Questõesde UNEMAT 2016
Disponível em: https://www.google.com.br /search?q=charges&espv
=2&biw=1366&bih=25252Fcharges%25252Fpage%25252F8%25252
F&source=iu&pf=m&fir=CBth0t-ae Acesso em fev. 2016.
O emprego do verbo “sair” permite duas
leituras: uma, dada pelo falante no quadro 1, e outra, compreendida pela personagem no quadro 2, o que se
confirma na fala final do quadro 4.
Assinale a alternativa em que acontece o
mesmo no emprego dos verbos.
Disponível em: https://www.google.com.br /search?q=charges&espv
=2&biw=1366&bih=25252Fcharges%25252Fpage%25252F8%25252
F&source=iu&pf=m&fir=CBth0t-ae Acesso em fev. 2016.
O emprego do verbo “sair” permite duas leituras: uma, dada pelo falante no quadro 1, e outra, compreendida pela personagem no quadro 2, o que se confirma na fala final do quadro 4.
Assinale a alternativa em que acontece o mesmo no emprego dos verbos.
“─ Você pode me dizer o endereço?
─ Posso”.
“─ Ele gosta de você?
─ Sim, ele gosta muito de mim”.
“─ Maria, você quer ir ao cinema?
─ Sim, eu quero.”.
“─ Você viu o acidente?
─ Eu vi”.
“─ Você estudou para a prova?
─ Estudei”.
A pesquisadora Alicia Kowaltowski mostra-se
indignada frente à notícia do investimento em
pesquisas sobre a ‘pílula do câncer’ e finaliza assim: “É
um desrespeito aos cientistas brasileiros sérios”.
A palavra em destaque, ao ser relacionada com
todo o texto, deixa pressuposto que:
Considere o trecho e sua relação com o sentido
global do texto: “... para descobrir se a polêmica
substância produzida por um laboratório da
Universidade de São Paulo (USP) tem mesmo
potencial para tratar o câncer.”
A palavra mesmo está funcionando como:
Kacio Pacheco. Disponível em www.metropoles.com. Acesso em
nov. 2015.
O governo de Dilma Rousseff passou por
pressões de alguns partidos políticos que se
mobilizaram para pedir seu impeachment. Uma das
razões está nas denúncias de corrupção na Petrobrás,
empresa petrolífera brasileira. Essa situação é
explorada, na figura acima, pelo cartunista Kacio
Pacheco. Ao analisar o enunciado “cadê meus peixes”
a partir de sua relação com o contexto de fala cultural e
a politica brasileira, afirma-se que:
I
Óbito do autor
“Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias
pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro
lugar meu nascimento ou a minha morte. Suposto o
uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas
considerações me levaram a adotar diferente método: a
primeira é que eu não sou propriamente um autor
defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim
mais galante e mais novo. Móises, que também contou
a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo:
diferença radical entre este livro e o Pentateuco.
Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta
feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara
de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e
prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos
contos e fui acompanhado ao cemitério por onze
amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas
nem anúncios. Acresce que chovia – peneirava – uma
chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão
triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a
intercalar esta engenhosa ideia no discurso que
proferiu à beira de minha cova: - ‘Vós, que o
conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo
que a natureza parece estar chorando a perda
irreparável de um dos mais belos caracteres que têm
honrado a Humanidade. Este ar sombrio, estas gotas
do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul
como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má
que lhe rói à Natureza as mais íntimas entranhas: tudo
isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado’.
Bom e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte
apólices que lhe deixei.” [...]
ASSIS, Machado. Memórias Póstumas de Brás Cubas. 2. ed. São
Paulo; Martin Claret, 2010, página 17.
PAZ, Octavio. Signos em rotação. São Paulo: Perspectiva, 2003.
Segundo o mexicano Octavio Paz, os
elementos da ironia e do humor são marcas fundantes
do romance moderno. A ironia é o elemento que
consiste em exprimir o contrário daquilo que se está
pensando ou sentindo, e na maioria das vezes traz um
toque de sarcasmo ou depreciação, maneira também
de fazer críticas a alguma situação ou a algum
comportamento de alguém. O humor, enquanto isso,
consiste no elemento ou construção de enunciado que
aponta para o cômico, o divertido, sendo ele também
uma maneira de fazer críticas.
No trecho transcrito do romance Memórias
Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis,
constata-se a ironia no seguinte enunciado:
CUNHATÃ
Vinha do Pará
Chamava Siquê.
Quatro anos. Escurinha. O riso gutural da raça.
Piá branca nenhuma corria mais do que ela.
Tinha uma cicatriz no meio da testa:
- Que foi isto, Siquê?
Com voz de detrás da garganta, a boquinha tuíra:
- Minha mãe (a madrasta) estava costurando
Disse vai ver se tem fogo
Eu soprei eu soprei eu soprei não vi fogo
Aí ela se levantou e esfregou com minha cabeça na
brasa
Rui, riu, riu
Uêrêquitáua.
O ventilador era a coisa que roda.
Quando se machucava, dizia: Ai Zizus!
BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 20.ed. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1993, p. 138.
O poema de Bandeira foi publicado em 1930 e
traz algumas palavras da língua indígena misturadas
ao português. Já em seu título comparece uma palavra
de origem da língua tupi, cunhatã, que significa
“menina, moça, mulher adolescente”.
Ao fazer o uso de
uma língua indígena nesse poema, observa-se que o
autor:
CUNHATÃ
Vinha do Pará
Chamava Siquê.
Quatro anos. Escurinha. O riso gutural da raça.
Piá branca nenhuma corria mais do que ela.
Tinha uma cicatriz no meio da testa:
- Que foi isto, Siquê?
Com voz de detrás da garganta, a boquinha tuíra:
- Minha mãe (a madrasta) estava costurando
Disse vai ver se tem fogo
Eu soprei eu soprei eu soprei não vi fogo
Aí ela se levantou e esfregou com minha cabeça na brasa
Rui, riu, riu
Uêrêquitáua.
O ventilador era a coisa que roda.
Quando se machucava, dizia: Ai Zizus!
BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 20.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993, p. 138.
O poema de Bandeira foi publicado em 1930 e traz algumas palavras da língua indígena misturadas ao português. Já em seu título comparece uma palavra de origem da língua tupi, cunhatã, que significa “menina, moça, mulher adolescente”.
Ao fazer o uso de
uma língua indígena nesse poema, observa-se que o
autor:
Mas ao cabo de três meses, João Romão, [...]
retornou à sua primitiva preocupação com o Miranda,
única rivalidade que verdadeiramente o estimulava.
Desde que o vizinho surgiu com o baronato, o vendeiro
transformava-se por dentro e por fora a causar pasmo.
Mandou fazer boas roupas e aos domingos refestelava-se de casaco branco e de meias, assentado defronte
da venda, a ler jornais. Depois deu para sair a passeio,
vestido de casemira, calçado e de gravata. [...] Já não
era o mesmo lambuzão.
Bertoleza é que continuava na cepa torta,
sempre a mesma crioula suja, sempre atrapalhada de
serviço, sem domingo nem dia santo; essa, em nada,
em nada absolutamente, participava das novas regalias
Vestibular 2016/2 Página 15
do amigo; pelo contrário, à medida que ele galgava
posição social, a desgraçada fazia-se mais e mais
escrava e rasteira. [...] p.142
AZEVEDO, Aluisio. O cortiço. 5ª edição. São Paulo: Martin Claret,
2010.
A composição dos personagens é um dos
elementos a serem considerados na interpretação de
uma obra narrativa. No excerto destacado, tem-se o
caso de um personagem que não se modifica no
desenrolar da trama e de outro que se transforma na
perspectiva da ascensão social e, sobre essa
composição, observa-se que:
SAPO-CURURU
Sapo-cururu
Da beira do rio.
Oh que sapo gordo!
Oh que sapo feio!
Sapo-cururu
Da beira do rio.
Quando o sapo coaxa,
Povoléu tem frio.
Que sapo mais danado,
Ó maninha, Ó maninha!
Sapo-cururu é o bicho
Pra comer de sobreposse.
Sapo-cururu
Da barriga inchada.
Vôte! Brinca com ele...
Sapo cururu é senador da República.
BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. 20ª edição. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
No texto de Bandeira está explícito o
procedimento de intertextualidade caracterizado pelo
diálogo que um texto estabelece com outro, o que faz
desse poema:
CONSTRUÇÃO CIVIL
(01) A construção civil, não sofreu grandes modificação ao longo
(02) dos anos.
(03) O trabalho ainda continua de forma artesanal.
(04) Estudos são feitos à fim de melhorar a produtividade na
(05) construção civil, desde a preparação da argamassa até o
(06) assentamento de tijolos
(07) Mas, novos produtos aparecem no mercado, materiais de mais
(08) fácil trabalhabilidade, mais leve, mais barato...
(09) Fazendo assim, que a construção civil, procure novas tecnologia
(10) de construção.
SANTOS, Maria do Carmo O.T. Retratos da escrita na universidade.
Maringá: Eduem, 2000. (adaptado)
O texto acima apresenta problemas de
concordâncias a partir do exigido pela norma padrão da
língua portuguesa. Isto se comprova, pois:
CONSTRUÇÃO CIVIL
(01) A construção civil, não sofreu grandes modificação ao longo
(02) dos anos.
(03) O trabalho ainda continua de forma artesanal.
(04) Estudos são feitos à fim de melhorar a produtividade na
(05) construção civil, desde a preparação da argamassa até o
(06) assentamento de tijolos
(07) Mas, novos produtos aparecem no mercado, materiais de mais
(08) fácil trabalhabilidade, mais leve, mais barato...
(09) Fazendo assim, que a construção civil, procure novas tecnologia
(10) de construção.
SANTOS, Maria do Carmo O.T. Retratos da escrita na universidade. Maringá: Eduem, 2000. (adaptado)
O texto acima apresenta problemas de concordâncias a partir do exigido pela norma padrão da língua portuguesa. Isto se comprova, pois:
WORLD CINEMA DRAMATIC SPECIAL JURY
AWARD: ACTING
Val is the kind of live-in housekeeper who takes
her work seriously. She wears a crisp maid’s uniform
while serving perfect canapés; she serves her wealthy
São Paulo employers day in and day out while lovingly
nannying their teenage son whom she’s raised since
toddlerhood. Everyone and everything in the elegant
house has its place until one day, Val’s ambitious,
clever daughter Jessica arrives from Val’s hometown to
take the college entrance examination. Jessica’s
confident, youthful presence upsets the unspoken yet
strict balance of power in the household; Val must
decide where her allegiances lie and what she’s willing
to sacrifice.
With subtly dark, giddy humor and keenly
drawn characters, director Anna Muylaert mines the
incendiary drama when old ideas and new worlds
collide. The immense satisfaction and fun of The
Second Mother stem from watching tacit social codes
and delicate hierarchies waver as a new generation
blithely treads on sacrosanct boundaries. Muylaert has
given us a fresh, contemporary spin on class in Brazil,
wrapped in a deeply moving story of what belonging
and family mean.
Disponível em: http://www.sundance.org/projects/the-second-mother.
Acesso em nov. 2015.
De acordo com a sinopse, o tema central do
filme baseia-se:
Na revisão de valores até então naturalizados
que a presença de Jessica provoca em Val.