Questõessobre Aristóteles, entre a física e a metafísica

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Foram encontradas 71 questões
e38c06d6-de
UEM 2011 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

O feio não decorre da percepção do objeto representado, mas, da inabilidade do artista em representá-lo.

Diz Aristóteles (388-322 a.C.), na obra Poética, sobre a noção de imitação (mimesis) artística: “Ao homem é natural imitar desde a infância – e nisso difere ele dos outros seres, por ser capaz da imitação e por aprender, por meio da imitação, os primeiros conhecimentos; e todos os homens sentem prazer em imitar. Prova disso é o que ocorre na realidade: temos prazer em contemplar imagens perfeitas das coisas cuja visão nos repugna, como [as figuras dos] animais ferozes e dos cadáveres.” (ARISTÓTELES. Poética, livro IV, §§ 13 e 14, p. 40). Do mesmo modo diz o filósofo, na Física: “Em resumo, a arte ou completa o processo que a natureza é incapaz de fazer inteiramente ou imita a natureza.” (ARISTÓTELES. Física, 199a. In. FIGURELLI, R.. Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009, p. 546). Com base nessas afirmações de Aristóteles, assinale a alternativa correta.
C
Certo
E
Errado
e389067b-de
UEM 2011 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

O grande mérito do artesão ou artista está em reproduzir perfeitamente a beleza do mundo natural.

Diz Aristóteles (388-322 a.C.), na obra Poética, sobre a noção de imitação (mimesis) artística: “Ao homem é natural imitar desde a infância – e nisso difere ele dos outros seres, por ser capaz da imitação e por aprender, por meio da imitação, os primeiros conhecimentos; e todos os homens sentem prazer em imitar. Prova disso é o que ocorre na realidade: temos prazer em contemplar imagens perfeitas das coisas cuja visão nos repugna, como [as figuras dos] animais ferozes e dos cadáveres.” (ARISTÓTELES. Poética, livro IV, §§ 13 e 14, p. 40). Do mesmo modo diz o filósofo, na Física: “Em resumo, a arte ou completa o processo que a natureza é incapaz de fazer inteiramente ou imita a natureza.” (ARISTÓTELES. Física, 199a. In. FIGURELLI, R.. Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009, p. 546). Com base nessas afirmações de Aristóteles, assinale a alternativa correta.
C
Certo
E
Errado
e382b857-de
UEM 2011 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

A ciência antiga postulava que o conhecimento parte das coisas particulares e chega aos princípios universais, visto que só existe ciência do universal e não do particular.

Um dos principais objetivos do filósofo grego Aristóteles (388-322 a. C.) é elaborar um modo de conhecimento verdadeiro e não refutável. Para isso, ele dedica boa parte dos seus escritos, que resulta nos pressupostos fundamentais para o conhecimento científico na antiguidade e na medievalidade. Sobre essa noção de ciência, assinale o que for correto
C
Certo
E
Errado
e37f0b4a-de
UEM 2011 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

Conforme Aristóteles, a ciência busca o conhecimento das primeiras causas das coisas naturais, algo impossível para o homem, que não é o criador da natureza.

Um dos principais objetivos do filósofo grego Aristóteles (388-322 a. C.) é elaborar um modo de conhecimento verdadeiro e não refutável. Para isso, ele dedica boa parte dos seus escritos, que resulta nos pressupostos fundamentais para o conhecimento científico na antiguidade e na medievalidade. Sobre essa noção de ciência, assinale o que for correto
C
Certo
E
Errado
e37a461f-de
UEM 2011 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

Os filósofos árabes, leitores dos textos aristotélicos, desenvolveram o conhecimento científico, principalmente nos campos da medicina, geometria e ótica.

Um dos principais objetivos do filósofo grego Aristóteles (388-322 a. C.) é elaborar um modo de conhecimento verdadeiro e não refutável. Para isso, ele dedica boa parte dos seus escritos, que resulta nos pressupostos fundamentais para o conhecimento científico na antiguidade e na medievalidade. Sobre essa noção de ciência, assinale o que for correto
C
Certo
E
Errado
e376a2ae-de
UEM 2011 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

A lógica aristotélica estabelece os critérios para o conhecimento verdadeiro, base de todo conhecimento científico.

Um dos principais objetivos do filósofo grego Aristóteles (388-322 a. C.) é elaborar um modo de conhecimento verdadeiro e não refutável. Para isso, ele dedica boa parte dos seus escritos, que resulta nos pressupostos fundamentais para o conhecimento científico na antiguidade e na medievalidade. Sobre essa noção de ciência, assinale o que for correto
C
Certo
E
Errado
e372207f-de
UEM 2011 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

Antes do século XVI, não houve conhecimento científico de fato, pois não existiam critérios de prova empírica, fundamento maior da verdade científica.

Um dos principais objetivos do filósofo grego Aristóteles (388-322 a. C.) é elaborar um modo de conhecimento verdadeiro e não refutável. Para isso, ele dedica boa parte dos seus escritos, que resulta nos pressupostos fundamentais para o conhecimento científico na antiguidade e na medievalidade. Sobre essa noção de ciência, assinale o que for correto
C
Certo
E
Errado
08835df7-dd
UEM 2011, UEM 2011 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, A Política, Filosofia e a Grécia Antiga

a participação política não é uma questão de escolha para Aristóteles, uma vez que, para ele, todos os habitantes da cidade deveriam agir politicamente, independente de sua condição social ou econômica.

Aristóteles (384-322 a.C.) afirma em Política: “Diremos que nenhum indivíduo é cidadão só porque habita num determinado lugar, pois, tal como os cidadãos, também os metecos (homens livres) e os escravos possuem um local para habitar. (...) Ora, não há melhor critério para definir o que é o cidadão, em sentido estrito, do que entender a cidadania como capacidade de participar da administração da justiça e no governo.” (ARISTÓTELES. Política, livro III, cap. 1 1275a6-7 e 22-23). A partir desse trecho, é correto afirmar que 
C
Certo
E
Errado
08802c14-dd
UEM 2011, UEM 2011 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

a nem todos os habitantes de uma cidade é garantido o direito de ocupar cargos públicos ou tomar parte nas decisões judiciais, mas somente àqueles que são considerados cidadãos naquela cidade.

Aristóteles (384-322 a.C.) afirma em Política: “Diremos que nenhum indivíduo é cidadão só porque habita num determinado lugar, pois, tal como os cidadãos, também os metecos (homens livres) e os escravos possuem um local para habitar. (...) Ora, não há melhor critério para definir o que é o cidadão, em sentido estrito, do que entender a cidadania como capacidade de participar da administração da justiça e no governo.” (ARISTÓTELES. Política, livro III, cap. 1 1275a6-7 e 22-23). A partir desse trecho, é correto afirmar que 
C
Certo
E
Errado
08786192-dd
UEM 2011, UEM 2011 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

o principal critério para definir um cidadão é a possibilidade de ele participar da vida política da cidade.

Aristóteles (384-322 a.C.) afirma em Política: “Diremos que nenhum indivíduo é cidadão só porque habita num determinado lugar, pois, tal como os cidadãos, também os metecos (homens livres) e os escravos possuem um local para habitar. (...) Ora, não há melhor critério para definir o que é o cidadão, em sentido estrito, do que entender a cidadania como capacidade de participar da administração da justiça e no governo.” (ARISTÓTELES. Política, livro III, cap. 1 1275a6-7 e 22-23). A partir desse trecho, é correto afirmar que 
C
Certo
E
Errado
babb2bc2-d9
UEM 2011 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

Aristóteles associava o conceito de belo ao conceito de bom, e, para ele, as artes tinham uma função moral e social, ao reforçarem os laços da comunidade. Por esse motivo, preferia a tragédia, pois, nela, a imitação das ações humanas (boas ou más) reproduziriam um efeito chamado de catarse, ou seja, uma purificação dos sentimentos ruins a partir da sua visualização na arte.

“A Estética, enquanto reflexão filosófica, busca compreender, num primeiro momento, o que é beleza, o que é belo. A preocupação com o belo, com a arte e com a sensibilidade” é própria da reflexão estética. Não se trata de “uma discussão de preferências, simplesmente com o fim de uniformizar os gostos. Então, ela não poderá ser normativa, determinando o que deve ser, obrigatoriamente, apreciado por todos.” (Filosofia. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006, p. 272). Ainda assim, a tentativa de uma definição do belo vem acompanhando a História da Arte há muito tempo, sendo correto afirmar que
C
Certo
E
Errado
785213dd-b1
UENP 2017 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

Segundo Aristóteles, as ciências dividem-se em teoréticas, práticas e produtivas. O propósito imediato de cada uma delas é o conhecimento, contudo, se diferem em seus propósitos últimos. Sobre Aristóteles e a classificação das ciências, assinale a alternativa correta.

A
A conduta é o fim do conhecimento das ciências teoréticas e produtivas.
B
As ciências produtivas visam ao conhecimento como um guia de conduta.
C
As ciências teoréticas têm em vista o conhecimento por si próprio.
D
Nas ciências práticas, o conhecimento é empregado para produzir algo útil.
E
O objetivo do conhecimento das ciências práticas é o cultivo de algo belo.
7984e7d4-c4
UNIOESTE 2019 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

Leia os dois trechos a seguir.


“(...) a imaginação é algo diverso tanto da percepção sensível quanto do raciocínio (...) imaginação será o movimento que ocorre pela atividade da percepção sensível. (...) E porque [as imagens produzidas passivamente a partir da percepção sensível] perduram e são semelhantes às percepções sensíveis, os animais fazem muitas coisas com elas: (...) como os homens, por terem o intelecto algumas vezes obscurecido pela doença ou pelo sono.” 

ARISTÓTELES, De Anima. Trad.: Maria Cecília Gomes dos Reis. São Paulo: Editora 34, 2006.

“(...) em geral, a palavra imagem está cheia de confusão na obra dos psicólogos: veem-se imagens, reproduzem-se imagens, guardam-se imagens na memória. A imagem é tudo, exceto um produto direto da imaginação. Na obra de Bergson Matéria e Memória, em que a noção de imagem tem uma grande extensão, uma única referência (p. 198) é dedicada à imaginação produtora. Essa produção fica sendo então uma atividade de liberdade menor, que quase não tem relação com os grandes atos livres, trazidos à luz pela filosofia bergsoniana. (...) Propomos, ao contrário, que se considere a imaginação como um poder maior da natureza humana. Certamente não adianta nada dizer que a imaginação é a faculdade de produzir imagens. Mas essa tautologia tem ao menos o interesse de deter as assimilações das imagens às lembranças.”


BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. Trad.: A.C. Leal; Lídia Leal. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1984.


Segundo os trechos de Aristóteles e de Bachelard, acima, é CORRETO dizer que:

A
Aristóteles e Bachelard coincidem na avaliação da imaginação passiva e na avaliação da imaginação produtiva.
B
Aristóteles afirma que os seres humanos se valem da imaginação somente quando privados da intelecção. Essa mesma tese é partilhada, mais de dois mil anos depois, por Bachelard, que critica a subordinação da imaginação à memória, como era frequente para a psicologia de sua época e observado mesmo em Bergson.
C
em Aristóteles, a imaginação é uma mudança provocada pela percepção sensível de algo, mas essa mudança não é ainda o raciocínio. Somente aquele que dorme ou está doente recorre à imaginação para compreender a realidade. Gaston Bachelard, contrariamente, advoga uma imaginação produtiva, de poder tão grande quanto a memória ou quanto a razão na natureza humana.
D
no passado clássico grego, a imaginação era objeto de defesa dos filósofos, pois as divindades eram todas imaginárias; por isso Aristóteles, para denunciar esse traço, estuda a imaginação ao lado da percepção (dependendo dela) e do raciocínio (menor que ele). A razão, assim, supera o mito. Já o pensador francês contemporâneo Gaston Bachelard põe a imaginação produtiva acima de todas as faculdades humanas e, com isso, abre as portas a um novo misticismo religioso.
E
as teses de Aristóteles e de Bachelard divergem quanto à imaginação passiva, dependente da percepção e subordinada à razão, mas convergem quanto à imaginação produtiva, autônoma em relação à percepção sensível.
9670443b-c3
UFU-MG 2019 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

“O homem feliz deverá possuir o atributo em questão (isto é, constância na prática de atividades conforme a excelência) e será feliz por toda a sua vida, pois ele estará sempre, ou pelo menos frequentemente, engajado na prática ou na contemplação do que é conforme a excelência. Da mesma forma ele suportará as vicissitudes com maior galhardia e dignidade, sendo como é, ‘verdadeiramente bom e irrepreensivelmente tetragonal (honesto)’.”
ARISTÓTELES. Ética a Nicômacos. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 132. (Adaptado)

Considerando-se o excerto acima, diz-se que, para Aristóteles, a felicidade é

A
um presente distribuído aleatoriamente por Deus.
B
fruto do exercício da razão e das virtudes morais.
C
o resultado da acumulação de riquezas materiais.
D
somente uma possibilidade teórica, jamais real.
a3e6f1bd-b6
ENEM 2019, ENEM 2019 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

Vimos que o homem sem lei é injusto e o respeitador da lei é justo; evidentemente todos os atos legítimos são, em certo sentido, atos justos, porque os atos prescritos pela arte do legislador são legítimos e cada um deles é justo. Ora, nas disposições que tomam sobre todos os assuntos, as leis têm em mira a vantagem comum, quer de todos, quer dos melhores ou daqueles que detêm o poder ou algo desse gênero; de modo que, em certo sentido, chamamos justos aqueles atos que tendem a produzir e a preservar, para a sociedade política, a felicidade e os elementos que a compõem.
ARISTÓTELES. A política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010 (adaptado).

De acordo com o texto de Aristóteles, o legislador deve agir conforme a

A
moral e a vida privada.
B
virtude e os interesses públicos.
C
utilidade e os critérios pragmáticos.
D
lógica e os princípios metafísicos.
E
razão e as verdades transcendentes.
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UEL 2010 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

Leia os textos a seguir.

Aristóteles, no Livro IV da Metafísica, defende o sentido epistêmico do princípio de não contradição como o princípio primário, incondicionado e absolutamente verdadeiro da “ciência das causas primeiras”, ou melhor, o princípio que se apresenta como fundamento último (ou primeiro) de justificação para qualquer enunciado declarativo em sua pretensão de verdade.

“É impossível que o mesmo atributo pertença e não pertença ao mesmo tempo ao mesmo sujeito, e na mesma relação. [...] Não é possível, com efeito, conceber alguma vez que a mesma coisa seja e não seja, como alguns acreditam que Heráclito disse [...]. É por esta razão que toda demonstração se remete a esse princípio como a uma última verdade, pois ela é, por natureza, um ponto de partida, a mesma para os demais axiomas.”

(ARISTÓTELES. Metafísica. Livro IV, 3, 1005b apud FARIA, Maria do Carmo B. de. Aristóteles: a plenitude como horizonte do ser. São Paulo: Moderna, 1994. p. 93.)

Com base nos textos e nos conhecimentos sobre Aristóteles, é correto afirmar:

A
Aqueles que sustentam, com Heráclito, conceber verdadeiramente que propriedades contrárias podem subsistir e não subsistir no mesmo sujeito opõem-se ao princípio de não contradição.
B
Pelo princípio de não contradição, sustenta-se a tese heracliteana de que, numa enunciação verdadeira, se possa simultaneamente afirmar e negar um mesmo predicado de um mesmo sujeito, em um mesmo sentido.
C
Nas demonstrações sobre as realidades suprassensíveis, é possível conceber que propriedades contrárias subsistam simultaneamente no mesmo sujeito, sem que isso incorra em contradição lógica, ontológica e epistêmica.
D
Para que se possa fundamentar o estatuto axiomático do princípio de não contradição, exige-se que sua evidência, enquanto princípio primário, seja submetida à demonstração.
E
Com o princípio de não contradição, torna-se possível conceber que, se existem duas coisas não idênticas, qualquer predicado que se aplicar a uma delas também poderá ser aplicado necessariamente à outra.
1e02514d-b0
UEL 2010 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

Leia o texto a seguir.

A virtude é, pois, uma disposição de caráter relacionada com a escolha e consiste numa mediania, isto é, a mediania relativa a nós, a qual é determinada por um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria prática.
(Aristóteles. Ética a Nicômaco. Trad. de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Livro II, p. 273.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a situada ética em Aristóteles, pode-se dizer que a virtude ética

A
reside no meio termo, que consiste numa escolha situada entre o excesso e a falta.
B
implica na escolha do que é conveniente no excesso e do que é prazeroso na falta.
C
consiste na eleição de um dos extremos como o mais adequado, isto é, ou o excesso ou a falta.
D
pauta-se na escolha do que é mais satisfatório em razão de preferências pragmáticas.
E
baseia-se no que é mais prazeroso em sintonia com o fato de que a natureza é que nos torna mais perfeitos.
1dfe2515-b0
UEL 2010 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

Leia o texto a seguir.

É precisamente nos ritmos e nas melodias que nos deparamos com as imitações mais perfeitas da verdadeira natureza da cólera e da mansidão, e também da coragem e da temperança, e de todos os seus opostos e outras disposições morais (a prática prova-o bem, visto que o nosso estado de espírito se altera consoante a música que escutamos).
(Aristóteles. Política. Ed: bilíngue. Trad. A. C. Amaral e C. C. Gomes. Lisboa: Vega, 1998. Livro VIII, p. 579.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a música e a teoria política de Aristóteles, considere as afirmativas a seguir.

I. A música pode incitar um certo estado de espírito, por isso deve-se escolher aquela que forme bem o caráter do cidadão.
II. A música, por ter ritmo e melodia, incita paixões e mesmo qualidades éticas, sendo desnecessário cuidar de sua escolha.
III. A música é a arte que melhor imita paixões e qualidades éticas, por isso ela é importante para a formação do cidadão.
IV. A música incita a formação das virtudes e deve também ser estendida aos estratos inferiores da sociedade.

Assinale a alternativa correta.

A
Somente as afirmativas I e II são corretas.
B
Somente as afirmativas I e III são corretas.
C
Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D
Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
E
Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
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UEL 2010 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

Leia o texto a seguir.


Homero, sendo digno de louvor por muitos motivos, é-o em especial porque é o único poeta que não ignora o que lhe compete fazer. De fato, o poeta, em si, deve dizer o menos possível, pois não é através disso que faz a imitação. Os outros intervêm, eles mesmos, durante todo o poema e imitam pouco e raramente. Ele, pelo contrário, depois de fazer um breve preâmbulo, põe imediatamente em cena um homem, uma mulher ou qualquer outra personagem e nenhum sem caráter, mas cada uma dotada de caráter próprio.

(ARISTÓTELES. Poética. Trad. A. M. Valente. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2004. p. 94-95.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a mímesis em Aristóteles, assinale a alternativa correta.

A
As personagens devem aparecer agindo menos e o poeta falando mais, como faz Homero.
B
Ao intervir muito no poema, sem colocar personagens, o poeta imita com qualidade superior.
C
Ao dizer o menos possível, Homero coloca as personagens em ação e assim ele é mais imitador.
D
Homero é elogiado por iniciar seus poemas com breves preâmbulos e pouco se referir a personagens em ação.
E
O poeta deve fazer uma breve introdução e iniciar a ação narrando sem necessidade de personagens.
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UEL 2010 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

Leia o texto a seguir.

Que seja portanto ele a considerar-se a si mesmo, que quando empreende uma viagem se arma e procura ir bem acompanhado; que quando vai dormir fecha suas portas; que mesmo quando está em casa tranca seus cofres; e isso mesmo sabendo que existem leis e funcionários públicos armados, prontos a vingar qualquer injúria que lhe possa ser feita.
(HOBBES. Leviatã. Trad. J. P. Monteiro e M. B. N. da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 80.)

O texto de Hobbes diverge de uma ideia central da filosofia política de Aristóteles.
Assinale a alternativa que identifica essa ideia aristotelica.

A
É inerente à condição humana viver segundo as condições adversas do estado de natureza.
B
A sociabilidade se configura como natural aos seres humanos.
C
Os homens, no estado civil, perdem a bondade originária do homem natural.
D
A insociável sociabilidade é característica imanente às ações humanas.
E
O Estado é incapaz de prover a segurança dos súditos.