Questõessobre Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos
Os chamados Atos de Navegação, instituídos na Inglaterra em 1651,
A respeito do processo de Expansão Marítimo-Comercial europeia, ocorrida entre os séculos XV e XVI, assinale a alternativa INCORRETA:
A existência em Jerusalém de um hospital voltado
para o alojamento e o cuidado dos peregrinos, assim
como daqueles entre eles que estavam cansados ou
doentes, fortaleceu o elo entre a obra de assistência
e de caridade e a Terra Santa. Ao fazer, em 1113, do
Hospital de Jerusalém um estabelecimento central da
ordem, Pascoal II estimulava a filiação dos hospitalários
do Ocidente a ele, sobretudo daqueles que estavam
ligados à peregrinação na Terra Santa ou em outro lugar.
A militarização do Hospital de Jerusalém não diminuiu a
vocação caritativa primitiva, mas a fortaleceu.
DEMURGER, A. Os Cavaleiros de Cristo. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 2002 (adaptado).
O acontecimento descrito vincula-se ao fenômeno
ocidental do(a)
A existência em Jerusalém de um hospital voltado para o alojamento e o cuidado dos peregrinos, assim como daqueles entre eles que estavam cansados ou doentes, fortaleceu o elo entre a obra de assistência e de caridade e a Terra Santa. Ao fazer, em 1113, do Hospital de Jerusalém um estabelecimento central da ordem, Pascoal II estimulava a filiação dos hospitalários do Ocidente a ele, sobretudo daqueles que estavam ligados à peregrinação na Terra Santa ou em outro lugar. A militarização do Hospital de Jerusalém não diminuiu a vocação caritativa primitiva, mas a fortaleceu.
DEMURGER, A. Os Cavaleiros de Cristo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002 (adaptado).
O acontecimento descrito vincula-se ao fenômeno ocidental do(a)
Ao observamos mapas ou relatos de viajantes dos séculos XV e XVI, é comum encontrarmos
referências a seres fantásticos, descritos, muitas vezes, como monstros sem olhos ou nariz,
com uma perna ou com corpo desproporcional. A existência destes seres na África, Ásia e
América foram relatados por diversos navegadores da época.
Tais relatos são considerados indicativos do(a):
Ao observamos mapas ou relatos de viajantes dos séculos XV e XVI, é comum encontrarmos referências a seres fantásticos, descritos, muitas vezes, como monstros sem olhos ou nariz, com uma perna ou com corpo desproporcional. A existência destes seres na África, Ásia e América foram relatados por diversos navegadores da época.
Tais relatos são considerados indicativos do(a):
“No momento de sua descoberta, a América apresentava uma grande heterogeneidade
etnográfica. A escala civilizatória era muito variada desde as sociedades organizadas política e
economicamente com um forte e bem estruturado aparelho estatal até as tribos de pescadores.”
BRUIT, H. H. Bartolomé de Las Casas e a Simulação dos Vencidos: Ensaio sobre a conquista
hispânica da América. Campinas-SP: Editora Unicamp, 1995, p.42.
Há um consenso de que dentre as sociedades pré-colombianas de maior avanço estavam
maias, astecas e incas.
Sobre as características socioculturais dos incas, é correto afirmar que
O imaginário que povoou as crenças dos viajantes no
contexto da expansão marítima europeia pressupunha a
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
(...) os mitos e o imaginário fantástico medieval não foram subitamente subtraídos da mentalidade coletiva europeia durante o século XVI. (...) Conforme Laura de Mello e Sousa, “parece lícito considerar que, conhecido o Índico e desmitificado o seu universo fantástico, o Atlântico passará a ocupar papel análogo no imaginário do europeu quatrocentista”.
(VILARDAGA, José Carlos. Lastros de viagem: expectativas, projeções e descobertas portuguesas no Índico (1498- 1554). São Paulo: Annablume, 2010, p. 197)
O texto expõe uma das características mais
importantes da expansão marítima europeia dos
séculos XV e XVI,
Leia o texto abaixo para responder à questão.
“O Descobrimento da América, no quadro da expansão marítima europeia, deu lugar à unificação microbiana do mundo. No troca-troca de vírus, bactérias e bacilos com a Europa, África e Ásia, os nativos da América levaram a pior. Dentre as doenças que maior mortandade causaram nos ameríndios estão as 'bexigas', isto é, a varíola, a varicela e a rubéola (vindas da Europa), a febre amarela (da África) e os tipos mais letais de malária (da Europa mediterrânica e da África). Já a América estava infectada pela hepatite, certos tipos de tuberculose, encefalite e pólio. Mas o melhor 'troco' patogênico que os ameríndios deram nos europeus foi a sífilis venérea, verdadeira vingança que os vencidos da América injetaram no sangue dos conquistadores. Traços do trauma provocado por essas doenças parecem ter-se cristalizado na mitologia indígena. Quatro entidades maléficas se destacavam na religião tupi no final do Quinhentos: Taguaigba ('Fantasma ruim'), Macacheira ou Mocácher ('O que faz a gente se perder'), Anhanga ('O que encesta a gente') e Curupira ('O coberto de pústulas'). É razoável supor que o curupira tenha surgido no imaginário tupi após o choque microbiano das primeiras décadas da descoberta.”
Luiz Felipe de Alencastro. “Índios perderam a guerra
bacteriológica”. Folha de S. Paulo, 12.10.1991, p. 7. Adaptado.
Entre os motivos do pioneirismo português nas navegações
oceânicas dos séculos XV e XVI, podem-se citar
Tendo como referência os fragmentos de texto acima, e considerando a inserção do Brasil no capitalismo nascente e a produção dos seus espaços geográficos, julgue o item e assinale a opção correta.
O ciclo das grandes navegações dos séculos XV e XVI ajudou a completar o processo de transição de um feudalismo em crise a um capitalismo que dava seus passos iniciais. Dessa expansão marítima decorreu a colonização de novas terras, como as americanas. Essa expansão foi essencial para que a Europa incrementasse a acumulação de capital que financiaria o dinamismo econômico da Idade Moderna.
O ciclo das grandes navegações dos séculos XV e XVI ajudou a completar o processo de transição de um feudalismo em crise a um capitalismo que dava seus passos iniciais. Dessa expansão marítima decorreu a colonização de novas terras, como as americanas. Essa expansão foi essencial para que a Europa incrementasse a acumulação de capital que financiaria o dinamismo econômico da Idade Moderna.
A partir do século XV, com o périplo africano, a
exploração do litoral da África permitiu que os
portugueses estabelecessem feitorias e intensificassem
suas atividades mercantis. A respeito das atividades
comerciais que se desenvolviam no continente africano
a partir do século XV, assinale a afirmação correta.
(...) quais mecanismos levaram à escravidão nas sociedades africanas do século VII ao século XV?
(...)
Genericamente, a escravidão esteve presente na África como um todo, fazendo-se necessário observar as especificidades históricas próprias de complexos sociais e políticos e das formas de poder das diversas sociedades africanas. Mas é fundamental acrescentar que a dinâmica e a intensidade da escravidão no continente africano tem a ver com a maior ou menor demanda do tráfico atlântico gerada pelo expansionismo europeu na América. Isso acarreta mudanças sociais na África, como a expansão e a subsequente transformação da poligenia, o desenvolvimento de diferentes tipos de escravidão no continente, além do empobrecimento de uma classe de mercadores africanos.
(Leila Leite Hernandez, A África na sala de aula: visita à história contemporânea, 2008, p. 37-8)
A partir do fragmento, é correto afirmar que
(...)
Genericamente, a escravidão esteve presente na África como um todo, fazendo-se necessário observar as especificidades históricas próprias de complexos sociais e políticos e das formas de poder das diversas sociedades africanas. Mas é fundamental acrescentar que a dinâmica e a intensidade da escravidão no continente africano tem a ver com a maior ou menor demanda do tráfico atlântico gerada pelo expansionismo europeu na América. Isso acarreta mudanças sociais na África, como a expansão e a subsequente transformação da poligenia, o desenvolvimento de diferentes tipos de escravidão no continente, além do empobrecimento de uma classe de mercadores africanos.
(Leila Leite Hernandez, A África na sala de aula: visita à história contemporânea, 2008, p. 37-8)
A partir do fragmento, é correto afirmar que
Inserido em um empreendimento mercantil, financiado com o objetivo de exploração econômica para o fortalecimento do absolutismo espanhol, o navegante genovês [Cristóvão Colombo] encontra uma realidade na América que não permite a identificação das imaginadas riquezas orientais, dando origem a uma dupla narrativa: a do esperado e a do experimentado, em que o discurso é pressionado pela necessidade de obter informações e um projeto colonizador.
(Wilton Carlos Lima da Silva. As terras inventadas, 2003. Adaptado.)
Segundo o texto, o relato de Colombo
(Wilton Carlos Lima da Silva. As terras inventadas, 2003. Adaptado.)
O Texto 3 se refere a olhar “como se estivesse descobrindo
o mundo”. Essa forma de ver as coisas, realmente,
ocorreu nas primeiras navegações às terras encontradas
por Cristóvão Colombo que, inclusive, receberam a denominação
de Novo Mundo. Assinale a alternativa correta
acerca das transformações históricas que possibilitaram
tais expedições:
O outro
Ele me olhou como se estivesse descobrindo o mundo. Me olhou e reolhou em fração de segundo. Só vi isso porque estava olhando-o na mesma sintonia. A singularização do olhar. Tentei disfarçar virando o pescoço para a direita e para a esquerda, como se estivesse fazendo um exercício, e numa dessas viradas olhei rapidamente para ele no volante. Ele me olhava e volveu rapidamente os olhos, fingindo estar tirando um cisco da camisa. Era um ser de meia idade, os cabelos com alguns fios grisalhos, postura de gente séria, camisa branca, um cidadão comum que jamais flertaria com outra pessoa no trânsito. E assim, enquanto o semáforo estava no vermelho para nós, ficou esse jogo de olhares que não queriam se fixar, mas observar o outro espécime que nada tinha de diferente e ao mesmo tempo tinha tudo de diferente. Ele era o outro e isso era tudo. É como se, na igualdade de milhares de humanos, de repente, o ser se redescobrisse num outro espécime. Quando o semáforo ficou verde, nós nos olhamos e acionamos os motores.
(GONÇALVES, Aguinaldo. Das estampas. São Paulo: Nankin, 2013. p. 130.)
Que significa o advento do século XVI? [...] Se essa passagem de século tem hoje um sentido para nós, um sentido que talvez não tinha nos séculos anteriores, é porque vemos que aí é que surgem as primícias da globalização. E essa globalização é mais que um processo de expansão de origem ibérica, mesmo se o papel da península foi dominante. [...] Em 1500, ainda estamos bem longe de uma economia mundial. No limiar do século XVI, a globalização corresponde ao fato de setores do mundo que se ignoravam ou não se frequentavam diretamente serem postos em contato uns com os outros.
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520, 1999.)
O texto
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520, 1999.)
O texto
“Lisboa, agosto de 1499. D. Manoel escreve ao papa anunciando o retorno de Vasco da Gama da primeira viagem marítima à Índia e outorga-se um novo título: “Rei de Portugal e dos Algarves d’aquém e d’além-mar em África, Senhor de Guiné e da Conquista da Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e […] Índia”. Respaldado pelas bulas pontificais e nas caravelas, el-rei podia se atribuir o senhorio dos tratos e territórios longínquos que se conectavam à Europa. Tudo se tornará bem mais complicado quando a Metrópole tentar pôr em prática sua política no ultramar”
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. Trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo, Cia das Letras, 2000, p. 11.
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. Trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo, Cia das Letras, 2000, p. 11.
O Ato de Navegação (1651) de Oliver Cromwell tinha, como um de seus principais objetivos,
Quando a esquadra de Cabral chegou ao território que hoje chamamos de Brasil, o escrivão Pero Vaz de Caminha registrou, em uma longa carta ao rei, os principais acontecimentos. Entre eles, Caminha destacou:
“Nesta terra, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro. Águas são muitas, infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitar, dar-se-á nesta terra tudo, por bem das águas que tem.”
Relacionando esse trecho da carta de Caminha aos objetivos da colonização portuguesa na América, é correto afirmar que essa colonização foi:
“Nesta terra, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro. Águas são muitas, infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitar, dar-se-á nesta terra tudo, por bem das águas que tem.”
Relacionando esse trecho da carta de Caminha aos objetivos da colonização portuguesa na América, é correto afirmar que essa colonização foi:
As caravelas foram um grande avanço tecnológico no final do século XV. Graças a elas, foi possível realizar viagens de longa distância de forma eficiente. Centenas de homens embarcaram nas caravelas dos descobrimentos. Alguns buscavam enriquecimento rápido, outros, oportunidade de difundir a fé em Cristo. Estes homens eram atraídos pela aventura, porém as surpresas nem sempre eram agradáveis. Nas embarcações, proliferavam doenças e a alimentação era precária.
Sobre a época descrita no texto e considerando as informações apresentadas, é correto afirmar que as viagens nas caravelas.
Sobre a época descrita no texto e considerando as informações apresentadas, é correto afirmar que as viagens nas caravelas.
“Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
O mar é das gaivotas
Que nele sabem voar
O mar é das gaivotas
E de quem sabe navegar
Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
Brigam Espanha e Holanda
Porque não sabem que o mar
É de quem o sabe amar”
DINIZ, Leila. Leila Diniz. São Paulo: Editora Brasiliense,1983.
A final da Copa do Mundo de 2010 reproduziu de modo simbólico um conflito que tem origens históricas: a disputa entre Espanha e Holanda pela hegemonia do comércio marítimo mundial no século XVII. Um evento diretamente relacionado a essa disputa pelo domínio marítimo foi
Pelos direitos do mar
O mar é das gaivotas
Que nele sabem voar
O mar é das gaivotas
E de quem sabe navegar
Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
Brigam Espanha e Holanda
Porque não sabem que o mar
É de quem o sabe amar”
DINIZ, Leila. Leila Diniz. São Paulo: Editora Brasiliense,1983.
A final da Copa do Mundo de 2010 reproduziu de modo simbólico um conflito que tem origens históricas: a disputa entre Espanha e Holanda pela hegemonia do comércio marítimo mundial no século XVII. Um evento diretamente relacionado a essa disputa pelo domínio marítimo foi