Questõesde UNICAMP 2021

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Foram encontradas 134 questões
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UNICAMP 2021 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

A curious item was found among Beethoven’s effects, locked away in a drawer, at the time of his death: three letters, written but apparently never sent (they may have been sent but returned to him), to the “Immortal Beloved.” The content, which varies from high-flown poetic sentiments to banal complaints about his health and discomfort, makes it clear that this is no literary exercise but was intended for a real person. The month and day of the week are given, but not the year. The periods 1801–02, 1806–07, and 1811–12 have been proposed, but the last is the most probable. The most cogent arguments regarding the identity of the person addressed, those by Maynard Solomon, point to Antonie Brentano, a native Viennese, who was the wife of a Frankfurt merchant and sister-in-law to Beethoven familiar Bettina Brentano.

(Adaptado de https://www.britannica.com/biography/Ludwig-van-Beethoven. Acessado em 29/07/20.)

A partir do conteúdo do texto, pode-se afirmar que

A
as cartas mencionadas foram enviadas por Beethoven, mas devolvidas a ele.
B
a destinatária das cartas de Beethoven seria uma cunhada do próprio compositor.
C
as cartas foram enviadas no período de 1801 a 1812.
D
a hipótese mais sólida é a de que a destinatária das cartas seria uma vienense.
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UNICAMP 2021 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Texto 1

“Algumas vozes nacionais estão tentando atualmente encaminhar a discussão em torno da identidade ‘mestiça’, capaz de reunir todos os brasileiros (brancos, negros e mestiços). Vejo nesta proposta uma nova sutileza ideológica para recuperar a ideia da unidade nacional não alcançada pelo fracassado branqueamento físico. Essa proposta de uma nova identidade mestiça, única, vai na contramão dos movimentos negros e de outras chamadas minorias, que lutam pela construção de uma sociedade plural e de identidades múltiplas.”

(Kabengele Munanga, Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: Identidade Nacional versus Identidade Negra. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 16.)


Texto 2

“Os meus olhos coloridos/ Me fazem refletir/ Eu estou sempre na minha/ E não posso mais fugir/ Meu cabelo enrolado/ Todos querem imitar/ Eles estão baratinados/ Também querem enrolar/ Você ri da minha roupa/ Você ri do meu cabelo/ Você ri da minha pele/ Você ri do meu sorriso/ A verdade é que você,/ (Todo brasileiro tem!)/ Tem sangue crioulo/ Tem cabelo duro/ Sarará crioulo.”

(Macau, “Olhos Coloridos”, 1981, gravada por Sandra de Sá. Álbum: “Sandra de Sá”. RCA.)


Considerando o alerta de Munanga em relação a algumas “vozes nacionais”, a canção de Macau

A
resgata o antigo ideal da identidade nacional única.
B
aponta a possibilidade de uma identidade múltipla.
C
atesta que a pluralidade se opõe ao movimento negro.
D
insiste nas lutas das minorias por uma unidade.
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UNICAMP 2021 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Dizer que Caetano falou "X” porque "é um leonino vaidoso" quer dizer que: a) todo leonino é vaidoso (se leonino, vaidoso), ou b) que ele pertence a um subconjunto de leoninos, os vaidosos? (o que dá, no primeiro caso, "leonino, que é vaidoso" e no segundo, "leonino que é vaidoso").
(Sírio Possenti, postagem na rede social Facebook, 8 de agosto de 2020.)

Entre os comentários à postagem, qual deles responde corretamente à pergunta do autor?

A
“Em um determinado universo de crenças, leoninos são vaidosos. Isso é um clichê, um senso comum.”
B
“‘É um leonino vaidoso’ = é como qualquer leonino, no caso, vaidoso. É vaidoso porque é vaidoso. Alternativa a.”
C
“Entendo como a opção 2. Para que eu entendesse como opção 1, deveria ser: ‘como todo leonino, é vaidoso’, ou algo do tipo.”
D
“Fico com a restritiva ‘leonino que é vaidoso’. Entendo que, ao trazer vaidoso a leonino, acentua o vaidoso já implicado em leonino.”
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UNICAMP 2021 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

TEXTO 1


antipoema


é preciso rasurar o cânone

distorcer as regras

as rimas as métricas


o padrão

a norma que prende a língua


os milionários que se beneficiam do nosso silêncio


do medo de se dizer poeta,


só assim será livre a palavra.


(Ma Njanu é idealizadora do “Clube de Leitoras” na periferia de Fortaleza e da “Pretarau, Sarau das Pretas”, coletivo de artistas negras. Disponível em http://recantodasletras.com.br/poesias/6903974. Acessado em 20/05/2020.)


TEXTO 2

“O povo não é estúpido quando diz ‘vou na escola’, ‘me deixe’, ‘carneirada’, ‘mapear’, ‘farra’, ‘vagão’, ‘futebol’. É antes inteligentíssimo nessa aparente ignorância porque, sofrendo as influências da terra, do clima, das ligações e contatos com outras raças, das necessidades do momento e de adaptação, e da pronúncia, do caráter, da psicologia racial, modifica aos poucos uma língua que já não lhe serve de expressão porque não expressa ou sofre essas influências e a transformará afinal numa outra língua que se adapta a essas influências.”

(Carta de Mário a Drummond, 18 de fevereiro de 1925, em Lélia Coelho Frota, Carlos e Mário: correspondência completa entre Carlos Drummond de Andrade e Mário de Andrade. Rio de Janeiro: Bem-Te-Vi, 2002, p. 101.)


Apesar de passados quase 100 anos, a carta de Mário de Andrade ecoa no poema de Ma Njanu. Ambos os textos manifestam

A
a ignorância ratificada do povo em sua luta para se expressar.
B
a necessidade de diversificar a língua segundo outros costumes.
C
a inteligência do povo e dos poetas livres de influências.
D
a ingenuidade em se crer na possibilidade de escapar às regras.
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UNICAMP 2021 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

A situação abaixo ocorreu em uma entrevista com a atriz Scarlett Johansson e o ator Robert Downey Junior, que atuaram juntos em um filme.


(Disponível em https://www.cracked.com/blog/14-epic-comebacks-stars-gave-tostupid-interview-questions/. Acessado em 25/06/20.)

Em sua resposta, a atriz

A
evidencia o seu descontentamento por meio de uma mudança de assunto.
B
rechaça a pergunta e sugere que Robert Downey Jr. a responda.
C
desaprova a pergunta com um comentário sarcástico dirigido a Robert Downey Jr.
D
critica o teor da pergunta e sugere uma mudança de assunto.
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UNICAMP 2021 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A Amazônia em chamas, a censura voltando, a economia estagnada, e a pessoa quer falar de quê? Dos cafonas. Do império da cafonice que nos domina. O cafona fala alto e se orgulha de ser grosseiro e sem compostura. Acha que pode tudo. Não há ética que caiba a ele. Enganar é ok. Agredir é ok. Gentileza, educação, delicadeza, para um convicto e ruidoso cafona, é tudo coisa de maricas. O cafona fura filas, canta pneus e passa sermões. Despreza a ciência, porque ninguém pode ser mais sabido que ele. O cafona quer ser autoridade, para poder dar carteiradas. Quer bajular o poderoso e debochar do necessitado. Quer andar armado. Quer tirar vantagem em tudo. Unidos, os cafonas fazem passeatas de apoio e protestos a favor. Atacam como hienas e se escondem como ratos. Existe algo mais brega do que um rico roubando? Algo mais chique do que um pobre honesto? É sobre isso que a pessoa quer falar, apesar de tudo que está acontecendo. Porque só o bom gosto pode salvar este país.

(Adaptado de Fernanda Young, Bando de cafonas. Publicado em https: //oglobo.globo.com/cultura/em-sua-ultima-coluna-fernanda-young-sent enciacafonice-detesta-arte-23903168. Acessado em 27/05/2020.)

*cafona: quem tem ou revela mau gosto (roupa cafona); que revela gosto ou atitude vulgares. (Adaptado de aulete.com.br.)

Essa releitura do significado de “cafona” salienta

A Amazônia em chamas, a censura voltando, a economia estagnada, e a pessoa quer falar de quê? Dos cafonas. Do império da cafonice que nos domina. O cafona fala alto e se orgulha de ser grosseiro e sem compostura. Acha que pode tudo. Não há ética que caiba a ele. Enganar é ok. Agredir é ok. Gentileza, educação, delicadeza, para um convicto e ruidoso cafona, é tudo coisa de maricas. O cafona fura filas, canta pneus e passa sermões. Despreza a ciência, porque ninguém pode ser mais sabido que ele. O cafona quer ser autoridade, para poder dar carteiradas. Quer bajular o poderoso e debochar do necessitado. Quer andar armado. Quer tirar vantagem em tudo. Unidos, os cafonas fazem passeatas de apoio e protestos a favor. Atacam como hienas e se escondem como ratos. Existe algo mais brega do que um rico roubando? Algo mais chique do que um pobre honesto? É sobre isso que a pessoa quer falar, apesar de tudo que está acontecendo. Porque só o bom gosto pode salvar este país.

(Adaptado de Fernanda Young, Bando de cafonas. Publicado em https: //oglobo.globo.com/cultura/em-sua-ultima-coluna-fernanda-young-sent enciacafonice-detesta-arte-23903168. Acessado em 27/05/2020.)   

A
a importância das atitudes de determinado grupo de pessoas em relação aos problemas que o país de fato enfrenta.
B
o controle do poder político nas mãos de pessoas desprovidas de ética e educação nas formas como se relacionam com o meio ambiente.
C
a incorporação de padrões de comportamento e de convivência social baseada na vulnerabilidade das classes minoritárias.
D
o privilégio de uma parcela da sociedade em relação a outras e a forma como isso determina os dilemas enfrentados pelo país.
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UNICAMP 2021 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação aos recursos de coesão usados na construção do texto, é correto afirmar que:

A Amazônia em chamas, a censura voltando, a economia estagnada, e a pessoa quer falar de quê? Dos cafonas. Do império da cafonice que nos domina. O cafona fala alto e se orgulha de ser grosseiro e sem compostura. Acha que pode tudo. Não há ética que caiba a ele. Enganar é ok. Agredir é ok. Gentileza, educação, delicadeza, para um convicto e ruidoso cafona, é tudo coisa de maricas. O cafona fura filas, canta pneus e passa sermões. Despreza a ciência, porque ninguém pode ser mais sabido que ele. O cafona quer ser autoridade, para poder dar carteiradas. Quer bajular o poderoso e debochar do necessitado. Quer andar armado. Quer tirar vantagem em tudo. Unidos, os cafonas fazem passeatas de apoio e protestos a favor. Atacam como hienas e se escondem como ratos. Existe algo mais brega do que um rico roubando? Algo mais chique do que um pobre honesto? É sobre isso que a pessoa quer falar, apesar de tudo que está acontecendo. Porque só o bom gosto pode salvar este país.

(Adaptado de Fernanda Young, Bando de cafonas. Publicado em https: //oglobo.globo.com/cultura/em-sua-ultima-coluna-fernanda-young-sent enciacafonice-detesta-arte-23903168. Acessado em 27/05/2020.)   

A
a “economia estagnada” é retomada no uso da expressão “dar carteiradas”.
B
o uso de “isso”, no final do texto, retoma as ideias de cafonice e honestidade.
C
“apesar de tudo”, na penúltima linha, retoma o que a autora denomina “império da cafonice”.
D
o “porque”, na última linha, explica que o país precisa do bom gosto dos cafonas.
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UNICAMP 2021 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Num mundo dominado por homens, a mulher é tratada como um ser diferenciado, que merece uma designação especial. Enquanto a expressão “o homem” pode equivaler a “o ser humano”, como na frase “O homem é mortal”, a expressão “a mulher” só se refere aos seres humanos do gênero feminino. A língua também revela um tratamento diferente dado à mulher na sociedade ao conter designações específicas para ela, inexistentes para o homem. Assim, a mulher de um chefe de governo é chamada de “primeira-dama”, mas o marido de uma mulher que desempenha aquele cargo não é chamado de “primeiro-cavalheiro”.
Conta-se que Cecília Meireles recusava a designação de “poetisa”, por achar que esse termo não tinha a mesma conotação de “poeta” (usado para os homens), ao contrário, soava até pejorativo. Por outro lado, Dilma Rousseff exigia que a tratassem por “presidenta” para enfatizar que quem ocupava o cargo de chefe da nação brasileira era finalmente uma mulher.

(Adaptado de Francisco Jardes Nobre de Araújo, O machismo na linguagem. Disponível em https://www.parabolablog.com.br/index.php/ blogs/o-machismona-linguagem?fbclid=IwAR0n7sVvu2mNioWa1Gpp0BZL4TP6Uo-hGK7DKyltgIxk d tRfoOaI6OEPCZE. Acessado em 05/06/2020.)

Segundo o autor de “O machismo na linguagem”,

A
o hábito de usar “o homem” para representar a humanidade faz com que o feminino se torne um gênero subalterno.
B
a prática da designação do gênero feminino na língua portuguesa leva ao fim do privilégio do masculino na linguagem.
C
o emprego de palavras no feminino evita o viés machista e incentiva uma menor diferenciação entre os gêneros.
D
a escolha de algumas palavras para marcar o gênero feminino pode se relacionar com a valorização social da mulher.
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UNICAMP 2021 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“─ Reputação! Ora, mamãe, e é a senhora quem me fala nisso!
Camila estacou, sem atinar com a resposta, compreendendo o alcance das palavras do filho.
A surpresa paralisou-lhe a língua; o sangue arrefeceu-se-lhe nas veias; mas, de repente, a reação sacudiu-a e então, num desatino, ferida no coração, ela achou para o Mário admoestações mais ásperas. Percebeu que a língua mais dizia que a sua vontade; mas não poderia contê-la. A dor atirava-a para diante, contra aquele filho, até então poupado.”
(Júlia Lopes de Almeida, A falência. Campinas: Editora da Unicamp, 2018, p. 123.)

A passagem apresenta a reação de Camila às palavras de seu filho. Assinale a alternativa que explica corretamente o comentário de Mário.

A
Mário contrapõe-se à censura materna com sentimento de compaixão.
B
Mário rejeita as reservas maternas com censura moral.
C
Mário contrapõe-se à censura materna com desdém pela família.
D
Mário rejeita as reservas maternas com vergonha pelas dívidas acumuladas.
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UNICAMP 2021 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“ O vento da vida, por mais que cresça, nunca pode chegar a ser bonança; o vento da fortuna pode chegar a ser tempestade, e tão grande tempestade, que se afogue nela o mesmo vento da vida.”

(Antônio Vieira, “Sermão de quarta-feira de cinza do ano de 1672”, em A Arte de Morrer. São Paulo: Nova Alexandria, 1994, p. 56.)

No sermão proferido na Igreja de Santo Antônio dos Portugueses, em Roma, Vieira recorre a uma metáfora para chamar a atenção dos fiéis sobre a morte.
Assinale a alternativa que expressa a mensagem veiculada pela imagem do vento. 

A
A vida dos fiéis é comparável à tranquilidade da brisa em alto-mar.
B
A fortuna dos fiéis é comparável à força das intempéries marítimas.
C
A fortuna dos fiéis é comparável à felicidade eterna.
D
A vida dos fiéis é comparável à ventura dos navegadores.
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UNICAMP 2021 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O conto “O espelho”, de Machado de Assis, apresenta o esboço de uma teoria sobre a alma humana. A tese apresentada defende a existência de duas almas (interior e exterior), que completam o homem. Contudo, o narrador faz uma distinção entre as almas que mudam de natureza e estado e aquelas que são enérgicas. Escolha a alternativa que ilustra, no conto, a mutabilidade da alma exterior.

A
A liderança é a força sem a qual o poder político de Oliver Cromwell se extingue.
B
A patente é a marca de distinção, sem a qual Jacobina se extingue.
C
Os versos de Luís de Camões são uma declaração de amor à pátria, pela qual o poeta se dispõe a morrer.
D
As moedas de ouro são o valor visível sem o qual Shylock prefere morrer.
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UNICAMP 2021 - Literatura - Simbolismo, Vanguardas Europeias, Modernismo, Realismo, Escolas Literárias

Tradicionalmente, o palco pode apresentar uma variedade de estilos cênicos, entre os quais se destacam o estilo realista (põe em evidência detalhes ambientais para sugerir sensações e emoções vividas pelas personagens), o estilo expressionista (os objetos são distorcidos ou estilizados, com o fim de sugerir, mais que mostrar, o ambiente de atuação das personagens), o estilo simbolista (os objetos concretos sugerem ideias abstratas, segundo associações sinestéticas tradicionais: o verde, vestido pelos mágicos, indica a esperança; o vermelho, a cor do demônio, sugere uma paixão violenta; a veste branca simboliza a candura, a castidade).
(Adaptado de Salvatore D´Onofrio, Teoria do texto 2: Teoria da lírica e do drama. São Paulo: Ática, 1995, p. 138.)

Sem identidade, hierarquias no chão, estilos misturados, a pós-modernidade é isto e aquilo, num presente aberto pelo e.
(Jair Ferreira dos Santos, O que é o pós-moderno. São Paulo: Brasiliense, 2004, p. 110.)

Com base nas indicações cênicas (as didascálias) que abrem e fecham a peça O marinheiro, de Fernando Pessoa, é correto afirmar que o seu estilo é

A
expressionista, dadas a ausência de ações dramáticas e a presença de sugestões alegóricas como, por exemplo, o canto do galo.
B
simbolista, uma vez que os elementos que compõem a cena dramática sugerem alguns significados de natureza filosófica.
C
realista, porque as imagens da noite, do luar e do alvorecer indicam precisamente a passagem do tempo.
D
pós-modernista, tendo em vista que os objetos descritos criam uma atmosfera mágica, na qual a ilusão não se distingue da realidade.
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UNICAMP 2021 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o poema e responda à questão que se segue.

A fermosura desta fresca serra
e a sombra dos verdes castanheiros,
o manso caminhar destes ribeiros,
donde toda a tristeza se desterra;

o rouco som do mar, a estranha terra,
o esconder do Sol pelos outeiros,
o recolher dos gados derradeiros,
das nuvens pelo ar a branda guerra;

enfim, tudo o que a rara natureza
com tanta variedade nos oferece,
se está, se não te vejo, magoando.

Sem ti, tudo me enoja e me aborrece;
sem ti, perpetuamente estou passando,
nas mores alegrias, mor tristeza.

É correto afirmar que, no soneto de Camões,

A
a beleza natural aborrece o eu lírico, uma vez que se transforma em objeto de suas maiores tristezas.
B
a variedade da paisagem está em harmonia com o sentimento do eu lírico porque a relação amorosa é imperfeita.
C
a harmonia da natureza consola o eu lírico das imperfeições da vida e da ausência da pessoa amada.
D
a singularidade da natureza entristece o eu lírico quando ele está distante da pessoa amada.
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UNICAMP 2021 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

GÊNESIS (INTRO)

Deus fez o mar, as árvore, as criança, o amor

O homem me deu a favela, o crack, a trairagem

As arma, as bebida, as puta

Eu? 

Eu tenho uma Bíblia velha, uma pistola automática

Um sentimento de revolta

Eu tô tentando sobreviver no inferno


(Racionais Mc’s, Sobrevivendo no inferno. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 45.)


“Gênesis” é a segunda canção do álbum Sobrevivendo no Inferno. É antecedida pela invocação de uma outra canção, intitulada “Jorge da Capadócia”, de Jorge Ben.

É correto afirmar que as evocações dos elementos religiosos nesse álbum 

A
legitimam a violência social a que estão submetidos os pobres.
B
dificultam a tomada de consciência da população negra.
C
articulam as esferas ética e estética da experiência humana na poesia.
D
dissimulam a hipocrisia moral das pessoas religiosas.