Questõessobre Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

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USP 2019 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

A imagem a seguir refere‐se às principais rotas de comércio da África do Norte e Ocidental, no século XV.

Eric Wolf, A Europa e os Povos sem História (trad.). São Paulo: Edusp, 2005.

Em relação às rotas comerciais representadas no mapa, é correto afirmar que elas

A
indicam que a melhoria das condições ambientais do Saara permitiu a construção de estradas pelo deserto.
B
foram construídas pelo poder islâmico do Cairo, que promoveu a unificação de toda a África do Norte.
C
mostram a decadência econômica do comércio do Saara oriental, em razão da crise do Império Egípcio.
D
atingem a região ao sudoeste do Saara, local de origem do ouro que chegava aos portos do Mediterrâneo.
E
representam o poder do Império de Songai, cuja capital era Timbuctu, que unificou todo o território entre o Atlântico e o mar Vermelho.
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FGV 2016 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

Os chamados Atos de Navegação, instituídos na Inglaterra em 1651,

A
eram recomendações teóricas que buscavam estimular o livre comércio internacional.
B
constituíram-se como um instrumento jurídico que proibia o tráfico de escravos para a América inglesa.
C
foram uma forma de articulação entre a Inglaterra e o poderio naval holandês frente ao poderio ibérico.
D
estabeleceram regras para a navegação marítima visando combater as práticas de pirataria.
E
eram um conjunto de leis que ampliavam o controle metropolitano inglês sobre as suas colônias.
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IF-MT 2018 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

A respeito do processo de Expansão Marítimo-Comercial europeia, ocorrida entre os séculos XV e XVI, assinale a alternativa INCORRETA:

A
A expansão marítima e a colonização das novas terras contaram com o apoio e a participação da Igreja Católica.
B
A burguesia mercantil dos países ibéricos ajudou a patrocinar as viagens marítimas.
C
Portugal e Espanha foram países pioneiros no processo de expansão marítima.
D
As viagens pelo Oceano Atlântico só foram possíveis devido a algumas inovações tecnológicas, como o astrolábio e a bússola. Além disso, desenvolveram-se estudos de cartas náuticas e a caravela.
E
Ao se tornarem colonizadores, os europeus absorveram e expandiram os princípios religiosos e hábitos culturais dos povos americanos.
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ENEM 2018 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

A existência em Jerusalém de um hospital voltado para o alojamento e o cuidado dos peregrinos, assim como daqueles entre eles que estavam cansados ou doentes, fortaleceu o elo entre a obra de assistência e de caridade e a Terra Santa. Ao fazer, em 1113, do Hospital de Jerusalém um estabelecimento central da ordem, Pascoal II estimulava a filiação dos hospitalários do Ocidente a ele, sobretudo daqueles que estavam ligados à peregrinação na Terra Santa ou em outro lugar. A militarização do Hospital de Jerusalém não diminuiu a vocação caritativa primitiva, mas a fortaleceu.

DEMURGER, A. Os Cavaleiros de Cristo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002 (adaptado).


O acontecimento descrito vincula-se ao fenômeno ocidental do(a)

A
surgimento do monasticismo guerreiro, ocasionado pelas cruzadas.
B
descentralização do poder eclesiástico, produzida pelo feudalismo.
C
alastramento da peste bubônica, provocado pela expansão comercial.
D
afirmação da fraternidade mendicante, estimulada pela reforma espiritual.
E
criação das faculdades de medicina, promovida pelo renascimento urbano.
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UDESC 2018 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

Ao observamos mapas ou relatos de viajantes dos séculos XV e XVI, é comum encontrarmos referências a seres fantásticos, descritos, muitas vezes, como monstros sem olhos ou nariz, com uma perna ou com corpo desproporcional. A existência destes seres na África, Ásia e América foram relatados por diversos navegadores da época.

Tais relatos são considerados indicativos do(a): 

A
intenção explícita dos cartógrafos que, ao fazerem os mapas, desenhavam seres monstruosos para desencorajar novos exploradores. 
B
movimento iluminista, que se estabelecia especialmente a partir do contato com novos povos e sociedades.
C
visão de mundo da sociedade europeia da época, que ainda não era pautada pela observação científica e analítica da natureza e da cultura
D
influência da mitologia céltica, cujo legado pode ser fortemente observado nos vitrais que ornamentavam as igrejas e catedrais ao longo de toda a baixa Idade Média.
E
versão evolucionista, que demarcava a especificidade da civilização europeia em relação à americana ou à africana.  
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UFU-MG 2018, UFU-MG 2018 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

“No momento de sua descoberta, a América apresentava uma grande heterogeneidade etnográfica. A escala civilizatória era muito variada desde as sociedades organizadas política e economicamente com um forte e bem estruturado aparelho estatal até as tribos de pescadores.”

BRUIT, H. H. Bartolomé de Las Casas e a Simulação dos Vencidos: Ensaio sobre a conquista hispânica da América. Campinas-SP: Editora Unicamp, 1995, p.42.

Há um consenso de que dentre as sociedades pré-colombianas de maior avanço estavam maias, astecas e incas.

Sobre as características socioculturais dos incas, é correto afirmar que

A
cultuavam o Deus Uizlopochtli, os bairros eram administrados pelos calpullec, seus rituais religiosos envolviam sacrifícios, a religião era politeísta e astral.
B
falavam o idioma quéchua, não possuíam escrita, seus maiores templos eram dedicados ao Deus Inti, os representantes do poder estatal eram os curacas.
C
possuíam grande conhecimento sobre astronomia, utilizavam escrita hieroglífica, tinham como supremo sacerdote Ahaucan e, como chefe supremo, Halach Uinic.
D
eram o grupo mais religioso, prisioneiros e condenados eram chamados de tlatlacotin, tinham sistema de numeração com base 20 e conheciam o número zero.
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PUC - Campinas 2015 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

O imaginário que povoou as crenças dos viajantes no contexto da expansão marítima europeia pressupunha a

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      (...) os mitos e o imaginário fantástico medieval não foram subitamente subtraídos da mentalidade coletiva europeia durante o século XVI. (...) Conforme Laura de Mello e Sousa, “parece lícito considerar que, conhecido o Índico e desmitificado o seu universo fantástico, o Atlântico passará a ocupar papel análogo no imaginário do europeu quatrocentista”.

(VILARDAGA, José Carlos. Lastros de viagem: expectativas, projeções e descobertas portuguesas no Índico (1498- 1554). São Paulo: Annablume, 2010, p. 197) 

A
presença de perigos mortais advindos de forças sobrenaturais no então denominado Mar Sangrento ou Vermelho em função do número de tragédias que ocorriam durante sua travessia.
B
certeza de que o chamado Mar Oceano se conectava ao Pacífico, por meio de uma passagem que posteriormente seria nomeada como Estreito de Gibraltar.
C
existência de monstros marinhos, ondas gigantescas e outros tipos de ameaça no chamado Mar Tenebroso, como era conhecido o Atlântico.
D
dúvida em relação à possibilidade de circunavegação da terra, pois a primeira volta completa ao mundo só ocorreu no final do século XVI, quando Colombo prosseguiu em sua busca de uma rota para as Índias.
E
necessidade de que em toda expedição houvesse um padre e um grande crucifixo, artifícios que impediriam qualquer ameaça durante a travessia, inclusive epidemias como o escorbuto, causadas pela falta de higiene.
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PUC - SP 2016 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

O texto expõe uma das características mais importantes da expansão marítima europeia dos séculos XV e XVI,

Leia o texto abaixo para responder à questão.

“O Descobrimento da América, no quadro da expansão marítima europeia, deu lugar à unificação microbiana do mundo. No troca-troca de vírus, bactérias e bacilos com a Europa, África e Ásia, os nativos da América levaram a pior. Dentre as doenças que maior mortandade causaram nos ameríndios estão as 'bexigas', isto é, a varíola, a varicela e a rubéola (vindas da Europa), a febre amarela (da África) e os tipos mais letais de malária (da Europa mediterrânica e da África). Já a América estava infectada pela hepatite, certos tipos de tuberculose, encefalite e pólio. Mas o melhor 'troco' patogênico que os ameríndios deram nos europeus foi a sífilis venérea, verdadeira vingança que os vencidos da América injetaram no sangue dos conquistadores. Traços do trauma provocado por essas doenças parecem ter-se cristalizado na mitologia indígena. Quatro entidades maléficas se destacavam na religião tupi no final do Quinhentos: Taguaigba ('Fantasma ruim'), Macacheira ou Mocácher ('O que faz a gente se perder'), Anhanga ('O que encesta a gente') e Curupira ('O coberto de pústulas'). É razoável supor que o curupira tenha surgido no imaginário tupi após o choque microbiano das primeiras décadas da descoberta.”

Luiz Felipe de Alencastro. “Índios perderam a guerra bacteriológica”. Folha de S. Paulo, 12.10.1991, p. 7. Adaptado.

A
seu esforço saneador, que garantiu o acesso das populações americana, asiática e africana aos avanços técnicos europeus.
B
sua dimensão eurocêntrica, que assegurou uma dominação pacífica da América e da África pelos conquistadores europeus.
C
seu caráter globalizador, que permitiu articular os continentes, estabelecendo maior circulação de pessoas e mercadorias.
D
sua concepção lógica, que orientou o planejamento minucioso da conquista, evitando que os europeus enfrentassem imprevistos.
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UNESP 2016 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

Entre os motivos do pioneirismo português nas navegações oceânicas dos séculos XV e XVI, podem-se citar

A
a influência árabe na Península Ibérica e a parceria com os comerciantes genoveses e venezianos.
B
a centralização monárquica e o desenvolvimento de conhecimentos cartográficos e astronômicos.
C
a superação do mito do abismo do mar e o apoio financeiro e tecnológico britânico.
D
o avanço das ideias iluministas e a defesa do livre-comércio entre as nações.
E
o fim do interesse europeu pelas especiarias e a busca de formas de conservação dos alimentos.
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UNB 2014 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

Tendo como referência os fragmentos de texto acima, e considerando a inserção do Brasil no capitalismo nascente e a produção dos seus espaços geográficos, julgue o item e assinale a opção correta.

O ciclo das grandes navegações dos séculos XV e XVI ajudou a completar o processo de transição de um feudalismo em crise a um capitalismo que dava seus passos iniciais. Dessa expansão marítima decorreu a colonização de novas terras, como as americanas. Essa expansão foi essencial para que a Europa incrementasse a acumulação de capital que financiaria o dinamismo econômico da Idade Moderna.

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C
Certo
E
Errado
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FGV 2015, FGV 2015 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

A partir do século XV, com o périplo africano, a exploração do litoral da África permitiu que os portugueses estabelecessem feitorias e intensificassem suas atividades mercantis. A respeito das atividades comerciais que se desenvolviam no continente africano a partir do século XV, assinale a afirmação correta.

A
As rotas internas da África só se articularam ao circuito mercantil do Mediterrâneo com a expansão marítima e com a transposição do Cabo das Tormentas.
B
As rotas saarianas haviam sido intensificadas com a expansão islâmica e articularam-se ao processo de expansão comercial que envolveu também as rotas asiáticas de especiarias.
C
As rotas africanas do Saara foram interrompidas com o périplo português, que ampliou e acelerou o escoamento dos produtos do interior do continente.
D
O comércio interno do continente africano baseava-se no tráfico de escravos e no escravismo, sistema de exploração e venda de seres humanos, criado na África.
E
As atividades mercantis africanas dependiam do trânsito de mercadorias de luxo vindas da Ásia, dado que o continente africano não produzia esse tipo de mercadoria.
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FGV 2014 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

   (...) quais mecanismos levaram à escravidão nas sociedades africanas do século VII ao século XV?

   (...)

  Genericamente, a escravidão esteve presente na África como um todo, fazendo-se necessário observar as especificidades históricas próprias de complexos sociais e políticos e das formas de poder das diversas sociedades africanas. Mas é fundamental acrescentar que a dinâmica e a intensidade da escravidão no continente africano tem a ver com a maior ou menor demanda do tráfico atlântico gerada pelo expansionismo europeu na América. Isso acarreta mudanças sociais na África, como a expansão e a subsequente transformação da poligenia, o desenvolvimento de diferentes tipos de escravidão no continente, além do empobrecimento de uma classe de mercadores africanos.

(Leila Leite Hernandez, A África na sala de aula: visita à história contemporânea, 2008, p. 37-8)

A partir do fragmento, é correto afirmar que

A
a maior mudança ocorrida na África, após a imposição do colonialismo ibérico, esteve relacionada com a passagem da mercantilização do trabalho compulsório para formas mais brandas de exploração da escravidão, com o avanço de direitos para os africanos convertidos ao cristianismo.
B
a chegada do colonialismo europeu na África subsaariana foi fundamental para o desenvolvimento do continente, em razão da organização do tráfico intercontinental de escravos, permitindo que a maior parte das rendas advindas dessa atividade ficasse no próprio continente.
C
a existência da escravidão na África negra era desconhecida até a chegada dos primeiros exploradores coloniais, caso dos portugueses, que impuseram essa forma de organização do trabalho, condição necessária para a posterior acumulação de capitais entre as elites regionais africanas.
D
as práticas de utilização do trabalho compulsório em todo o território africano, até a chegada dos exploradores europeus, estavam articuladas com a essência da religiosidade do continente, caracterizada pela concepção de que os sacrifícios materiais levavam os homens à graça divina.
E
a escravidão existente no continente africano, antes da expansão marítima, tinha uma multiplicidade de características, sendo inclusive doméstica, e o tráfico de escravos, para atender aos interesses mercantilistas europeus, trouxe decisivas transformações para as inúmeras regiões da África.
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UNESP 2014 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

Inserido em um empreendimento mercantil, financiado com o objetivo de exploração econômica para o fortalecimento do absolutismo espanhol, o navegante genovês [Cristóvão Colombo] encontra uma realidade na América que não permite a identificação das imaginadas riquezas orientais, dando origem a uma dupla narrativa: a do esperado e a do experimentado, em que o discurso é pressionado pela necessidade de obter informações e um projeto colonizador.


                                                             (Wilton Carlos Lima da Silva. As terras inventadas, 2003. Adaptado.)



Segundo o texto, o relato de Colombo

A
revela a convicção do navegador de que as novas terras oferecem riquezas imediatas e poder planetário aos reis da Espanha.
B
expõe o esforço do navegador de conciliar o reconhecimento da especificidade americana com as expectativas europeias ante a viagem.
C
confirma o caráter casual da descoberta da América e o desconsolo do navegador diante das pressões comerciais da metrópole.
D
demonstra a superioridade religiosa e tecnológica dos navegadores europeus em relação aos nativos americanos.
E
mostra a decepção do navegador com o que encontrou na América, pois não havia riquezas que justificassem a longa viagem.
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PUC-GO 2015 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

O Texto 3 se refere a olhar “como se estivesse descobrindo o mundo”. Essa forma de ver as coisas, realmente, ocorreu nas primeiras navegações às terras encontradas por Cristóvão Colombo que, inclusive, receberam a denominação de Novo Mundo. Assinale a alternativa correta acerca das transformações históricas que possibilitaram tais expedições:

TEXTO 3  

                                       O outro

     Ele me olhou como se estivesse descobrindo o mundo. Me olhou e reolhou em fração de segundo. Só vi isso porque estava olhando-o na mesma sintonia. A singularização do olhar. Tentei disfarçar virando o pescoço para a direita e para a esquerda, como se estivesse fazendo um exercício, e numa dessas viradas olhei rapidamente para ele no volante. Ele me olhava e volveu rapidamente os olhos, fingindo estar tirando um cisco da camisa. Era um ser de meia idade, os cabelos com alguns fios grisalhos, postura de gente séria, camisa branca, um cidadão comum que jamais flertaria com outra pessoa no trânsito. E assim, enquanto o semáforo estava no vermelho para nós, ficou esse jogo de olhares que não queriam se fixar, mas observar o outro espécime que nada tinha de diferente e ao mesmo tempo tinha tudo de diferente. Ele era o outro e isso era tudo. É como se, na igualdade de milhares de humanos, de repente, o ser se redescobrisse num outro espécime. Quando o semáforo ficou verde, nós nos olhamos e acionamos os motores. 

                                              (GONÇALVES, Aguinaldo. Das estampas. São Paulo: Nankin, 2013. p. 130.)

A
O fim da guerra contra os muçulmanos que habitavam seu território gerou as condições financeiras e políticas para que a Espanha adentrasse na aventura marítima, em busca de atingir o comércio das especiarias orientais.
B
A aliança com os muçulmanos do norte da África gerou as condições mercantis, tecnológicas e culturais que possibilitaram a organização da expedição comandada por Cristóvão Colombo para as Índias; essa expedição acabou encontrando a América.
C
A aliança do rei espanhol com o rei da Itália possibilitou as condições financeiras, políticas e tecnológicas necessárias à aventura marítima pelo Atlântico, pois os italianos eram hábeis comerciantes e bastante experientes na navegação do mediterrâneo.
D
O papel do Tribunal da Inquisição foi fundamental na expansão marítima, pois, ao prender árabes, chamados de “mouriscos”, forçava que revelassem os segredos e as rotas para atingir o comércio com o Oriente.
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UNESP 2014 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

Que significa o advento do século XVI? [...] Se essa passagem de século tem hoje um sentido para nós, um sentido que talvez não tinha nos séculos anteriores, é porque vemos que aí é que surgem as primícias da globalização. E essa globalização é mais que um processo de expansão de origem ibérica, mesmo se o papel da península foi dominante. [...] Em 1500, ainda estamos bem longe de uma economia mundial. No limiar do século XVI, a globalização corresponde ao fato de setores do mundo que se ignoravam ou não se frequentavam diretamente serem postos em contato uns com os outros.

                                                                                          (Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520, 1999.)

O texto

A
defende a ideia de que a expansão marítima dos séculos XV e XVI tenha provocado a globalização, pois tal expansão eliminou as fronteiras nacionais.
B
rejeita a ideia de que a expansão marítima dos séculos XV e XVI tenha provocado a globalização, pois muitos povos do mundo se desconheciam.
C
identifica a expansão marítima dos séculos XV e XVI com o atual contexto de globalização, destacando, em ambos, a completa internacionalização da economia.
D
compara a expansão marítima dos séculos XV e XVI com o atual contexto de globalização, demonstrando o papel central, em ambos, dos países ibéricos.
E
relaciona a expansão marítima dos séculos XV e XVI com o atual contexto de globalização, ressalvando, porém, que são processos históricos distintos.
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IF-BA 2013 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

“Lisboa, agosto de 1499. D. Manoel escreve ao papa anunciando o retorno de Vasco da Gama da primeira viagem marítima à Índia e outorga-se um novo título: “Rei de Portugal e dos Algarves d’aquém e d’além-mar em África, Senhor de Guiné e da Conquista da Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e […] Índia”. Respaldado pelas bulas pontificais e nas caravelas, el-rei podia se atribuir o senhorio dos tratos e territórios longínquos que se conectavam à Europa. Tudo se tornará bem mais complicado quando a Metrópole tentar pôr em prática sua política no ultramar”

ALENCASTRO, Luiz Felipe de. Trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo, Cia das Letras, 2000, p. 11.

A
De acordo com o texto, as conquistas portuguesas ao longo dos séculos XV e XVI foram legitimadas pelo poder do papa, chefe máximo da cristandade à época, visto que o objetivo central dessas viagens era combater os muçulmanos e expandir o catolicismo.
B
Os portugueses foram os pioneiros na expansão marítima europeia em virtude de terem reunido alguns fatores favoráveis, como a centralização política, a disponibilidade de capitais e o conhecimento de técnicas de navegação de origem árabe e genovesa.
C
O título outorgado por D. Manoel a si próprio reflete os interesses dos portugueses sobre o continente africano e asiático, principalmente a construção de relações diplomáticas com os chefes locais, a exemplo do que ocorreu no Reino do Congo
D
A busca por metais preciosos impulsionou espanhóis e portugueses a se lançarem sobre o oceano desconhecido, muito embora somente os espanhóis tenham efetivado suas conquistas, por meio da descoberta de minas de prata na América do Sul.
E
O retorno de Vasco da Gama a Portugal significou a descoberta efetiva de uma rota transatlântica para as Índias. No entanto, essa rota comercial mostrou- se pouco lucrativa, visto que foi somente com a colonização do Brasil que os portugueses efetivaram seu Império Ultramarino.
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PUC - SP 2015 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

O Ato de Navegação (1651) de Oliver Cromwell tinha, como um de seus principais objetivos,

A
conter os avanços militares franceses no Mar do Norte, limitando a expansão napoleônica à Europa continental.
B
atender às exigências políticas da aristocracia britânica, impedindo a ascensão política e comercial da burguesia.
C
obter o controle militar e comercial da rede fluvial europeia, facilitando o rápido acesso das naus britânicas à Europa continental.
D
ampliar a presença comercial e militar britânica nos mares, assegurando maiores ganhos financeiros e melhor posicionamento estratégico.
E
romper a hegemonia árabe na navegação para as Índias, ampliando sua presença no Oriente Próximo e no Extremo Oriente.
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FATEC 2013 - História - História Geral, Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos, História do Brasil

Quando a esquadra de Cabral chegou ao território que hoje chamamos de Brasil, o escrivão Pero Vaz de Caminha registrou, em uma longa carta ao rei, os principais acontecimentos. Entre eles, Caminha destacou:

“Nesta terra, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro. Águas são muitas, infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitar, dar-se-á nesta terra tudo, por bem das águas que tem.”

Relacionando esse trecho da carta de Caminha aos objetivos da colonização portuguesa na América, é correto afirmar que essa colonização foi:

A
de povoamento, pois se encontraram ouro e prata na primeira viagem às novas terras.
B
de povoamento, já que havia pouca possibilidade de as terras serem produtivas ou férteis.
C
de exploração, pois se pretendiam utilizar as águas dos rios para a produção de energia elétrica.
D
mercantilista, pois se demonstrava interesse em metais preciosos e exploração da agricultura.
E
mercantilista, já que a beleza do local era ideal para a exploração do mercado turístico.
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FATEC 2012 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

As caravelas foram um grande avanço tecnológico no final do século XV. Graças a elas, foi possível realizar viagens de longa distância de forma eficiente. Centenas de homens embarcaram nas caravelas dos descobrimentos. Alguns buscavam enriquecimento rápido, outros, oportunidade de difundir a fé em Cristo. Estes homens eram atraídos pela aventura, porém as surpresas nem sempre eram agradáveis. Nas embarcações, proliferavam doenças e a alimentação era precária.

Sobre a época descrita no texto e considerando as informações apresentadas, é correto afirmar que as viagens nas caravelas.

A
foram realizadas no contexto da expansão do mercantilismo europeu, visando também à ampliação do catolicismo.
B
não pretendiam descobrir novos territórios, apenas estabelecer rotas para aventureiros e marginalizados da sociedade.
C
tinham como principal objetivo retirar as populações muçulmanas da Península Ibérica, após as Guerras de Reconquista.
D
eram feitas em condições precárias, pois eram clandestinas, ou seja, eram realizadas sem o consentimento das Coroas europeias
E
não ocorriam em condições apropriadas, embora a maior parte dos tripulantes das caravelas pertencesse à nobreza feudal
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UEG 2010 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

“Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
O mar é das gaivotas
Que nele sabem voar
O mar é das gaivotas
E de quem sabe navegar

Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
Brigam Espanha e Holanda
Porque não sabem que o mar
É de quem o sabe amar”

DINIZ, Leila. Leila Diniz. São Paulo: Editora Brasiliense,1983.

A final da Copa do Mundo de 2010 reproduziu de modo simbólico um conflito que tem origens históricas: a disputa entre Espanha e Holanda pela hegemonia do comércio marítimo mundial no século XVII. Um evento diretamente relacionado a essa disputa pelo domínio marítimo foi

A
a criação da Companhia das Índias Ocidentais, pela Holanda, com o objetivo de explorar as colônias e possessões espanholas.
B
a Guerra dos Trinta Anos, motivada pelos interesses ingleses e holandeses em estabelecer colônias no continente africano.
C
a tomada do Cabo da Boa Esperança em 1650 pelas tropas portuguesas, que criam na região a Cidade do Cabo.
D
a Guerra dos Emboabas, motivada pelo controle do comércio escravista nas regiões mineradoras brasileiras.