Questõessobre A Política
Chamamos pejorativamente de maquiavélica a pessoa sem escrúpulos, traiçoeira, astuciosa, que, para atingir seus
fins, usa de mentira e de má-fé e nos engana com tanta sutileza que não percebemos a manipulação de que somos vítimas.
O mito do maquiavelismo nasceu da leitura da obra:
Muitas foram as transformações decorrentes da Revolução
Industrial, tanto na esfera social quanto na intelectual, sobretudo
em relação ao conhecimento cientifico, devido à influência de
Augusto Comte e seu positivismo.
Sob a ótica positivista, a Lei dos três estados divide-se em
Discutir política é o mesmo que refletir acerca do poder. Esse
pressupõe dois polos: o de quem exerce e sobre quem o poder
é exercido.
Acerca dessa polaridade, pode-se afirmar:
O Estado, enquanto instituição social, é uma realidade no seio
da sociedade, contudo, sobre sua origem, pode-se afirmar:
“É um dito corrente que todas as leis silenciam em tempos de guerra, e é verdade, não apenas se falarmos de leis civis, mas também naturais [...] E entendemos que tal guerra é de todos os homens contra todos os homens.
”HOBBES, Thomas. Do Cidadão.Trad. Raul Fiker. São Paulo: Edipro, 2016, p. 83s.
O Texto de Hobbes se refere a um estado de guerra de todos contra todos, que enseja, pelo medo da morte, um estado civil. O nome dado por Hobbes a esse estado anterior ao pacto social é
“É um dito corrente que todas as leis silenciam em tempos de guerra, e é verdade, não apenas se falarmos de leis civis, mas também naturais [...] E entendemos que tal guerra é de todos os homens contra todos os homens.
”HOBBES, Thomas. Do Cidadão.Trad. Raul Fiker. São Paulo: Edipro, 2016, p. 83s.
O Texto de Hobbes se refere a um estado de guerra de todos contra todos, que enseja, pelo medo da morte, um estado civil. O nome dado por Hobbes a esse estado anterior ao pacto social é
“Quando um cidadão, não por suas crueldades ou outra qualquer intolerável violência, e sim pelo favor dos concidadãos, se torna príncipe de sua pátria –o que se pode chamar principado civil (e para chegar a isto não é necessário grandes méritos nem muita sorte, mas antes uma astúcia feliz) –, digo que se chega a esse principado ou pelo favor do povo ou pelo favor dos poderosos. É que em todas as cidades se encontram estas duas tendências diversas e isto nasce do fato de que o povo não deseja ser governado nem oprimido pelos grandes, e estes desejam governar e oprimir o povo.”
MAQUIAVEL. O Príncipe. Coleção “Os Pensadores” -adaptado.
Considerando a questão da política em Maquiavel, analise as seguintes afirmações:
I.Maquiavel rompe com a tradição política ao não admitir qualquer fundamento anterior e exterior à política.
II.Maquiavel considera a cidade uma comunidade homogênea nascida da ordem natural ou da razão humana.
III.Maquiavel considera que a política nasce das lutas sociais e é obra da própria sociedade para dar a si mesma unidade e identidade.
É correto o que se afirma em
“Quando um cidadão, não por suas crueldades ou outra qualquer intolerável violência, e sim pelo favor dos concidadãos, se torna príncipe de sua pátria –o que se pode chamar principado civil (e para chegar a isto não é necessário grandes méritos nem muita sorte, mas antes uma astúcia feliz) –, digo que se chega a esse principado ou pelo favor do povo ou pelo favor dos poderosos. É que em todas as cidades se encontram estas duas tendências diversas e isto nasce do fato de que o povo não deseja ser governado nem oprimido pelos grandes, e estes desejam governar e oprimir o povo.”
MAQUIAVEL. O Príncipe. Coleção “Os Pensadores” -adaptado.
Considerando a questão da política em Maquiavel, analise as seguintes afirmações:
I.Maquiavel rompe com a tradição política ao não admitir qualquer fundamento anterior e exterior à política.
É correto o que se afirma em
II e III apenas.
Três pensadores modernos marcaram a reflexão sobre a questão política: Hobbes, Locke e Rousseau. Um ponto comum perpassa o pensamento desses três filósofos a respeito da política: a origem do Estado está no contrato social. Partem do princípio de que o Estado foi constituído a partir de um contrato firmado, entendendo o contrato como um acordo. Portanto, o Estado deve ser gerado a partir do consenso entre as pessoas em torno de alguns elementos essenciais para garantir a existência social. Todavia, há nuances entre eles. Considerando o enunciado acima, atente para o que se diz a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( )Em comum, esses pensadores buscavam justificar reformas do Estado para limitar o poder despótico dos monarcas absolutos.( )Para Hobbes, o contrato social é a renúncia dos direitos individuais ao soberano em nome da paz civil.( )Para Locke, o contrato social é a renúncia parcial dos direitos naturais em favor da liberdade e da propriedade.( )Para Rousseau, contrato social é a transferência dos direitos individuais para a vontade geral em favor da liberdade e da igualdade civis.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
Três pensadores modernos marcaram a reflexão sobre a questão política: Hobbes, Locke e Rousseau. Um ponto comum perpassa o pensamento desses três filósofos a respeito da política: a origem do Estado está no contrato social. Partem do princípio de que o Estado foi constituído a partir de um contrato firmado, entendendo o contrato como um acordo. Portanto, o Estado deve ser gerado a partir do consenso entre as pessoas em torno de alguns elementos essenciais para garantir a existência social. Todavia, há nuances entre eles. Considerando o enunciado acima, atente para o que se diz a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( )Para Rousseau, contrato social é a transferência dos direitos individuais para a vontade geral em favor da liberdade e da igualdade civis.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
Leia o texto a seguir:
Mesmo quando se pretendeu a política, a
filosofia sempre teve significado político.
Filosofando, o homem chega a si mesmo e
encontra razão para moldar e julgar
politicamente sua associação com os outros
homens.
(JASPERS, Karl. Introdução ao pensamento filosófico, São
Paulo: Cultrix, 1999, p. 55. Adaptado)
O texto acima retrata, com clareza, a dimensão do saber filosófico no âmbito da política. Sobre esse
assunto, assinale a alternativa CORRETA.
Leia o texto a seguir:
Mesmo quando se pretendeu a política, a filosofia sempre teve significado político. Filosofando, o homem chega a si mesmo e encontra razão para moldar e julgar politicamente sua associação com os outros homens.
(JASPERS, Karl. Introdução ao pensamento filosófico, São Paulo: Cultrix, 1999, p. 55. Adaptado)
O texto acima retrata, com clareza, a dimensão do saber filosófico no âmbito da política. Sobre esse
assunto, assinale a alternativa CORRETA.
Nicolau Maquiavel, filósofo italiano que viveu entre 1469 e 1527, pode ser considerado o primeiro pensador da chamada
“ciência política”, tal qual a concebemos contemporaneamente. A respeito desse filósofo é INcorreto afirmar.
Em termos de Filosofia Política, Thomas Hobbes é um pensador da modernidade que apresenta concepções de poder
muito próximas das ideias predominantes na nobreza de sua época. Sobre o pensamento deste autor, analise como V
(verdadeira) ou F (falsa) as seguintes afirmações.
( ) Hobbes viveu no século XIX e defendeu com veemência o papel da liberdade de pensamento e de ação na
sociedade dominada pelo poder absoluto dos Reis.
( ) De acordo com Thomas Hobbes, o homem, em seu estado de natureza, não dominaria seus impulsos e viveria em
um ambiente de guerra de todos contra todos, pois, sem o controle do Estado, “o homem é lobo do homem”.
( ) Vivendo em um contexto em que começam a se construir ideias liberais, Hobbes, partidário do Absolutismo, faz de
sua filosofia política uma defesa do papel do Estado no controle da ordem social.
( ) Hobbes defende a importância de uma espécie de contrato, pelo qual os súditos abdicam de suas liberdades e
conferem poder soberano ao Rei, a quem compete decidir sobre o bem e o mal, sobre o justo e o injusto.
( ) Thomas Hobbes utiliza-se da figura do Leviatã para definir o papel do Estado: um gigante cuja carne é a mesma de
todos os homens pertencentes ao Estado, a quem ele defende.
Marque a alternativa correta.
( ) Hobbes viveu no século XIX e defendeu com veemência o papel da liberdade de pensamento e de ação na sociedade dominada pelo poder absoluto dos Reis.
( ) De acordo com Thomas Hobbes, o homem, em seu estado de natureza, não dominaria seus impulsos e viveria em um ambiente de guerra de todos contra todos, pois, sem o controle do Estado, “o homem é lobo do homem”.
( ) Vivendo em um contexto em que começam a se construir ideias liberais, Hobbes, partidário do Absolutismo, faz de sua filosofia política uma defesa do papel do Estado no controle da ordem social.
( ) Hobbes defende a importância de uma espécie de contrato, pelo qual os súditos abdicam de suas liberdades e conferem poder soberano ao Rei, a quem compete decidir sobre o bem e o mal, sobre o justo e o injusto.
( ) Thomas Hobbes utiliza-se da figura do Leviatã para definir o papel do Estado: um gigante cuja carne é a mesma de todos os homens pertencentes ao Estado, a quem ele defende.
TEXTO I
Voltaire, filósofo francês (1694-1778): O trabalho espanta três males: o vício, a pobreza
e o tédio.
TEXTO II
Máximo Gorki, escritor russo (1868-1936): Quando o trabalho é prazer, a vida é uma grande
alegria. Quando é dever, a vida é escravidão.
Superinteressante, n. 5, maio 1998.
Sobre o valor do trabalho na vida humana, Voltaire, no contexto do Iluminismo, destaca alguns
de seus aspectos positivos; Máximo Gorki, no contexto posterior à Revolução Industrial, aponta
para uma visão bastante negativa acerca do mesmo elemento. Dessa forma, a diferença do
segundo autor em relação ao primeiro se deve ao fato de que, após a Revolução Industrial,
Leia atentamente o fragmento a seguir:
“O homem selvagem, entregue pela natureza unicamente ao instinto, ou melhor, compensado daquele que
talvez lhe falte, por faculdades capazes primeiro de o substituírem e depois de elevá-lo muito acima do que
era, começará, pois, pelas funções puramente animais: perceber e sentir será seu primeiro estado, que lhe
será comum com todos os animais. Querer e não querer, desejar e temer, serão as primeiras e quase as
únicas operações de sua alma até que novas circunstâncias nele provoquem novos desenvolvimentos”.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo: Martins Fontes, 1999,
p.174.
A respeito do pensamento contratualista de Rousseau, podemos afirmar que:
Sobre a Dimensão Política e a Cidadania, analise o texto a seguir:
A política apresenta-se hoje como a arte de governar, de atuar na vida pública e gerir os assuntos de
interesse comum. Não se restringe à atividade desenvolvida no âmbito do Estado, mas faz parte de
nossa vida, permeia todas as formas de relacionamento social: no trabalho, na escola, nas ruas, no
lazer e até nas relações afetivas.
Para filosofar – São Paulo: Scipione, 2000, p. 176.
O texto acima retrata, de forma abrangente, o sentido que tem a política no conjunto das relações
sociais. No âmbito dessa temática, tem-se também como CORRETO que
Leia o texto a seguir sobre o Estado Democrático.
Para Aristóteles, o motivo pelo qual nasce o Estado é o de tornar possível a vida e também uma vida
feliz. De fato, a meta final da vida humana é a felicidade. Por isso, a razão de ser do Estado é facilitar o
acesso a essa meta. MONDIN, B. O homem, quem é ele? São Paulo: Edições Paulinas, 1980, p. 157.
Na citação acima, o autor faz uma reflexão filosófica sobre a dimensão do Estado, afirmando que
John Locke afirmou que a mente é como uma folha em branco na qual a cultura escreve seu texto e Descartes
demonstrava desconfiança em relação aos sentidos como fonte de conhecimento. A respeito desses dois
filósofos, verifica-se o seguinte:
O termo alienação é polêmico e possui diversas interpretações filosóficas e científicas. O filósofo Hegel foi um
dos primeiros a oferecer relevância para esse termo. A concepção mais conhecida de alienação, no entanto, é a
de Karl Marx, que desenvolveu uma discussão aprofundada sobre o trabalho alienado, que, segundo ele, é
[Maquiavel] elogia a República romana como tendo sido
a mais perfeita forma de governo e um verdadeiro Estado unido pelo espírito público de seus cidadãos; no entanto, numa
época como a sua, seria necessário um líder que utilizasse
a força como princípio, tese que desenvolve em O Príncipe.
(Teresa Aline Pereira de Queiroz. O Renascimento, 1995.)
A obra O Príncipe foi escrita por Maquiavel em 1513 e publicada em 1532. Nela, o pensador florentino
A obra O Príncipe foi escrita por Maquiavel em 1513 e publicada em 1532. Nela, o pensador florentino
O olhar sobre o Estado e a Política brasileiros não é outro senão o de ver os efeitos da grande influência exercida
pelo positivismo no pensamento latino-americano. Conforme Aranha e Martins (2003, p. 142), “em 1876 é fundada a
Sociedade Positivista do Brasil e em 1881 Miguel Lemos e Teixeira Mendes criam a Igreja e Apostolado Positivista
do Brasil, cujo templo se situa na cidade do Rio de Janeiro. São eles também os idealizadores da bandeira brasileira,
com o seu dístico ‘Ordem e Progresso’”. O que se vê é um processo de adoção da Filosofia Positiva de Ausgute
Comte no que tange à racionalização da vida e da existência em função de um projeto político que visa ao
desenvolvimento industrial e à ordem social. Esse filósofo, no século XIX, considerava “o monoteísmo
correspondendo ao estado metafísico da humanidade” decadente e em crise.
Fonte: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando – introdução à filosofia. São Paulo: Editora Moderna, 2003. p.
142.
Não diferentemente de outros países, o que se percebeu no Brasil, no século XX, é o desejo de uma industrialização
intensificada, o que provoca uma mudança política e social com a ascensão dos seguintes grupos ou classes,
denotando a valorização do conhecimento científico, EXCETO
O olhar sobre o Estado e a Política brasileiros não é outro senão o de ver os efeitos da grande influência exercida pelo positivismo no pensamento latino-americano. Conforme Aranha e Martins (2003, p. 142), “em 1876 é fundada a Sociedade Positivista do Brasil e em 1881 Miguel Lemos e Teixeira Mendes criam a Igreja e Apostolado Positivista do Brasil, cujo templo se situa na cidade do Rio de Janeiro. São eles também os idealizadores da bandeira brasileira, com o seu dístico ‘Ordem e Progresso’”. O que se vê é um processo de adoção da Filosofia Positiva de Ausgute Comte no que tange à racionalização da vida e da existência em função de um projeto político que visa ao desenvolvimento industrial e à ordem social. Esse filósofo, no século XIX, considerava “o monoteísmo correspondendo ao estado metafísico da humanidade” decadente e em crise.
Fonte: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando – introdução à filosofia. São Paulo: Editora Moderna, 2003. p. 142.
Não diferentemente de outros países, o que se percebeu no Brasil, no século XX, é o desejo de uma industrialização
intensificada, o que provoca uma mudança política e social com a ascensão dos seguintes grupos ou classes,
denotando a valorização do conhecimento científico, EXCETO