Entre os fatores que permitem associar o contexto histórico de Portugal, na década de 1970, às independências de suas colônias na África, encontram-se.
Gabarito comentado
Alternativa correta: D
Tema central: descolonização portuguesa na década de 1970 e a relação entre a mudança política em Portugal (a Revolução dos Cravos, 1974) e a independência das colônias africanas (Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe). Conhecimentos necessários: Estado Novo, guerras coloniais (1961–1974), movimentos de libertação (FRELIMO, PAIGC, MPLA, etc.) e a Revolução de 25 de abril de 1974.
Resumo teórico: O Estado Novo (Salazar/Caetano) manteve uma política de manutenção do império. Desde os anos 60 houve guerras coloniais contra movimentos nacionalistas. Em 25/04/1974 a Revolução dos Cravos pôs fim ao regime ditatorial e abriu caminho a uma política de descolonização rápida; entre 1974–1975 as colónias portuguesas africanas proclamaram independência. (Fontes: Encyclopaedia Britannica; BBC History; estudos sobre a descolonização portuguesa.)
Por que a alternativa D está correta: ela relaciona corretamente o fim do regime ditatorial — a Revolução dos Cravos — com a aceleração das independências, e menciona os movimentos de libertação (Angola, Moçambique) que já vinham lutando e que, com a mudança em Lisboa, obtiveram reconhecimento político e negociaram a saída portuguesa. Esse encadeamento causal é o núcleo da explicação histórica aceita.
Análise das alternativas incorretas:
A — Falsa: embora o Salazarismo tenha marcado o século XX português, a alternativa mistura cronologias e afirma uma “intensificação dos laços coloniais 40 anos depois” sem fundamento; além disso, a questão trata de independências na década de 1970, não de maior integração com as colónias.
B — Falsa: o Pacto de Varsóvia não teve papel determinante nas colónias portuguesas (estas ficam na África subsaariana sul/sudoeste) e confunde causas; o apartheid era uma realidade sul-africana, mas não explica diretamente a descolonização portuguesa.
C — Falsa: afirmações imprecisas — Portugal não foi “excluído da Comunidade Europeia” no começo dos anos 70; a pressão internacional existia, mas a ruptura decisiva foi interna (o golpe de 1974), não uma sanção imediata da CE.
E — Falsa: não houve um “imediato cessar-fogo” universal e fim total dos conflitos; a retirada portuguesa foi rápida, mas muitos territórios viveram transições violentas e, em casos como Angola, guerras civis continuaram após a independência.
Dica de prova: busque no enunciado eventos que liguem causa interna em Portugal (palavras-chave: Revolução dos Cravos, fim da ditadura) à consequência externa (independências). Desconfie de alternativas com cronologias erradas ou afirmações absolutas (“imediato”, “exclusão”) — costumam ser pegadinhas.
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