Leia o poema.
É PROIBIDO PISAR NA GRAMA
O jeito é deitar e rolar
(Chacal, Belvedere, 2007)
A leitura do poema de Chacal permite afirmar que
Leia o poema.
É PROIBIDO PISAR NA GRAMA
O jeito é deitar e rolar
(Chacal, Belvedere, 2007)
A leitura do poema de Chacal permite afirmar que
Gabarito comentado
Tema central: Interpretação de texto e figuras de linguagem (ironia, humor e contestação).
Análise da alternativa correta (A):
O poema propõe, de forma sucinta e criativa, uma oposição à ordem “É proibido pisar na grama”. Ao invés de demonstrar obediência, o eu lírico utiliza humor ao sugerir uma ação ainda mais ousada: “deitar e rolar”, o que potencializa a transgressão de maneira lúdica. Esse raciocínio evidencia o espírito contestador e subversivo do eu lírico, característica comum em textos poéticos modernos, conforme abordado em Interpretação de Textos de Pasquale & Infante.
Destaca-se o uso da ironia: ao invés de recusar a proibição, o texto "brinca" com ela, gerando efeito humorístico.
Análise das alternativas incorretas:
B) Sugere respeito à ordem, mas o texto faz o contrário, driblando a proibição.
C) Erra ao mencionar “indiferença” e “incômodo”; o eu lírico não é indiferente, mas ativo em sua contestação.
D) Aponta um “negativismo” e “aceitação”, porém o poema é positivo, irreverente e burla a regra.
E) Diz que o eu lírico acata as regras, o que não ocorre; há questionamento aberto e afronta à norma.
Estratégias de interpretação: Em textos breves, é fundamental avaliar ironias, duplo sentido e implicações, lembrando que o subtexto pode inverter aquilo que está aparente no enunciado. Observe palavras de ordem (“proibido”) versus as ações sugeridas (“deitar e rolar”). A desconstrução da regra é sutil e humorística – típica “pegadinha” das provas que confundem conotação com denotação.
Regra essencial: Segundo Bechara (Moderna Gramática Portuguesa), a interpretação pressupõe análise do contexto, da intenção e das figuras de linguagem. Ironia e humor subvertem o sentido literal.
Em resumo, a alternativa A traduz com precisão o tom contestador e irreverente do eu lírico, usando o humor como instrumento poético de enfrentamento de normas sociais. As outras alternativas distorcem ou negligenciam o sentido central do poema.
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