A invasão e a ocupação holandesas no Nordeste do
Brasil, ocorridas durante o período da União Ibérica
(1580-1640),
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa C
Tema central: Invasão e ocupação holandesas no Nordeste (Século XVII). É importante entender a relação entre economia açucareira, rivalidade comercial no Atlântico e a atuação das companhias de comércio no contexto da União Ibérica.
Resumo teórico claro: A presença holandesa no Nordeste (principalmente Pernambuco) entre 1624 e 1654 decorre do interesse da República Holandesa (especialmente da Companhia das Índias Ocidentais — WIC) em controlar a produção de açúcar e as rotas comerciais no Atlântico. Os holandeses já dominavam grande parte do comércio marítimo e buscavam assegurar matéria‑prima e lucros, aproveitando a fragilidade portuguesa durante a União Ibérica e as interrupções na defesa colonial. Obras clássicas: C. R. Boxer, The Dutch in Brazil, 1624–1654; e análises sobre a economia açucareira (Caio Prado Júnior, estudos sobre açúcar) ajudam a fundamentar essa explicação.
Por que a alternativa C é correta: A invasão foi planejada e executada sobretudo para garantir o controle das plantações de cana e do comércio do açúcar — produto valioso no mercado europeu. A WIC financia expedições militares visando estabelecer base produtiva e comercial no Nordeste, reduzindo concorrência e assegurando lucros para os mercadores holandeses.
Análise das alternativas incorretas:
A — Parcialmente enganosa: embora a União Ibérica (1580–1640) tenha enfraquecido a defesa portuguesa, a invasão não foi mera disputa territorial entre Portugal e Espanha; foi ação direta da Holanda motivada por interesses econômicos e comerciais.
B — Incorreta: a disputa naval entre Holanda e Inglaterra existiu, mas a ocupação do Nordeste visou sobretudo o comércio do açúcar e não a rivalidade com a Inglaterra.
D — Incorreta: o expansionismo naval espanhol não explica a invasão holandesa; ao contrário, os holandeses atacaram colônias ibéricas visando seus próprios interesses econômicos.
E — Incorreta e imprecisa: fala em "matérias‑primas e carvão" (carvão não é relevante aqui). O foco foi produto comercializado em larga escala — o açúcar — e não uma corrida por carvão.
Dica de prova: Procure palavras‑chave no enunciado (ex.: "União Ibérica", "Nordeste", "Holandeses") e relacione ao contexto econômico (açúcar, Companhia das Índias Ocidentais). Desconfie de alternativas genéricas ou que mencionem fatores irrelevantes ao período (como carvão).
Fontes recomendadas para estudo: C. R. Boxer, The Dutch in Brazil, 1624–1654; estudos sobre economia açucareira (Caio Prado Júnior); e análises do comércio atlântico (Fernand Braudel).
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!





