Questõesde PUC - SP sobre História
A foto mostra Francisco Villa e Emiliano Zapata na sede da presidência do México, em dezembro de 1914. É
correto afirmar que a imagem
A foto mostra Francisco Villa e Emiliano Zapata na sede da presidência do México, em dezembro de 1914. É correto afirmar que a imagem
O relato expõe traços de uma mentalidade que caracterizou
o Ocidente medieval. Entre esses traços, pode-se
mencionar:
“No ano de 590, quando a peste e a fome devastam a Gália, um enxame de moscas faz enlouquecer um camponês de Berry enquanto este cortava lenha na floresta. Ele se transforma em pregador itinerante, vestindo peles de animais, acompanhado de uma mulher a quem chama de Maria, enquanto ele mesmo se faz passar por Cristo. Ele anuncia o futuro, cura os doentes. Segue-o uma multidão de camponeses, pobres e até mesmo padres. Sua atitude ganha logo um aspecto revolucionário. [...] O bispo do Puy manda assassiná-lo e, torturando a pobre Maria, consegue as confissões desejadas.”
Jacques Le Goff. Por uma outra Idade Média. Petrópolis:
Vozes, 2013, p. 181-182
O texto expõe uma das características mais
importantes da expansão marítima europeia dos
séculos XV e XVI,
Leia o texto abaixo para responder à questão.
“O Descobrimento da América, no quadro da expansão marítima europeia, deu lugar à unificação microbiana do mundo. No troca-troca de vírus, bactérias e bacilos com a Europa, África e Ásia, os nativos da América levaram a pior. Dentre as doenças que maior mortandade causaram nos ameríndios estão as 'bexigas', isto é, a varíola, a varicela e a rubéola (vindas da Europa), a febre amarela (da África) e os tipos mais letais de malária (da Europa mediterrânica e da África). Já a América estava infectada pela hepatite, certos tipos de tuberculose, encefalite e pólio. Mas o melhor 'troco' patogênico que os ameríndios deram nos europeus foi a sífilis venérea, verdadeira vingança que os vencidos da América injetaram no sangue dos conquistadores. Traços do trauma provocado por essas doenças parecem ter-se cristalizado na mitologia indígena. Quatro entidades maléficas se destacavam na religião tupi no final do Quinhentos: Taguaigba ('Fantasma ruim'), Macacheira ou Mocácher ('O que faz a gente se perder'), Anhanga ('O que encesta a gente') e Curupira ('O coberto de pústulas'). É razoável supor que o curupira tenha surgido no imaginário tupi após o choque microbiano das primeiras décadas da descoberta.”
Luiz Felipe de Alencastro. “Índios perderam a guerra
bacteriológica”. Folha de S. Paulo, 12.10.1991, p. 7. Adaptado.
A partir do texto de Heródoto (século V a.C.) e de seus
conhecimentos, é correto afirmar que a atividade dos
fenícios
“Após chegarem, descarregam as mercadorias, dispondo-as em ordem na praia, e depois voltam às suas embarcações e fazem sinais de fumaça. Os nativos veem a fumaça e, aproximando-se do mar, colocam ao lado das mercadorias o ouro que oferecem em troca, retirando-se a seguir. Os fenícios retornam e examinam o que os nativos deixaram. Se julgarem que a quantidade do ouro corresponde ao valor das mercadorias, tomam-no e partem, do contrário regressam aos navios e aguardam.”
Heródoto. História. Brasília: UnB, 1988, p. 274. Adaptado.
“Desde a promulgação da constituição de 1988, o sistema partidário e o legislativo constituíram as principais vias
pelas quais as demandas da população foram canalizadas para o sistema político. As mudanças socioeconômicas
desde então promovidas podem ser insuficientes, mas não são poucas. E foram alcançadas por meio do voto e de
sua representação no executivo e no legislativo.”
Argelina Cheibub Figueiredo. “O Brasil na encruzilhada: democracia ou reformas?”, in Angela Alonso e Miriam Dolhnikoff (org.). 1964, do golpe à
democracia. São Paulo: Hedra, 2015, p. 40.
A partir do texto, pode-se afirmar que, após o fim do regime militar brasileiro (1964-1985),
“Desde a promulgação da constituição de 1988, o sistema partidário e o legislativo constituíram as principais vias pelas quais as demandas da população foram canalizadas para o sistema político. As mudanças socioeconômicas desde então promovidas podem ser insuficientes, mas não são poucas. E foram alcançadas por meio do voto e de sua representação no executivo e no legislativo.”
Argelina Cheibub Figueiredo. “O Brasil na encruzilhada: democracia ou reformas?”, in Angela Alonso e Miriam Dolhnikoff (org.). 1964, do golpe à democracia. São Paulo: Hedra, 2015, p. 40.
A partir do texto, pode-se afirmar que, após o fim do regime militar brasileiro (1964-1985),
“No primeiro quartel do século XX, o intercâmbio entre africanos e negros da diáspora ocorreu de diversas formas.
De um lado, por meio do retorno de afrodescendentes, principalmente da América do Norte, para a Libéria, mas
também das Antilhas e Brasil para diversas regiões da África. De outro, através da saída de jovens pertencentes à
elite africana para ingressar nas universidades dos Estados Unidos e da Europa.”
Regina Claro. Olhar a África. Fontes visuais para a sala de aula. São Paulo: Hedra, 2012, p. 151.
O impacto do fenômeno apresentado no texto manifestou-se, entre outros fatores, no
“No primeiro quartel do século XX, o intercâmbio entre africanos e negros da diáspora ocorreu de diversas formas. De um lado, por meio do retorno de afrodescendentes, principalmente da América do Norte, para a Libéria, mas também das Antilhas e Brasil para diversas regiões da África. De outro, através da saída de jovens pertencentes à elite africana para ingressar nas universidades dos Estados Unidos e da Europa.”
Regina Claro. Olhar a África. Fontes visuais para a sala de aula. São Paulo: Hedra, 2012, p. 151.
O impacto do fenômeno apresentado no texto manifestou-se, entre outros fatores, no
“Profundamente identificado com a política saneadora e, principalmente, regeneradora implantada pelo presidente
Rodrigues Alves (1902-1906), Pereira Passos foi nomeado o homem forte do projeto que visava fazer da capital da
República uma vitrine do discurso civilizatório.”
Julia O'Donnell. A invenção de Copacabana. Culturas urbanas e estilos de vida no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 2013, p. 52.
O “projeto” mencionado no texto envolveu, entre outras iniciativas,
“Profundamente identificado com a política saneadora e, principalmente, regeneradora implantada pelo presidente Rodrigues Alves (1902-1906), Pereira Passos foi nomeado o homem forte do projeto que visava fazer da capital da República uma vitrine do discurso civilizatório.”
Julia O'Donnell. A invenção de Copacabana. Culturas urbanas e estilos de vida no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 2013, p. 52.
O “projeto” mencionado no texto envolveu, entre outras iniciativas,
A experiência de transição democrática ao socialismo,
desenvolvida pelo governo de Salvador Allende, no
Chile de 1970 a 1973, e a revolução cubana de 1959
assemelham-se
“Em 1822, a América espanhola, de independência
conquistada em oposição a uma metrópole e suas
Cortes em muitos aspectos tidas por opressoras, agora
plenamente reconhecida por uma potência de primeira
grandeza como eram os Estados Unidos, ofereceria um
modelo para a independência do Brasil.”
João Paulo Pimenta. A independência do Brasil e a experiência
hispano-americana (1808-1822). São Paulo: Hucitec, 2015, p.
448.
O caráter exemplar que a independência da América
espanhola representou, segundo o texto, para aqueles
que lutavam pela independência do Brasil pode ser
identificado, por exemplo, na
“Em 1822, a América espanhola, de independência conquistada em oposição a uma metrópole e suas Cortes em muitos aspectos tidas por opressoras, agora plenamente reconhecida por uma potência de primeira grandeza como eram os Estados Unidos, ofereceria um modelo para a independência do Brasil.”
João Paulo Pimenta. A independência do Brasil e a experiência
hispano-americana (1808-1822). São Paulo: Hucitec, 2015, p.
448.
O caráter exemplar que a independência da América espanhola representou, segundo o texto, para aqueles que lutavam pela independência do Brasil pode ser identificado, por exemplo, na
As observações do donatário de Pernambuco sobre
suas atividades à frente da Capitania expõem a
“Entre todos os moradores e povoadores uns fazem engenhos de açúcar porque são poderosos para isso, outros canaviais, outros algodoais, outros mantimentos, que é a principal e mais necessária cousa para a terra, outros usam de pescar, que também é muito necessário para a terra, outros usam de navios que andam buscando mantimentos e tratando pela terra conforme ao regimento que tenho posto, outros são mestres de engenhos, outros mestres de açúcares, carpinteiros, ferreiros, oleiros e oficiais de fôrmas e sinos para os açúcares e outros oficiais que ando trabalhando e gastando o meu por adquirir para a terra, e os mando buscar em Portugal, na Galiza e nas Canárias às minhas custas, além de alguns que os que vêm fazer os engenhos trazem, e aqui moram e povoam, uns solteiros e outros casados, e outros que cada dia caso e trabalho por casar na terra.”
Gonsalves de Mello e Albuquerque. Cartas de Duarte Coelho a El Rei. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 1997, p. 114.
“As fugidias confissões que os inquisidores tentavam
arrancar dos acusados proporcionam ao pesquisador
atual as informações que ele busca — claro que com
um objetivo totalmente diferente. Mas, enquanto lia os
processos inquisitoriais, muitas vezes tive a impressão
de estar postado atrás dos juízes para espiar seus
passos, esperando, exatamente como eles, que os
supostos culpados se decidissem a falar das suas
crenças.”
Carlo Ginzburg. O fio e os rastros. São Paulo: Companhia das
Letras, 2007, p. 283-284. Adaptado.
O texto aponta semelhanças entre a expectativa do
inquisidor, que colhia os depoimentos daqueles que
eram julgados pelo Santo Ofício, e a expectativa do
pesquisador, que, séculos depois, analisa os processos
inquisitoriais. O “objetivo totalmente diferente” de cada
um deles pode ser assim caracterizado:
“As fugidias confissões que os inquisidores tentavam arrancar dos acusados proporcionam ao pesquisador atual as informações que ele busca — claro que com um objetivo totalmente diferente. Mas, enquanto lia os processos inquisitoriais, muitas vezes tive a impressão de estar postado atrás dos juízes para espiar seus passos, esperando, exatamente como eles, que os supostos culpados se decidissem a falar das suas crenças.”
Carlo Ginzburg. O fio e os rastros. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 283-284. Adaptado.
O texto aponta semelhanças entre a expectativa do inquisidor, que colhia os depoimentos daqueles que eram julgados pelo Santo Ofício, e a expectativa do pesquisador, que, séculos depois, analisa os processos inquisitoriais. O “objetivo totalmente diferente” de cada um deles pode ser assim caracterizado:
A carta, enviada pelo donatário de Pernambuco ao rei
de Portugal em 1549, mostra que os
“Entre todos os moradores e povoadores uns fazem engenhos de açúcar porque são poderosos para isso, outros canaviais, outros algodoais, outros mantimentos, que é a principal e mais necessária cousa para a terra, outros usam de pescar, que também é muito necessário para a terra, outros usam de navios que andam buscando mantimentos e tratando pela terra conforme ao regimento que tenho posto, outros são mestres de engenhos, outros mestres de açúcares, carpinteiros, ferreiros, oleiros e oficiais de fôrmas e sinos para os açúcares e outros oficiais que ando trabalhando e gastando o meu por adquirir para a terra, e os mando buscar em Portugal, na Galiza e nas Canárias às minhas custas, além de alguns que os que vêm fazer os engenhos trazem, e aqui moram e povoam, uns solteiros e outros casados, e outros que cada dia caso e trabalho por casar na terra.”
Gonsalves de Mello e Albuquerque. Cartas de Duarte Coelho a El Rei. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 1997, p. 114.
“Em termos constitucionais mais convencionais, [na
Atenas antiga] o povo não só era elegível para cargos
públicos e possuía o direito de eleger administradores,
mas também era seu o direito de decidir quanto a todos
os assuntos políticos e o direito de julgar, constituindo-se
como tribunal, todos os casos importantes civis e
criminais, públicos e privados. A concentração da
autoridade na Assembleia, a fragmentação e o rodízio
dos cargos administrativos, a escolha por sorteio, a
ausência de uma burocracia remunerada, as cortes com
júri popular, tudo isso servia para evitar a criação da
máquina partidária e, portanto, de uma elite política
institucionalizada.”
M. I. Finley. Democracia antiga e moderna. Rio de Janeiro: Graal,
1988, p. 37.
A partir do texto, pode-se afirmar que a democracia, na
Atenas antiga,
“Em termos constitucionais mais convencionais, [na
Atenas antiga] o povo não só era elegível para cargos
públicos e possuía o direito de eleger administradores,
mas também era seu o direito de decidir quanto a todos
os assuntos políticos e o direito de julgar, constituindo-se
como tribunal, todos os casos importantes civis e
criminais, públicos e privados. A concentração da
autoridade na Assembleia, a fragmentação e o rodízio
dos cargos administrativos, a escolha por sorteio, a
ausência de uma burocracia remunerada, as cortes com
júri popular, tudo isso servia para evitar a criação da
máquina partidária e, portanto, de uma elite política
institucionalizada.”
M. I. Finley. Democracia antiga e moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1988, p. 37.
A partir do texto, pode-se afirmar que a democracia, na Atenas antiga,
“Fui vencido pela reação e, assim, deixo o governo (...).
Sinto-me, porém, esmagado. Forças terríveis levantam-se
contra mim e me intrigam ou me infamam, até com a
desculpa da colaboração. Se permanecesse não manteria
a confiança e a tranquilidade, ora quebradas,
indispensáveis ao exercício da minha autoridade. Creio,
mesmo, que não manteria a própria paz pública."
Jânio Quadros, 25.08.1961, apud Maria Victoria Benevides. O
governo Jânio Quadros. São Paulo: Brasiliense, 1982, p. 73.
O texto reproduz declaração de Jânio Quadros,
no momento de sua renúncia à presidência da
República. Essa renúncia deve ser analisada no
contexto de
“Fui vencido pela reação e, assim, deixo o governo (...). Sinto-me, porém, esmagado. Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou me infamam, até com a desculpa da colaboração. Se permanecesse não manteria a confiança e a tranquilidade, ora quebradas, indispensáveis ao exercício da minha autoridade. Creio, mesmo, que não manteria a própria paz pública."
Jânio Quadros, 25.08.1961, apud Maria Victoria Benevides. O governo Jânio Quadros. São Paulo: Brasiliense, 1982, p. 73.
O texto reproduz declaração de Jânio Quadros, no momento de sua renúncia à presidência da República. Essa renúncia deve ser analisada no contexto de
“A Guerra Civil Espanhola foi principalmente um
conflito local, uma tentativa brutal de resolver, por
meios militares, um grande número de questões
sociais e políticas que dividiram os espanhóis por
várias gerações. (...) A guerra não foi, no entanto,
somente um conflito local, mas também transcendeu
barreiras nacionais e suscitou paixões e debates
repletos de ressentimento pela Europa. Todas as
grandes potências intervieram e determinaram, em
grande medida, o curso e o resultado do conflito."
Francisco J. Romero Salvadó. A Guerra Civil Espanhola.
Rio de Janeiro: Zahar, 2008, p. 7.
Os dois lados da Guerra Civil Espanhola (1936-1939),
mencionados no texto, podem ser exemplificados
Francisco J. Romero Salvadó. A Guerra Civil Espanhola. Rio de Janeiro: Zahar, 2008, p. 7.
Os dois lados da Guerra Civil Espanhola (1936-1939), mencionados no texto, podem ser exemplificados
O caudilhismo foi um fenômeno político presente em
parte da América Hispânica, no decorrer do século
XIX. É possível relacioná-lo com
A invasão e a ocupação holandesas no Nordeste do
Brasil, ocorridas durante o período da União Ibérica
(1580-1640),
“O fato indiscutível é que, em Roma, no decorrer do século II a.C. se
assiste ao fenômeno do despovoamento do campo e à consequente
imigração para as cidades de um grande número de cidadãos que foram
engrossar a miserável clientela da plebe urbana."
Antonio da Silveira Mendonça. “Introdução", in Caio Júlio César. A guerra civil.
São
Paulo: Estação Liberdade, 1999, p. 18. Adaptado.
O grupo social mencionado no texto
Antonio da Silveira Mendonça. “Introdução", in Caio Júlio César. A guerra civil.
São Paulo: Estação Liberdade, 1999, p. 18. Adaptado.
O grupo social mencionado no texto
A partir da tabela e de seus conhecimentos, pode-se afirmar que
A partir da tabela e de seus conhecimentos, pode-se afirmar que