Discutir política é o mesmo que refletir acerca do poder. Esse
pressupõe dois polos: o de quem exerce e sobre quem o poder
é exercido.
Acerca dessa polaridade, pode-se afirmar:
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa D
Tema central: trata-se de política como reflexão sobre as relações de poder — quem governa e sobre quem o poder se exerce — e de como diferentes regimes legitimam esse poder.
Resumo teórico progressivo: a legitimação do poder pode ser entendida segundo Max Weber: tradicional (ex.: monarquias hereditárias), carismática e racional‑legal (ex.: democracias modernas). Democracia significa soberania popular: o poder se baseia no consenso ou na aceitação popular por meio de eleições, participação e instituições legais (ver também Robert Dahl sobre critérios democráticos). Na Constituição Federal brasileira, a forma republicana e democrática é princípio fundamental (art. 1º), o que reforça a centralidade da legitimação popular.
Justificativa da alternativa correta (D): em regimes democráticos, a norma de legitimidade é a vontade ou consentimento dos governados expressa por mecanismos participativos e eleitorais. Assim, afirmar que "o consenso popular regula e legitima o poder" sintetiza o núcleo da democracia: governo por e para o povo, sustentado por regras legais e participação.
Análise das alternativas incorretas:
A — incorreta: a manifestação do poder em Estados teocráticos advém da autoridade religiosa, não necessariamente de monarquias hereditárias. Monarquia hereditária é exemplo de autoridade tradicional (Weber), distinta da teocracia.
B — incorreta: governos aristocráticos (ou oligarquias) baseiam‑se no domínio de poucos “melhores” por nascimento, riqueza ou posição; a legitimação por intervenção divina caracteriza regimes teocráticos ou algumas monarquias, não a essência da aristocracia.
C — incorreta: governos militares costumam restringir o debate institucional e concentrar poder, sendo autoritários; o amplo debate institucional é característica de regimes democráticos, não de governos militares.
E — incorreta: o liberalismo político defende limitação do poder, proteção de direitos individuais e descentralização — o oposto da centralização autoritária atribuída na alternativa.
Fontes sugeridas: Max Weber (Teoria da Dominação), Robert Dahl (On Democracy), Constituição Federal de 1988 (art. 1º).
Estratégia de prova: ao ler alternativas, localize termos-chave (ex.: "consenso popular", "intervenção de Deus", "amplo debate institucional") e compare com definições clássicas (Weber, Dahl). Procure a alternativa que melhor descreve a lógica interna do regime citado.
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