Filósofo grego que desconfiava da função da arte, uma vez em que a mesma está no “mundo sensível”, sendo, portanto, mimese (cópia). Para ele a arte é enganadora e afasta o homem da busca pelo bem e pela verdade. Essa afirmação identifica o pensamento de:

Resposta correta: Alternativa B — Platão

Tema central: a questão explora a crítica platônica à arte enquanto mimese (cópia) do mundo sensível e seu papel em afastar o homem da busca pela verdade e pelo Bem.

Resumo teórico (didático e progressivo): Para Platão (especialmente em A República, Livro X), a realidade genuína são as Formas ou Ideias — realidades intangíveis e perfeitas. O mundo sensível é cópia imperfeita dessas Formas. A arte mimética (poesia, pintura, drama) reproduz apenas as aparências do mundo sensível, ou seja, é “cópia da cópia” — portanto duas vezes afastada da verdade. Além disso, Platão sustenta que a arte apela às emoções e paixões, podendo corromper a alma e desviar a busca racional pelo Bem.

Fontes relevantes: Platão, A República (Livro X); introduções e análises: Stanford Encyclopedia of Philosophy (entrada "Plato's Aesthetics").

Justificativa da alternativa correta: A descrição — arte como mimese enganadora e obstáculo à verdade — é característica clara do pensamento platônico. O trecho sobre o “mundo sensível” e a arte como cópia conecta diretamente à teoria das Formas de Platão.

Análise das alternativas incorretas:

A — Sócrates: Sócrates é personagem central nos diálogos platônicos; porém, a formulação sistemática sobre mimese e as Formas é de Platão, não de Sócrates isoladamente.

C — Aristóteles: Aristóteles aceita a noção de mimesis, mas a valoriza positivamente: para ele, arte é natural e educativa, capaz de produzir catarse e ensinar virtudes — não a rotula como enganadora.

D — Euclides: Matemático grego sem relação com teoria estética ou crítica da mimese.

Estratégia de prova: busque palavras-chave no enunciado — “mimese”, “mundo sensível”, “enganadora”, “afasta do bem/verdade” — que costumam identificar Platão. Desconfie quando o enunciado mistura personagem histórico (Sócrates) com doutrina sistematizada (teoria das Formas): o autor da doutrina é Platão.

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