Questõesde UFRN 2009
Ao se referir ao domínio holandês sobre a capitania do Rio Grande, no século XVII, Câmara
Cascudo afirmou:
“A conservação do Rio Grande foi uma questão vital, indiscutida, e todas as fontes
holandesas são unânimes [...]. ‘Em 1635 os Conselheiros Políticos exaltaram a conquista
final desta Capitania, como um benefício inestimável da fortuna’.”
CASCUDO, Luís da Câmara. História da Cidade do Natal. Natal: RN Econômico, 1999. p. 66.
Um dos motivos pelos quais os flamengos exaltaram a conquista da capitania do Rio Grande foi
o seguinte:
No Brasil, a estrutura fundiária está marcada
pela concentração de terras, uma das mais
acentuadas do mundo, e pelo latifúndio
improdutivo.
A análise do processo histórico indica que as
origens desses problemas, entre outros
motivos, relacionam-se com a
Sobre a chamada Inconfidência Mineira, a
historiadora Cristina Leminski afirmou:
“Sem a derrama, o movimento esvaziavase. Para a população em geral, se a
derrama não fosse imposta, não fazia
grande diferença se Minas era ou não
independente. O movimento era
fundamentalmente motivado por
interesses, não por ideais [...]. A prisão
dos homens mais eminentes de Vila Rica
provocou [...] alvoroço na cidade [...] e o
Visconde de Barbacena foi obrigado a
admitir que a tentativa de manter sigilo
sobre o processo seria inútil”.
LEMINSKI, Cristina. Tiradentes e a conspiração de
Minas Gerais. São Paulo: Scipione, 1994. p. 59-64.
O movimento do século XVIII abordado
nesse fragmento textual relaciona-se com a
O fragmento textual abaixo remete a uma
conjuntura da história brasileira no século
XIX.
“Quando se sabe que muitas das antigas
queixas das províncias se voltavam contra
a centralização monárquica, pode parecer
estranho o surgimento de tantas revoltas
nesse período. Afinal de contas, [se]
procurava dar alguma autonomia às
Assembléias Provinciais e organizar a
distribuição de rendas entre o governo
central e as províncias. Ocorre porém que,
agindo nesse sentido, [...] acabaram
incentivando as disputas entre elites
regionais pelo controle das províncias cuja
importância crescia. Além disso, o governo
perdera a aura de legitimidade que bem ou
mal tivera enquanto um imperador esteve
no trono”.
FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil. São Paulo:
EDUSP, Imprensa Oficial do Estado, 2002. p. 89.
Nesse fragmento, o historiador Boris Fausto
refere-se às
As imagens abaixo fazem referência a duas das mais ativas agremiações políticas brasileiras da
década de 1930.
Sobre as agremiações políticas às quais essas imagens estão vinculadas, é correto afirmar:
A eclosão de movimentos sociais rurais
ocorridos durante a República Velha
decorreu, dentre outros fatores, do quadro
de injustiça social e violência a que estavam
submetidas as camadas populares.
A Guerra de Canudos foi representativa
desse contexto, pois
A eclosão de movimentos sociais rurais ocorridos durante a República Velha decorreu, dentre outros fatores, do quadro de injustiça social e violência a que estavam submetidas as camadas populares.
A Guerra de Canudos foi representativa desse contexto, pois
Refletindo sobre os resultados da Revolução
Industrial inglesa do século XVIII, o
historiador Eric Hobsbawm escreveu:
“Saber se a Revolução Industrial deu à
maioria dos britânicos mais ou melhor
alimentação, vestuário e habitação, em
termos absolutos ou relativos, interessa,
naturalmente, a todo [estudioso].
Entretanto, ele terá deixado de apreender
o que a Revolução Industrial teve de
essencial, se esquecer que ela não
representou um simples processo de
adição ou subtração, mas sim uma
mudança social fundamental”.
HOBSBAWM, Eric. Da Revolução Industrial inglesa ao
imperialismo. Rio de Janeiro: Editora ForenseUniversitária, 1983. p. 74.
A mudança referida acima resultou na
A imagem ao lado ilustra um aspecto da política
externa norte-americana no período posterior à
Segunda Guerra Mundial.
O Plano Marshall ao qual o cartaz se refere visava a
A imagem ao lado ilustra um aspecto da política
externa norte-americana no período posterior à
Segunda Guerra Mundial.
O Plano Marshall ao qual o cartaz se refere visava a
Thomas Mun, pensador inglês do século
XVII, analisando o conjunto de práticas e
idéias econômicas adotadas pelos Estados
Modernos, afirmou:
“O recurso comum [...] para aumentar
nossa riqueza e tesouro é pelo comércio
externo, no qual devemos observar
algumas regras rígidas. A primeira é
vender mais aos estrangeiros,
anualmente, do que consumimos de seus
artigos. A parte de nosso stock que não
nos for devolvida em mercadorias deverá
necessariamente ser paga em dinheiro
[...].”
MUN, Thomas. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e
documentos de história. Lisboa: Plátano, 1976, v. 2. p.
223.
O conjunto das práticas e idéias
econômicas a que o texto faz referência
constitui o
Thomas Mun, pensador inglês do século XVII, analisando o conjunto de práticas e idéias econômicas adotadas pelos Estados Modernos, afirmou:
“O recurso comum [...] para aumentar nossa riqueza e tesouro é pelo comércio externo, no qual devemos observar algumas regras rígidas. A primeira é vender mais aos estrangeiros, anualmente, do que consumimos de seus artigos. A parte de nosso stock que não nos for devolvida em mercadorias deverá necessariamente ser paga em dinheiro [...].”
MUN, Thomas. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de história. Lisboa: Plátano, 1976, v. 2. p. 223.
O conjunto das práticas e idéias
econômicas a que o texto faz referência
constitui o
As imagens e o fragmento textual a seguir
abordam elementos essenciais do
feudalismo medieval.
Figura 1 – Camponês arando a terra
Figura 2 – Relações de suserania e de vassalagem
“O feudalismo foi constituído pela
articulação entre dois eixos de relações: as
relações feudo-vassálicas e as relações
servis de produção. As relações feudovassálicas estabeleciam-se entre membros
da aristocracia militar e territorial e
baseavam-se no feudo, na fidelidade e na
reciprocidade. As relações servis de
produção estabeleciam-se entre o senhor
da terra e o trabalhador e estavam
baseadas na desigualdade de condições e
na exploração do trabalho.”
PEDRO, Antonio; LIMA, Lizânias de Souza; CARVALHO,
Yvone de. História do mundo ocidental: ensino médio.
São Paulo: FTD, 2005. p. 97.
A partir da análise das imagens e do
fragmento textual, sobre a sociedade
medieval na Europa Ocidental é correto
afirmar:
Com a formação do Estado, no Egito Antigo,
“O faraó passou a concentrar todos os
poderes em suas mãos, sendo cada vez
mais considerado um deus vivo. Boa parte
das terras passou a ser controlada por ele, a
quem a população deveria pagar tributos e
servir, por meio de trabalho compulsório. A
personificação do Estado na figura do faraó
e a sua identificação com um deus, permitenos, portanto, falar em uma monarquia
teocrática no Egito Antigo.”
VICENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História para o
ensino médio: história geral e do Brasil: volume único. São
Paulo: Scipione, 2001. p. 40.
Muitos Estados nacionais, no mundo
contemporâneo ocidental, orientam-se pelo
ideário laico e liberal-democrático,
diferentemente do Estado organizado no
antigo Egito, no qual predominava
Os fragmentos textuais abaixo foram
extraídos de crônicas de Luis Fernando
Veríssimo (2001). Aquele em que o termo
sublinhado constitui uma onomatopéia é:
Leia o fragmento a seguir, extraído da
crônica “Vivendo e...”, de Luis Fernando
Veríssimo.
Na verdade, deve-se revisar aquela
antiga frase. É vivendo e
desaprendendo. Não falo daquelas
coisas que deixamos de fazer porque
não temos mais as condições físicas e
a coragem de antigamente, como subir
em bonde andando – mesmo porque
não há mais bondes andando. Falo da
sabedoria desperdiçada, das artes que
nos abandonaram.
VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na
escola. Rio de Janeiro: Objetiva. 2001, p. 46.
A alteração que o autor faz no ditado popular
“Vivendo e aprendendo” evidencia certo
sentimento de
O prefácio do livro Eles não usam black-tie
reproduz um artigo escrito, em 1960, pelo
jornalista Paulo Francis, sobre
Gianfrancesco Guarnieri. Afirma Paulo
Francis nesse artigo (p. 13): “Ele é um
dramaturgo que transmite a urgência dessa
tomada de posição, que a justapõe às
acomodações de ordem individual, pedindo
ao público que escolha entre as duas
atitudes. E o faz carregando consigo a
metrópole para o palco, indo ao centro do
conflito. Marca o despertar da geração de
hoje”.
As duas atitudes a que se refere o trecho
citado são a adesão à greve pelos
trabalhadores e a traição de Tião, o qual
prefere não participar do movimento.
A opinião do jornalista sobre o dramaturgo
se justifica pelo fato de a peça tratar da
Dona Lindoca, do conto “A policitemia de
Dona Lindoca”, de Monteiro Lobato, e Dona
Morgadinha, da crônica “O Marajá”, de Luis
Fernando Veríssimo, são personagens que
têm em comum
No trecho em destaque, os juazeiros indicam
Nesses trechos, narra-se, o momento da
morte, respectivamente, das personagens
Baleia e Negrinha. Em cada um deles, o
narrador
Nesses trechos, narra-se, o momento da
morte, respectivamente, das personagens
Baleia e Negrinha. Em cada um deles, o
narrador
Nesse capítulo do romance, intensifica-se o
sofrimento dos “infelizes”, e Fabiano
imagina, para aquela situação trágica, uma
solução extrema, que está expressa no
trecho:
No poema, a natureza é representada em um
ambiente regional, como se percebe em:
A questão têm como referência
o seguinte poema do livro Horto (publicado
em 1900), de Auta de Souza: