Questõesde INSPER sobre Português

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Foram encontradas 142 questões
3621e16f-6e
INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Na frase “O novo apresentador até deu um beijo em sua colega na abertura do telejornal.” (2° parágrafo), o emprego do termo em destaque permite concluir que

      Nos últimos tempos, surgiu um novo critério para avaliar jornalistas da TV – a relação do profissional com os seus admiradores nas redes sociais. O tamanho dos fãs-clubes e a forma de interação com eles se tornou, igualmente, uma maneira de “medir” o talento de apresentadores.

      A estreia de Dony de Nuccio na bancada do “Jornal Hoje”, ao lado de Sandra Annenberg, nesta segunda-feira [07.08.2017], deixou claro o peso destes aspectos mais subjetivos. O novo apresentador até deu um beijo em sua colega na abertura do telejornal. Foi mais um gesto, entre outros, no esforço de mostrar aos fãs que a saída de Evaristo Costa, parceiro de Sandra por mais de 13 anos, não vai afetar em nada o bom andamento do telejornal.

      Não à toa, Dony festejou no ar o seu antecessor: “É um grande desafio substituir o Evaristo Costa, tão querido por todos, tão competente na condução do telejornal por tantos anos.”

                                                  (https://mauriciostycer.blogosfera.uol.com.br)

A
o novo apresentador provavelmente não queria dar um beijo na colega.
B
a atitude do novo apresentador já era esperada pelo público.
C
o beijo teve um efeito nulo na estreia do novo apresentador.
D
o beijo entre apresentadores do telejornal é um ato excêntrico.
E
a abertura dos telejornais é ocasião para manifestações efusivas entre os apresentadores.
361e5182-6e
INSPER 2017 - Português - Uso das aspas, Pontuação

Observe o uso das aspas nas seguintes passagens do texto:


– ... uma maneira de “medir” o talento de apresentadores. (1° parágrafo);

– A estreia de Dony de Nuccio na bancada do “Jornal Hoje”, ao lado de Sandra Annenberg... (2° parágrafo);

– “É um grande desafio substituir o Evaristo Costa, tão querido por todos, tão competente na condução do telejornal por tantos anos.” (3° parágrafo).


Nessas passagens, usam-se as aspas, respectivamente, para:

      Nos últimos tempos, surgiu um novo critério para avaliar jornalistas da TV – a relação do profissional com os seus admiradores nas redes sociais. O tamanho dos fãs-clubes e a forma de interação com eles se tornou, igualmente, uma maneira de “medir” o talento de apresentadores.

      A estreia de Dony de Nuccio na bancada do “Jornal Hoje”, ao lado de Sandra Annenberg, nesta segunda-feira [07.08.2017], deixou claro o peso destes aspectos mais subjetivos. O novo apresentador até deu um beijo em sua colega na abertura do telejornal. Foi mais um gesto, entre outros, no esforço de mostrar aos fãs que a saída de Evaristo Costa, parceiro de Sandra por mais de 13 anos, não vai afetar em nada o bom andamento do telejornal.

      Não à toa, Dony festejou no ar o seu antecessor: “É um grande desafio substituir o Evaristo Costa, tão querido por todos, tão competente na condução do telejornal por tantos anos.”

                                                  (https://mauriciostycer.blogosfera.uol.com.br)

A
indicar ênfase ao termo empregado; marcar uso de nome próprio composto; indicar o discurso indireto livre.
B
marcar ambiguidade no emprego do termo; enfatizar o nome do noticiário; indicar a fala do autor.
C
indicar o sentido denotativo do termo empregado; indicar discurso direto; marcar um comentário do autor.
D
conferir um novo significado ao termo empregado; indicar um comentário; marcar a fala do jornalista.
E
relativizar a significação do termo empregado; destacar o nome do noticiário; indicar o discurso direto.
36176515-6e
INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Na tessitura textual, a última estrofe do poema constitui

                                       Essas coisas


                         “Você não está mais na idade

                         de sofrer por essas coisas.”


                          Há então a idade de sofrer

                          e a de não sofrer mais

                          por essas, essas coisas?


                          As coisas só deviam acontecer

                          para fazer sofrer

                          na idade própria de sofrer?


                           Ou não se devia sofrer

                           pelas coisas que causam sofrimento,

                           pois vieram fora de hora, e a hora é calma?


                           E, se não estou mais na idade de sofrer,

                           é porque estou morto, e morto

                           é a idade de não sentir as coisas, essas coisas?

                     (Carlos Drummond de Andrade. As impurezas do branco, 2012)

A
uma comprovação apresentada pelo eu lírico para mostrar que viver é sofrer, por meio da qual ele revela ser impossível fugir de certas coisas.
B
uma retomada das considerações anteriores, por meio da qual o eu lírico nega com veemência que sofre por algumas coisas.
C
um exemplo do eu lírico para ilustrar a efemeridade de todas as coisas da vida, por meio do qual ele se mostra incapaz de sofrer novamente.
D
uma conclusão, por meio da qual o eu lírico contesta a ideia de que não tem idade para sofrer por determinadas coisas.
E
uma contraposição de ideias às informações anteriores, por meio da qual o eu lírico reconhece que é praticamente um morto.
36142387-6e
INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No poema, o eu lírico evidencia

                                       Essas coisas


                         “Você não está mais na idade

                         de sofrer por essas coisas.”


                          Há então a idade de sofrer

                          e a de não sofrer mais

                          por essas, essas coisas?


                          As coisas só deviam acontecer

                          para fazer sofrer

                          na idade própria de sofrer?


                           Ou não se devia sofrer

                           pelas coisas que causam sofrimento,

                           pois vieram fora de hora, e a hora é calma?


                           E, se não estou mais na idade de sofrer,

                           é porque estou morto, e morto

                           é a idade de não sentir as coisas, essas coisas?

                     (Carlos Drummond de Andrade. As impurezas do branco, 2012)

A
a perplexidade ante as contingências decorrentes da maturidade.
B
a idealização de um momento de vida marcado pelo sofrimento.
C
a incompletude de sua vida, já que não tem mais idade para sofrer
D
a aceitação de sua condição, não estando mais disposto a sofrer.
E
a vontade de sucumbir aos sofrimentos e, por fim, morrer.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

No texto, a função da linguagem predominante é a

      Às 15h de uma segunda-feira, o campinho de futebol sob o viaduto de Vila Esperança está lotado de jovens descalços disputando o clássico Dois Poste contra Santa Cruz.

      Ninguém tem emprego. Xambito é um deles.

      Xambito precisa pagar pensão para seu filho de três anos, mas não quer voltar para a “vida errada”, como diz.

      “Essa vida errada aí, biqueira [ponto de vendas de drogas], tráfico, só tem dois caminhos: cadeia ou morte; não quero nenhum desses dois, quero ver meu filho crescer, botar ele pra jogar bola, pra estudar”, diz Xambito, que anda pela favela com uma caixinha de som tocando o sertanejo Felipe Araújo.

      Ele está correndo atrás de um “serviço fichado” (registrado). Já foi várias vezes aos pátios das fábricas em Cubatão, mas diz que aparecem dez vagas para 500 pessoas. “Só com ajuda de Deus para ser chamado, é muita gente desempregada.”

(http://arte.folha.uol.com.br/mundo/2017/um-mundo-de-muros/brasil/ excluidos/)  

A
apelativa, considerando-se a intenção de persuadir o público leitor, fazendo-o acreditar que muitas pessoas vivam sem renda.
B
referencial, considerando-se a intenção de analisar e expor ao público leitor a condição de vida dos menos favorecidos.
C
emotiva, considerando-se a ênfase nas condições de vida conturbadas das pessoas com o fim de comover o público leitor.
D
emotiva, considerando-se a descrição de um contexto de vida particular para expor a questão das drogas na sociedade.
E
referencial, considerando-se que expõe de forma pouco idealizada a rotina de jovens que preferem o futebol ao trabalho formal.
360dadaf-6e
INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Redação - Reescritura de texto

De acordo com a norma-padrão da língua e com o sentido do texto, as informações do trecho “Essa vida errada aí, biqueira [ponto de vendas de drogas], tráfico, só tem dois caminhos: cadeia ou morte; não quero nenhum desses dois, quero ver meu filho crescer...” estão corretamente reescritas em:

      Às 15h de uma segunda-feira, o campinho de futebol sob o viaduto de Vila Esperança está lotado de jovens descalços disputando o clássico Dois Poste contra Santa Cruz.

      Ninguém tem emprego. Xambito é um deles.

      Xambito precisa pagar pensão para seu filho de três anos, mas não quer voltar para a “vida errada”, como diz.

      “Essa vida errada aí, biqueira [ponto de vendas de drogas], tráfico, só tem dois caminhos: cadeia ou morte; não quero nenhum desses dois, quero ver meu filho crescer, botar ele pra jogar bola, pra estudar”, diz Xambito, que anda pela favela com uma caixinha de som tocando o sertanejo Felipe Araújo.

      Ele está correndo atrás de um “serviço fichado” (registrado). Já foi várias vezes aos pátios das fábricas em Cubatão, mas diz que aparecem dez vagas para 500 pessoas. “Só com ajuda de Deus para ser chamado, é muita gente desempregada.”

(http://arte.folha.uol.com.br/mundo/2017/um-mundo-de-muros/brasil/ excluidos/)  

A
Essa vida errada do tráfico tem dois caminhos: cadeia ou morte. Não quero nenhum desses dois, mas quero ver meu filho crescer.
B
Essa vida errada do tráfico é dois caminhos: cadeia ou morte. Não quero nenhum desses dois, além de querer ver meu filho crescer.
C
Para essa vida errada do tráfico, existe dois caminhos: cadeia ou morte. Não quero nenhum deles, quero ver meu filho crescer.
D
Para essa vida errada do tráfico, vê-se dois caminhos: cadeia ou morte. Não quero nenhum desses dois, por isso quero ver meu filho crescer.
E
Para essa vida errada do tráfico, há dois caminhos: cadeia ou morte. Não quero nenhum deles, pois quero ver meu filho crescer.
360a2973-6e
INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos

Analisando a fala de Xambito, identificam-se marcas da linguagem informal, como

      Às 15h de uma segunda-feira, o campinho de futebol sob o viaduto de Vila Esperança está lotado de jovens descalços disputando o clássico Dois Poste contra Santa Cruz.

      Ninguém tem emprego. Xambito é um deles.

      Xambito precisa pagar pensão para seu filho de três anos, mas não quer voltar para a “vida errada”, como diz.

      “Essa vida errada aí, biqueira [ponto de vendas de drogas], tráfico, só tem dois caminhos: cadeia ou morte; não quero nenhum desses dois, quero ver meu filho crescer, botar ele pra jogar bola, pra estudar”, diz Xambito, que anda pela favela com uma caixinha de som tocando o sertanejo Felipe Araújo.

      Ele está correndo atrás de um “serviço fichado” (registrado). Já foi várias vezes aos pátios das fábricas em Cubatão, mas diz que aparecem dez vagas para 500 pessoas. “Só com ajuda de Deus para ser chamado, é muita gente desempregada.”

(http://arte.folha.uol.com.br/mundo/2017/um-mundo-de-muros/brasil/ excluidos/)  

A
“vida errada”, contrapondo-se ao registro formal em “Xambito precisa pagar pensão para seu filho de três anos”.
B
“Só com ajuda de Deus para ser chamado”, contrapondo-se ao registro formal em “cadeia ou morte; não quero nenhum desses dois”.
C
“botar ele pra jogar bola”, contrapondo-se ao registro formal em “Já foi várias vezes aos pátios das fábricas em Cubatão”.
D
“quero ver meu filho crescer”, contrapondo-se ao registro formal em “só tem dois caminhos: cadeia ou morte”.
E
“é muita gente desempregada”, contrapondo-se ao registro formal em “Ele está correndo atrás de um ‘serviço fichado’”.
3606e9da-6e
INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos

Analise o infográfico para responder à questão.




Ao relacionar as informações do texto às do infográfico, entende-se que a situação dos moradores de Vila Esperança

      Às 15h de uma segunda-feira, o campinho de futebol sob o viaduto de Vila Esperança está lotado de jovens descalços disputando o clássico Dois Poste contra Santa Cruz.

      Ninguém tem emprego. Xambito é um deles.

      Xambito precisa pagar pensão para seu filho de três anos, mas não quer voltar para a “vida errada”, como diz.

      “Essa vida errada aí, biqueira [ponto de vendas de drogas], tráfico, só tem dois caminhos: cadeia ou morte; não quero nenhum desses dois, quero ver meu filho crescer, botar ele pra jogar bola, pra estudar”, diz Xambito, que anda pela favela com uma caixinha de som tocando o sertanejo Felipe Araújo.

      Ele está correndo atrás de um “serviço fichado” (registrado). Já foi várias vezes aos pátios das fábricas em Cubatão, mas diz que aparecem dez vagas para 500 pessoas. “Só com ajuda de Deus para ser chamado, é muita gente desempregada.”

(http://arte.folha.uol.com.br/mundo/2017/um-mundo-de-muros/brasil/ excluidos/)  

A
contraria a tendência nacional, já que os moradores de lá procuram uma colocação profissional formal, como Xambito, que “está correndo atrás de um ‘serviço fichado’”.
B
comprova os dados apresentados, como se pode ver com a frase “Ninguém tem emprego” e com a fala de Xambito: “é muita gente desempregada”.
C
marca-se pelo desejo de mudarem de vida pelo esporte, já que o campinho do lugar fica “lotado de jovens descalços disputando o clássico Dois Poste contra Santa Cruz”.
D
exemplifica uma situação atípica no que diz respeito ao desemprego, considerando-se a fala de Xambito: “mas diz que aparecem dez vagas para 500 pessoas”.
E
mostra-se mais alentadora que a média do Brasil, criando boas expectativas de vida aos moradores como Xambito, ao dizer: “quero ver meu filho crescer, (...) pra estudar”.
3603a45d-6e
INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos

De acordo com o infográfico, conclui-se corretamente que, na Vila Esperança, assim como no Brasil,

                   

A
uma pequena parcela da população vive com até 2 salários-mínimos.
B
a maior parcela da população tem renda entre 2 e 5 salários-mínimos.
C
a parcela da população que recebe mais de 20 salários-mínimos é expressiva.
D
a parcela da população que vive sem renda ultrapassa os 10%.
E
a população sem renda equivale à que vive com até meio salário-mínimo.
36009264-6e
INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Coesão e coerência, Sintaxe

No segundo parágrafo, emprega-se a expressão “no entanto”, em relação às informações do parágrafo anterior, com a finalidade de indicar uma

      Os memes – termo usado para se referir a um conceito ou imagem que se espalha rapidamente no mundo virtual – costumam surgir de um fato inusitado ou de uma situação engraçada que se espalha pela internet e começa a ganhar variadas versões. Em época de eleições, os candidatos viram alvos perfeitos dessas paródias.

      Especialistas ouvidos pelo Estado dizem, no entanto, que o surgimento desses “memes políticos” não significa que as pessoas estejam mais interessadas em discutir política. “Isso aconteceria se elas estivessem debatendo propostas dos candidatos. O meme surge só para divertir”, diz o consultor em marketing político Carlos Manhanelli.

      Rafael Sbarai, pesquisador de mídias digitais, concorda. Para ele, o fenômeno se explica pela tecnologia, não pela política. “Temos hoje mais pessoas conectadas, mais pessoas passando mais tempo nas redes sociais, especialmente no Facebook.”

      O especialista em marketing político digital Gabriel Rossi recomenda: quando algum candidato for alvo de um meme, desde que ele não seja ofensivo, as campanhas têm de encarar o fato com bom humor.

                                                                        (http://politica.estadao.com.br)

A
comparação de ideias, com as quais se pode inferir que a análise de temas políticos já faz parte do cotidiano da maioria dos internautas.
B
conclusão de ideias, com as quais se pode concluir que as pessoas têm se mostrado mais preocupadas atualmente em debater política.
C
consequência de ideias, com as quais se pode comprovar a tendência do brasileiro em analisar a situação política do país com humor.
D
contrajunção de ideias, com as quais se pode concluir que a discussão política perde espaço para o humor e para o entretenimento no mundo virtual.
E
explicação de ideias, com as quais se pode entender que, no campo da política nacional, o humor tem espaço bastante restrito.
35fd69d3-6e
INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos

Com base nas informações dos especialistas ouvidos pelo jornal, entende-se que os “memes políticos”

      Os memes – termo usado para se referir a um conceito ou imagem que se espalha rapidamente no mundo virtual – costumam surgir de um fato inusitado ou de uma situação engraçada que se espalha pela internet e começa a ganhar variadas versões. Em época de eleições, os candidatos viram alvos perfeitos dessas paródias.

      Especialistas ouvidos pelo Estado dizem, no entanto, que o surgimento desses “memes políticos” não significa que as pessoas estejam mais interessadas em discutir política. “Isso aconteceria se elas estivessem debatendo propostas dos candidatos. O meme surge só para divertir”, diz o consultor em marketing político Carlos Manhanelli.

      Rafael Sbarai, pesquisador de mídias digitais, concorda. Para ele, o fenômeno se explica pela tecnologia, não pela política. “Temos hoje mais pessoas conectadas, mais pessoas passando mais tempo nas redes sociais, especialmente no Facebook.”

      O especialista em marketing político digital Gabriel Rossi recomenda: quando algum candidato for alvo de um meme, desde que ele não seja ofensivo, as campanhas têm de encarar o fato com bom humor.

                                                                        (http://politica.estadao.com.br)

A
submetem as pessoas a situações constrangedoras, uma vez que a maior parte delas deixa de se divertir por serem vítimas de memes ofensivos nas redes sociais.
B
têm encontrado grande espaço para sua difusão nas mídias digitais, propiciando diversão e, além disso, permitindo o debate político com bom humor.
C
divertem os internautas por se configurarem em diversas versões, o que cada vez mais tem despertado o interesse dessas pessoas pela tecnologia e pela política.
D
acabam por se constituir em discursos não raro ofensivos, uma vez que a ideia de diversão nas redes sociais tem sido suplantada pelo contínuo debate político.
E
restringem-se à diversão dos internautas, relacionando-se mais às facilidades propiciadas pela tecnologia do que ao interesse das pessoas pela política.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos

Considere as seguintes informações presentes na bula de paracetamol.


INDICAÇÕES:

Este medicamento é indicado, em adultos, para a redução da febre e o alívio temporário de dores leves a moderadas, tais como: dores associadas a resfriados comuns, dor de cabeça, dor no corpo, dor de dente, dor nas costas, dores musculares, dores leves associadas a artrites e dismenorreia.


POSOLOGIA E MODO DE USAR:

Uso oral. Os comprimidos devem ser administrados por via oral, com líquido. O paracetamol pode ser administrado independentemente das refeições. Adultos e crianças acima de 12 anos: 1 comprimido, 3 a 5 vezes ao dia. A dose diária total recomendada de paracetamol é de 4000 mg (5 comprimidos de paracetamol 750 mg) administrados em doses fracionadas, não excedendo 1000 mg/dose (1 comprimido de paracetamol 750 mg), em intervalos de 4 a 6 horas, em um período de 24 horas.

Duração do tratamento: depende da remissão dos sintomas.

(http://www.anvisa.gov.br)


Uma mãe, quando foi amamentar seu filho, percebeu que ele estava febril. Decidiu, então, dar-lhe o paracetamol. Se ela leu adequadamente a bula, conclui-se que

A
administrou o medicamento ao filho, sem exceder 1000 mg/dose durante o tratamento.
B
deixou de administrar o medicamento ao filho, pois é restrito aos adultos.
C
administrou o medicamento até a febre do filho ceder completamente.
D
deixou de administrar o medicamento ao filho, pois o comprimido excede a dose diária.
E
deixou de administrar o medicamento ao filho, à vista da condição etária deste.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos

Leia o poema.


É PROIBIDO PISAR NA GRAMA

O jeito é deitar e rolar

(Chacal, Belvedere, 2007)


A leitura do poema de Chacal permite afirmar que

A
o humor é um instrumento da construção poética, ficando evidente o espírito de contestação e subversão do eu lírico.
B
a brevidade da construção poética sinaliza para o respeito do eu lírico à ordem que direciona e organiza a sociedade.
C
a indiferença do eu lírico, presente na construção poética, revela seu incômodo em relação à ordem social vigente.
D
o negativismo evidente na construção poética limita a ação do eu lírico, que aceita as regras sociais sem questioná-las.
E
a ênfase dada pelo eu lírico às regras sociais na construção poética sugere que ele as acata, ainda que delas discorde.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos

Observe as expressões em destaque:


– O jornal britânico [...] publicou nesta quarta-feira [...] um longo artigo sobre a situação econômica do Brasil. (Texto 1);

– ... aqueles do crescente exército de pessoas sem-teto do Rio... (Texto 1);

– Estas são algumas das vítimas de um problema... (Texto 1);

– ... mas trouxe alerta sobre o risco de o país voltar a constar no próximo Mapa da Fome. (Texto 2).


Na constituição dos discursos, os termos em destaque sinalizam que

                                                  Texto 1


      O jornal britânico The Guardian publicou nesta quarta-feira [19.07.2017] um longo artigo sobre a situação econômica do Brasil.

      O texto começa contando a história de Miriam Gomes, que às 5 da manhã se dirigia a um projeto social que ela coordena em Cidade Nova, no Rio de Janeiro, onde a fila para receber uma cesta básica semanal já tem mais de cem metros de comprimento. Alguns haviam dormido na rua – aqueles do crescente exército de pessoas sem-teto do Rio, ou que viviam muito longe para chegar lá às 6:30 da manhã, quando poderiam começar a pegar uma bolsa de vegetais, frutas, arroz, feijão, macarrão, leite e biscoitos, e um pouco de chocolate.

      Estas são algumas das vítimas de um problema que só piora em um país, uma vez louvado pela redução da pobreza, mas onde o número de pobres está subindo novamente, destaca o Guardian. O Brasil caiu em sua pior recessão por décadas, com 14 milhões de pessoas desempregadas, acrescenta.

                                                (http://www.jb.com.br. 19.07.2017. Adaptado)


                                               Texto 2


      No mês passado, 20 instituições da sociedade civil apresentaram o relatório Luz da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável. O documento analisa o desempenho do Brasil para o cumprimento dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), mas trouxe alerta sobre o risco de o país voltar a constar no próximo Mapa da Fome. Esse levantamento – feito pela instituição da ONU que lida com a agricultura e a alimentação, a FAO – indica em quais nações mais de 5% da população ingerem diariamente menos calorias que o recomendado.

      Só em 2014, o Brasil desapareceu do Mapa da Fome. Pela primeira vez, 3% dos brasileiros tinham que lidar com a falta de condições para satisfazer a necessidade vital por comida, e, assim, o mapa do país deixou de ganhar, no levantamento da FAO, a cor avermelhada.

                       (http://www.correiobraziliense.com.br. 09.08.2017. Adaptado)

A
a fome é um problema menor no país, frente à economia.
B
a ONU avalia mal a condição de vida dos brasileiros.
C
o contexto econômico-social do Brasil merece atenção.
D
o fim da fome no Brasil ocorreu com a economia em crise.
E
a mídia internacional desconhece a realidade brasileira.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos

A leitura comparativa dos textos permite concluir que os dois tratam do tema

                                                  Texto 1


      O jornal britânico The Guardian publicou nesta quarta-feira [19.07.2017] um longo artigo sobre a situação econômica do Brasil.

      O texto começa contando a história de Miriam Gomes, que às 5 da manhã se dirigia a um projeto social que ela coordena em Cidade Nova, no Rio de Janeiro, onde a fila para receber uma cesta básica semanal já tem mais de cem metros de comprimento. Alguns haviam dormido na rua – aqueles do crescente exército de pessoas sem-teto do Rio, ou que viviam muito longe para chegar lá às 6:30 da manhã, quando poderiam começar a pegar uma bolsa de vegetais, frutas, arroz, feijão, macarrão, leite e biscoitos, e um pouco de chocolate.

      Estas são algumas das vítimas de um problema que só piora em um país, uma vez louvado pela redução da pobreza, mas onde o número de pobres está subindo novamente, destaca o Guardian. O Brasil caiu em sua pior recessão por décadas, com 14 milhões de pessoas desempregadas, acrescenta.

                                                (http://www.jb.com.br. 19.07.2017. Adaptado)


                                               Texto 2


      No mês passado, 20 instituições da sociedade civil apresentaram o relatório Luz da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável. O documento analisa o desempenho do Brasil para o cumprimento dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), mas trouxe alerta sobre o risco de o país voltar a constar no próximo Mapa da Fome. Esse levantamento – feito pela instituição da ONU que lida com a agricultura e a alimentação, a FAO – indica em quais nações mais de 5% da população ingerem diariamente menos calorias que o recomendado.

      Só em 2014, o Brasil desapareceu do Mapa da Fome. Pela primeira vez, 3% dos brasileiros tinham que lidar com a falta de condições para satisfazer a necessidade vital por comida, e, assim, o mapa do país deixou de ganhar, no levantamento da FAO, a cor avermelhada.

                       (http://www.correiobraziliense.com.br. 09.08.2017. Adaptado)

A
da economia, mostrando que a recessão econômica tem mantido 3% da população sem condições de saciar sua necessidade vital por comida.
B
da fome, ressaltando um possível retrocesso nas condições de pobreza no país, decorrente da situação econômica do Brasil.
C
da redução da pobreza, enfatizando que, mesmo diante de um cenário de desemprego negativo, a maior parte da população não passa fome.
D
do desemprego, explicitando a relação entre este e a fome, cenário sombrio que há décadas inclui o Brasil no Mapa da Fome da ONU.
E
das mazelas do Rio de Janeiro, criticando o aumento de pessoas sem-teto na cidade e, consequentemente, a inserção do Brasil no Mapa da Fome.
35ebdca0-6e
INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos

Leia a charge.


A charge mistura diversas linguagens na construção de um discurso capaz de

A
influenciar a perspectiva de abordagem crítica do leitor, fazendo-o destacar o componente irônico da situação.
B
centrar a atenção do leitor na relação das personagens com o cenário, independentemente do diálogo que mantêm.
C
desviar a atenção do leitor de questões sociais, reduzindo sua leitura à percepção do recurso tecnológico projetado.
D
levar o leitor a compor analogias, reconhecendo no texto a intenção de denunciar as desigualdades sociais.
E
reformular pontos de vista negativos do leitor acerca do mundo digital projetado no mapa da fome.
90c4bddc-6e
INSPER 2018 - Português - Interpretação de Textos

Leia o texto.


A entrevista com a jornalista Joyce Ribeiro, apresentadora do Jornal da Cultura, trouxe mais uma vez ao blog um tipo bem conhecido de leitor. É aquele que não suporta determinadas discussões e berra: “Chega de mimimi!” O termo, popularizado inicialmente no desenho animado adulto Fudêncio e seus Amigos, exibido pela MTV entre 2005 e 2011, se popularizou na internet de uma forma deturpada. Não é mais um protesto contra quem reclama em excesso, mas uma forma de impedir debates de temas polêmicos. O racismo, por exemplo.

A entrevista com Joyce tratou deste tema, por motivos óbvios. A apresentadora milita contra o racismo e luta por mais oportunidades para negros em todas as áreas. Ela não reclamou de nada durante a conversa comigo. Apenas lembrou que há enorme desigualdade no país.

“Mimimi”, apontaram vários leitores. “Mais uma vez o mimimi que o negro é discriminado”, protestou outro. “Chega de mimimi. Já cansou”, disse mais de um.

Não há nada parecido com lamúria, choro ou ladainha na entrevista de Joyce Ribeiro. Lendo estes comentários, fica claro que eles expressam muito mais uma vontade de não querer conversar ou debater do que, de fato, um incômodo com a reclamação.


(https://mauriciostycer.blogosfera.uol.com.br. Adaptado)


De acordo com o texto, nas redes sociais, o emprego do termo “mimimi” é uma estratégia discursiva empregada para

A
dificultar que questões polêmicas sejam postas em discussão, retirando-se, assim, o direito à voz de quem pretende expressar-se.
B
recuperar o espaço mal controlado no meio virtual, destinando-o para a discussão de temas relevantes de ordem geral das pessoas.
C
ironizar aquelas pessoas que gastam o seu tempo no meio virtual para ficar reclamando com choros e lamúrias sobre seus próprios dilemas.
D
controlar quem diz e o que diz nesses espaços, evitando, dessa forma, que haja reclamação em excesso por parte das pessoas.
E
permitir que se instaure um debate mais democrático e produtivo nesses espaços, evitando comentários que sejam improdutivos e polêmicos.
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Leia o poema de João Cabral de Melo Neto.


         A Educação pela Pedra


Uma educação pela pedra: por lições;

para aprender da pedra, frequentá-la;

captar sua voz inenfática, impessoal

(pela dicção ela começa as aulas).

A lição de moral, sua resistência fria

ao que flui e a fluir, a ser maleada;

a de poética, sua carnadura concreta;

a de economia, seu adensar-se compacta:

lições de pedra (de fora para dentro,

cartilha muda), para quem soletrá-la.


Outra educação pela pedra: no Sertão

(de dentro para fora, e pré-didática).

No Sertão a pedra não sabe lecionar,

e se lecionasse, não ensinaria nada;

lá não se aprende a pedra: lá a pedra,

uma pedra de nascença, entranha a alma.


(João Cabral de Melo Neto, Poesias Completas)


Massaud Moisés, em A literatura brasileira através dos textos (2004), afirma que há na poesia de João Cabral de Melo Neto uma ideia geral de despoetização do poema. Essa afirmação se justifica com o poema lido na medida em que nele se identifica

A
o exercício lúdico com as palavras, tal como expresso no verso “(de dentro para fora, e pré-didática)”.
B
a visão idílica do mundo, tal como expresso no verso “No Sertão a pedra não sabe lecionar”.
C
a contenção sentimental, tal como expresso no verso “captar sua voz inenfática, impessoal.”
D
a contestação do fazer poético, tal como expresso no verso “a de poética, sua carnadura concreta”.
E
a representação poética pelo viés do espiritualismo, tal como expresso no verso “uma pedra de nascença, entranha a alma”.
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Leia os fragmentos de entrevista realizada com pais de crianças que participaram do trabalho da professora Eglê Franchi, relatado no livro de sua autoria A redação na escola (1984).

“A sinhora como que bateu nas costas dela, feiz ela sortá as palavra não só da boca, mas na mão tamém.” (Mãe da Clarice)
“Essa língua que nóis fala num é assim errada, nóis num precisa tê vergonha dela.” (Mãe da Evanil)
“Esse jeito de ponhá grandeza na fala da criança levô ela longe.” (Mãe da Eliane)

Analisando as falas das mães, identifica-se como marca recorrente da variedade linguística que utilizam

A
a referência pronominal sem identificação do referente.
B
a discordância entre os sujeitos de oração e os verbos.
C
a substituição da conjunção “nem” pela forma “num”.
D
a forma erudita de alguns vocábulos, como “ponhá”.
E
a alteração no plano fônico das palavras, como “feiz”.
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No início da Gramática Pedagógica, seu autor, Marcos Bagno, cita alguns pressupostos que a fundamentam. Entre eles, o fato de que ela “é pedagógica, porque foi pensada para colaborar com a formação docente que, no Brasil, é reconhecidamente falha e precária. Nossos cursos de Letras (a começar pelo nome) se vinculam a um ideário cultural obsoleto, enraizado na sociedade burguesa do século XIX. Por isso, eles deixam de oferecer aos estudantes uma série de conhecimentos fundamentais enquanto, por outro lado, desperdiçam tempo com a transmissão de conteúdos irrelevantes para quem vai exercer a profissão docente. Basta perguntar a professoras e professores na ativa ou em formação se sabem, por exemplo, o que é gramaticalização ou se ao menos já ouviram falar disso.” (Marcos Bagno, Gramática Pedagógica do Português Brasileiro, 2011).

Com as informações apresentadas, o autor tem o propósito de

A
criticar a transmissão de conteúdos irrelevantes por parte de muitos professores da área de Letras, ainda que tenham uma formação irreparável.
B
justificar que se trata de uma obra destinada a complementar a formação de estudantes de Letras e de graduados na área, já no exercício da docência.
C
ironizar a formação dos docentes que não conseguem transmitir conteúdos irrelevantes nem discutir o que seja o conceito de gramaticalização.
D
corrigir eventuais falhas na formação dos alunos de Letras que, na maioria das vezes, apartam-se dos valores da sociedade burguesa tradicional.
E
fomentar a discussão em relação ao ideário cultural obsoleto presente na sociedade, mas necessário para a formação dos docentes em Letras.