Questõesde USP sobre História Geral

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USP 2012 - História - História Geral, Primeira Guerra Mundial, Segunda Grande Guerra – 1939-1945

Quando a guerra mundial de 1914-1918 se iniciou, a ciência médica tinha feito progressos tão grandes que se esperava uma conflagração sem a interferência de grandes epidemias. Isso sucedeu na frente ocidental, mas à leste o tifo precisou de apenas três meses para aparecer e se estabelecer como o principal estrategista na região (...). No momento em que a Segunda Guerra Mundial está acontecendo, em territórios em que o tifo é endêmico, o espectro de uma grande epidemia constitui ameaça constante. Enquanto estas linhas estão sendo escritas (primavera de 1942) já foram recebidas notificações de surtos locais, e pequenos, mas a doença parece continuar sob controle e muito provavelmente permanecerá assim por algum tempo.

Henry E. Sigerist, Civilização e doença.
São Paulo: Hucitec, 2010, p. 130-132.

O correto entendimento do texto acima permite afirmar que

A
o tifo, quando a humanidade enfrentou as duas grandes guerras mundiais do século XX, era uma ameaça porque ainda não tinha se desenvolvido a biologia microscópica, que anos depois permitiria identificar a existência da doença.
B
parte significativa da pesquisa biológica foi abandonada em prol do atendimento de demandas militares advindas dessas duas guerras, o que causou um generalizado abandono dos recursos necessários ao controle de doenças como o tifo.
C
as epidemias, nas duas guerras mundiais, não afetaram os combatentes dos países ricos, já que estes, ao contrário dos combatentes dos países pobres, encontravam-se imunizados contra doenças causadas por vírus.
D
a ameaça constante de epidemia de tifo resultava da precariedade das condições de higiene e saneamento decorrentes do enfrentamento de populações humanas submetidas a uma escala de destruição incomum promovida pelas duas guerras mundiais.
E
o tifo, principalmente na Primeira Guerra Mundial, foi utilizado como arma letal contra exércitos inimigos no leste europeu, que eram propositadamente contaminados com o vírus da doença.
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USP 2012 - História - Guerra Fria e seus desdobramentos, História Geral, Trinta anos de ouro: expansão do socialismo ( 1945- 1975)

Fosse com militares ou civis, a África esteve por vários anos entregue a ditadores. Em alguns países, vigorava uma espécie de semidemocracia, com uma oposição consentida e controlada, um regime que era, em última análise, um governo autoritário. A única saída para os insatisfeitos e também para aqueles que tinham ambições de poder passou a ser a luta armada. Alguns países foram castigados por ferozes guerras civis, que, em certos casos, foram alongadas por interesses extracontinentais.

Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos.
Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 139.

Entre os exemplos do alongamento dos conflitos internos nos países africanos em função de “interesses extracontinentais”, a que se refere o texto, pode-se citar a participação

A
da Holanda e da Itália na guerra civil do Zaire, na década de 1960, motivada pelo controle sobre a mineração de cobre na região.
B
dos Estados Unidos na implantação do apartheid na África do Sul, na década de 1970, devido às tensões decorrentes do movimento pelos direitos civis.
C
da França no apoio à luta de independência na Argélia e no Marrocos, na década de 1950, motivada pelo interesse em controlar as reservas de gás natural desses países.
D
da China na luta pela estabilização política no Sudão e na Etiópia, na década de 1960, motivada pelas necessidades do governo Mao Tse-Tung em obter fornecedores de petróleo.
E
da União Soviética e Cuba nas guerras civis de Angola e Moçambique, na década de 1970, motivada pelas rivalidades e interesses geopolíticos característicos da Guerra Fria.
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USP 2012 - História - História Geral, Movimentos de Reforma Religiosa: protestantes e católicos

O senhor acredita, então”, insistiu o inquisidor, “que não se saiba qual a melhor lei?” Menocchio respondeu: “Senhor, eu penso que cada um acha que sua fé seja a melhor, mas não se sabe qual é a melhor; mas, porque meu avô, meu pai e os meus são cristãos, eu quero continuar cristão e acreditar que essa seja a melhor fé”.

Carlo Ginzburg. O queijo e os vermes. São Paulo:
Companhia das Letras, 1987, p. 113.

O texto apresenta o diálogo de um inquisidor com um homem (Menocchio) processado, em 1599, pelo Santo Ofício. A posição de Menocchio indica

A
uma percepção da variedade de crenças, passíveis de serem consideradas, pela Igreja Católica, como heréticas.
B
uma crítica à incapacidade da Igreja Católica de combater e eliminar suas dissidências internas.
C
um interesse de conhecer outras religiões e formas de culto, atitude estimulada, à época, pela Igreja Católica.
D
um apoio às iniciativas reformistas dos protestantes, que defendiam a completa liberdade de opção religiosa.
E
uma perspectiva ateísta, baseada na sua experiência familar.
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USP 2012 - História - História Geral, Revolução Intelectual do século XVIII: Iluminismo

Maldito, maldito criador! Por que eu vivo? Por que não extingui, naquele instante, a centelha de vida que você tão desumanamente me concedeu? Não sei! O desespero ainda não se apoderara de mim. Meus sentimentos eram de raiva e vingança. Quando a noite caiu, deixei meu abrigo e vagueei pelos bosques. (...) Oh! Que noite miserável passei eu! Sentia um inferno devorar-me, e desejava despedaçar as árvores, devastar e assolar tudo o que me cercava, para depois sentar-me e contemplar satisfeito a destruição. Declarei uma guerra sem quartel à espécie humana e, acima de tudo, contra aquele que me havia criado e me lançara a esta insuportável desgraça!

Mary Shelley. Frankenstein. 2ª ed. Porto Alegre: LPM, 1985.

O trecho acima, extraído de uma obra literária publicada pela primeira vez em 1818, pode ser lido corretamente como uma

A
apologia à guerra imperialista, incorporando o desenvolvimento tecnológico do período.
B
crítica à condição humana em uma sociedade industrializada e de grandes avanços científicos.
C
defesa do clericalismo em meio à crescente laicização do mundo ocidental.
D
recusa do evolucionismo, bastante em voga no período.
E
adesão a ideias e formulações humanistas de igualdade social.
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USP 2012 - História - História Geral, Revoluções Liberais na Europa : Ondas de 1820, 1830 e 1848

          Oh! Aquela alegria me deu náuseas. Sentia-me ao mesmo tempo satisfeito e descontente. E eu disse: tanto melhor e tanto pior. Eu entendia que o povo comum estava tomando a justiça em suas mãos. Aprovo essa justiça, mas poderia não ser cruel? Castigos de todos os tipos, arrastamentos e esquartejamentos, tortura, a roda, o cavalete, a fogueira, verdugos proliferando por toda parte trouxeram tanto prejuízo aos nossos costumes! Nossos senhores colherão o que semearam.

Graco Babeuf, citado por R. Darnton. O beijo de Lamourette.
Mídia, cultura e revolução. São Paulo:
Companhia das Letras, 1990, p. 31. Adaptado.

O texto é parte de uma carta enviada por Graco Babeuf à sua mulher, no início da Revolução Francesa de 1789. O autor

A
discorda dos propósitos revolucionários e defende a continuidade do Antigo Regime, seus métodos e costumes políticos.
B
apoia incondicionalmente as ações dos revolucionários por acreditar que não havia outra maneira de transformar o país.
C
defende a criação de um poder judiciário, que atue junto ao rei.
D
caracteriza a violência revolucionária como uma reação aos castigos e à repressão antes existentes na França.
E
aceita os meios de tortura empregados pelos revolucionários e os considera uma novidade na história francesa.
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USP 2012 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

A escravidão na Roma antiga

A
permaneceu praticamente inalterada ao longo dos séculos, mas foi abolida com a introdução do cristianismo.
B
previa a possibilidade de alforria do escravo apenas no caso da morte de seu proprietário.
C
era restrita ao meio rural e associada ao trabalho braçal, não ocorrendo em áreas urbanas, nem atingindo funções intelectuais ou administrativas.
D
pressupunha que os escravos eram humanos e, por isso, era proibida toda forma de castigo físico.
E
variou ao longo do tempo, mas era determinada por três critérios: nascimento, guerra e direito civil.
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USP 2013 - História - História Geral, Descolonização Afro-asiática : novos Estados, nova arena internacional

Entre os fatores que permitem associar o contexto histórico de Portugal, na década de 1970, às independências de suas colônias na África, encontram-se.

A
o Salazarismo, que dominou Portugal desde a década de 1930, e a intensificação dos laços coloniais com Cabo Verde e Guiné-Bissau, 40 anos depois.
B
a influência política e militar do Pacto de Varsóvia, no norte do continente africano, e o surgimento de movimentos contra o apartheid nas colônias portuguesas
C
o não cumprimento, por Portugal, da exigência internacional de que libertasse suas colônias africanas e sua exclusão da Comunidade Europeia, no princípio da década de 1970.
D
a Revolução dos Cravos, de 1974, que encerrou o longo período ditatorial português, e a ampliação dos movimentos de libertação nacional, como os de Angola e Moçambique.
E
o imediato cessar-fogo estabelecido pelo regime democrático português, implantado em 1974, e o fim dos conflitos internos nas colônias portuguesas da África.
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USP 2013 - História - História Geral, Revolução Chinesa

A fotografia acima, tirada em Beijing, China, em 1989, pode ser identificada, corretamente, como;

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A
reveladora do sucateamento do exército chinês, sinal mais visível da crise econômica que então se abateu sobre aquela potência comunista
B
emblema do conflito cultural entre Ocidente e Oriente, que resultou na recuperação de valores religiosos ancestrais na China.
C
demonstração da incapacidade do Partido Comunista Chinês de impor sua política pela força, já que o levante daquele ano derrubou o regime
D
montagem jornalística, logo desmascarada pela revelação de que o homem que nela aparece é chinês, enquanto os tanques são soviéticos.
E
símbolo do confronto entre liberdade de expressão e autoritarismo político, ainda hoje marcante naquele país.
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USP 2013 - História - História Geral

A ideia de ocupação do continente pelo povo americano teve também raízes populares, no senso comum e também em fundamentos religiosos. O sonho de estender o princípio da "união" até o Pacífico foi chamado de "Destino Manifesto".

A concepção de "Destino Manifesto", cunhada nos Estados Unidos da década de 1840,

A
difundiu a ideia de que os norte-americanos eram um povo eleito e contribuiu para justificar o desbravamento de fronteiras e a expansão em direção ao Oeste.
B
tinha origem na doutrina judaica e enfatizava que os homens deviam temer a Deus e respeitar a todos os semelhantes, independentemente de sua etnia ou posição social
C
baseava-se no princípio do multiculturalismo e impediu a propagação de projetos ou ideologias racistas no Sul e no Norte dos Estados Unidos.
D
derivou de princípios calvinistas e rejeitava a valorização do individualismo e do aventureirismo nas campanhas militares de conquista territorial, privilegiando as ações coordenadas pelo Estado.
E
defendia a necessidade de se preservar a natureza e impediu o prosseguimento das guerras contra indígenas, na conquista do Centro e do Oeste do território norte-americano
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USP 2013 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

Durante muito tempo, sustentou-se equivocadamente que a utilização de especiarias na Europa da Idade Média era determinada pela necessidade de se alterar o sabor de alimentos apodrecidos, ou pela opinião de que tal uso garantiria a conservação das carnes. A utilização de especiarias no período medieval.

A
permite identificar a existência de circuitos mercantis entre a Europa, a Ásia e o continente africano.
B
demonstra o rigor religioso, caracterizado pela condenação da gastronomia e do requinte à mesa.
C
revela a matriz judaica da gastronomia medieval europeia
D
oferece a comprovação da crise econômica vivida na Europa a partir do ano mil
E
explicita o importante papel dos camponeses dedicados a sua produção e comercialização.
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USP 2013 - História - História Geral

As chamadas "revoluções inglesas", transcorridas entre 1640 e 1688, tiveram como resultados imediatos;

A
a proclamação dos Direitos do Homem e do Cidadão e o fim dos monopólios comerciais.
B
o surgimento da monarquia absoluta e as guerras contra a França napoleônica.
C
o reconhecimento do catolicismo como religião oficial e o fortalecimento da ingerência papal nas questões locais.
D
o fim do anglicanismo e o início das demarcações das terras comuns.
E
o fortalecimento do Parlamento e o aumento, no governo, da influência dos grupos ligados às atividades comerciais.
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USP 2013 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

César não saíra de sua província para fazer mal algum, mas para se defender dos agravos dos inimigos, para restabelecer em seus poderes os tribunos da plebe que tinham sido, naquela ocasião, expulsos da Cidade, para devolver a liberdade a si e ao povo romano oprimido pela facção minoritária.

O texto, do século I a.C., retrata o cenário romano de;

A
implantação da Monarquia, quando a aristocracia perseguia seus opositores e os forçava ao ostracismo, para sufocar revoltas oligárquicas e populares.
B
transição da República ao Império, período de reformulações provocadas pela expansão mediterrânica e pelo aumento da insatisfação da plebe.
C
consolidação da República, marcado pela participação política de pequenos proprietários rurais e pela implementação de amplo programa de reforma agrária.
D
passagem da Monarquia à República, período de consolidação oligárquica, que provocou a ampliação do poder e da influência política dos militares
E
decadência do Império, então sujeito a invasões estrangeiras e à fragmentação política gerada pelas rebeliões populares e pela ação dos bárbaros.
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USP 2013 - História - História Geral

Associe a ocorrência com sua correta representação:

Após o Tratado de Tordesilhas (1494), por meio do qual Portugal e Espanha dividiram as terras emersas com uma linha imaginária, verifica-se um "descobrimento gradual" do atual território brasileiro.

Tendo em vista o processo da formação territorial do País, considere as ocorrências e as representações abaixo:

Ocorrências:

I. Tratado de Madrid (1750);

II. Tratado de Petrópolis (1903);

III. Constituição da República Federativa do Brasil (1988)/consolidação da atual divisão dos Estados.

Representações:

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A
I - A - II - C - III - E
B
I - B - II - C- III - E
C
I - C - II - B - III - E
D
I - A - II - B - III - D
E
I - C - II - A - III - D
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USP 2011 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

Deve-se notar que a ênfase dada à faceta cruzadística da expansão portuguesa não implica, de modo algum, que os interesses comerciais estivessem dela ausentes – como tampouco o haviam estado das cruzadas do Levante, em boa parte manejadas e financiadas pela burguesia das repúblicas marítimas da Itália. Tão mesclados andavam os desejos de dilatar o território cristão com as aspirações por lucro mercantil que, na sua oração de obediência ao pontífice romano, D. João II não hesitava em mencionar entre os serviços prestados por Portugal à cristandade o trato do ouro da Mina, “comércio tão santo, tão seguro e tão ativo” que o nome do Salvador, “nunca antes nem de ouvir dizer conhecido”, ressoava agora nas plagas africanas…
Luiz Felipe Thomaz, “D. Manuel, a Índia e o Brasil”. Revista de História (USP), 161, 2º Semestre de 2009, p.16-17. Adaptado.

Com base na afirmação do autor, pode-se dizer que a expansão portuguesa dos séculos XV e XVI foi um empreendimento

A
puramente religioso, bem diferente das cruzadas dos séculos anteriores, já que essas eram, na realidade, grandes empresas comerciais financiadas pela burguesia italiana.
B
ao mesmo tempo religioso e comercial, já que era comum, à época, a concepção de que a expansão da cristandade servia à expansão econômica e vice- versa.
C
por meio do qual os desejos por expansão territorial portuguesa, dilatação da fé cristã e conquista de novos mercados para a economia europeia mostrar- se-iam incompatíveis.
D
militar, assim como as cruzadas dos séculos anteriores, e no qual objetivos econômicos e religiosos surgiriam como complemento apenas ocasional.
E
que visava, exclusivamente, lucrar com o comércio intercontinental, a despeito de, oficialmente, autoridades políticas e religiosas afirmarem que seu único objetivo era a expansão da fé cristã.
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USP 2011 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

A palavra “feudalismo” carrega consigo vários sentidos. Dentre eles, podem-se apontar aqueles ligados a

A
sociedades marcadas por dependências mútuas e assimétricas entre senhores e vassalos.
B
relações de parentesco determinadas pelo local de nascimento, sobretudo quando urbano.
C
regimes inteiramente dominados pela fé religiosa, seja ela cristã ou muçulmana.
D
altas concentrações fundiárias e capitalistas.
E
formas de economias de subsistência pré-agrícolas.
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USP 2011 - História - História Geral, A estruturação do Estado norte-americano : território, cidadania e política

No século XIX, o surgimento do transporte ferroviário provocou profundas modificações em diversas partes do mundo, possibilitando maior e melhor circulação de pessoas e mercadorias entre grandes distâncias. Dentre tais modificações, as ferrovias

A
facilitaram a integração entre os Estados nacionais latino-americanos, ampliaram a venda do café brasileiro para os países vizinhos e estimularam a constituição de amplo mercado regional.
B
permitiram que a cidade de Manchester se conectasse diretamente com os portos do sul da Inglaterra e, dessa forma, provocaram o surgimento do sistema de fábrica.
C
facilitaram a integração comercial do ocidente com o extremo oriente, substituíram o transporte de mercadorias pelo Mar Mediterrâneo e despertaram o sonho de integração mundial.
D
permitiram uma ligação mais rápida e ágil, nos Estados Unidos, entre a costa leste e a costa oeste, chegando até a Califórnia, palco da famosa corrida do ouro.
E
permitiram a chegada dos europeus ao centro da África, reforçaram a crença no poder transformador da tecnologia e demonstraram a capacidade humana de se impor à natureza.
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USP 2010 - História - História Geral

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A cena retratada no quadro acima simboliza a

A
estupefação diante da destruição e da mortalidade causadas por um tipo de guerra que começava a ser feita em escala até então inédita.
B
Razão, propalada por filósofos europeus do século XVIII, e seu triunfo universal sobre o autoritarismo do Antigo Regime.
C
perseverança da fé católica em momentos de adversidade, como os trazidos pelo advento das revoluções burguesas.
D
força do Estado nacional nascente, a impor sua disciplina civilizatória sobre populações rústicas e despolitizadas.
E
defesa da indústria bélica, considerada força motriz do desenvolvimento econômico dos Estados nacionais do século XIX.
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USP 2010 - História - História Geral

Quando os Holandeses passaram à ofensiva na sua Guerra dos Oitenta Anos pela independência contra a Espanha, no fim do século XVI, foi contra as possessões coloniais portuguesas, mais do que contra as espanholas, que os seus ataques mais fortes e mais persistentes se dirigiram. Uma vez que as possessões ibéricas estavam espalhadas por todo o mundo, a luta subsequente foi travada em quatro continentes e em sete mares e esta luta seiscentista merece muito mais ser chamada a Primeira Guerra Mundial do que o holocausto de 1914-1918, a que geralmente se atribui essa honra duvidosa. Como é evidente, as baixas provocadas pelo conflito ibero-holandês foram em muito menor escala, mas a população mundial era muito menor nessa altura e a luta indubitavelmente mundial.

Charles Boxer, O império marítimo português, 1415-1825.
Lisboa: Edições 70, s.d., p.115.

Podem-se citar, como episódios centrais dessa “luta seiscentista”, a

A
conquista espanhola do México, a fundação de Salvador pelos portugueses e a colonização holandesa da Indonésia.
B
invasão holandesa de Pernambuco, a fundação de Nova Amsterdã (futura Nova York) pelos holandeses e a perda das Molucas pelos portugueses.
C
presença holandesa no litoral oriental da África, a fundação de Olinda pelos portugueses e a colonização espanhola do Japão.
D
expulsão dos holandeses da Espanha, a fundação da Colônia do Sacramento pelos portugueses e a perda espanhola do controle do Cabo da Boa Esperança.
E
conquista holandesa de Angola e Guiné, a fundação de Buenos Aires pelos espanhóis e a expulsão dos judeus de Portugal.
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USP 2010 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

Se o Ocidente procurava, através de suas invasões sucessivas, conter o impulso do Islã, o resultado foi exatamente o inverso.

Amin Maalouf, As Cruzadas vistas pelos árabes.
São Paulo: Brasiliense, p.241, 2007.

Um exemplo do “resultado inverso” das Cruzadas foi a

A
difusão do islamismo no interior dos Reinos Francos e a rápida derrocada do Império fundado por Carlos Magno.
B
maior organização militar dos muçulmanos e seu avanço, nos séculos XV e XVI, sobre o Império Romano do Oriente.
C
imediata reação terrorista islâmica, que colocou em risco o Império britânico na Ásia.
D
resistência ininterrupta que os cruzados enfrentaram nos territórios que passaram a controlar no Irã e Iraque.
E
forte influência árabe que o Ocidente sofreu desde então, expressa na gastronomia, na joalheria e no vestuário.
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USP 2010 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

Quando a expansão comercial europeia ganhou os oceanos, a partir do século XV, rapidamente o mundo conheceu um fenômeno até então inédito: populações que jamais tinham tido qualquer contato umas com as outras passaram a se aproximar, em diferentes graus. Uma das dimensões dramáticas desses novos contatos foi o choque entre ambientes bacteriológicos estranhos, do qual resultou a “mundialização” de doenças e, consequentemente, altas taxas de mortalidade em sociedades cujos indivíduos não possuíam anticorpos para enfrentar tais doenças. Isso ocorreu, primeiro, entre as populações

A
orientais do continente europeu.
B
nativas da Oceania.
C
africanas do Magreb.
D
indígenas da América Central.
E
asiáticas da Indonésia.