Questõessobre Filosofia e a Grécia Antiga
Aquilo que é quente necessita de umidade para viver,
e o que é morto seca, e todos os germes são úmidos, e
todo alimento é cheio de suco; ora, é natural que cada
coisa se nutra daquilo de que provém.
SIMPLÍCIO. In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos.
São Paulo: Cultrix, 1993.
O fragmento atribuído ao filósofo Tales de Mileto é característico
do pensamento pré-socrático ao apresentar uma
Aquilo que é quente necessita de umidade para viver, e o que é morto seca, e todos os germes são úmidos, e todo alimento é cheio de suco; ora, é natural que cada coisa se nutra daquilo de que provém.
SIMPLÍCIO. In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos.
São Paulo: Cultrix, 1993.
O fragmento atribuído ao filósofo Tales de Mileto é característico
do pensamento pré-socrático ao apresentar uma
Sem dúvida, os sons da voz (phone) exprimem a dor
e o prazer; também a encontramos nos animais em geral;
sua natureza lhes permite somente sentir a dor e o prazer
e manifestar-lhes entre si. Mas o lógos é feito para exprimir
o justo e o injusto. Este é o caráter distintivo do homem
face a todos os outros animais: só ele percebe o bem e
o mal, o justo e o injusto, e os outros valores; é a posse
comum desses valores que faz a família e a cidade.
ARISTÓTELES. A política. São Paulo: Nova Cultural, 1987 (adaptado).
Para o autor, a característica que define o ser humano é
o lógos, que consiste na
Se os filósofos não forem reis nas cidades ou se
os que hoje são chamados reis e soberanos não forem
filósofos genuínos e capazes e se, numa mesma pessoa,
não coincidirem poder político e filosofia e não for barrada
agora, sob coerção, a caminhada das diversas naturezas
que, em separado buscam uma dessas duas metas, não
é possível, caro Glaucon, que haja para as cidades uma
trégua de males e, penso, nem para o gênero humano.
PLATÃO. A República. São Paulo: Martins Fontes, 2014.
A tese apresentada pressupõe a necessidade do
conhecimento verdadeiro para a
Sócrates de Atenas foi e ainda é um dos nomes mais importantes da filosofia. Viveu durante o
período clássico da civilização grega. Ele tinha um modo bastante peculiar para produzir sua filosofia,
transitava pela cidade questionando seus concidadãos. A formulação de suas questões é fundamental
para entendermos como funciona a filosofia, pois Sócrates não questionava se determinada coisa é
bela ou justa, mas o que é a beleza ou o que é a justiça.
Assinale a alternativa que corresponde à importância desse modo de questionar.
Quando os gregos clássicos, especialmente Aristóteles, estabelecem os princípios da lógica, estão
à procura da possibilidade de um conhecimento verdadeiro. Para que determinada sentença possa ser
verdadeira, alguns requisitos são necessários. Um dos requisitos mais importantes é o princípio de não
contradição, elaborado a primeira vez justamente por Aristóteles.
Assinale abaixo a alternativa que descreve o princípio da "não-contradição" conforme a lógica.
"Só o homem entre os viventes possui a linguagem. A voz, de fato, é sinal da dor e do prazer e,
por isso, ela pertence também aos outros viventes (a natureza deles, de fato, chegou até a sensação
da dor e do prazer e a representá-los entre si), mas a linguagem serve para manifestar o conveniente e
o inconveniente, assim como também o justo e o injusto; isso é próprio do homem com relação aos
outros viventes, somente ele tem o sentimento do bem e do mal, do justo e do injusto e das outras
coisas do mesmo gênero, e a comunidade dessas coisas faz a habitação e a cidade."
Aristóteles – Política
Nessa passagem da Política de Aristóteles, temos uma das primeiras formulações da principal
característica que distingue os seres humanos dos animais.
Assinale a alternativa que corresponde a essa distinção.
Há um tempo, belas e boas são todas as ações justas e virtuosas. Os que as conhecem
nada podem preferir-lhes. Os que não as conhecem, não somente não podem praticá-las
como, se o tentam, só cometem erros. Assim praticam os sábios atos belos e bons, enquanto
os que não o são só podem descambar em faltas. E se nada se faz justo, belo e bom que não
pela virtude, claro é que na sabedoria se resumem a justiça e todas as mais virtudes.
XENOFONTE. Ditos e feitos memoráveis de Sócrates. Apud CHALITA, G. Vivendo a filosofia.
São Paulo: Ática, 2005.
Ao fazer referência ao conteúdo moral da filosofia socrática narrada por Xenofonte, o texto
indica que a vida virtuosa está associada à
Há um tempo, belas e boas são todas as ações justas e virtuosas. Os que as conhecem nada podem preferir-lhes. Os que não as conhecem, não somente não podem praticá-las como, se o tentam, só cometem erros. Assim praticam os sábios atos belos e bons, enquanto os que não o são só podem descambar em faltas. E se nada se faz justo, belo e bom que não pela virtude, claro é que na sabedoria se resumem a justiça e todas as mais virtudes.
XENOFONTE. Ditos e feitos memoráveis de Sócrates. Apud CHALITA, G. Vivendo a filosofia. São Paulo: Ática, 2005.
Ao fazer referência ao conteúdo moral da filosofia socrática narrada por Xenofonte, o texto
indica que a vida virtuosa está associada à
Os sofistas inventam a educação em ambiente artificial, o que se tornará uma das
características de nossa civilização. Eles são os profissionais do ensino, antes de tudo
pedagogos, ainda que seja necessário reconhecer a notável originalidade de um Protágoras,
de um Górgias ou de um Antifonte, por exemplo. Por um salário, eles ensinavam a seus alunos
receitas que lhes permitiam persuadir os ouvintes, defender, com a mesma habilidade, o pró e
o contra, conforme o entendimento de cada um.
HADOT, P. O que é a filosofia antiga? São Paulo: Loyola, 2010 (adaptado).
O texto apresenta uma característica dos sofistas, mestres da oratória que defendiam a(o)
Os sofistas inventam a educação em ambiente artificial, o que se tornará uma das características de nossa civilização. Eles são os profissionais do ensino, antes de tudo pedagogos, ainda que seja necessário reconhecer a notável originalidade de um Protágoras, de um Górgias ou de um Antifonte, por exemplo. Por um salário, eles ensinavam a seus alunos receitas que lhes permitiam persuadir os ouvintes, defender, com a mesma habilidade, o pró e o contra, conforme o entendimento de cada um.
HADOT, P. O que é a filosofia antiga? São Paulo: Loyola, 2010 (adaptado).
O texto apresenta uma característica dos sofistas, mestres da oratória que defendiam a(o)
A crítica de Sócrates aos sofistas consiste em mostrar
que o ensinamento sofístico limita-se a uma mera técnica
ou habilidade argumentativa que visa a convencer o oponente daquilo que se diz, mas não leva ao verdadeiro conhecimento. A consequência disso era que, devido à influência
dos sofistas, as decisões políticas na Assembleia estavam
sendo tomadas não com base em um saber, ou na posição
dos mais sábios, mas na dos mais hábeis em retórica, que
poderiam não ser os mais sábios ou virtuosos.
(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, 2010.)
De acordo com o texto, a crítica socrática aos sofistas dizia
respeito
A crítica de Sócrates aos sofistas consiste em mostrar que o ensinamento sofístico limita-se a uma mera técnica ou habilidade argumentativa que visa a convencer o oponente daquilo que se diz, mas não leva ao verdadeiro conhecimento. A consequência disso era que, devido à influência dos sofistas, as decisões políticas na Assembleia estavam sendo tomadas não com base em um saber, ou na posição dos mais sábios, mas na dos mais hábeis em retórica, que poderiam não ser os mais sábios ou virtuosos.
(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, 2010.)
De acordo com o texto, a crítica socrática aos sofistas dizia respeito
Vemos que toda cidade é uma espécie de
comunidade, e toda comunidade se forma com vistas
a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhe parece um bem; todas as comunidades visam algum bem, é evidente
que a mais importante de todas elas e que inclui todas as
outras tem mais que todas este objetivo e visa ao mais
importante de todos os bens.
No fragmento, Aristóteles promove uma reflexão que
associa dois elementos essenciais à discussão sobre a
vida em comunidade, a saber:
Leia o texto a seguir.
Quando o artista [demiurgo] trabalha em sua
obra, a vista dirigida para o que sempre se conserva igual a si mesmo, e lhe transmite a forma e
a virtude desse modelo, é natural que seja belo
tudo o que ele realiza. Porém, se ele se fixa no
que devém e toma como modelo algo sujeito ao
nascimento, nada belo poderá criar. [. . . ] Ora,
se este mundo é belo e for bom seu construtor,
sem dúvida nenhuma este fixará a vista no modelo eterno.
PLATÃO. Timeu. 28 a7-10; 29 a2-3. Trad. Carlos A. Nunes.
Belém: UFPA, 1977. p. 46-47.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Platão, assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir.
Quando o artista [demiurgo] trabalha em sua obra, a vista dirigida para o que sempre se conserva igual a si mesmo, e lhe transmite a forma e a virtude desse modelo, é natural que seja belo tudo o que ele realiza. Porém, se ele se fixa no que devém e toma como modelo algo sujeito ao nascimento, nada belo poderá criar. [. . . ] Ora, se este mundo é belo e for bom seu construtor, sem dúvida nenhuma este fixará a vista no modelo eterno.
PLATÃO. Timeu. 28 a7-10; 29 a2-3. Trad. Carlos A. Nunes. Belém: UFPA, 1977. p. 46-47.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Platão, assinale a alternativa correta.
“Supõe então uma linha cortada em duas partes desiguais; corta novamente cada um dos segmentos a mesma proporção, o da espécie visível e o da inteligível; e obterás, no mundo visível, segundo a sua claridade ou obscuridade relativa, uma secção, a das imagens. [...] Na parte anterior, a alma, servindo-se, como se fossem imagens, dos objectos que então eram imitados, é forçada a investigar a partir de hipóteses, sem poder caminhar para o princípio, mas para a conclusão; ao passo que, na outra parte, a que conduz ao princípio absoluto, parte da hipótese, e, dispensando as imagens que havia no outro, faz caminho só com o auxílio das ideias” Fonte:Platão, A República, Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2012, p. 311.
Ao apresentar uma proposta dualista da realidade, o trecho apresentado acaba por descreditar certo tipo de conhecimento que o autor pensa ser insuficiente para a compreensão da verdade. Com isso, descreve um processo que vai do grau mais inferior ao mais elevado de conhecimento. Quanto ao assunto, analise as afirmativas abaixo.
I.A princípio temos contato com o que é apresentado pelos sentidos, e, por fim, conhecemos as Ideias com auxílio da razão.
II.O conhecimento parte do abandono do que propõe a multiplicidade das coisas rumo ao que é idêntico a si mesmo.
III.As impressões e as opiniões que delas advêm devem ser deixadas de lado, bem como o conhecimento das Ideias eternas.
IV.O conhecimento das Ideias é encontrado na multiplicidade das coisas que são percebidas sensivelmente.
Assinale, entre as alternativas abaixo, aquela que indica as afirmativas CORRETAS quanto ao conhecimento, segundo o passo citado a partir d ́A República de Platão.
“Supõe então uma linha cortada em duas partes desiguais; corta novamente cada um dos segmentos a mesma proporção, o da espécie visível e o da inteligível; e obterás, no mundo visível, segundo a sua claridade ou obscuridade relativa, uma secção, a das imagens. [...] Na parte anterior, a alma, servindo-se, como se fossem imagens, dos objectos que então eram imitados, é forçada a investigar a partir de hipóteses, sem poder caminhar para o princípio, mas para a conclusão; ao passo que, na outra parte, a que conduz ao princípio absoluto, parte da hipótese, e, dispensando as imagens que havia no outro, faz caminho só com o auxílio das ideias” Fonte:Platão, A República, Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2012, p. 311.
Ao apresentar uma proposta dualista da realidade, o trecho apresentado acaba por descreditar certo tipo de conhecimento que o autor pensa ser insuficiente para a compreensão da verdade. Com isso, descreve um processo que vai do grau mais inferior ao mais elevado de conhecimento. Quanto ao assunto, analise as afirmativas abaixo.
I.A princípio temos contato com o que é apresentado pelos sentidos, e, por fim, conhecemos as Ideias com auxílio da razão.
II.O conhecimento parte do abandono do que propõe a multiplicidade das coisas rumo ao que é idêntico a si mesmo.
III.As impressões e as opiniões que delas advêm devem ser deixadas de lado, bem como o conhecimento das Ideias eternas.
IV.O conhecimento das Ideias é encontrado na multiplicidade das coisas que são percebidas sensivelmente.
Assinale, entre as alternativas abaixo, aquela que indica as afirmativas CORRETAS quanto ao conhecimento, segundo o passo citado a partir d ́A República de Platão.
A moral tem sua origem no latim mos, moris, que significa “costumes” e refere-se às normas que orientam o comportamento de uma sociedade. Por outro lado, o termo ética possui sua origem etimológica no grego ethikos, “modo de ser”.
Com base nessa informação, é correto afirmar que Ética e Moral
A moral tem sua origem no latim mos, moris, que significa “costumes” e refere-se às normas que orientam o comportamento de uma sociedade. Por outro lado, o termo ética possui sua origem etimológica no grego ethikos, “modo de ser”.
Com base nessa informação, é correto afirmar que Ética e Moral
Sobre a ética dos antigos filósofos gregos, pode-se afirmar, exceto
“Como a composição das tragédias mais belas
não é simples, mas complexa, e, além disso, deve
imitar casos que suscitam o terror e a piedade
(porque tal é o próprio fim desta imitação),
evidentemente se segue que [nelas] não devem ser
representados nem homens muito bons que passem
da boa para a má fortuna – caso que não suscita
terror nem piedade, mas repugnância – nem
homens muito maus, que passem da má para a boa
fortuna, pois não há coisa menos trágica, faltando-lhe todos os requisitos para tal efeito; não é
conforme aos sentimentos humanos, nem desperta
terror ou piedade.”
ARISTÓTELES. Poética, XIII, 1452b 31. Trad. de Eudoro de
Souza. São Paulo: Ars Poética, 1993.
Considerando a concepção de poética de Aristóteles,
assinale com V ou F conforme seja verdadeiro ou
falso o que se afirma a seguir:
( ) Aristóteles concebe que toda poesia
trágica é uma imitação (mimese ou
mímesis).
( ) A imitação trágica deve ser tal que
provoque nos espectadores terror e
piedade.
( ) Para atingir seus fins, a tragédia deve ser
conforme aos sentimentos humanos.
( ) A tragédia representa homens muito bons
que passaram da boa para a má fortuna.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
ARISTÓTELES. Poética, XIII, 1452b 31. Trad. de Eudoro de
Souza. São Paulo: Ars Poética, 1993.
Considerando a concepção de poética de Aristóteles, assinale com V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir:
( ) Aristóteles concebe que toda poesia trágica é uma imitação (mimese ou mímesis).
( ) A imitação trágica deve ser tal que provoque nos espectadores terror e piedade.
( ) Para atingir seus fins, a tragédia deve ser conforme aos sentimentos humanos.
( ) A tragédia representa homens muito bons que passaram da boa para a má fortuna.
A sequência correta, de cima para baixo, é: