Questõessobre A Experiência do Sagrado

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Foram encontradas 45 questões
a16fbc80-d7
UEM 2010 - Filosofia - O Conhecimento Humano e o Conhecimento Divino, A Experiência do Sagrado

Os dogmas religiosos estão em constante processo de transformação e questionamento. Portanto, eles são refutáveis e podem ser atualizados pela fé, em uma religião.

Sobre o fenômeno religioso, assinale o que for correto.
C
Certo
E
Errado
a16b92d1-d7
UEM 2010 - Filosofia - O Conhecimento Humano e o Conhecimento Divino, A Experiência do Sagrado

Os rituais religiosos são atos repetitivos e têm por finalidade rememorar o acontecimento inicial da história sagrada de determinada cultura.

Sobre o fenômeno religioso, assinale o que for correto.
C
Certo
E
Errado
a16876ef-d7
UEM 2010 - Filosofia - O Conhecimento Humano e o Conhecimento Divino, A Experiência do Sagrado

A consciência da morte e a crença em uma vida depois dela explica porque, em várias culturas, os ritos fúnebres são uma das principais manifestações religiosas.

Sobre o fenômeno religioso, assinale o que for correto.
C
Certo
E
Errado
99ed698a-b9
UECE 2019 - Filosofia - A Experiência do Sagrado

Atente para a seguinte passagem, em que Santo Agostinho se questiona sobre a origem do mal: 

     “Quem me criou? Não foi o meu Deus, que é bom, e é também a mesma bondade? Donde me veio, então, o querer, eu, o mal e não querer o bem? Qual a sua origem, se Deus, que é bom, fez todas as coisas? Sendo o supremo e sumo Bem, criou bens menores do que Ele; mas, enfim, o Criador e as criaturas, todos são bons. Donde, pois, vem o mal?” 

AGOSTINHO, Santo. Confissões; De magistro. São Paulo: Nova Cultural, 1987. Coleção “Os Pensadores”. Livro VII. Adaptado.

Sobre esse aspecto da filosofia do bispo de Hipona, considere as seguintes afirmações: 
I. Como os maniqueístas, de quem sofreu forte influência, Agostinho afirmava a existência do Bem e do Mal e que os homens não eram culpados de ações classificadas como más. O mal lhes era inato, portanto, não havia culpa, mas poderiam obter a salvação da alma por intermédio da graça divina.
II. Para Agostinho, não se deveria atribuir a Deus a origem do Mal, visto que, como Sumo Bem, ele não o poderia criar. São os homens os responsáveis pela presença do Mal e cabe a estes fazerem uso de sua liberdade e escolherem entre a boa e a má ação.
III. Dispondo do livre arbítrio, o ser humano pode optar por bens inferiores. Mas o livre arbítrio não pode ser visto como um mal em si, pois foi Deus quem o criou. Ter recebido de Deus uma vontade livre é para o ser humano um grande bem. O mal é o mau uso desse grande bem. 

É correto o que se afirma em

A
I, II e III.
B
I e III apenas.
C
II e III apenas.
D
I e II apenas.
797c3278-c4
UNIOESTE 2019 - Filosofia - Provas da Existência Divina: Ontologia, Cosmologia e Teleologia, A Experiência do Sagrado

“(...) Em primeiro lugar, como ninguém pode amar uma coisa de todo ignorada, deve- -se examinar com diligência de que natureza é o amor dos estudantes, entendendo-se por estudantes os que ainda não sabem, mas desejam saber. Naqueles casos em que a palavra estudo não é usual, podem existir amores de ouvido: como quando o ânimo se acende em desejo de ver e de gozar devido à fama de alguma beleza, porque possui uma noção genérica das belezas corpóreas pelo fato de ter visto muitas delas, e existe no interior dele algo que aprova o que no exterior é cobiçado. Quando isto acontece, o amor não é paixão de uma coisa ignorada, pois já conhece seu gênero. Quando amamos um varão bondoso, cujo rosto nunca vimos, amamo-lo pela notícia das virtudes que conhecemos na própria verdade”


SANTO AGOSTINHO, De Trinitade, livro 10.


A partir do texto de Santo Agostinho, assinale a alternativa CORRETA.

A
Amamos porque desconhecemos; se conhecemos, não amamos.
B
Em primeiro lugar, não existe amor entre os estudantes.
C
O amor desconhece o seu gênero porque somos livres.
D
Basicamente, os amores de ouvido são superiores.
E
Aquilo que amamos não é de todo ignorado.
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ENEM 2019, ENEM 2019 - Filosofia - São Tomás e a Filosofia Medieval, A Experiência do Sagrado, O Sujeito Moderno

Tomás de Aquino, filósofo cristão que viveu no século XIII, afirma: a lei é uma regra ou um preceito relativo às nossas ações. Ora, a norma suprema dos atos humanos é a razão. Desse modo, em última análise, a lei está submetida à razão; é apenas uma formulação das exigências racionais. Porém, é mister que ela emane da comunidade, ou de uma pessoa que legitimamente a representa.
GILSON, E.; BOEHNER, P. História da filosofia cristã. Petrópolis: Vozes, 1991 (adaptado).

No contexto do século XIII, a visão política do filósofo mencionado retoma o

A
pensamento idealista de Platão.
B
conformismo estoico de Sêneca.
C
ensinamento místico de Pitágoras.
D
paradigma de vida feliz de Agostinho.
E
conceito de bem comum de Aristóteles.
c6372803-af
UFU-MG 2010, UFU-MG 2010, UFU-MG 2010 - Filosofia - Provas da Existência Divina: Ontologia, Cosmologia e Teleologia, A Experiência do Sagrado

A filosofia de Agostinho (354 – 430) é estreitamente devedora do platonismo cristão milanês: foi nas traduções de Mário Vitorino que leu os textos de Plotino e de Porfírio, cujo espiritualismo devia aproximá-lo do cristianismo. Ouvindo sermões de Ambrósio, influenciados por Plotino, que Agostinho venceu suas últimas resistências (de tornar-se cristão).


PEPIN, Jean. Santo Agostinho e a patrística ocidental. In: CHÂTELET, François (org.) A Filosofia medieval. Rio de Janeiro Zahar Editores: 1983, p. 77.



Apesar de ter sido influenciado pela filosofia de Platão, por meio dos escritos de Plotino, o pensamento de Agostinho apresenta muitas diferenças se comparado ao pensamento de Platão. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma dessas diferenças.

A
Para Agostinho, é possível ao ser humano obter o conhecimento verdadeiro, enquanto, para Platão, a verdade a respeito do mundo é inacessível ao ser humano.
B
Para Platão, a verdadeira realidade encontra-se no mundo das Ideias, enquanto para Agostinho não existe nenhuma realidade além do mundo natural em que vivemos.
C
Para Agostinho, a alma é imortal, enquanto para Platão a alma não é imortal, já que é apenas a forma do corpo.
D
Para Platão, o conhecimento é, na verdade, reminiscência, a alma reconhece as Ideias que ela contemplou antes de nascer; Agostinho diz que o conhecimento é resultado da Iluminação divina, a centelha de Deus que existe em cada um.
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ENEM 2019 - Filosofia - A Experiência do Sagrado

De fato, não é porque o homem pode usar a vontade livre para pecar que se deve supor que Deus a concedeu para isso. Há, portanto, uma razão pela qual Deus deu ao homem esta característica, pois sem ela não poderia viver e agir corretamente. Pode-se compreender, então, que ela foi concedida ao homem para esse fim, considerando-se que se um homem a usa para pecar, recairão sobre ele as punições divinas. Ora, isso seria injusto se a vontade livre tivesse sido dada ao homem não apenas para agir corretamente, mas também para pecar. Na verdade, por que deveria ser punido aquele que usasse sua vontade para o fim para o qual ela lhe foi dada?

AGOSTINHO. O livre-arbítrio. In: MARCONDES, D. Textos básicos de ética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.


Nesse texto, o filósofo cristão Agostinho de Hipona sustenta que a punição divina tem como fundamento o(a)

A
desvio da postura celibatária.
B
insuficiência da autonomia moral.
C
afastamento das ações de desapego.
D
distanciamento das práticas de sacrifício.
E
violação dos preceitos do Velho Testamento.
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UECE 2019 - Filosofia - O Conhecimento Humano e o Conhecimento Divino, A Experiência do Sagrado

Sobre a questão da liberdade em Spinoza, a filósofa brasileira Marilena Chauí afirma o seguinte: “[...] o poder teológico-político é duplamente violento. Em primeiro lugar, porque pretende roubar dos homens a origem de suas ações sociais e políticas, colocando-as como cumprimento a mandamentos transcendentes de uma vontade divina incompreensível ou secreta, fundamento da ‘razão de Estado’. Em segundo, porque as leis divinas reveladas, postas como leis políticas ou civis, impedem o exercício da liberdade, pois não regulam apenas usos e costumes, mas também a linguagem e o pensamento, procurando dominar não só os corpos, mas também os espíritos”.

CHAUÍ, Marilena. Espinosa, uma subversão filosófica. Revista CULT, 14 de março de 2010. Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/baruch-espinosa/.

O poder teológico-político é violento, porque

A
submete os homens a leis supostamente transcendentes ao negar-lhes a imanência de suas próprias ações.
B
retira dos homens a esperança de que suas ações tenham como causa e fim a transcendência divina.
C
transforma a linguagem e o pensamento dos homens em formas de libertação de corpos e espíritos.
D
recusa aos usos e costumes o papel de fundamento transcendente das ações políticas e leis civis dos homens.
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UEL 2018 - Filosofia - O Conhecimento Humano e o Conhecimento Divino, A Experiência do Sagrado

Leia o texto a seguir.


Os corcéis que me transportam, tanto quanto o ânimo me impele, conduzem-me, depois de me terem dirigido pelo caminho famoso da divindade [...] E a deusa acolheu-me de bom grado, mão na mão direita tomando, e com estas palavras se me dirigiu: [...] Vamos, vou dizer-te – e tu escuta e fixa o relato que ouviste – quais os únicos caminhos de investigação que há para pensar, um que é, que não é para não ser, é caminho de confiança (pois acompanha a realidade): o outro que não é, que tem de não ser, esse te indico ser caminho em tudo ignoto, pois não poderás conhecer o não-ser, não é possível, nem indicá-lo [...] pois o mesmo é pensar e ser.

PARMÊNIDES. Da Natureza, frags. 1-3. Trad. José Trindade Santos. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2009. p. 13-15.


Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Parmênides, assinale a alternativa correta.

A
Pensar e ser se equivalem, por isso o pensamento só pode tratar e expressar o que é, e não o que não é – o não ser.
B
A percepção sensorial nos possibilita conhecer as coisas como elas verdadeiramente são.
C
O ser é mutável, eterno, divisível, móvel e, por isso, a razão consegue conhecê-lo e expressá-lo.
D
A linguagem pode expressar tanto o que é como o que não é, pois ela obedece aos princípios de contradição e de identidade.
E
O ser é e o não ser não é indica que a realidade sensível é passível de ser conhecida pela razão.
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ENEM 2018 - Filosofia - Provas da Existência Divina: Ontologia, Cosmologia e Teleologia, A Experiência do Sagrado

Desde que tenhamos compreendido o significado da palavra “Deus”, sabemos, de imediato, que Deus existe. Com efeito, essa palavra designa uma coisa de tal ordem que não podemos conceber nada que lhe seja maior. Ora, o que existe na realidade e no pensamento é maior do que o que existe apenas no pensamento. Donde se segue que o objeto designado pela palavra “Deus”, que existe no pensamento, desde que se entenda essa palavra, também existe na realidade. Por conseguinte, a existência de Deus é evidente.

TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. Rio de Janeiro: Loyola, 2002.


O texto apresenta uma elaboração teórica de Tomás de Aquino caracterizada por

A
reiterar a ortodoxia religiosa contra os heréticos.
B
sustentar racionalmente doutrina alicerçada na fé.
C
explicar as virtudes teologais pela demonstração.
D
flexibilizar a interpretação oficial dos textos sagrados.
E
justificar pragmaticamente crença livre de dogmas.
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UFU-MG 2017 - Filosofia - O Conhecimento Humano e o Conhecimento Divino, A Experiência do Sagrado

Leia o fragmento de autoria de Heráclito.

Deus é dia e noite, inverno e verão, guerra e paz, abundância e fome. Mas toma formas variadas assim como o fogo, quando misturado com essências, toma o nome segundo o perfume de cada uma delas.

BORNHEIM, G. (Org.). Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Cultrix, 1998, p. 40.

Conforme o exposto, “Deus”, no pensamento de Heráclito, significa:

A
A unidade dos contrários.
B
O fundamento da religião monoteísta do período arcaico.
C
Uma abstração para refutar o logos.
D
A impossibilidade da harmonia no mundo.
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UFU-MG 2017 - Filosofia - O Conhecimento Humano e o Conhecimento Divino, A Experiência do Sagrado

Hume descreveu a confiança que o entendimento humano deposita na probabilidade dos resultados dos eventos observados na natureza. Ele comparou essa convicção ao lançamento de dados, cujas faces são previamente conhecidas, porém, nas palavras do filósofo:

[...] verificando que maior número de faces aparece mais em um evento do que no outro, o espírito [o entendimento humano] converge com mais frequência para ele e o encontra muitas vezes ao considerar as várias possibilidades das quais depende o resultado definitivo.

HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. Tradução de Anoar Aiex. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 93. Coleção “Os Pensadores”.

Esse tipo de raciocínio, descrito por Hume, conduz o entendimento humano a uma situação distinta da certeza racional, uma espécie de “falha”, representada pelo(a)

A
verdade da fantasia, que é superior à certeza racional.
B
crença, que ocupa o lugar da certeza racional.
C
sentido visual, que é mais verídico que a certeza sensível.
D
ideia inata, que atua como o a priori da razão humana.
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UNESP 2018 - Filosofia - O Conhecimento Humano e o Conhecimento Divino, A Experiência do Sagrado

Nada acusa mais uma extrema fraqueza de espírito do que não conhecer qual é a infelicidade de um homem sem Deus; nada marca mais uma má disposição do coração do que não desejar a verdade das promessas eternas; nada é mais covarde do que fazer-se de bravo contra Deus. Deixem então essas impiedades para aqueles que são bastante mal nascidos para ser verdadeiramente capazes disso. Reconheçam enfim que não há senão duas espécies de pessoas a quem se possam chamar razoáveis: ou os que servem a Deus de todo o coração porque o conhecem ou os que o buscam de todo o coração porque não o conhecem.

(Blaise Pascal. Pensamentos, 2015. Adaptado.)


O pensamento desse filósofo é nitidamente influenciado por uma ótica

A
científica.
B
ateísta.
C
antropocêntrica.
D
materialista.
E
teológica.
db6043c9-48
UNB 2010 - Filosofia - O Conhecimento Humano e o Conhecimento Divino, A Experiência do Sagrado

A canção de Lulu Santos evoca, a partir do seu título, situações antitéticas e abriga a ideia da transitoriedade da vida e fatalidade da morte, discrepante com a visão idealizada de alegria, apresentada como solução, ao final da canção.

Imagem 015.jpg

A imagem acima representa o ciclo infinito da vida e da
morte. Na mitologia grega, os fenômenos vida e morte eram
representados pela díade Eros e Tânatos. Eros é a força
fundamental do cosmo, e seu poder estende-se sobre todos os
seres vivos e todos os elementos da natureza. Eros representa a
energia fecundante do universo, consubstanciada no amor físico,
que dá origem à vida. Eros constitui o princípio da ação, da vida,
o qual se opõe à pulsão de morte e se realiza na libido. Segundo
a mitologia grega, Tânatos, conhecido por ter coração de ferro e
entranhas de bronze, existe desde antes da criação da humanidade
e personifica a morte. Foi descrito como uma figura sinistra
coberta de negro, passeando entre os homens com uma foice na
mão. Em psicanálise, é a representação mítica da pulsão de morte,
um impulso instintivo e inconsciente de busca da morte e(ou) da
destruição. Essa dualidade vida-morte está expressa, em
linguagem moderna, na letra da canção de Lulu Santos
apresentada a seguir.

Imagem 016.jpg

Considerando a imagem, as informações e a letra da canção
apresentadas acima, julgue os itens .

C
Certo
E
Errado
d6116250-48
UNB 2010 - Filosofia - O Conhecimento Humano e o Conhecimento Divino, A Experiência do Sagrado

Do texto acima depreende-se que o autor defende a ideia de que as crenças, em particular as religiosas, atuam apenas no plano intramundano da vida, sem influenciarem a percepção do valor negativo da vida em geral.

Imagem 014.jpg

Julio Cabrera. Sentido da vida e valor da vida: uma diferença crucial.
In: Philosophos revista de filosofia, vol. 9, n.º 1/2004, p. 16-8 (com adaptações).

O autor desse texto defende a ideia de que a vida tem, em seu ser mesmo,
um valor profundamente negativo. As ideias expostas acima têm
consequências importantes na maneira pela qual se pode enxergar a vida
e contrastam fortemente com a maneira como a vida, tradicionalmente,
vem sendo percebida ao longo dos tempos. Considerando essas
informações e o texto acima, julgue os itens seguintes.

C
Certo
E
Errado
7b5f1793-2d
ENEM 2017 - Filosofia - O Conhecimento Humano e o Conhecimento Divino, A Experiência do Sagrado

Pude entender o discurso do cacique Aniceto, na assembleia dos bispos, padres e missionários, em que exigia nada mais, nada menos que os índios fossem batizados. Contestava a pastoral da Igreja, de não interferir nos costumes tribais, evitando missas e batizados. Para Aniceto, o batismo aparecia como sinal do branco, que dava reconhecimento de cristão, isto é, de humano, ao índio.

MARTINS, J. S. A chegada do estranho. São Paulo: Hucitec, 1993 (adaptado).


O objetivo do posicionamento do cacique xavante em relação ao sistema religioso externo às tribos era

A
flexibilizar a crença católica e seus rituais como forma de evolução cultural.
B
acatar a cosmologia cristã e suas divindades como orientação ideológica legítima.
C
incorporar a religiosidade dominante e seus sacramentos como estratégia de aceitação social.
D
prevenir retaliações de grupos missionários como defesa de práticas religiosas sincréticas.
E
reorganizar os comportamentos tribais como instrumento de resistência da comunidade indígena.
cf2bb29f-29
UNESP 2016 - Filosofia - A Experiência do Sagrado

Não posso dizer o que a alma é com expressões materiais, e posso afirmar que não tem qualquer tipo de dimensão, não é longa ou larga, ou dotada de força física, e não tem coisa alguma que entre na composição dos corpos, como medida e tamanho. Se lhe parece que a alma poderia ser um nada, porque não apresenta dimensões do corpo, entenderá que justamente por isso ela deve ser tida em maior consideração, pois é superior às coisas materiais exatamente por isso, porque não é matéria. É certo que uma árvore é menos significativa que a noção de justiça. Diria que a justiça não é coisa real, mas um nada? Por conseguinte, se a justiça não tem dimensões materiais, nem por isso dizemos que é nada. E a alma ainda parece ser nada por não ter extensão material?

(Santo Agostinho. Sobre a potencialidade da alma, 2015. Adaptado.)

No texto de Santo Agostinho, a prova da existência da alma

A
desempenha um papel primordialmente retórico, desprovido de pretensões objetivas.
B
antecipa o empirismo moderno ao valorizar a experiência como origem das ideias.
C
serviu como argumento antiteológico mobilizado contra o pensamento escolástico.
D
é fundamentada no argumento metafísico da primazia da substância imaterial.
E
é acompanhada de pressupostos relativistas no campo da ética e da moralidade.
cf27b55d-29
UNESP 2016 - Filosofia - A Experiência do Sagrado

Jamais um homem fez algo apenas para outros e sem qualquer motivo pessoal. E como poderia fazer algo que fosse sem referência a ele próprio, ou seja, sem uma necessidade interna? Como poderia o ego agir sem ego? Se um homem desejasse ser todo amor como aquele Deus, fazer e querer tudo para os outros e nada para si, isto pressupõe que o outro seja egoísta o bastante para sempre aceitar esse sacrifício, esse viver para ele: de modo que os homens do amor e do sacrifício têm interesse em que continuem existindo os egoístas sem amor e incapazes de sacrifício, e a suprema moralidade, para poder subsistir, teria de requerer a existência da imoralidade, com o que, então, suprimiria a si mesma.

(Friedrich Nietzsche. Humano, demasiado humano, 2005. Adaptado.)

A reflexão do filósofo sobre a condição humana apresenta pressupostos

A
psicológicos, baseados na crítica da inconsistência subjetiva da moral cristã.
B
cartesianos, baseados na ideia inata da existência de Deus na substância pensante.
C
estoicistas, exaltadores da apatia emocional como ideal de uma vida sábia.
D
éticos, defensores de princípios universais para orientar a conduta humana.
E
metafísicos, uma vez que é alicerçada no mundo inteligível platônico.
9f38da25-29
UFBA 2013 - Filosofia - São Tomás e a Filosofia Medieval, O Conhecimento Humano e o Conhecimento Divino, A Experiência do Sagrado, O Sujeito Moderno

Com base na análise do texto de Santo Tomás de Aquino, pode-se afirmar:

Tomás de Aquino defendeu que a ideia da existência de Deus não pode ser provada racionalmente, mas apenas ser crida como um elemento de Fé da Ciência Sagrada.

A tudo isso respondo que foi necessário, para a salvação do homem, uma doutrina fundada na revelação divina, além das disciplinas filosóficas que são investigadas pela razão humana. Primeiro, porque o homem está ordenado a Deus como a um fim que ultrapassa a compreensão da razão, conforme afirma Isaías, 33,4: “Fora de tu, ó Deus, o olho não viu o que preparaste para os que te amam." Ora, o homem deve conhecer o fim ao qual deve ordenar as suas intenções e ações. Por isso se tornou necessário, para a salvação dos homens, que lhes fossem dadas a conhecer, por revelação divina, determinadas verdades que ultrapassam a razão humana.
Mesmo em relação àquelas verdades a respeito de Deus que podem ser investigadas pela razão, foi necessário que o homem fosse instruído pela revelação divina, pois essas verdades, ao serem investigadas pela razão, chegariam a poucas pessoas e mesmo assim só depois de muito tempo e com muitos erros. Entretanto, do conhecimento dessas verdades depende a salvação do homem, a qual está em Deus. Para que, pois, a salvação dos homens seja alcançada de maneira mais conveniente e segura foi necessário que fossem instruídos, a respeito das coisas divinas, pela divina revelação. Donde a necessidade de uma ciência sagrada, obtida pela revelação, além das disciplinas filosóficas que são investigadas pela razão. Por isso, nada impede que as mesmas coisas de que tratam as disciplinas filosóficas, na medida em que são cognoscíveis pela luz da razão natural, sejam tratadas por outra ciência, na medida em que são conhecidas pela luz da revelação divina. Por isso a teologia, enquanto ciência sagrada, difere da teologia que é parte da filosofia. (AQUINO. In: REZENDE, 2005, p. 97).





C
Certo
E
Errado