Questõesde PUC-MINAS 2013

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Foram encontradas 156 questões
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Se eu pudesse forçar meu coração,
obrigá-lo, senhora, a vos dizer
quanta amargura me fazeis sofrer,
posso jurar – dê-me Deus seu perdão! –
que sentiríeis compaixão de mim.

Pois, senhora, conquanto apenas dor
e nenhuma alegria me causeis,
se soubésseis o mal que me fazeis,
posso jurar – perdoa-me, Senhor! –
que sentiríeis compaixão de mim.

Não me querendo nenhum bem, embora,
se soubésseis a pena que dais,
e quanta dor há nos meus tristes ais,
posso jurar – de boa fé, senhora! –
que sentiríeis compaixão de mim.

E mal seria, se não fosse assim.”

(D. Dinis. In: BERARDINELLI, Cleonice. Cantigas de trovadores medievais em português moderno, Rio de Janeiro: Organizações Simões,1953. p. 21).


A cantiga de D. Dinis é representativa do trovadorismo português e, como ocorre em outras produções literárias do período, enfatiza:

A
o conflito entre pecado e religião.
B
a necessidade de perdão da mulher amada.
C
o sentimento de culpa pelo amor perdido.
D
o sofrimento amoroso do eu lírico.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Poema do futuro cidadão”

Vim de qualquer parte
de uma nação que ainda não existe.
Vim e estou aqui!

Não nasci apenas eu
nem tu nem outro...
mas irmão.
Mas
tenho amor para dar às mãos-cheias.
Amor do que sou
e nada mais.

E
tenho no coração
gritos que não são meus somente
porque venho dum país que ainda não existe.

Ah! Tenho meu amor à rodos para dar
do que sou.
Eu!
Homem qualquer
cidadão de uma nação que ainda não existe. 

(CRAVEIRINHA, José. Poema do futuro cidadão [1964]. In: SAÚTE, Nelson. Nunca mais é sábado: antologia de poesia moçambicana. Lisboa: Dom Quixote, 2004. p. 71).  

Na literatura africana de língua portuguesa, a busca por uma identidade nacional desempenha um importante papel, especialmente no contexto das lutas pela independência. No poema de José Craveirinha, essa busca revela-se:

A
na ideia de pátria enquanto espaço de igualdade.
B
na sugestão de uma nação a ser construída. 
C
no amor fraternal pelos semelhantes.
D
no anonimato dos que não pertencem a nenhum país. 
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Sentia-se cansada. A barriga, as pernas, a cabeça, o corpo todo era um enorme peso que lhe caía irremediavelmente em cima. Esperava que a qualquer momento o coração lhe perfurasse o peito, lhe rasgasse a blusa.

Como seria o coração?
Teria mesmo aquela forma bonita dos postais coloridos?
Seriam todos os corações do mesmo formato?
Será que as dores deformam os corações?
[...] 
Aos vinte e três anos disseram-lhe que tinha o útero descaído. Bom seria que caísse de vez! Estava farta daquele bocado de si que ano após ano, enchia, inchava, desenchia e lhe atirava para os braços e para os cuidados mais um pedacinho de gente.
Não. Não voltaria para casa.”  
(SALÚSTIO, Dina. “Liberdade adiada”. Mornas eram as noites. Praia: ICDL, 1994. p. 5).

O trecho acima foi escrito pela escritora cabo-verdiana Dina Salústio. Em relação ao universo feminino representado na narrativa, destaca-se:  

A
a falta de perspectiva com o futuro.  
B
a feminilidade da mulher africana.  
C
o conflito racial e ideológico. 
D
o sentimentalismo da desilusão amorosa. 
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PUC-MINAS 2013 - Biologia - Vírus e bactérias, Identidade dos seres vivos

O conhecimento do modo de transmissão de doenças é indispensável para o desenvolvimento de políticas públicas que visam à prevenção e até mesmo à eliminação de muitas patologias infecciosas. Assinale a doença que NÃO é transmitida pelo contato com secreções da boca e vias aéreas.

A
Hepatite B
B
Caxumba
C
Sarampo
D
Rubéola
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!”
(Florbela Espanca, “Ser poeta”).

“Com a máscara da palavra
reinventamos
o som da voz amada
que nos inunda
com seu luar de espuma.”
(Ana Hatherly, “A máscara da palavra”).

“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.”
(Fernando Pessoa, “Autopsicografia”).

Os textos têm em comum:

A
a concepção de escrita enquanto fingimento.
B
a recusa da inspiração sobre o trabalho artístico.
C
a temática voltada para a própria atividade poética.
D
a utilização de rimas ricas e versos metrificados.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Sem programa estético definido, a Semana de Arte Moderna de 1922 desempenha na história da arte brasileira muito mais uma etapa destrutiva de rejeição ao conservadorismo vigente na produção literária, musical e visual do que um acontecimento construtivo de propostas e criação de novas linguagens.”
(In: Semana de Arte Moderna. Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais. Disponível em: http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia. Acesso: 19 ago. 2013).

O trecho em que uma rejeição ao conservadorismo literário se manifesta é:

A
“A ventania misteriosa
passou na árvore cor-de-rosa,
e sacudiu-a como um véu,
um largo véu, na sua mão.”
(Cecília Meireles, “Epigrama 11”).

B
"Cairei de joelhos soluçando.
Teu amor distante ficará.
Mortas as flores, sombras doentes.
Teu amor perdido ficará.”
(Augusto Frederico Schmidt, “Cairei de joelhos”).

C
“Estou farto do lirismo comedido
do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo
[e manifestações de apreço ao Sr. diretor.”
(Manuel Bandeira, “Poética”).
D
“Uma lua no céu apareceu
cheia e branca; foi quando, emocionada
A mulher a meu lado estremeceu
E se entregou sem que eu dissesse nada.”
(Vinicius de Moraes, “Soneto de despedida”)

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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

“Vais encontrar o mundo”, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. “Coragem para a luta.” Bastante experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das ilusões de criança educada exoticamente na estufa de carinho que é o regime do amor doméstico, diferente do que se encontra fora, tão diferente, que parece o poema dos cuidados maternos um artifício sentimental, com a vantagem única de fazer mais sensível a criatura à impressão rude do primeiro ensinamento, têmpera brusca da vitalidade na influência de um novo clima rigoroso. Lembramo-nos, entretanto, com saudade hipócrita, dos felizes tempos; como se a mesma incerteza de hoje, sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido outrora e não viesse de longe a enfiada das decepções que nos ultrajam.
(POMPEIA, Raul. O ateneu. São Paulo, FTD, 1992).

Em relação à estruturação da narrativa, o texto apresenta:

A
linguagem e ponto de vista infantis.
B
narração em primeira pessoa.
C
predomínio do discurso direto.
D
voz narrativa distante dos fatos narrados
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PUC-MINAS 2013 - Literatura - Modernismo: Concretismo, Escolas Literárias


(CAMPOS, Augusto. Pós-tudo. 1984. Disponível em: http://www2.uol.com.br/augustodecampos/poemas.htm. Acesso: 19 ago. 2013).


O poema de Augusto de Campos pertence à poesia concreta. Constitui uma característica desse movimento:

A
a busca por novas formas de expressão do sentimento.
B
a negação dos valores estéticos do modernismo.
C
a valorização dos elementos gráficos do poema.
D
o envolvimento com os problemas políticos do país.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Erro de português

Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.
(Oswald de Andrade. “Erro de português” [1925]. In: O santeiro do mangue e outros poemas. São Paulo: Globo: Secretaria de Estado da Cultura, 1991).

No poema de Oswald de Andrade, importante nome do movimento modernista no Brasil, destaca-se:

A
a releitura satírica da colonização portuguesa.
B
a adaptação da língua para a realidade brasileira.
C
a utilização de expressões da cultura popular do Brasil.
D
o resgate dos valores clássicos da poesia feita em Portugal.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre o texto, apresentam-se adequadas todas as considerações, EXCETO:

Para responder a questão, leia, com atenção, o texto abaixo.  


Disponível em: http://artur-moritz.blogspot.com.br/2013_01_01_archive.html. Acesso em: 20 set. 2013. 

A
A expressão “língua” ganha um tom polissêmico, por suscitar possíveis significações que ela encarna: órgão humano e idioma de uma nação.
B
Explicita-se a concepção de que a leitura é uma atividade que proporciona ao leitor não só o prazer, mas também a habilidade de falar bem.
C
Por meio da comparação entre ler e beijar se pretende realçar a aproximação das ações da leitura e do beijo pelo viés de uma semelhança provocada pelo impacto dessas atividades na pessoa.
D
Ler é uma atividade que requer disciplina, relativa frequência e acesso a livros que levem ao prazer.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A imagem no texto em exame pode ser interpretada:

I. como um recurso metonímico: o livro aberto evoca a ideia de leitura.
II. como um recurso estético, que promove uma ambivalência de sentidos e objetos; livro e boca se confundem e se fundem.
III. como um elemento não verbal que, articulado com os elementos verbais, contribui para promover o efeito de sentido desejado.

Assinale a alternativa que registre as considerações CORRETAS sobre a imagem do texto.

Para responder a questão, leia, com atenção, o texto abaixo.  


Disponível em: http://artur-moritz.blogspot.com.br/2013_01_01_archive.html. Acesso em: 20 set. 2013. 

A
I e II apenas
B
I e III apenas
C
II e III apenas
D
I, II e III
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência

Assinale a alternativa CORRETA.

Para responder a questão, leia, com atenção, o texto abaixo.  


Disponível em: http://artur-moritz.blogspot.com.br/2013_01_01_archive.html. Acesso em: 20 set. 2013. 

A
Em “quem o faz com frequência”, o emprego do pronome “o” tem a função de substituir os termos “ler” e “beijar”, anteriormente mencionados.
B
Os dois-pontos cumprem o papel de um elo coesivo e poderiam ser substituídos pelo conectivo “por isso”.
C
O pronome “quem” evoca como referente um suposto leitor ou leitora.
D
"nota-se na língua” é uma construção linguística que confere informalidade ao texto.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o trecho a seguir, retirado do texto:

O governador de Pernambuco é um construtor de pontes, paciente e habilidoso, que consegue se manter como interlocutor de quase todo o mundo, de Lula a Serra, de Bornhausen e Ronaldo Caiado a Marina.

A metáfora “construtor de pontes” é iluminada e explicada:

Leia o texto abaixo e responda, em seguida, a questão.

O xadrez de Marina

SÃO PAULO — Eduardo Campos não é um "zero", como Ciro Gomes o chamou na sua tola e habitual verborragia, tampouco é o estrategista político formidável, tal qual passou a ser pintado em Brasília após a surpreendente filiação da ex-senadora Marina Silva ao seu PSB.
O governador de Pernambuco é um construtor de pontes, paciente e habilidoso, que consegue se manter como interlocutor de quase todo o mundo, de Lula a Serra, de Bornhausen e Ronaldo Caiado a Marina. É um conciliador que parece mais mineiro do que o próprio Aécio Neves.
É evidente que esses traços o ajudaram a se posicionar no momento em que Marina precisava achar uma saída para o imbróglio em que se meteu ao não conseguir oficializar a tal Rede Sustentabilidade -- não se filiar a um partido significaria abdicar totalmente da eleição presidencial; entrar numa sigla qualquer apenas para ser candidata seria um gesto personalista que poderia arranhar a imagem da nova política, que Marina tanto cultiva.
Mas, na prática, o governador pernambucano foi um agente passivo nessa história toda. Se alguém anteviu alguma coisa, foi Marina. A ex-senadora criou o principal fato político desde a eleição de Dilma e ainda jogou sobre Campos a responsabilidade de crescer nas pesquisas em pouco tempo, ao deixar claro que, se o governador não se viabilizar, ela pode concorrer.
No cenário anterior, Campos seria um vitorioso se terminasse a eleição presidencial do ano que vem com cerca de 15% dos votos. Atingiria seu objetivo de tornar-se um nome nacionalmente conhecido a fim de, quatro anos depois, disputar a sucessão para valer.
Agora, após o empurrão da ex-senadora, se Campos não atingir esse patamar nos próximos meses, antes mesmo de a campanha eleitoral começar, poderá ser forçado a abdicar da candidatura em favor de Marina. 

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/rogeriogentile/2013/10/1354262-o-xadrez-de-marina.shtml. Acesso em: 10 out. 2013. 
A
pelo uso do termo “interlocutor”.
B
pelo uso dos termos “paciente” e “habilidoso”.
C
pelo modo como se constrói a apresentação de seus interlocutores.
D
pelo fato de o governador ser, na verdade, um político, e não um engenheiro.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Funções morfossintáticas da palavra SE

Todas as formas grifadas nos trechos a seguir têm a mesma natureza linguística, EXCETO:

Leia o texto abaixo e responda, em seguida, a questão.

O xadrez de Marina

SÃO PAULO — Eduardo Campos não é um "zero", como Ciro Gomes o chamou na sua tola e habitual verborragia, tampouco é o estrategista político formidável, tal qual passou a ser pintado em Brasília após a surpreendente filiação da ex-senadora Marina Silva ao seu PSB.
O governador de Pernambuco é um construtor de pontes, paciente e habilidoso, que consegue se manter como interlocutor de quase todo o mundo, de Lula a Serra, de Bornhausen e Ronaldo Caiado a Marina. É um conciliador que parece mais mineiro do que o próprio Aécio Neves.
É evidente que esses traços o ajudaram a se posicionar no momento em que Marina precisava achar uma saída para o imbróglio em que se meteu ao não conseguir oficializar a tal Rede Sustentabilidade -- não se filiar a um partido significaria abdicar totalmente da eleição presidencial; entrar numa sigla qualquer apenas para ser candidata seria um gesto personalista que poderia arranhar a imagem da nova política, que Marina tanto cultiva.
Mas, na prática, o governador pernambucano foi um agente passivo nessa história toda. Se alguém anteviu alguma coisa, foi Marina. A ex-senadora criou o principal fato político desde a eleição de Dilma e ainda jogou sobre Campos a responsabilidade de crescer nas pesquisas em pouco tempo, ao deixar claro que, se o governador não se viabilizar, ela pode concorrer.
No cenário anterior, Campos seria um vitorioso se terminasse a eleição presidencial do ano que vem com cerca de 15% dos votos. Atingiria seu objetivo de tornar-se um nome nacionalmente conhecido a fim de, quatro anos depois, disputar a sucessão para valer.
Agora, após o empurrão da ex-senadora, se Campos não atingir esse patamar nos próximos meses, antes mesmo de a campanha eleitoral começar, poderá ser forçado a abdicar da candidatura em favor de Marina. 

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/rogeriogentile/2013/10/1354262-o-xadrez-de-marina.shtml. Acesso em: 10 out. 2013. 
A
[...] a se posicionar no momento em que Marina precisava achar uma saída [...]
B
Se alguém anteviu alguma coisa, foi Marina.
C
Campos seria um vitorioso se terminasse a eleição presidencial [...]
D
[...] se Campos não atingir esse patamar nos próximos meses [...]
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Todas as alternativas apresentam pistas de que o enunciador constrói Marina como estrategista, EXCETO:

Leia o texto abaixo e responda, em seguida, a questão.

O xadrez de Marina

SÃO PAULO — Eduardo Campos não é um "zero", como Ciro Gomes o chamou na sua tola e habitual verborragia, tampouco é o estrategista político formidável, tal qual passou a ser pintado em Brasília após a surpreendente filiação da ex-senadora Marina Silva ao seu PSB.
O governador de Pernambuco é um construtor de pontes, paciente e habilidoso, que consegue se manter como interlocutor de quase todo o mundo, de Lula a Serra, de Bornhausen e Ronaldo Caiado a Marina. É um conciliador que parece mais mineiro do que o próprio Aécio Neves.
É evidente que esses traços o ajudaram a se posicionar no momento em que Marina precisava achar uma saída para o imbróglio em que se meteu ao não conseguir oficializar a tal Rede Sustentabilidade -- não se filiar a um partido significaria abdicar totalmente da eleição presidencial; entrar numa sigla qualquer apenas para ser candidata seria um gesto personalista que poderia arranhar a imagem da nova política, que Marina tanto cultiva.
Mas, na prática, o governador pernambucano foi um agente passivo nessa história toda. Se alguém anteviu alguma coisa, foi Marina. A ex-senadora criou o principal fato político desde a eleição de Dilma e ainda jogou sobre Campos a responsabilidade de crescer nas pesquisas em pouco tempo, ao deixar claro que, se o governador não se viabilizar, ela pode concorrer.
No cenário anterior, Campos seria um vitorioso se terminasse a eleição presidencial do ano que vem com cerca de 15% dos votos. Atingiria seu objetivo de tornar-se um nome nacionalmente conhecido a fim de, quatro anos depois, disputar a sucessão para valer.
Agora, após o empurrão da ex-senadora, se Campos não atingir esse patamar nos próximos meses, antes mesmo de a campanha eleitoral começar, poderá ser forçado a abdicar da candidatura em favor de Marina. 

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/rogeriogentile/2013/10/1354262-o-xadrez-de-marina.shtml. Acesso em: 10 out. 2013. 
A
O xadrez de Marina.
B
[...] significaria abdicar totalmente da eleição presidencial; [...]

C
A ex-senadora criou o principal fato político desde a eleição de Dilma [...]
D
[...] e ainda jogou sobre Campos a responsabilidade de crescer nas pesquisas [...]
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Todos os excertos a seguir trazem considerações que pertencem ao campo da suposição ou hipótese, EXCETO:

Leia o texto abaixo e responda, em seguida, a questão.

O xadrez de Marina

SÃO PAULO — Eduardo Campos não é um "zero", como Ciro Gomes o chamou na sua tola e habitual verborragia, tampouco é o estrategista político formidável, tal qual passou a ser pintado em Brasília após a surpreendente filiação da ex-senadora Marina Silva ao seu PSB.
O governador de Pernambuco é um construtor de pontes, paciente e habilidoso, que consegue se manter como interlocutor de quase todo o mundo, de Lula a Serra, de Bornhausen e Ronaldo Caiado a Marina. É um conciliador que parece mais mineiro do que o próprio Aécio Neves.
É evidente que esses traços o ajudaram a se posicionar no momento em que Marina precisava achar uma saída para o imbróglio em que se meteu ao não conseguir oficializar a tal Rede Sustentabilidade -- não se filiar a um partido significaria abdicar totalmente da eleição presidencial; entrar numa sigla qualquer apenas para ser candidata seria um gesto personalista que poderia arranhar a imagem da nova política, que Marina tanto cultiva.
Mas, na prática, o governador pernambucano foi um agente passivo nessa história toda. Se alguém anteviu alguma coisa, foi Marina. A ex-senadora criou o principal fato político desde a eleição de Dilma e ainda jogou sobre Campos a responsabilidade de crescer nas pesquisas em pouco tempo, ao deixar claro que, se o governador não se viabilizar, ela pode concorrer.
No cenário anterior, Campos seria um vitorioso se terminasse a eleição presidencial do ano que vem com cerca de 15% dos votos. Atingiria seu objetivo de tornar-se um nome nacionalmente conhecido a fim de, quatro anos depois, disputar a sucessão para valer.
Agora, após o empurrão da ex-senadora, se Campos não atingir esse patamar nos próximos meses, antes mesmo de a campanha eleitoral começar, poderá ser forçado a abdicar da candidatura em favor de Marina. 

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/rogeriogentile/2013/10/1354262-o-xadrez-de-marina.shtml. Acesso em: 10 out. 2013. 
A
[...] tal qual passou a ser pintado em Brasília [...]
B
[...] não se filiar a um partido significaria abdicar totalmente da eleição [...]
C
[...] Campos seria um vitorioso se terminasse a eleição presidencial [...]
D
[...] poderá ser forçado a abdicar da candidatura em favor de Marina.