Questõesde UNIFESP sobre Interpretação de Textos

1
1
1
Foram encontradas 23 questões
fbf8e641-46
UNIFESP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Nesse fragmento do poema,

Instrução: Leia o excerto para responder às questões de números 11 e 12.

   Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d’amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...

Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm’lo de maldade,
Nem são livres p’ra morrer...
Prende-os a mesma corrente
– Férrea, lúgubre serpente –
Nas roscas da escravidão.
E assim roubados à morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoite... Irrisão!...

(Castro Alves. Fragmento de O navio negreiro – tragédia no mar.)

A
o poeta se vale do recurso ao paralelismo de construção apenas na primeira estrofe.
B
o eu-poemático aborda o problema da escravidão segundo um jogo de intensas oposições.
C
os animais evocados – leão, jaguar e serpente – têm, respectivamente, sentidos denotativo, denotativo e metafórico.
D
o tom geral assumido pelo poeta revela um misto de emoção, vigor e resignação diante da escravidão.
E
os versos são constituídos alternadamente por sete e oito sílabas poéticas.
ff6f6df3-46
UNIFESP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O texto permite afirmar que

Instrução: As questões de números 13 e 14 tomam por base o texto.

  Amaro lia até tarde, um pouco perturbado por aqueles períodos sonoros, túmidos de desejo; e no silêncio, por vezes, sentia em cima ranger o leito de Amélia; o livro escorregava-lhe das mãos, encostava a cabeça às costas da poltrona, cerrava os olhos, e parecia-lhe vê-la em colete diante do toucador desfazendo as tranças; ou, curvada, desapertando as ligas, e o decote da sua camisa entreaberta descobria os dois seios muito brancos.
  Erguia-se, cerrando os dentes, com uma decisão brutal de a possuir.
Começara então a recomendar-lhe a leitura dos Cânticos a Jesus.
– Verá, é muito bonito, de muita devoção! Disse ele, deixando-lhe o livrinho uma noite no cesto da costura.
Ao outro dia, ao almoço, Amélia estava pálida, com as olheiras até o meio da face. Queixou-se de insônia, de palpitações.
– E então, gostou dos Cânticos?
– Muito. Orações lindas! respondeu.
 Durante todo esse dia não ergueu os olhos para Amaro. Parecia triste – e sem razão, às vezes, o rosto abrasava-se-lhe de sangue.
(Eça de Queirós. O crime do padre Amaro.)

A
o livro de orações que Amaro costumava ler desperta seu amor por Amélia.
B
a observação diária de certas ações de Amélia desperta o desejo de Amaro.
C
embora Amélia ache lindas as orações do livro, a obra a deixa perturbada.
D
o livro que Amaro empresta a Amélia aumenta, aos poucos, sua religiosidade.
E
com a leitura do livro, Amélia passa a corresponder aos sentimentos de Amaro.
0123ef87-46
UNIFESP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Indique a frase que, no contexto do fragmento, ratifica o sentido de o menino é o pai do homem, citação inicial do narrador.

Instrução: As questões de 15 a 17 tomam por base o fragmento.

 (...) Um poeta dizia que o menino é o pai do homem. Se isto é verdade, vejamos alguns lineamentos do menino.
  Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de “menino diabo”; e verdadeiramente não era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso. Por exemplo, um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco que estava fazendo,
e, não contente com o malefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, não satisfeito da travessura, fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce “por pirraça”; e eu tinha apenas seis anos. Prudêncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os dias; punha as mãos no chão, recebia um cordel nos queixos, à guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mão, fustigava-o, dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia, – algumas vezes gemendo – mas obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito, um – “ai, nhonhô!” – ao que eu retorquia: “Cala a boca, besta!” – Esconder os chapéus das visitas, deitar rabos de papel a pessoas graves, puxar pelo rabicho das cabeleiras, dar beliscões nos braços das matronas, e outras muitas façanhas deste jaez, eram mostras de um gênio indócil, mas devo crer que eram também expressões de um espírito robusto, porque meu pai tinha-me em grande admiração; e se às vezes me repreendia, à vista de gente, fazia-o por simples formalidade: em particular dava-me beijos.
 Não se conclua daqui que eu levasse todo o resto da minha vida a quebrar a cabeça dos outros nem a esconder-lhes os chapéus; mas opiniático, egoísta e algo contemptor dos homens, isso fui; se não passei o tempo a esconder-lhes os chapéus, alguma vez lhes puxei pelo rabicho das cabeleiras.

(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas.)

A
(...) fui dos mais malignos do meu tempo (...)
B
(...) um dia quebrei a cabeça de uma escrava (...)
C
(...) deitei um punhado de cinza ao tacho (...)
D
(...) fustigava-o, dava mil voltas a um e outro lado (...)
E
(...) alguma vez lhes puxei pelo rabicho das cabeleiras.
02d83e52-46
UNIFESP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

É correto afirmar que

Instrução: As questões de 15 a 17 tomam por base o fragmento.

 (...) Um poeta dizia que o menino é o pai do homem. Se isto é verdade, vejamos alguns lineamentos do menino.
  Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de “menino diabo”; e verdadeiramente não era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso. Por exemplo, um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco que estava fazendo,
e, não contente com o malefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, não satisfeito da travessura, fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce “por pirraça”; e eu tinha apenas seis anos. Prudêncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os dias; punha as mãos no chão, recebia um cordel nos queixos, à guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mão, fustigava-o, dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia, – algumas vezes gemendo – mas obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito, um – “ai, nhonhô!” – ao que eu retorquia: “Cala a boca, besta!” – Esconder os chapéus das visitas, deitar rabos de papel a pessoas graves, puxar pelo rabicho das cabeleiras, dar beliscões nos braços das matronas, e outras muitas façanhas deste jaez, eram mostras de um gênio indócil, mas devo crer que eram também expressões de um espírito robusto, porque meu pai tinha-me em grande admiração; e se às vezes me repreendia, à vista de gente, fazia-o por simples formalidade: em particular dava-me beijos.
 Não se conclua daqui que eu levasse todo o resto da minha vida a quebrar a cabeça dos outros nem a esconder-lhes os chapéus; mas opiniático, egoísta e algo contemptor dos homens, isso fui; se não passei o tempo a esconder-lhes os chapéus, alguma vez lhes puxei pelo rabicho das cabeleiras.

(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas.)

A
se trata basicamente de um texto naturalista, fundado no Determinismo.
B
o texto revela um juízo crítico do contexto escravista da época.
C
o narrador se apresenta bastante sizudo e amargo, bem ao gosto machadiano
D
o texto apresenta papéis sociais ambíguos das personagens em foco.
E
os comportamentos desumanos do narrador são sutilmente desnudados.
f8926b78-46
UNIFESP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

No texto, os termos à flor da pele e eclipse trazem as ideias de, respectivamente,

Instrução: Leia o texto para responder às questões de números 08 a 10.

 Por causa do assassinato do caminhoneiro Pascoal de Oliveira, o Nego, pelo – também caminhoneiro – japonês Kababe Massame, após uma discussão, em 31 de julho de 1946, a população de Osvaldo Cruz (SP), que já estava com os nervos à flor da pele em virtude de dois atentados da Shindô-Renmei* na cidade, saiu às ruas e invadiu casas, disposta a maltratar “impiedosamente”, na palavra do historiador local José Alvarenga, qualquer japonês que encontrasse pela frente. O linchamento dos japoneses só foi totalmente controlado com a intervenção de um destacamento do Exército, vindo de Tupã, chamado pelo médico Oswaldo Nunes, um herói daquele dia totalmente atípico na história de Osvaldo Cruz e das cidades brasileiras.

   Com o final da Segunda Guerra Mundial, o eclipse do Estado Novo e o desmantelamento da Shindô-Renmei, inicia-se um ciclo de emudecimento, de ambos os lados, sobre as quatro décadas de intolerância vividas pelos japoneses. Do lado local, foi sedimentando-se no mundo das letras a ideia do país como um “paraíso racial”. Do lado dos imigrantes, as segundas e terceiras gerações de filhos de japoneses se concentraram, a partir da década de 1950, na construção da sua ascensão social. A história foi sendo esquecida, junto com o idioma e os hábitos culturais de seus pais e avós.
 (Matinas Suzuki Jr. Folha de S.Paulo, 20.04.2008. Adaptado.)

 * Shindô-Renmei foi uma organização nacionalista, que surgiu no Brasil após o término da Segunda Guerra Mundial, formada por japoneses que não acreditavam na derrota do Japão na guerra. Possuía alguns membros mais fanáticos que cometiam atentados, tendo matado e ferido diversos cidadãos nipo-brasileiros.

A
irritação e ressurgimento.
B
ódio e obscurecimento.
C
vingança e desaparecimento.
D
nervosismo e recrudescimento
E
ultrassensibilidade e final.
fa449d28-46
UNIFESP 2010 - Português - Interpretação de Textos

Considere as seguintes afirmações

I. O texto é um exemplo de poesia carregada de dramaticidade, própria de um poeta-condor, que mostra conhecer bem as lições do “mestre” Victor Hugo.

II. Trata-se de um poema típico da terceira fase romântica, voltado para auditórios numerosos, em que se destacam a preocupação social e o tom hiperbólico.

III. É possível reconhecer nesse fragmento de um longo poema de teor abolicionista o gosto romântico por uma poesia de recursos sonoros.

Está correto o que se afirma em

Instrução: Leia o excerto para responder às questões de números 11 e 12.

   Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d’amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...

Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm’lo de maldade,
Nem são livres p’ra morrer...
Prende-os a mesma corrente
– Férrea, lúgubre serpente –
Nas roscas da escravidão.
E assim roubados à morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoite... Irrisão!...

(Castro Alves. Fragmento de O navio negreiro – tragédia no mar.)

A
I, apenas.
B
II, apenas.
C
III, apenas.
D
I e II, apenas.
E
I, II e III.
f4de0af5-46
UNIFESP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O texto permite afirmar que

Instrução: Leia o texto para responder às questões de números 08 a 10.

 Por causa do assassinato do caminhoneiro Pascoal de Oliveira, o Nego, pelo – também caminhoneiro – japonês Kababe Massame, após uma discussão, em 31 de julho de 1946, a população de Osvaldo Cruz (SP), que já estava com os nervos à flor da pele em virtude de dois atentados da Shindô-Renmei* na cidade, saiu às ruas e invadiu casas, disposta a maltratar “impiedosamente”, na palavra do historiador local José Alvarenga, qualquer japonês que encontrasse pela frente. O linchamento dos japoneses só foi totalmente controlado com a intervenção de um destacamento do Exército, vindo de Tupã, chamado pelo médico Oswaldo Nunes, um herói daquele dia totalmente atípico na história de Osvaldo Cruz e das cidades brasileiras.

   Com o final da Segunda Guerra Mundial, o eclipse do Estado Novo e o desmantelamento da Shindô-Renmei, inicia-se um ciclo de emudecimento, de ambos os lados, sobre as quatro décadas de intolerância vividas pelos japoneses. Do lado local, foi sedimentando-se no mundo das letras a ideia do país como um “paraíso racial”. Do lado dos imigrantes, as segundas e terceiras gerações de filhos de japoneses se concentraram, a partir da década de 1950, na construção da sua ascensão social. A história foi sendo esquecida, junto com o idioma e os hábitos culturais de seus pais e avós.
 (Matinas Suzuki Jr. Folha de S.Paulo, 20.04.2008. Adaptado.)

 * Shindô-Renmei foi uma organização nacionalista, que surgiu no Brasil após o término da Segunda Guerra Mundial, formada por japoneses que não acreditavam na derrota do Japão na guerra. Possuía alguns membros mais fanáticos que cometiam atentados, tendo matado e ferido diversos cidadãos nipo-brasileiros.

A
o antigo e pernicioso sentimento de intolerância entre brasileiros e japoneses, cultivado há quatro décadas, recrudesce no pós-guerra.
B
a ideia de um “paraíso racial”, cristalizada no mundo das letras, foi bastante benéfica para o desenvolvimento do país.
C
a ideologia, de um lado, e o pragmatismo, de outro, criaram condições para uma fase de silêncio sobre a intolerância antinipônica.
D
as motivações racistas do assassinato do caminhoneiro Pascoal pelo caminhoneiro Kababe, em 1946, desencadearam as hostilidades entre brasileiros e japoneses.
E
a violência dos atentados da Shindô-Renmei reprimiu a intolerância dos brasileiros contra os japoneses.
e8c7adef-46
UNIFESP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Segundo o texto,

A palavra bullying ainda é pouco conhecida do grande público brasileiro. De origem inglesa e ainda sem tradução no Brasil, é utilizada para qualificar comportamentos violentos no âmbito escolar, tanto de meninos quanto de meninas. Dentre esses comportamentos podemos destacar as agressões, os assédios e as ações desrespeitosas, todos realizados de maneira recorrente e intencional por parte dos agressores. É fundamental explicitar que as atitudes tomadas por um ou mais agressores contra um ou alguns estudantes, geralmente, não apresentam motivações específicas ou justificáveis. Isso significa dizer que, de forma quase “natural”, os mais fortes utilizam os mais frágeis como meros objetos de diversão, prazer e poder, com o intuito de maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar suas vítimas. E isso,  invariavelmente, produz, alimenta e até perpetua muita dor e sofrimento nos vitimados.


A
embora a palavra bullying ainda não seja muito familiar em nosso país, com o tempo ela se tornará quase natural para nós.
B
os comportamentos violentos de garotos e garotas, em contexto escolar, têm recebido a denominação inglesa de bullying.
C
mesmo ignorado pela maior parte das pessoas, o termo bullying designa um fenômeno que está sendo encarado com crescente naturalidade.
D
a falta de uma tradução para a palavra inglesa bullying provoca dificuldades para qualificar comportamentos violentos na escola.
E
somente a metade das manifestações violentas, na escola, qualificadas como bullying, apresenta motivações justificáveis.
f1a4a6de-46
UNIFESP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Funções morfossintáticas da palavra QUE, Coesão e coerência

No período Uma parcela expressiva destas mortes, que varia de região para região, é atribuída à ação da polícia, que se respalda na impunidade para continuar cometendo seus crimes, as palavras sublinhadas referem-se, respectivamente,

Instrução: Leia o texto para responder às questões de números 05 a 07

       Nos últimos três anos foram assassinadas mais de 140 mil pessoas no Brasil. Uma média de 47 mil pessoas por ano. Uma parcela expressiva destas mortes, que varia de região para região, é atribuída à ação da polícia, que se respalda na impunidade para continuar cometendo seus crimes. São 25 assassinatos ao ano por cada 100 mil pessoas, índice considerado de violência epidêmica, segundo organismos internacionais.

       Se os assassinatos com armas de fogo são uma face da violência vivida na nossa sociedade, ela não é a única. Logo atrás, em termos de letalidade, estão os acidentes fatais de trânsito, com cerca de 33 mil mortos em 2002 e 35 mil mortes por ano em 2004 e 2005. Isto, sem falar nos acidentados não fatais socorridos pelo Sistema Único de Saúde, que multiplicam muitas vezes os números aqui apresentados e representam um custo que o IPEA estima em R$ 5,3 bilhões para o ano de 2002.

       A lista da violência alonga-se incrivelmente. Sobre as mulheres, os negros, os índios, os gays, sobre os mendigos na rua, sobre os movimentos sociais etc. Uma discussão num botequim de periferia pode  terminar em morte. A privação do emprego, do salário digno, da educação, da saúde, do transporte público, da moradia, da segurança alimentar, tudo isso pode ser compreendido, considerando que incide sobre direitos assegurados por nossa Constituição, como tantas outras formas de violência.

  (Silvio Caccia Bava. Le Monde Diplomatique Brasil, agosto 2010. Adaptado.)


A
à palavra parcela e tem a função de sujeito; à palavra polícia e tem a função de sujeito.
B
à palavra mortes e tem a função de sujeito; à palavra polícia e tem a função de sujeito.
C
à palavra parcela e tem a função de objeto; à palavra polícia e tem a função de objeto.
D
à palavra parcela e tem a função de objeto; à palavra ação e tem a função de sujeito.
E
à palavra parcela e tem a função de sujeito; à palavra ação e tem a função de sujeito.
ec68fb43-46
UNIFESP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o texto.
 
O cyberbullying é um problema crescente justamente porque os jovens usam cada vez mais a tecnologia. Ana, 13 anos, já era perseguida na escola – e passou a ser acuada, prisioneira de seus agressores via internet. Hoje, vive com medo e deixou de adicionar “amigos” em seu perfil no Orkut. Além disso, restringiu o acesso ao MSN. Mesmo assim, o tormento continua. As meninas de sua sala enviam mensagens depreciativas, com apelidos maldosos e recados humilhantes, para amigos comuns. Os qualificativos mais leves são “nojenta, nerd e lésbica”. Outros textos dizem: “Você deveria parar de falar com aquela piranha” e “A emo já mudou a sua cabeça, hein? Vá pro inferno”. Ana, é claro, fica arrasada. “Uso preto, ouço rock e pinto o cabelo. Curto coisas diferentes e falo de outros assuntos. Por isso, não me aceitam.”
(Beatriz Santomauro. Nova Escola, junho/julho 2010. Adaptado.)

Conforme o texto


A
o desenvolvimento da tecnologia extinguirá o proble- mas do cyberbullying entre os jovens.
B
apenas os jovens que não frequentam a escola são perseguidos implacavelmente pela internet
C
Ana é vítima do cyberbullying porque tem gostos e interesses que seu grupo social não aprecia.
D
os qualificativos enviados pelas colegas de sala a amigos comuns levaram Ana a usar preto e pintar o cabelo.
E
a restrição do acesso ao MSN e o uso mais limitado do Orkut eliminam, significativamente, problemas de cyberbullying.
efd7ccde-46
UNIFESP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Segundo o texto,

Instrução: Leia o texto para responder às questões de números 05 a 07

       Nos últimos três anos foram assassinadas mais de 140 mil pessoas no Brasil. Uma média de 47 mil pessoas por ano. Uma parcela expressiva destas mortes, que varia de região para região, é atribuída à ação da polícia, que se respalda na impunidade para continuar cometendo seus crimes. São 25 assassinatos ao ano por cada 100 mil pessoas, índice considerado de violência epidêmica, segundo organismos internacionais.

       Se os assassinatos com armas de fogo são uma face da violência vivida na nossa sociedade, ela não é a única. Logo atrás, em termos de letalidade, estão os acidentes fatais de trânsito, com cerca de 33 mil mortos em 2002 e 35 mil mortes por ano em 2004 e 2005. Isto, sem falar nos acidentados não fatais socorridos pelo Sistema Único de Saúde, que multiplicam muitas vezes os números aqui apresentados e representam um custo que o IPEA estima em R$ 5,3 bilhões para o ano de 2002.

       A lista da violência alonga-se incrivelmente. Sobre as mulheres, os negros, os índios, os gays, sobre os mendigos na rua, sobre os movimentos sociais etc. Uma discussão num botequim de periferia pode  terminar em morte. A privação do emprego, do salário digno, da educação, da saúde, do transporte público, da moradia, da segurança alimentar, tudo isso pode ser compreendido, considerando que incide sobre direitos assegurados por nossa Constituição, como tantas outras formas de violência.

  (Silvio Caccia Bava. Le Monde Diplomatique Brasil, agosto 2010. Adaptado.)


A
as formas de violência mais difíceis de eliminar são aquelas relacionadas aos assassinatos e aos acidentes fatais de trânsito
B
os assassinatos com armas de fogo, nas periferias, constituem a face perversa da impunidade exercida pela polícia.
C
nossa Constituição assegura direitos restritos aos negros, aos índios e aos gays e, assim, eles costumam também ser alvo de muita violência.
D
como causa de mortalidade, os acidentes de trânsito são quase tão importantes quanto os assassinatos, no ranking da violência no Brasil.
E
o conjunto das mortes pela violência – assassinatos, acidentes de trânsito e constrangimentos a vários grupos sociais – onera os cofres do Estado.
f346b9a2-46
UNIFESP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere as afirmações.

I. A falta de empregos, a baixa remuneração e o déficit habitacional raramente são compreendidos como forma de violência.

II. O não-oferecimento de educação, saúde e transporte público a toda a população também pode ser visto como uma forma de violência.

III. Uma briga de bar que resulta em morte é um ingrediente a mais a engrossar o caldo da violência no país.

As ideias apresentadas no texto encontram-se em

Instrução: Leia o texto para responder às questões de números 05 a 07

       Nos últimos três anos foram assassinadas mais de 140 mil pessoas no Brasil. Uma média de 47 mil pessoas por ano. Uma parcela expressiva destas mortes, que varia de região para região, é atribuída à ação da polícia, que se respalda na impunidade para continuar cometendo seus crimes. São 25 assassinatos ao ano por cada 100 mil pessoas, índice considerado de violência epidêmica, segundo organismos internacionais.

       Se os assassinatos com armas de fogo são uma face da violência vivida na nossa sociedade, ela não é a única. Logo atrás, em termos de letalidade, estão os acidentes fatais de trânsito, com cerca de 33 mil mortos em 2002 e 35 mil mortes por ano em 2004 e 2005. Isto, sem falar nos acidentados não fatais socorridos pelo Sistema Único de Saúde, que multiplicam muitas vezes os números aqui apresentados e representam um custo que o IPEA estima em R$ 5,3 bilhões para o ano de 2002.

       A lista da violência alonga-se incrivelmente. Sobre as mulheres, os negros, os índios, os gays, sobre os mendigos na rua, sobre os movimentos sociais etc. Uma discussão num botequim de periferia pode  terminar em morte. A privação do emprego, do salário digno, da educação, da saúde, do transporte público, da moradia, da segurança alimentar, tudo isso pode ser compreendido, considerando que incide sobre direitos assegurados por nossa Constituição, como tantas outras formas de violência.

  (Silvio Caccia Bava. Le Monde Diplomatique Brasil, agosto 2010. Adaptado.)


A
I, apenas.
B
I e II, apenas.
C
I e III, apenas.
D
II e III, apenas.
E
I, II e III.
eab310e7-46
UNIFESP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com o texto,

A palavra bullying ainda é pouco conhecida do grande público brasileiro. De origem inglesa e ainda sem tradução no Brasil, é utilizada para qualificar comportamentos violentos no âmbito escolar, tanto de meninos quanto de meninas. Dentre esses comportamentos podemos destacar as agressões, os assédios e as ações desrespeitosas, todos realizados de maneira recorrente e intencional por parte dos agressores. É fundamental explicitar que as atitudes tomadas por um ou mais agressores contra um ou alguns estudantes, geralmente, não apresentam motivações específicas ou justificáveis. Isso significa dizer que, de forma quase “natural”, os mais fortes utilizam os mais frágeis como meros objetos de diversão, prazer e poder, com o intuito de maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar suas vítimas. E isso,  invariavelmente, produz, alimenta e até perpetua muita dor e sofrimento nos vitimados.


A
os estudantes mais fortes usam de sua prepotência e do constrangimento e intimidação dos mais frágeis, com o objetivo de se divertirem.
B
as ações violentas, praticadas no ambiente escolar, são invariavelmente frequentes, involuntárias e motivadas por sofrimentos dos agressores.
C
o sofrimento proveniente das manifestações violentas na escola pode demandar tratamentos dispendiosos, porém eficientes.
D
em geral, as agressões sofridas pelos alunos não são gratuitas e possuem causas cada vez mais claramente identificáveis.
E
a humilhação e o medo a que são submetidas as vítimas do bullying são consequências naturais da sociedade contemporânea.
f9ececcf-29
UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Tipologia Textual

Pode- se afirmar que, com a ida à exposição dos czares russos, o narrador teve a oportunidade de

Imagem 009.jpg
A
discutir seus problemas pessoais com pessoas desconhecidas, em especial as idosas, que têm mais experiência de vida.
B
ratificar as idéias sobre a velhice com as quais fora criado, vendo- a relacionada à aposentadoria e aos lamentos.
C
vivenciar a nova forma de vida dos velhos, que o indignou por mostrar uma disposição artificial, que não condiz com a idade deles.
D
entender a nova relação estabelecida entre jovens e idosos, que têm interesses e comportamentos comuns, mesmo lamentando o que não podem fazer.
E
rever seus conceitos sobre a velhice, já que a situação vivenciada na exposição acabou por negá- los
07499e89-29
UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre Manuel Bandeira, é correto afirmar que

INSTRUÇÃO: Leia o poema de Manuel Bandeira para responder às questões

Versos de Natal


Espelho, amigo verdadeiro,
Tu refletes as minhas rugas,
Os meus cabelos brancos,
Os meus olhos míopes e cansados.
Espelho, amigo verdadeiro,
Mestre do realismo exato e minucioso,
Obrigado, obrigado!

Mas se fosses mágico, Penetrarias até ao fundo desse homem triste,
Descobririas o menino que sustenta esse homem,
O menino que não quer morrer,
Que não morrerá senão comigo,
O menino que todos os anos na véspera do Natal
Pensa ainda em pôr os seus chinelinhos atrás da porta.
A
a insistência em temas relacionados ao sonho e à fantasia aponta para uma concepção de vida fugidia e distanciada da realidade. Dessa forma, entende- se o poeta na transição entre o Realismo e Modernismo.
B
sua obra é muito pouco alinhada ao Modernismo, pois sua expressão exclui por completo a linguagem popular, priorizando a erudição e a contenção criadora.
C
o desapego aos temas do cotidiano o aponta como um poeta que, embora inserido no Modernismo, está muito distanciado das causas sociais e da busca de uma identidade nacional, como fizeram seus contemporâneos.
D
o movimento modernista teve com seu trabalho e com o de poetas como Oswald e Mário de Andrade a base de sua criação. Bandeira recriou literariamente suas experiências pessoais, com temas como o amor, a morte e a solidão, aos quais conferiu um valor mais universal
E
o poeta trata de temas bastante recorrentes ao Romantismo, como a saudade, a infância e a solidão. Além disso, expressa- se como os românticos, já que tem uma visão idealizada do mundo. Daí seu distanciamento dos demais modernistas da primeira fase.
05cc9b99-29
UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No poema, o poeta contesta o senso comum, isto é, a idéia de que

INSTRUÇÃO: Leia o poema de Manuel Bandeira para responder às questões

Versos de Natal


Espelho, amigo verdadeiro,
Tu refletes as minhas rugas,
Os meus cabelos brancos,
Os meus olhos míopes e cansados.
Espelho, amigo verdadeiro,
Mestre do realismo exato e minucioso,
Obrigado, obrigado!

Mas se fosses mágico, Penetrarias até ao fundo desse homem triste,
Descobririas o menino que sustenta esse homem,
O menino que não quer morrer,
Que não morrerá senão comigo,
O menino que todos os anos na véspera do Natal
Pensa ainda em pôr os seus chinelinhos atrás da porta.
A
as pessoas, na velhice, esperam pelos presentes de Natal. Para ele, os presentes são direitos apenas das crianças.
B
os idosos sabem reconhecer a força exercida neles pelo tempo. Para ele, essas pessoas deixam a realidade e vivem num mundo distante e cheio de fantasias.
C
o menino morre com a chegada da vida adulta. Para ele, o menino está atrelado ao homem até o fim, portanto, vivo por toda a vida.
D
a chegada da velhice faz com que as pessoas voltem a ser crianças. Para ele, os idosos são perspicazes e enxergam a realidade de forma crítica e consciente.
E
o Natal é uma época de alegria e de união entre as pessoas. Para ele, a ocasião vale pelos presentes e não pelos sonhos e sentimentos.
04472aa0-29
UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O fato de o poeta reconhecer em si a existência do menino indica que

INSTRUÇÃO: Leia o poema de Manuel Bandeira para responder às questões

Versos de Natal


Espelho, amigo verdadeiro,
Tu refletes as minhas rugas,
Os meus cabelos brancos,
Os meus olhos míopes e cansados.
Espelho, amigo verdadeiro,
Mestre do realismo exato e minucioso,
Obrigado, obrigado!

Mas se fosses mágico, Penetrarias até ao fundo desse homem triste,
Descobririas o menino que sustenta esse homem,
O menino que não quer morrer,
Que não morrerá senão comigo,
O menino que todos os anos na véspera do Natal
Pensa ainda em pôr os seus chinelinhos atrás da porta.
A
há toda uma fragilidade envolvendo-o, já que se sente um homem triste, ao qual não cabe mais nada senão es- perar a morte.
B
tem consciência de uma força para viver, pois o menino se define como sua base e lhe permite romper com a realidade que o circunda.
C
se ajusta placidamente à velhice presente, a qual o amigo espelho insiste em mostrar- lhe de forma degradante e revestida de tristeza.
D
vive como uma criança, sempre alegre e sonhador, totalmente alheio ao mundo real de que faz parte.
E
contesta o mundo em que vive, idealizado e opressor, que reflete os seus cabelos brancos e a tristeza que sente.
02cfad86-29
UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

No poema, a metáfora do espelho é um caminho para a reflexão sobre

INSTRUÇÃO: Leia o poema de Manuel Bandeira para responder às questões

Versos de Natal


Espelho, amigo verdadeiro,
Tu refletes as minhas rugas,
Os meus cabelos brancos,
Os meus olhos míopes e cansados.
Espelho, amigo verdadeiro,
Mestre do realismo exato e minucioso,
Obrigado, obrigado!

Mas se fosses mágico, Penetrarias até ao fundo desse homem triste,
Descobririas o menino que sustenta esse homem,
O menino que não quer morrer,
Que não morrerá senão comigo,
O menino que todos os anos na véspera do Natal
Pensa ainda em pôr os seus chinelinhos atrás da porta.
A
a velhice do poeta, revelada por seu mundo interior, triste e apático.
B
a magia do Natal e as expectativas do presente, maiores ainda na velhice.
C
o encanto do Natal, vivido pelo homem- menino que a tudo assiste sem emoção
D
a alegria que ronda o poeta, fruto dos sonhos e da esperança contidos no homem e ausentes no menino.
E
as limitações impostas pelo mundo externo ao homem e os anseios e sonhos vivos no menino
014e8225-29
UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Para o poeta, o espelho é um amigo verdadeiro porque

INSTRUÇÃO: Leia o poema de Manuel Bandeira para responder às questões

Versos de Natal


Espelho, amigo verdadeiro,
Tu refletes as minhas rugas,
Os meus cabelos brancos,
Os meus olhos míopes e cansados.
Espelho, amigo verdadeiro,
Mestre do realismo exato e minucioso,
Obrigado, obrigado!

Mas se fosses mágico, Penetrarias até ao fundo desse homem triste,
Descobririas o menino que sustenta esse homem,
O menino que não quer morrer,
Que não morrerá senão comigo,
O menino que todos os anos na véspera do Natal
Pensa ainda em pôr os seus chinelinhos atrás da porta.
A
não permite que ele sofra, atrelando-o à realidade em que vive.
B
aguça seus sentidos, incentivando- o aos devaneios, como uma criança.
C
perpetua a crença de que a imaginação nunca se acaba.
D
mostra a realidade, desnudando- lhe as faces da velhice.
E
denuncia o estado decrépito em que está, mas cria- lhe a fantasia da felicidade
ffcf4357-29
UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Pontuação

No último quadrinho, observando- se a expressão de Liberdade e o que ela diz — seja pela pontuação (???), seja pela reiteração do verbo (sabe) —, sua atitude revela

A
medo e desespero.
B
ironia e melancolia.
C
indignação e agressividade.
D
humor e surpresa.
E
espanto e tristeza