Marque C, se a proposição é certo;  E, se a proposição é errado.

Um raciocínio dialético é falacioso, pois prova, também, proposições contraditórias.

Resposta correta: E — errado

Tema central: trata-se da diferença entre raciocínio dialético e a ocorrência de contradições que invalidam um argumento. A questão exige compreender o papel da dialética (método crítico que expõe e resolve tensões conceptuais) e o princípio lógico da não contradição (que proíbe aceitar, ao mesmo tempo, p e não‑p como verdade).

Resumo teórico: - O raciocínio dialético (Sócrates/Platão: método elênctico; Hegel: movimento tese‑antítese‑síntese) busca testar, expor e ultrapassar contradições em concepções, não provar que proposições contraditórias são verdadeiras ao mesmo tempo. - O princípio da não‑contradição (Aristóteles) é fundamento da lógica formal: uma proposição e sua negação não podem ser verdadeiras simultaneamente. Fontes clássicas: Aristóteles (princípio da não‑contradição), Platão (diálogos socráticos), Hegel (dialética como movimento conceitual). Em lógica contemporânea, ver Introdução à Lógica (Copi, Cohen) para distinção entre inconsistência e método dialético.

Por que a alternativa E é correta: afirmar que “um raciocínio dialético é falacioso, pois prova também proposições contraditórias” confunde método e defeito. A dialética expõe contradições para levá‑las a resolução ou reformulação das premissas; não consiste em demonstrar que ambas as proposições contraditórias são verdadeiras. Logo, é falso dizer que o raciocínio dialético, por sua natureza, é falacioso.

Estratégia de prova para concursos: ao ver afirmações que ligam um método filosófico a um defeito lógico, verifique se há violação do princípio da não‑contradição e se o método descrito realmente implica tal violação. Palavras‑armadilha: “prova também” e “portanto falacioso” — elas sugerem uma relação causal que, aqui, não existe.

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