Questõessobre A Política
Relacione, corretamente, as definições sobre o
papel do poder político ou do Estado, com seus
respectivos pensadores, numerando os parênteses
abaixo, de acordo com a seguinte indicação:
1. Karl Marx
2. John Locke
3. Thomas Hobbes
4. Agostinho de Hipona ( ) Poder político do Estado, como resultante
de um pacto de consentimento, constituído
para consolidar os direitos naturais e
individuais de cada homem.
( ) Poder do Estado, como poder de origem
espiritual, voltado às necessidades
mundanas e à vigilância da retidão dos
indivíduos.( ) Poder político do Estado, originário da
necessidade de um grupo manter seu
domínio econômico, pelo domínio político,
sobre outros grupos.
( ) Poder político do Estado, com poder
absoluto, fruto da renúncia de direitos
naturais originários e garantidores da paz.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
Leia atentamente o seguinte trecho do texto
Hobbesiano, que se refere a um pacto entre
“contratantes” em estado de natureza:
“Quando se faz um pacto em que ninguém
cumpre imediatamente sua parte, e uns confiam nos
outros, na condição de simples natureza (que é uma
condição de guerra de todos os homens contra todos
os homens), a menor suspeita razoável torna nulo
este pacto. Mas se houver um poder comum situado
acima dos contratantes, com direito e força
suficientes para impor seu cumprimento, ele não é
nulo”.
HOBBES, Thomas. LEVIATÃ ou matéria, forma e
poder de um estado eclesiástico e civil. Trad. João P.
Monteiro e Maria B. Nizza. 3ª Ed. São Paulo:
Abril Cultural, 1983.
No que diz respeito ao estado de natureza, como
mencionado, considere as seguintes afirmações:
I. Entre o estado de natureza e o estado
civil (ou estado de sociedade), há uma
relação de contraposição, pois o estado
de sociedade surge como antítese
corretiva ao estado de natureza.
II. A passagem do estado de natureza ao
estado de sociedade ocorre
espontaneamente, ou seja, como
decorrência do processo de propensão
natural dos indivíduos ao consenso.
III. O estado de natureza é um estado
cujos elementos constitutivos são os
indivíduos singulares, livres e iguais,
mas que vivem uma vida solitária, cruel
e animalesca, da qual precisam
escapar.
É correto o que se afirma em
O trecho que se apresenta a seguir trata da
passagem da democracia política – garantidora de
direitos políticos fundamentais – para a democracia
social, no mundo contemporâneo: “O processo de alargamento da democracia na
sociedade contemporânea não ocorre apenas
através da integração da democracia representativa
com a democracia direta, mas também e,
sobretudo, através da extensão da democratização
com a passagem da democracia na esfera política,
isto é, na esfera em que o indivíduo é considerado
como cidadão, para a democracia na esfera social,
onde o indivíduo é considerado na multiplicidade de
seu status, na extensão das formas de poder
ascendente”.
BOBBIO, N. Estado, governo e sociedade: para uma
teoria geral da política. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1987. Adaptado.
Sobre esse processo histórico, é correto afirmar que
Voltaire foi um dos mais famosos pensadores do Iluminismo.
Com base na filosofia de Voltaire e nas críticas que estabeleceu, assinale a alternativa correta.
A filosofia política, de Hobbes a Rousseau, sempre tematizou a questão da passagem do estado de natureza
para o estado civil. No entanto, esses pensadores produziram distintas concepções sobre esse processo. A partir
dessas elaborações dos filósofos políticos, verifica-se que:
Do nascimento do Estado moderno até a Revolução
Francesa, ou seja, do século XVI aos fins do século XVIII,
a filosofia política foi obrigada a reformular grande parte de
suas teses, devido às mudanças ocorridas naquele período.
O que se buscou na modernidade iluminista foi fortalecer a
filosofia em uma configuração contrária aos dogmas políticos
que reforçavam a crença em uma autoridade divina.
(Thiago Rodrigo Nappi. “Tradição e inovação na teoria das formas
de governo: Montesquieu e a ideia de despotismo”.
In: Historiæ, vol. 3, no
3, 2012. Adaptado.)
O filósofo iluminista Montesquieu, autor de Do espírito das
leis, criticou o absolutismo e propôs
Do nascimento do Estado moderno até a Revolução Francesa, ou seja, do século XVI aos fins do século XVIII, a filosofia política foi obrigada a reformular grande parte de suas teses, devido às mudanças ocorridas naquele período. O que se buscou na modernidade iluminista foi fortalecer a filosofia em uma configuração contrária aos dogmas políticos que reforçavam a crença em uma autoridade divina.
(Thiago Rodrigo Nappi. “Tradição e inovação na teoria das formas
de governo: Montesquieu e a ideia de despotismo”.
In: Historiæ, vol. 3, no 3, 2012. Adaptado.)
O filósofo iluminista Montesquieu, autor de Do espírito das leis, criticou o absolutismo e propôs
Uma das questões fundamentais da filosofia é a natureza humana, tema abordado pela “antropologia filosófica”.
A ideia de natureza humana emerge na filosofia antiga e ganha desdobramentos na filosofia moderna. Diversas
concepções de natureza humana foram produzidas, tais como as de Hobbes e Rousseau, duas das mais
conhecidas. Outra concepção de natureza humana é a de Karl Marx, segundo a qual o ser humano é
Ideologia é um termo polissêmico que recebe as mais variadas definições. É um dos temas fundamentais da
sociologia, sendo também bastante trabalhado na filosofia e em outras ciências humanas. Dentre as diversas
concepções existentes ao seu respeito, constata-se que a ideologia
Para a economia política, o salário corresponde aos custos e ao preço da produção de uma
mercadoria. Na realidade, porém, não é o que ocorre. Para produzir uma determinada mercadoria,
um trabalhador precisa de um certo número de horas (suponhamos, por exemplo, quatro horas) e
seu salário será calculado a partir desse tempo; entretanto o trabalhador trabalha durante muito
mais tempo (suponhamos, por exemplo, oito horas) e, consequentemente, produz muito mais
mercadorias; estas, porém, não são computadas para o cálculo do salário, de modo que há um
trabalho excedente não pago, isto é, não coberto pelo salário.CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2000. p. 545. (Adaptado)
O excerto acima sintetiza um dos mais importantes temas do pensamento marxista, o qual
é definido como
O excerto acima sintetiza um dos mais importantes temas do pensamento marxista, o qual é definido como
“Deveis saber, portanto, que existem duas formas de se combater: uma, pelas leis, outra,
pela força. A primeira é própria do homem; a segunda, dos animais. Como, porém, muitas vezes a
primeira não é suficiente, é preciso recorrer à segunda. [...] um príncipe obrigado a bem servir-se
da natureza dos animais deve dela tirar as qualidades da raposa e do leão, pois este não tem defesa
alguma contra laços, e a raposa, contra os lobos. Precisa, pois, ser raposa para conhecer os laços
e leão para aterrorizar os lobos. Os que se fizeram unicamente leões não serão bem sucedidos”.
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad. XAVIER, L. Os Pensadores. São Paulo: Abril
Cultural, 1973.
Conforme o excerto acima, conclui-se que, para Maquiavel,
“Deveis saber, portanto, que existem duas formas de se combater: uma, pelas leis, outra,
pela força. A primeira é própria do homem; a segunda, dos animais. Como, porém, muitas vezes a
primeira não é suficiente, é preciso recorrer à segunda. [...] um príncipe obrigado a bem servir-se
da natureza dos animais deve dela tirar as qualidades da raposa e do leão, pois este não tem defesa
alguma contra laços, e a raposa, contra os lobos. Precisa, pois, ser raposa para conhecer os laços
e leão para aterrorizar os lobos. Os que se fizeram unicamente leões não serão bem sucedidos”.
Karl Marx é considerado um dos grandes filósofos da época moderna. Em sua trajetória intelectual, ele teve
grande influência de outro grande filósofo, Hegel. Existe uma polêmica sobre a posição de Marx em relação a
Hegel a partir do momento em que ele fundou sua concepção materialista da história. A esse respeito, verifica-se
que Marx:
TEXTO I
Eu queria movimento e não um curso calmo da
existência. Queria excitação e perigo e a oportunidade
de sacrificar-me por meu amor. Sentia em mim uma
superabundância de energia que não encontrava
escoadouro em nossa vida.
TOLSTÓI, L. Felicidade familiar. Apud KRAKAUER, J.
Na natureza selvagem. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.
TEXTO II
Meu lema me obrigava, mais que a qualquer outro
homem, a um enunciado mais exato da verdade; não
sendo suficiente que eu lhe sacrificasse em tudo o
meu interesse e as minhas simpatias, era preciso
sacrificar-lhe também minha fraqueza e minha
natureza tímida. Era preciso ter a coragem e a força
de ser sempre verdadeiro em todas as ocasiões.
ROUSSEAU, J.-J. Os devaneios do caminhante solitário.
Porto Alegre: L&PM, 2009.
Os textos de Tolstói e Rousseau retratam ideais da
existência humana e defendem uma experiência
Leia com atenção o texto a seguir:
“O homem nasce livre, e por toda parte encontra-se a
ferros. O que se crer senhor dos demais, não deixa de
ser mais escravo do que eles (...). A ordem social é um
direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal
direito, no entanto, não se origina da natureza: funda-se,
portanto, em convenções.”
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. São Paulo:
Editora Abril Cultural, 1978. p. 22.
Com base no texto de Rousseau, marque a alternativa
correta.
Rousseau foi um pensador que atuou, com destaque,
no século XVIII. Sua obra mais famosa é o Contrato
Social. No entanto, Rousseau também:
A virtú do príncipe não consiste num conjunto fixo de qualidades morais que ele oporá à fortuna, lutando
contra ela. A virtú é a capacidade do príncipe para ser flexível às circunstâncias, mudando com elas para agarrar e
dominar a fortuna. O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é
manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que,
por muita piedade, permitem aos distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo.
CHAUI, MARILENA. Convite à Filosofia. 12. ed. São Paulo: Ática, 2002.
Maquiavel escreveu a obra O Príncipe na qual faz uma reflexão sobre a monarquia e o papel do governante.
Segundo esse autor, a virtú estava baseada:
Texto 1: “[...] Quando um homem deseja professar a bondade, natural é que vá à ruína, entre tantos maus.
Assim, é preciso que, para se conservar, um príncipe aprenda a ser mau, e que se sirva ou não disso de
acordo com a necessidade”. (MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 2004, p. 99).
Texto 2: “[...] Assim deve o príncipe tornar-se temido, de sorte que, se não for amado, ao menos evite ódio,
pois é fácil ser, a um só tempo, temido e não odiado, o que ocorrerá uma vez que se prive da posse dos bens
e das mulheres dos cidadãos e dos súditos, e, mesmo quando forçado a derramar o sangue de alguém, poderá
fazê-lo apenas se houver justificativa apropriada e causa manifesta” [...]. (Idem, p. 106-7)
Considerando o pensamento de Maquiavel e os textos citados, assinale a alternativa CORRETA.
Texto 1: “[...] Quando um homem deseja professar a bondade, natural é que vá à ruína, entre tantos maus. Assim, é preciso que, para se conservar, um príncipe aprenda a ser mau, e que se sirva ou não disso de acordo com a necessidade”. (MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 2004, p. 99).
Texto 2: “[...] Assim deve o príncipe tornar-se temido, de sorte que, se não for amado, ao menos evite ódio, pois é fácil ser, a um só tempo, temido e não odiado, o que ocorrerá uma vez que se prive da posse dos bens e das mulheres dos cidadãos e dos súditos, e, mesmo quando forçado a derramar o sangue de alguém, poderá fazê-lo apenas se houver justificativa apropriada e causa manifesta” [...]. (Idem, p. 106-7)
Considerando o pensamento de Maquiavel e os textos citados, assinale a alternativa CORRETA.