Um dos grandes legados do filósofo grego Aristóteles é a distinção entre o saber teorético e o saber prático, bem como a definição do campo das ações éticas. Sobre a ética, verifica-se o seguinte:

Alternativa correta: C

Tema central: Trata-se da distinção aristotélica entre saber teorético e saber prático (phronesis) e do que constitui a ação ética (práxis). Para provas, é essencial identificar termos como agente, ação e finalidade (telos) — elementos centrais na ética de Aristóteles.

Resumo teórico progressivo: Em Ética a Nicômaco, Aristóteles diferencia o conhecimento contemplativo (theoria) do prático (phronesis). A ética prática não é mera emoção nem simples regra; envolve deliberação, escolha voluntária (prohairesis) e orientação para um fim (eudaimonia como telos geral). A virtude moral regula paixões por meio da razão, tornando a ação racionalmente dirigida e responsável (Livros III e VI). Fontes recomendadas: Aristóteles, Ética a Nicômaco; Stanford Encyclopedia of Philosophy — "Aristotle's Ethics".

Por que a alternativa C é correta: Ela identifica os três elementos constitutivos da práxis ética segundo a tradição aristotélica: o agente que delibera, a ação realizada e a finalidade que orienta a ação. A ética prática exige escolha deliberada visando fins, não é apenas reação ou sentimento.

Análise das alternativas incorretas:

A — Afirma que razão e emoção são indissociáveis. Incorreto: Aristóteles reconhece que emoções contam, mas devem ser reguladas pela razão; não são indissociáveis no sentido de equiparáveis ou indistintos.

B — Diz que na práxis predomina as paixões. Errado: a práxis ética aristotélica privilegia a deliberação racional; paixões podem influenciar, mas não predominar.

D — Afirma que vontade e responsabilidades são relativas. Equivocado: para Aristóteles, a voluntariedade é condição da responsabilidade moral — ações voluntárias tornam o agente responsável; não se trata de mera relativização.

Estratégia de prova: Procure palavras-chave (práxis, agente, finalidade, voluntário). Elimine alternativas que usam termos absolutos como "indissociável" ou "predomínio das paixões", pois entram em conflito com a noção de delibera��ão prática.

Referências rápidas: Aristóteles, Ética a Nicômaco (Livros III e VI); Stanford Encyclopedia of Philosophy — "Aristotle's Ethics".

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