Questõessobre Aristóteles, entre a física e a metafísica
O grande mérito do artesão ou artista está em
reproduzir perfeitamente a beleza do mundo
natural.
A ciência antiga postulava que o conhecimento
parte das coisas particulares e chega aos
princípios universais, visto que só existe ciência
do universal e não do particular.
Conforme Aristóteles, a ciência busca o
conhecimento das primeiras causas das coisas
naturais, algo impossível para o homem, que
não é o criador da natureza.
Os filósofos árabes, leitores dos textos
aristotélicos, desenvolveram o conhecimento
científico, principalmente nos campos da
medicina, geometria e ótica.
A lógica aristotélica estabelece os critérios para
o conhecimento verdadeiro, base de todo
conhecimento científico.
Antes do século XVI, não houve conhecimento
científico de fato, pois não existiam critérios de
prova empírica, fundamento maior da verdade
científica.
a participação política não é uma questão de
escolha para Aristóteles, uma vez que, para
ele, todos os habitantes da cidade deveriam
agir politicamente, independente de sua
condição social ou econômica.
a nem todos os habitantes de uma cidade é
garantido o direito de ocupar cargos públicos ou
tomar parte nas decisões judiciais, mas
somente àqueles que são considerados
cidadãos naquela cidade.
o principal critério para definir um cidadão é a
possibilidade de ele participar da vida política
da cidade.
Aristóteles associava o conceito de belo ao conceito
de bom, e, para ele, as artes tinham uma função
moral e social, ao reforçarem os laços da
comunidade. Por esse motivo, preferia a tragédia,
pois, nela, a imitação das ações humanas (boas ou
más) reproduziriam um efeito chamado de catarse,
ou seja, uma purificação dos sentimentos ruins a
partir da sua visualização na arte.
Segundo Aristóteles, as ciências dividem-se em teoréticas, práticas e produtivas. O propósito imediato
de cada uma delas é o conhecimento, contudo, se diferem em seus propósitos últimos.
Sobre Aristóteles e a classificação das ciências, assinale a alternativa correta.
Leia os dois trechos a seguir.
“(...) a imaginação é algo diverso tanto da percepção sensível quanto do raciocínio (...) imaginação será o movimento que ocorre pela atividade da percepção sensível. (...) E porque [as
imagens produzidas passivamente a partir da percepção sensível] perduram e são semelhantes às percepções sensíveis, os animais fazem muitas coisas com elas: (...) como os homens,
por terem o intelecto algumas vezes obscurecido pela doença ou pelo sono.”
ARISTÓTELES, De Anima. Trad.: Maria Cecília Gomes dos Reis. São Paulo: Editora 34, 2006.
“(...) em geral, a palavra imagem está cheia de confusão na obra dos psicólogos: veem-se
imagens, reproduzem-se imagens, guardam-se imagens na memória. A imagem é tudo, exceto um produto direto da imaginação. Na obra de Bergson Matéria e Memória, em que a
noção de imagem tem uma grande extensão, uma única referência (p. 198) é dedicada à imaginação produtora. Essa produção fica sendo então uma atividade de liberdade menor, que
quase não tem relação com os grandes atos livres, trazidos à luz pela filosofia bergsoniana.
(...) Propomos, ao contrário, que se considere a imaginação como um poder maior da natureza humana. Certamente não adianta nada dizer que a imaginação é a faculdade de produzir
imagens. Mas essa tautologia tem ao menos o interesse de deter as assimilações das imagens
às lembranças.”
BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. Trad.: A.C. Leal; Lídia Leal. Coleção Os Pensadores.
São Paulo: Abril Cultural, 1984.
Segundo os trechos de Aristóteles e de Bachelard, acima, é CORRETO dizer que:
“O homem feliz deverá possuir o atributo em questão (isto é, constância na prática de atividades conforme a excelência) e será feliz por toda a sua vida, pois ele estará sempre, ou pelo menos frequentemente, engajado na prática ou na contemplação do que é conforme a excelência. Da mesma forma ele suportará as vicissitudes com maior galhardia e dignidade, sendo como é, ‘verdadeiramente bom e irrepreensivelmente tetragonal (honesto)’.”ARISTÓTELES. Ética a Nicômacos. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 132. (Adaptado)
Considerando-se o excerto acima, diz-se que, para Aristóteles, a felicidade é
Considerando-se o excerto acima, diz-se que, para Aristóteles, a felicidade é
Vimos que o homem sem lei é injusto e o respeitador
da lei é justo; evidentemente todos os atos legítimos são,
em certo sentido, atos justos, porque os atos prescritos
pela arte do legislador são legítimos e cada um deles é
justo. Ora, nas disposições que tomam sobre todos os
assuntos, as leis têm em mira a vantagem comum, quer
de todos, quer dos melhores ou daqueles que detêm o
poder ou algo desse gênero; de modo que, em certo
sentido, chamamos justos aqueles atos que tendem
a produzir e a preservar, para a sociedade política, a
felicidade e os elementos que a compõem.
ARISTÓTELES. A política. São Paulo:
Cia. das Letras, 2010 (adaptado).
De acordo com o texto de Aristóteles, o legislador deve
agir conforme a
Leia os textos a seguir.
Aristóteles, no Livro IV da Metafísica, defende o sentido epistêmico do princípio de não contradição como o
princípio primário, incondicionado e absolutamente verdadeiro da “ciência das causas primeiras”, ou melhor,
o princípio que se apresenta como fundamento último (ou primeiro) de justificação para qualquer enunciado
declarativo em sua pretensão de verdade.
“É impossível que o mesmo atributo pertença e não pertença ao mesmo tempo ao mesmo sujeito, e na
mesma relação. [...] Não é possível, com efeito, conceber alguma vez que a mesma coisa seja e não seja,
como alguns acreditam que Heráclito disse [...]. É por esta razão que toda demonstração se remete a esse
princípio como a uma última verdade, pois ela é, por natureza, um ponto de partida, a mesma para os demais
axiomas.”
(ARISTÓTELES. Metafísica. Livro IV, 3, 1005b apud FARIA, Maria do Carmo B. de. Aristóteles: a plenitude como horizonte do ser. São
Paulo: Moderna, 1994. p. 93.)
Com base nos textos e nos conhecimentos sobre Aristóteles, é correto afirmar:
Leia o texto a seguir.
A virtude é, pois, uma disposição de caráter relacionada com a escolha e consiste numa mediania, isto é, a
mediania relativa a nós, a qual é determinada por um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria
prática.
(Aristóteles. Ética a Nicômaco. Trad. de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Livro II, p. 273.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a situada ética em Aristóteles, pode-se dizer que a virtude ética
Leia o texto a seguir.
É precisamente nos ritmos e nas melodias que nos deparamos com as imitações mais perfeitas da verdadeira
natureza da cólera e da mansidão, e também da coragem e da temperança, e de todos os seus opostos e
outras disposições morais (a prática prova-o bem, visto que o nosso estado de espírito se altera consoante a
música que escutamos).
(Aristóteles. Política. Ed: bilíngue. Trad. A. C. Amaral e C. C. Gomes. Lisboa: Vega, 1998. Livro VIII, p. 579.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a música e a teoria política de Aristóteles, considere as afirmativas a seguir.
I. A música pode incitar um certo estado de espírito, por isso deve-se escolher aquela que forme bem o
caráter do cidadão.
II. A música, por ter ritmo e melodia, incita paixões e mesmo qualidades éticas, sendo desnecessário cuidar
de sua escolha.
III. A música é a arte que melhor imita paixões e qualidades éticas, por isso ela é importante para a formação
do cidadão.
IV. A música incita a formação das virtudes e deve também ser estendida aos estratos inferiores da sociedade.
Assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir.
Homero, sendo digno de louvor por muitos motivos, é-o em especial porque é o único poeta que não ignora
o que lhe compete fazer. De fato, o poeta, em si, deve dizer o menos possível, pois não é através disso que
faz a imitação. Os outros intervêm, eles mesmos, durante todo o poema e imitam pouco e raramente. Ele,
pelo contrário, depois de fazer um breve preâmbulo, põe imediatamente em cena um homem, uma mulher ou
qualquer outra personagem e nenhum sem caráter, mas cada uma dotada de caráter próprio.
(ARISTÓTELES. Poética. Trad. A. M. Valente. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2004. p. 94-95.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a mímesis em Aristóteles, assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir.
Homero, sendo digno de louvor por muitos motivos, é-o em especial porque é o único poeta que não ignora o que lhe compete fazer. De fato, o poeta, em si, deve dizer o menos possível, pois não é através disso que faz a imitação. Os outros intervêm, eles mesmos, durante todo o poema e imitam pouco e raramente. Ele, pelo contrário, depois de fazer um breve preâmbulo, põe imediatamente em cena um homem, uma mulher ou qualquer outra personagem e nenhum sem caráter, mas cada uma dotada de caráter próprio.
(ARISTÓTELES. Poética. Trad. A. M. Valente. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2004. p. 94-95.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a mímesis em Aristóteles, assinale a alternativa correta.