Questõessobre Platão e o Mundo das Ideias

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UENP 2016 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

A obra A República, de Platão, discute a justiça a partir de um diálogo entre Sócrates e vários interlocutores – Céfalo, Polemarco, Trasímaco.

Sobre a justiça, segundo a concepção de Platão, presente em A República, assinale a alternativa correta.

A
Dar a cada um o que lhe é devido.
B
Disposição individual de comportar-se de maneira louvável ou desprezível em relação a terceiros.
C
Dizer a verdade e restituir aquilo que se tomou de alguém.
D
É o governo dos apetites e da cólera pela razão.
E
O que está no interesse e no poder do mais forte.
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UEL 2010 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

Leia o texto a seguir.

Para esclarecer o que seja a imitação, na relação entre poesia e o Ser, no Livro X de A República, Platão parte da hipótese das ideias, as quais designam a unidade na pluralidade, operada pelo pensamento. Ele toma como exemplo o carpinteiro que, por sua arte, cria uma mesa, tendo presente a ideia de mesa, como modelo. Entretanto, o que ele produz é a mesa e não a sua ideia. O poeta pertence à mesma categoria: cria um mundo de mera aparência.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria das ideias de Platão, é correto afirmar::

A
Deus é o criador último da ideia, e o artífice, enquanto co-participante da criação divina, alcança a verdadeira causa das coistas a partir do reflexo da ideia ou do simulacro que produz.
B
A participação das coisas às ideias permite admitir as realidades sensíveis como as causas verdadeiras acessíveis à razão.
C
Os poetas são imitadores de simulacros e por intermédio da imitação não alcançam o conhecimento das ideias como verdadeiras causas de todas as coisas.
D
As coisas belas se explicam por seus elementos físicos, como a cor e a figura, e na materialidade deles encontram sua verdade: a beleza em si e por si.
E
A alma humana possui a mesma natureza das coisas sensíveis, razão pela qual se torna capaz de conhecê-las como tais na percepção de sua aparência.
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UEL 2010 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

Leia o texto a seguir.

Platão, em A República, tem como objetivo principal investigar a natureza da justiça, inerente à alma, que, por sua vez, manifesta-se como protótipo do Estado ideal. Os fundamentos do pensamento ético-político de Platão decorrem de uma correlação estrutural com constituição tripartite da alma humana. Assim, concebe uma organização social ideal que permite assegurar a justiça. Com base neste contexto, o foco da crítica às narrativas poéticas, nos livros II e III, recai sobre a cidade e o tema fundamental da educação dos governantes. No Livro X, na perspectiva da defesa de seu projeto ético-político para a cidade fundamentada em um logos crítico e reflexivo que redimensiona o papel da poesia, o foco desta crítica se desloca para o indivíduo ressaltando a relação com a alma, compreendida em três partes separadas, segundo Platão: a racional, a apetitiva e a irascível.

Com base no texto e na crítica de Platão ao caráter mimético das narrativas poéticas e sua relação com a alma humana, é correto afirmar:

A
A parte racional da alma humana, considerada superior e responsável pela capacidade de pensar, é elevada pela natureza mimética da poesia à contemplação do Bem.
B
O uso da mímesis nas narrativas poéticas para controlar e dominar a parte irascível da alma é considerado excelente prática propedêutica na formação ética do cidadão.
C
A poesia imitativa, reconhecida como fonte de racionalidade e sabedoria, deve ser incorporada ao Estado ideal que se pretende fundar.
D
O elemento mimético cultivado pela poesia é justamente aquele que estimula, na alma humana, os elementos irracionais: os instintos e as paixões.
E
A reflexividade crítica presente nos elementos miméticos das narrativas poéticas permite ao indivíduo alcançar a visão das coisas como realmente são.
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UFU-MG 2011 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

Leia o seguinte trecho da Alegoria da Caverna.

Agora imagine que por esse caminho as pessoas transportam sobre a cabeça objetos de todos os tipos: por exemplo, estatuetas de figuras humanas e de animais. Numa situação como essa, a única coisa que os prisioneiros poderiam ver e conhecer seriam as sombras projetadas na parede a sua frente.
CHALITA, G. Vivendo a Filosofia. São Paulo: Ática, 2006, p. 50.


Com base na leitura do trecho acima e em seus conhecimentos sobre a obra de Platão (428 a.C. – 348 a.C.), assinale a alternativa INCORRETA.

A
Platão distingue o mundo sensível ou das aparências, onde tudo o que se capta por meio dos sentidos pode ser motivo de engano, e o mundo inteligível, onde se encontram as ideias a partir das quais surgem os elementos do mundo sensível.
B
Platão tinha como principal objetivo o conhecimento das ideias: realidades existentes por si mesmas, essências a partir das quais podem ser geradas suas cópias imperfeitas.
C
O pensamento de Platão deu origem aos fundamentos da ciência moderna graças ao seu método de observação e experimentação para o conhecimento dos fenômenos naturais.
D
A obra de Platão está fundamentada em um método de investigação conhecido como dialética cujo objetivo é superar a simples opinião (doxa) e atingir o conhecimento verdadeiro ou ciência (episteme).
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UEL 2018 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

Leia o texto a seguir.


Os melhores de entre nós, quando escutam Homero ou qualquer poeta trágico a imitar um herói que está aflito e se espraia numa extensa tirada cheia de gemidos, ou os que cantam e batem no peito, sabes que gostamos disso, e que nos entregamos a eles, e os seguimos, sofrendo com eles, e com toda seriedade elogiamos o poeta, como sendo bom, por nos ter provocado até o máximo, essas disposições. [. . . ] Mas quando sobrevém a qualquer de nós um luto pessoal, reparaste que nos gabamos do contrário, se formos capazes de nos mantermos tranquilos e de sermos fortes, entendendo que esta atitude é característica de um homem [. . . ]?

PLATÃO. A República. 605 d-e. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. 12. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010. p. 470.


Com base no texto, nos conhecimentos sobre mimesis (imitação) e sobre o pensamento de Platão, assinale a alternativa correta:

A
A maneira como Homero constrói seus personagens retratando reações humanas deve ser imitada pelos demais poetas, pois é eticamente aprovada na Cidade Ideal platônica.
B
O fato de mostrar as emoções de maneira exagerada em seus personagens faz de Homero e de autores de tragédia excelentes formadores na Cidade Ideal pensada por Platão.
C
Reagir como os personagens homéricos e trágicos é digno de elogio, pois Platão considera que a descarga das emoções é benéfica para a formação ética dos cidadãos.
D
Poetas como Homero e autores de tragédia provocam emoções de modo exagerado em quem os lê ou assiste, não sendo bons para a formação do cidadão na Cidade Ideal platônica.
E
A imitação de Homero e dos trágicos das reações humanas difere da dos pintores, pois, segundo Platão, não estão distantes em graus da essência, por isso podem fazer parte da cidade justa.
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UECE 2018 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

Atente para as seguintes citações:


“Temos assim três virtudes que foram descobertas na nossa cidade: sabedoria, coragem e moderação para os chefes; coragem e moderação para os guardas; moderação para o povo. No que diz respeito à quarta, pela qual esta cidade também participa na virtude, que poderá ser? É evidente que é a justiça” (Platão, Rep., 432b).


“O princípio que de entrada estabelecemos que se devia observar em todas as circunstâncias quando fundamos a cidade, esse princípio é, segundo me parece, ou ele ou uma de suas formas, a justiça. Ora, nós estabelecemos, segundo suponho, e repetimo-lo muitas vezes, se bem te lembras, que cada um deve ocupar-se de uma função na cidade, aquela para a qual a sua natureza é mais adequada” (Platão, Rep., 433a).


Considerando a teoria platônica das virtudes, escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir:


( ) Nessa teoria das virtudes, cada grupo desenvolve a(s) virtude(s) que lhe é (ou são) própria(s).

( ) Só pode ser justa a cidade em que os grupos que dela participam e nela agem o fazem de acordo com sua natureza.

( ) Quando sabedoria, coragem e moderação se realizam de modo adequado, temos a justiça.

( ) Existe uma relação entre a natureza dos indivíduos, o grupo de que devem fazer parte na cidade, as virtudes que lhes são adequadas e, em consequência, a função que nela devem desempenhar.


A sequência correta, de cima para baixo, é:

A
V, V, V, V.
B
V, F, F, V.
C
F, F, V, F.
D
F, V, F, F.
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UEL 2017 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

Leia o texto a seguir.

Eis com efeito em que consiste o proceder corretamente nos caminhos do amor ou por outro se deixar conduzir: em começar do que aqui é belo e, em vista daquele belo, subir sempre, como que servindo-se de degraus, de um só para dois e de dois para todos os belos corpos, e dos belos corpos para os belos ofícios, e dos ofícios para as belas ciências até que das ciências acabe naquela ciência, que de nada mais é senão daquele próprio belo, e conheça enfim o que em si é belo.
(PLATÃO. Banquete, 211 c-d. José Cavalcante de Souza. São Paulo: Abril Cultural, 1972. (Os Pensadores) p. 48).

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Platão, é correto afirmar que

A
a compreensão da beleza se dá a partir da observação de um indivíduo belo, no qual percebemos o belo em si.
B
a percepção do belo no mundo indica seus vários graus que visam a uma dimensão transcendente da beleza em si.
C
a compreensão do que é belo se dá subitamente, quando partimos dele para compreender os belos ofícios e ciências.
D
a observação de corpos, atividades e conhecimentos permite distinguir quais deles são belos ou feios em si.
E
a participação do mundo sensível no mundo inteligível possibilita a apreensão da beleza em si.
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UFU-MG 2018, UFU-MG 2018 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias

Agostinho, em Confissões, diz: “Mas após a leitura daqueles livros dos platônicos e de ser levado por eles a buscar a verdade incorpórea, percebi que ‘as perfeições invisíveis são visíveis em suas obras’ (Carta de Paulo aos Romanos, 1, 20)”.

Agostinho de Hipona. Confissões, livro VII, cap. 20, citado por: MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. Tradução do autor.

Nesse trecho, podemos perceber como Agostinho

A
se utilizou da Bíblia para conhecer melhor a filosofia platônica.
B
utiliza a filosofia platônica para refutar os textos bíblicos.
C
separa nitidamente os domínios da filosofia e da religião.
D
foi despertado para o conhecimento de Deus a partir da filosofia platônica.
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UFU-MG 2018, UFU-MG 2018 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

Considere o seguinte trecho

“No diálogo Mênon, Platão faz Sócrates sustentar que a virtude não pode ser ensinada, consistindo-se em algo que trazemos conosco desde o nascimento, defendendo uma concepção, segundo a qual temos em nós um conhecimento inato que se encontra obscurecido desde que a alma encarnou-se no corpo. O papel da filosofia é fazer-nos recordar deste conhecimento”

MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. p. 31.

Nesse trecho, o autor descreve o que ficou conhecido como

A
a teoria das ideias de Platão.
B
a doutrina da reminiscência de Platão.
C
a ironia socrática.
D
a dialética platônica.
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ENEM 2013 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

Mas, sendo minha intenção escrever algo de útil para quem por tal se interesse, pareceu-me mais conveniente ir em busca da verdade extraída dos fatos e não à imaginação dos mesmos, pois muitos conceberam repúblicas e principados jamais vistos ou conhecidos como tendo realmente existido.

MAQUIAVEL, N. O príncipe. Disponível em: www.culturabrasil.pro.br. Acesso em: 4 abr. 2013.


A partir do texto, é possível perceber a crítica maquiaveliana à filosofia política de Platão, pois há nesta a

A
elaboração de um ordenamento político com fundamento na bondade infinita de Deus.
B
explicitação dos acontecimentos políticos do período clássico de forma imparcial.
C
utilização da oratória política como meio de convencer os oponentes na ágora.
D
investigação das constituições políticas de Atenas pelo método indutivo.
E
idealização de um mundo político perfeito existente no mundo das ideias.
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ENEM 2012 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

Pode-se viver sem ciência, pode-se adotar crenças sem querer justificá-las racionalmente, pode-se desprezar as evidências empíricas. No entanto, depois de Platão e Aristóteles, nenhum homem honesto pode ignorar que uma outra atitude intelectual foi experimentada, a de adotar crenças com base em razões e evidências e questionar tudo o mais a fim de descobrir seu sentido último.

ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2002.


Platão e Aristóteles marcaram profundamente a formação do pensamento Ocidental. No texto, é ressaltado importante aspecto filosófico de ambos os autores que, em linhas gerais, refere-se à

A
adoção da experiência do senso comum como critério de verdade.
B
incapacidade de a razão confirmar o conhecimento resultante de evidências empíricas.
C
pretensão de a experiência legitimar por si mesma a verdade.
D
defesa de que a honestidade condiciona a possibilidade de se pensar a verdade.
E
compreensão de que a verdade deve ser justificada racionalmente.
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ENEM 2015 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

Suponha homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, cuja entrada, aberta à luz, se estende sobre todo o comprimento da fachada; eles estão lá desde a infância, as pernas e o pescoço presos por correntes, de tal sorte que não podem trocar de lugar e só podem olhar para frente, pois os grilhões os impedem de voltar a cabeça; a luz de uma fogueira acesa ao longe, numa elevada do terreno, brilha por detrás deles; entre a fogueira e os prisioneiros, há um caminho ascendente; ao longo do caminho, imagine um pequeno muro, semelhante aos tapumes que os manipuladores de marionetes armam entre eles e o público e sobre os quais exibem seus prestígios.

PLATÃO. A República. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2007.


Essa narrativa de Platão é uma importante manifestação cultural do pensamento grego antigo, cuja ideia central, do ponto de vista filosófico, evidencia o(a)

A
caráter antropológico, descrevendo as origens do homem primitivo.
B
sistema penal da época, criticando o sistema carcerário da sociedade ateniense.
C
vida cultural e artística, expressa por dramaturgos trágicos e cômicos gregos.
D
sistema político elitista, provindo do surgimento da pólis e da democracia ateniense.
E
teoria do conhecimento, expondo a passagem do mundo ilusório para o mundo das ideias.
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ENEM 2016 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

Estamos, pois, de acordo quando, ao ver algum objeto, dizemos: “Este objeto que estou vendo agora tem tendência para assemelhar-se a um outro ser, mas, por ter defeitos, não consegue ser tal como o ser em questão, e lhe é, pelo contrário, inferior”. Assim, para podermos fazer estas reflexões, é necessário que antes tenhamos tido ocasião de conhecer esse ser de que se aproxima o dito objeto, ainda que imperfeitamente.

PLATÃO. Fédon. São Paulo: Abril Cultural, 1972.


Na epistemologia platônica, conhecer um determinado objeto implica

A
estabelecer semelhanças entre o que é observado em momentos distintos.
B
comparar o objeto observado com uma descrição detalhada dele.
C
descrever corretamente as características do objeto observado.
D
fazer correspondência entre o objeto observado e seu ser.
E
identificar outro exemplar idêntico ao observado.
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UNESPAR 2016 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

A República de Platão é uma das obras mais lidas e reconhecidas da História da humanidade. Seu tema principal é:

A
A construção de uma cidade ideal, que Platão implanta de fato em uma terra distante de Atenas, como nos narra depois em sua Carta Sétima;
B
O conceito de verdade construído na Alegoria da Caverna, o que demonstra que toda a construção da cidade não passa de uma metáfora e que o tema que interessa realmente a Platão não é política, e sim conhecimento;
C
A arte e sua necessária submissão à ciência, como fica claro nos livro III e X em que Platão argumenta não ser a arte uma atividade racional;
D
A ética e a política, embora Platão argumente que a cidade ideal não pudesse ser construída. Ela precisava ser pensada a fim de iluminar os governantes;
E
Uma política que deve ser submetida não aos desígnios das vontades subjetivas mas a um governo estabelecido em bases racionais.
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UNESPAR 2016 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga, Sócrates e a Maiêutica

Platão, filósofo grego e um dos pensadores mais influentes da história da filosofia, deixou quase toda sua filosofia escrita em forma de diálogos. Na maioria deles, Sócrates é a personagem principal que debate com demais interlocutores os temas relevantes que constituem, de certa forma, o todo da filosofia de Platão. A forma de diálogo pode ser caracterizada como:

A
A demonstração de que Platão e os autores de sua época desconheciam outra forma de escrita;
B
Apenas uma forma que facilitava lembrar o texto, visto que se tratava de uma cultura da oralidade;
C
Uma estratégia adequada que privilegiava a construção do pensamento de forma dialética através da maiêutica socrática;
D
A demonstração de que Platão não dominava completamente os problemas que ele discutia e, por isso, precisava recorrer às ideias de outras pessoas;
E
Uma estratégia pedagógica para facilitar o uso das obras na Academia, escola fundada por Platão.
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PUC - PR 2016 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga, Sócrates e a Maiêutica

Na primeira parte da Apologia de Sócrates, escrita por Platão, Sócrates apresenta a sua defesa diante dos cidadãos atenienses, afirmando que: “(...) considerai o seguinte e só prestai atenção a isto: se o que digo é justo ou não. Essa de fato é a virtude do juiz, do orador (...)” (PLATÃO, 2000\2003, p.4). A partir da análise do fragmento, qual é, segundo Sócrates, a virtude do juiz, do orador, a que se refere o texto em questão?

A
Lidar com a mentira.
B
Dizer a verdade.
C
Tergiversar a verdade.
D
Convencer-se das acusações.
E
É deixar-se guiar somente pela defesa.
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ENEM 2016 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

Os andróginos tentaram escalar o céu para combater os deuses. No entanto, os deuses em um primeiro momento pensam em matá-los de forma sumária. Depois decidem puni-los da forma mais cruel: dividem-nos em dois. Por exemplo, é como se pegássemos um ovo cozido e, com uma linha, dividíssemos ao meio. Desta forma, até hoje as metades separadas buscam reunir-se. Cada um com saudade de sua metade, tenta juntar-se novamente a ela, abraçando-se, enlaçando-se um ao outro, desejando formar um único ser.

PLATÃO. O banquete. São Paulo: Nova Cultural, 1987.

No trecho da obra O banquete, Platão explicita, por meio de uma alegoria, o

A
bem supremo como fim do homem.
B
prazer perene como fundamento da felicidade.
C
ideal inteligível como transcendência desejada.
D
amor como falta constituinte do ser humano.
E
autoconhecimento como caminho da verdade.
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UFU-MG 2016 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

Sobre a compatibilidade ou incompatibilidade entre fé cristã e filosofia grega, assinale a alternativa INCORRETA.

A
A filosofia grega conhece o princípio de unidade do divino, mas numa esfera que acolhia grande multiplicidade de entes, forças e níveis hierárquicos. Portanto, permaneceu sempre aquém de uma concepção propriamente monoteísta.
B
A propósito do problema da "origem dos seres", a mensagem cristã rompe com a filosofia grega na medida em que fala de "criação". Deus, segundo tal mensagem, não usou nada preexistente, como o Demiurgo de Platão, nem se valeu de "sub-motores", como a divindade aristotélica.
C
Na filosofia grega, o homem está sempre inscrito em um horizonte cosmocêntrico. Ali, o homem não é a realidade mais elevada, mas tão-somente parte de algo que lhe é superior. No âmbito da fé cristã, o homem é visto como criatura privilegiada no processo de criação divina.
D
Platão fala de unicidade do Demiurgo (divino ordenador do cosmos) e Aristóteles trata de um primeiro motor imóvel único, pensamento de si mesmo: com a Bíblia, tem-se apenas a ratificação de um monoteísmo já defendido pela Filosofia Antiga.
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ENEM 2015 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

    Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os seus amigos presumiam que a justiça era algo real e importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, as pessoas acreditavam no certo e no errado apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras da sua sociedade. No entanto, essas regras não passavam de invenções humanas.

RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.


O sofista Trasímaco, personagem imortalizado no diálogo A República, de Platão, sustentava que a correlação entre justiça e ética é resultado de

A
determinações biológicas impregnadas na natureza humana.
B
verdades objetivas com fundamento anterior aos interesses sociais.
C
mandamentos divinos inquestionáveis legados das tradições antigas.
D
convenções sociais resultantes de interesses humanos contingentes.
E
sentimentos experimentados diante de determinadas atitudes humanas.
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UNESP 2010 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

Após análise dos dois textos, pode-se afirmar que:

                                        Texto 1


      Porque morrer é uma ou outra destas duas coisas: ou o morto não tem absolutamente nenhuma existência, nenhuma consciência do que quer que seja, ou, como se diz, a morte é precisamente uma mudança de existência e, para a alma, uma migração deste lugar para um outro. Se, de fato, não há sensação alguma, mas é como um sono, a morte seria um maravilhoso presente. […] Se, ao contrário, a morte é como uma passagem deste para outro lugar, e, se é verdade o que se diz que lá se encontram todos os mortos, qual o bem que poderia existir, ó juízes, maior do que este? Porque, se chegarmos ao Hades, libertando-nos destes que se vangloriam serem juízes, havemos de encontrar os verdadeiros juízes, os quais nos diria que fazem justiça acolá: Monos e Radamante, Éaco e Triptolemo, e tantos outros deuses e semideuses que foram justos na vida; seria então essa viagem uma viagem de se fazer pouco caso? Que preço não seríeis capazes de pagar, para conversar com Orfeu, Museu, Hesíodo e Homero?

                                                                                 (Platão. Apologia de Sócrates, 2000.)


                                         Texto 2


      Ninguém sabe quando será seu último passeio, mas agora é possível se despedir em grande estilo. Uma 300C Touring, a versão perua do sedã de luxo da Chrysler, foi transformada no primeiro carro funerário customizado da América Latina. A mudança levou sete meses, custou R$ 160 mil e deixou o carro com oito metros de comprimento e 2340 kg, três metros e 540 kg além da original. O Funeral Car 300C tem luzes piscantes na já imponente dianteira e enormes rodas, de aro 22, com direito a pequenos caixões estilizados nos raios. Bandeiras nas pontas do capô, como nos carros de diplomatas, dão um toque refinado. Com o chassi mais longo, o banco traseiro foi mantido para familiares acompanharem o cortejo dentro do carro. No encosto dos dianteiros, telas exibem mensagens de conforto. O carro faz parte de um pacote de cerimonial fúnebre que inclui, além do cortejo no Funeral Car 300C, serviços como violinistas e revoada de pombas brancas no enterro.

                                                               (Funeral tunado. Folha de S.Paulo, 28.02.2010.)

A
o texto 1 é de natureza fictícia, e portanto não baseado em fatos históricos.
B
Platão não apela a entidades míticas para justificar sua concepção positiva sobre a morte.
C
Platão faz alusão a um fato histórico fundamental para a filosofia ocidental: as circunstâncias da morte de Sócrates.
D
o texto 2 trata do caráter sagrado e religioso dos funerais em nossa sociedade.
E
o texto 1 evidencia que a morte não é um tema filosófico.