homens e nos quais logo se viu a escravidão e a miséria germinarem e crescerem.”

Sobre o processo de passagem dos homens de seu Estado de Natureza para seu Estado Social apresentado no texto indicado, assinale a alternativa CORRETA.

A
O texto faz alusão à perfectibilidade. É ela quem tira o homem de sua condição originária; é a fonte de todas as desgraças humanas. É uma faculdade distintiva, por meio da qual desenvolve todas as outras.
B
Rousseau apresenta a liberdade como principal corruptora do homem, pois dá condições de escolha entre manter suas características naturais ou delas se desfazer.
C
O processo de transição dos homens do Estado de Natureza para o Estado Político favorece o desenvolvimento de igualdade entre os indivíduos.
D
A passagem do Estado Natural para o Estado Político leva o homem a um progresso, o que é bom para salvaguardar suas características naturais.
E
O homem, em seu Estado Político, configura-se como sendo o “bom selvagem”.
749454bb-4c
PUC - Campinas 2015 - Filosofia - Maquiavel e O Príncipe, A Política

O texto de Adalberto Cruz e Silva faz referência ao humanista Nicolau Maquiavel, que escreveu O príncipe, espécie de manual de como governar. Nessa obra ele


A
formulou a concepção da bondade natural humana e sua capacidade de criar um governo capaz de construir mesmo a felicidade da população.
B
defendeu que a vontade do povo deve expressar-se sempre mediante o voto e essa vontade deve prevalecer sobre qualquer outra consideração.
C
considerava que a principal obrigação do governante era manter o poder e a segurança e, para isso, devia fazer uso de todos os meios.
D
afirmava que os governos têm por finalidade respeitar os direitos naturais e, caso não o façam, cabe à sociedade civil o direito de se rebelar.
E
negava o direito dos governantes de se autoaplicar o princípio do direito divino, e de outras prerrogativas fundamentadas em preconceitos.
006a5776-39
PUC - PR 2014 - Filosofia - Os Contratualistas (Hobbes, Locke e Rousseau), A Política

A partir da teoria contratualista de Rousseau, assinale a alternativa que representa aquilo que o filósofo de Genebra pretende defender na obra.       

                                                                            FILOSOFIA
Leia o fragmento a seguir, extraído do Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, de Rousseau:

“É do homem que devo falar, e a questão que examino me indica que vou falar a homens, pois não se propõem questões semelhantes quando se teme honrar a verdade. Defenderei, pois, com confiança a causa da humanidade perante os sábios que a isso me convidam e não ficarei descontente comigo mesmo se me tornar digno de meu assunto e de meus juízes”.

(ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p.159.)
A
Que a desigualdade social é permitida pela lei natural e, portanto, o Estado não é responsável pelo conflito social.
B
Que a desigualdade social é autorizada pela lei natural, ou seja, que a natureza não se encontra submetida à lei.
C
Que no estado natural existe apenas o direito de propriedade.
D
Que a desigualdade moral ou política é uma continuidade daquilo que já está presente no estado natural.
E
Que há, na espécie humana, duas espécies de desigualdade: a primeira, natural, e a segunda, moral ou política.
9f5f9747-29
UFBA 2013 - Filosofia - A Política

A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre o pensamento de René Descartes, é correto afirmar:


Descartes considera que a alma é uma entidade localizada espacialmente no corpo, possuindo, essencialmente, o atributo da extensão.

Depois, examinando com atenção o que eu era, e vendo que podia supor que não tinha corpo algum e que não havia qualquer mundo, ou qualquer lugar onde eu existisse, mas que nem por isso podia supor que não existia; e que, ao contrário, pelo fato mesmo de eu pensar em duvidar da verdade das outras coisas..., compreendi que era uma substância cuja essência ou natureza consiste apenas no pensar, e que, para ser, não necessita de nenhum lugar, nem depende de qualquer coisa material. De sorte que esse eu, isto é, a alma, pela qual sou o que sou, é inteiramente distinto do corpo e, mesmo, que é mais simples de conhecer do que ele; e ainda que ele nada fosse, ela não deixaria de ser tudo o que é. (DESCARTES. In: REZENDE, 2005, p. 107).


C
Certo
E
Errado
9ed26fba-29
UFBA 2013 - Filosofia - A Política

Marque C, se a proposição é certo;  E, se a proposição é errado.

Um raciocínio dialético é falacioso, pois prova, também, proposições contraditórias.

C
Certo
E
Errado
9ebe8793-29
UFBA 2013 - Filosofia - A Política

Marque C, se a proposição é certo;  E, se a proposição é errado.

O Positivismo Lógico é uma escola de pensamento que tem suas origens no Iluminismo francês.

C
Certo
E
Errado
90b740e0-d5
UNICAMP 2014 - Filosofia - Os Contratualistas (Hobbes, Locke e Rousseau), A Política

A maneira pela qual adquirimos qualquer conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato.

(John Locke, Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.)

O empirismo, corrente filosófica da qual Locke fazia parte,

A
afirma que o conhecimento não é inato, pois sua aquisição deriva da experiência.
B
é uma forma de ceticismo, pois nega que os conhecimentos possam ser obtidos.
C
aproxima-se do modelo científico cartesiano, ao negar a existência de ideias inatas.
D
defende que as ideias estão presentes na razão desde o nascimento.
8fcc5965-d5
UNICAMP 2014 - Filosofia - A Política

                        Sinto no meu corpo
                        A dor que angustia
                        A lei ao meu redor
                        A lei que eu não queria

                        Estado violência
                        Estado hipocrisia
                        A lei que não é minha
                        A lei que eu não queria

(“Estado Violência”, Charles Gavin, em Titãs, Cabeça Dinossauro, WEA, 1989.)

A letra dessa música, gravada pelos Titãs,

A
critica a noção de Estado e sua ausência de controle, aspectos comuns ao liberalismo e ao marxismo.
B
constata que o corpo físico e o corpo político se relacionam em sociedades de controle.
C
critica o autoritarismo policial e o modelo de regulação proposto pelo anarquismo.
D
constata que o Estado autoritário, mesmo com boas leis, é sabotado pela figura do policial.
d650e0a7-d6
UNESP 2014 - Filosofia - Pensamentos políticos: Liberalismo, A Política

Numa decisão para lá de polêmica, o juiz federal Eu- gênio Rosa de Araújo, da 17.ª Vara Federal do Rio, indeferiu pedido do Ministério Público para que fossem retirados da rede vídeos tidos como ofensivos à umbanda e ao candomblé. No despacho, o magistrado afirmou que esses sistemas de crenças “não contêm os traços necessários de uma religião" por não terem um texto-base, uma estrutura hierárquica nem “um Deus a ser venerado". Para mim, esse é um belo caso de conclusão certa pelas razões erradas. Creio que o juiz agiu bem ao não censurar os filmes, mas meteu os pés pelas mãos ao justificar a decisão. Ao contrário do Ministério Público, não penso que vreligiões devam ser imunes à crítica. Se algum evangélico julga que o candomblé está associado ao diabo, deve ter a liberdade de dizê-lo. Como não podemos nem sequer estabelecer se Deus e o demônio existem, o mais lógico é que prevaleça a liberdade de dizer qualquer coisa.

                                                            (Hélio Schwartsman. “O candomblé e o tinhoso". Folha de S.Paulo, 20.05.2014. Adaptado.)

O núcleo filosófico da argumentação do autor do texto é de natureza

A
liberal.
B
marxista.
C
totalitária.
D
teológica.
E
anarquista.
5543e0e9-7c
ENEM 2014 - Filosofia - A Política

A filosofia encontra-se escrita neste grande livro que continuamente se abre perante nossos olhos (isto é, o universo), que não se pode compreender antes de entender a língua e conhecer os caracteres com os quais está escrito. Ele está escrito em língua matemática, os caracteres são triângulos, circunferências e outras figuras geométricas, sem cujos meios é impossível entender humanamente as palavras; sem eles, vagamos perdidos dentro de um obscuro labirinto.

GALILEI, G. O ensaiador. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

No contexto da Revolução Científica do século XVII, assumir a posição de Galileu significava defender a

A
continuidade do vínculo entre ciência e fé dominante na Idade Média.
B
necessidade de o estudo linguístico ser acompanhado do exame matemático.
C
oposição da nova física quantitativa aos pressupostos da filosofia escolástica.
D
importância da independência da investigação científica pretendida pela Igreja.
E
inadequação da matemática para elaborar uma explicação racional da natureza.
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ENEM 2014 - Filosofia - A Política Grega (A República de Platão e a Política de Aristóteles), A Política

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No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado apontando para o alto. Esse gesto significa que o conhecimento se encontra em uma instância na qual o homem descobre a

A
suspensão do juízo como reveladora da verdade.
B
realidade inteligível por meio do método dialético.
C
salvação da condição mortal pelo poder de Deus.
D
essência das coisas sensíveis no intelecto divino.
E
ordem intrínseca ao mundo por meio da sensibilidade.
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UEG 2014 - Filosofia - Pensamentos Políticos - Karl Marx, A Política

Um dos grandes legados do filósofo grego Aristóteles é a distinção entre o saber teorético e o saber prático, bem como a definição do campo das ações éticas. Sobre a ética, verifica-se o seguinte:

A
Na ética, razão e emoção são indissociáveis.
B
Na práxis ética tem-se o agente e o predomínio de suas paixões
C
Na práxis ética tem-se o agente, a ação e a finalidade da ação praticada.
D
Na ética, vontade e responsabilidades são relativas.
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UNESP 2013 - Filosofia - Os Contratualistas (Hobbes, Locke e Rousseau), A Política

A persistência histórica dos conflitos geopolíticos descritos na reportagem pode ser filosoficamente compreendida pela teoria

A China é a segunda maior economia do mundo. Quer garantir a hegemonia no seu quintal, como fizeram os Estados Unidos no Caribe depois da guerra civil. As Filipinas temem por um atol de rochas desabitado que disputam com a China. O Japão está de plantão por umas ilhotas de pedra e vento, que a China diz que lhe pertencem. Mesmo o Vietnã desconfia mais da China do que dos Estados Unidos. As autoridades de Hanói gostam de lembrar que o gigante americano invadiu o México uma vez. O gigante chinês invadiu o Vietnã dezessete.
A
iluminista, que preconiza a possibilidade de um estado de emancipação racional da humanidade.
B
maquiavélica, que postula o encontro da virtude com a fortuna como princípios básicos da geopolítica.
C
política de Rousseau, para quem a submissão à vontade geral é condição para experiências de liberdade.
D
teológica de Santo Agostinho, que considera que o processo de iluminação divina afasta os homens do pecado
E
política de Hobbes, que conceitua a competição e a desconfiança como condições básicas da natureza humana.