Questõesde UFU-MG sobre Interpretação de Textos

1
1
1
Foram encontradas 74 questões
ceedb30e-af
UFU-MG 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Observe as afirmativas abaixo.


I - Hoje não temos mais a opção de não participar de redes sociais on-line, porque o feedback é instantâneo.

II - Muitos famosos e celebridades encontram nas redes sociais uma forma de se aproximar das pessoas comuns, para terem reconhecimento.

III - O fato de uma celebridade interagir diretamente com seus fãs pela rede faz com que sua capacidade de gerenciar a própria vida fique prejudicada.

IV - O conceito de privacidade esvaiu-se, porque o público busca, cada vez mais, espionar as vidas alheias.


Assinale a alternativa correta.

Disponível em:<http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=59&id= 751&tipo=0> . Acesso em: 12 de set. 2010. (Texto modificado)

A
Apenas III e IV.
B
Apenas I e II.
C
Apenas II e III.
D
Apenas I e IV.
ced2c8d6-af
UFU-MG 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com o tipo de argumentação desenvolvida no texto, o autor pretende:

Disponível em:<http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=59&id= 751&tipo=0> . Acesso em: 12 de set. 2010. (Texto modificado)

A
Justificar o excesso de exibicionismo nas redes sociais.
B
Criticar o excesso de exibicionismo nas redes sociais.
C
Comentar o excesso de exibicionismo nas redes sociais.
D
Explicar o excesso de exibicionismo nas redes sociais.
cede64c6-af
UFU-MG 2010 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Uso dos conectivos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Sintaxe, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa correta.

Disponível em:<http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=59&id= 751&tipo=0> . Acesso em: 12 de set. 2010. (Texto modificado)

A

O termo em destaque em: “ Pereira lembra que a ‘espetacularização’ do cotidiano atinge a todos [...]”. (linhas 30 e 31), é equivalente à expressão em destaque no trecho abaixo.

Por sua vez, essa nova legião de exibicionistas satisfaz outra vontade geral do público contemporâneo: o desejo de espionar e consumir vidas alheias”. (linhas 18 e 19)

B
Em: “Afinal, a internet abre ainda mais espaço para condutas sociais desviantes que raramente poderiam se concretizar na vida off-line.” (linhas 23 e 24), o emprego do futuro do pretérito em poderiam indica ação decorrida no passado, posterior à ação de abrir.
C
Em: “Pois, agora, os fãs podem interagir diretamente com seus ídolos (e vice-versa), sem precisar de um intermediário”. (linhas 63 e 64), o termo em destaque refere-se ao momento da fala.
D
O texto tem por temática a mudança do conceito de celebridade com o advento da internet.
ced7b018-af
UFU-MG 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a ÚNICA alternativa que NÃO contém uma característica da superexposição pela internet.

Disponível em:<http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=59&id= 751&tipo=0> . Acesso em: 12 de set. 2010. (Texto modificado)

A
Vitrines sofisticadas.
B
Sobreposição do virtual ao real.
C
Obsessão pela busca da fama.
D
Banalização da transgressão.
cecda5bf-af
UFU-MG 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a ÚNICA alternativa que NÃO expressa ideias contidas no texto.

Disponível em:<http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=59&id= 751&tipo=0> . Acesso em: 12 de set. 2010. (Texto modificado)

A
A internet favorece o paradoxo da privacidade: as mesmas pessoas que se afligem por estar vulneráveis à espionagem digital desvelam sua intimidade on-line.
B
A internet cria o paradoxo da celebridade: a celebridade não pode deixar de participar das redes, mas a participação na rede contribui para uma mudança de sua condição de celebridade.
C
A internet favorece a espetacularização do cotidiano e os quinze minutos de fama de seus participantes.
D
O texto defende a tese de que a internet, por democratizar a busca do estrelato, permite às pessoas a autorrealização.
dc80a8ac-a6
UFU-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação a aspectos estruturais, afirma-se que

A
em O filho eterno, de Cristovão Tezza, digressões do narrador revelam um esforço de o pai de Felipe ser dissociado do filho e da experiência de ser pai.
B
em Tentação, de Clarice Lispector, apontamentos do narrador observador fazem com que se evidencie ao leitor a impaciência da personagem ruiva.
C
em A Metamorfose, de Franz Kafka, o narrador personagem dá a conhecer ao leitor o sofrimento vivido por Gregor Samsa na clausura do quarto.
D
em O ovo e a galinha, de Clarice Lispector, o narrador onisciente relata o percurso filosófico que desemboca em uma tomada de decisão existencial.
dc8f2377-a6
UFU-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A porta aberta, ele percebe – saiu de casa e deixou uma fresta de pista. Com certeza pegou o elevador para descer os dezenove andares, o que ele sabe fazer. Não, o porteiro não viu [...]. O prédio, sinal dos tempos, ainda não tinha as grades altas com pontas agudas e as câmeras de segurança e os fios elétricos desencapados que pouco depois fechariam aquele pátio generoso e inteiro aberto, [...] Teria de achar a palavra certa para explicar, as pessoas não sabem – talvez dizer “você viu meu filho? Ele é um menino com problema”, ou “ele é meio bobo”; ou, ele é “deficiente mental”, e tudo aquilo não corresponde nem ao filho nem ao que ele quer dizer para definir seu filho; ele é uma criança carinhosa mas meio tontinho, talvez assim ficasse melhor: não pode dizer “mongoloide”, que dói, nem “síndrome de Down” – naquela década de 1980, ninguém sabe o que é isso.

TEZZA, Cristovão. O filho eterno. Rio de Janeiro: Record, 2013. p.163-164.

O fragmento evidencia uma temática que perpassa o livro O filho eterno, que é

A
a insuficiência da linguagem.
B
a vergonha que sente do filho.
C
a insensibilidade das pessoas.
D
o desejo da morte do filho.
dc8b8493-a6
UFU-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

    Na obra O filho eterno, há várias passagens que indicam uma relação especular entre Felipe e seu pai. O protagonista constata ser modelo para o filho quando ele, Felipe, começa a

A
pronunciar palavrões.
B

buzinar no banco do fusca.

C
torcer pelo Clube Atlético Paranaense.
D
demonstrar impulsos sexuais.
dc87db30-a6
UFU-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A estrutura familiar e seus vínculos estão presentes em várias obras, como em O filho eterno e no conto em “Come, meu filho”, por exemplo. A respeito dessa temática, compreende-se que foi determinante

A
o medo em relação ao pai, para que Dodó tivesse a intenção de fugir dos estudos em Recife, a fim de ficar com Margarida, em O Santo e a Porca.
B
a rebeldia em relação ao pai, para que Cassi se submetesse aos caprichos dos agiotas do centro da cidade, em Clara dos Anjos.
C
a carência de recursos monetários dos pais e da irmã para que Gregor Samsa se entregasse ao trabalho de forma incessante, em A Metamorfose.
D
a briga dos irmãos com a cunhada alemã, para que Arnaldo não aceitasse Mocinha residir em sua casa, em “O grande passeio”.
dc8453ea-a6
UFU-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

[Siqueleto] encara os prisioneiros com um só olho enquanto fala na língua local. Tuahir traduz:

– Ele diz que nos vai semear.
– Semear?
[...]
Muidinga, então, se excede. Grita. O velho aldeão se atenta para escutar, através da tradução de Tuahir. [...]
Mas o desdentado aldeão já anoitecera, queixo no peito. Seu mundo já era esse que Tuahir anunciara, de extensos sossegos. O próprio Muidinga está como se encantado com as palavras de Tuahir. Não é a estória que o fascina mas a alma que está nela. E ao ouvir os sonhos de Tuahir, com os ruídos da guerra por trás, ele vai pensando: “não inventaram ainda uma pólvora suave, maneirosa, capaz de explodir os homens sem lhes matar.
[...]
Por um buraco da rede Muidinga consegue retirar um braço. Apanha um pau e escreve no chão.
– Que desenhos são esses?, pergunta Siqueleto.
– É o teu nome, responde Tuahir.
– Esse é o meu nome?
O velho desdentado se levanta e roda em volta da palavra. Está arregalado. [...] Solta Tuahir e Muidinga das redes. São conduzidos pelo mato, para lá do longe. Então, frente a uma grande árvore, Siqueleto ordena algo que o jovem não entende.
– Está a mandar que escrevas o nome dele.
[...] No tronco Muidinga grava letra por letra o nome do velho. Ele queria aquela árvore para parteira de outros Siqueletos, em fecundação de si. [...]
– Agora podem-se ir embora. A aldeia vai continuar, já meu nome está no sangue da árvore.

COUTO, Mia. Terra sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p.63-67. (Adaptado).

Terra sonâmbula trata da guerra civil em Moçambique pós-independência. O autor tece uma escrita em que ocorre a todo o momento o contato do antigo com o novo, das gerações antigas com as novas. Por meio desses contatos, com a finalidade de que a nação sobreviva, compreende-se que a obra propõe

A
um conhecimento ancestral sobreposto ao costume moderno.
B
uma relação de interdependência entre a geração antiga e a nova.
C
uma unificação por meio da língua para a harmonia entre as gerações.
D
uma condescendência das novas gerações para com as antigas gerações.
dc7d5a66-a6
UFU-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

FLORES DO MAIS

devagar escreva

uma primeira letra

escrava

nas imediações construídas

pelos furacões;

devagar meça

a primeira pássara

bisonha que

riscar

o pano de boca

aberto

sobre os vendavais;

devagar imponha

o pulso

que melhor

souber sangrar

sobre a faca

das marés;

devagar imprima

o primeiro

olhar

sobre o galope molhado

dos animais; devagar

peça mais

e mais e

mais


CESAR, Ana Cristina. Flores do mais. In: Destino: poesia. Organização de Italo Moriconi. Rio de Janeiro: José Olympio, 2016. p.41.


Expoente da poesia marginal da década de 1970, Ana C. escreve poesia que reflete experiências do cotidiano. Em Flores do mais, com o auxílio da gradação dos fenômenos da natureza (furacões, vendavais, marés), a autora metaforiza

A
o esfacelamento do sujeito poético e os problemas existenciais.
B
o desejo de travar relacionamento bucólico com outros interlocutores.
C
a angústia proveniente do fazer poético comparado ao prazer de viver.
D
o trabalhoso processo de escrita e a inscrição da palavra no papel.
dc6521d1-a6
UFU-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos

Analise o infográfico a seguir:




Disponível em: <http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula/interpretacao-de-texto-com-auxilio-demateriais-graficos>. Acesso em: 26 abr. 2017. (Adaptado).

Pode-se, a partir das informações do infográfico, constatar que:

A
Entre 1999 e 2005, o índice de morte causado por problemas no parto variou em sentido diametralmente oposto entre mulheres brancas e negras.
B
Homens negros são mais vítimas de homicídios do que mulheres negras.
C
Em ordem crescente, as maiores vítimas de homicídios são: mulheres brancas, homens negros, homens brancos, mulheres negras.
D
Mulheres negras têm mais problemas no parto em função do acesso dificultado ao sistema público de saúde.
dc68f7a7-a6
UFU-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Pontuação, Uso da Vírgula

Desafios atuais e ameaças



Disponível em: <http://www.survivalbrasil.org/povos/indios-brasileiros>. Acesso em: 28 abr. 2017.

Com base na leitura do texto e nas expressões em destaque, assinale a alternativa INCORRETA.

A
No trecho “Nós não sabíamos que os brancos iam tirar a nossa terra. Nós não sabíamos de nada sobre o desmatamento. Nós não sabíamos sobre as leis dos homens brancos.’ (linhas 3 e 4) a repetição de “nós não sabíamos” tem a função de ressaltar informações que o índio desconhecia.
B
O trecho “Hoje, o Brasil tem planos agressivos para desenvolver e industrializar a Amazônia”, (linha 6), se modificado para “Hoje, no Brasil, _______ planos agressivos para desenvolver e industrializar a Amazônia”, deveria, de acordo com a modalidade formal da língua portuguesa, fazer uso do verbo HAVER para preencher a lacuna.
C
No trecho “Hoje, o Brasil tem planos agressivos para desenvolver e industrializar a Amazônia”. (linha 6) O uso da palavra ‘agressivos’ indica posição ideológica do autor, ou seja, não há neutralidade na informação.
D
No trecho “Nos 514 anos desde que os europeus chegaram ao Brasil, os povos indígenas sofreram genocídio em grande escala, e perda da maioria de suas terras”, (linhas 1 e 2) a vírgula antes da conjunção e está adequadamente empregada.
dc6c9771-a6
UFU-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O Banheiro



FERNANDES, Millor. O banheiro. Disponível em: <http://releituras.com/millor_banheiro.asp>. Acesso em: 28 abr. 2017. (Fragmento)

No texto, nas linhas 11, 12 e 13, o autor usa a explicação, contida nos parênteses, para

A
acentuar o conceito de lar como um espaço harmônico.
B
mostrar o banheiro como um lugar de sossego no lar.
C
apresentar a definição cultural e tradicional de lar.
D
chamar a atenção para a definição dos vários tipos de lares.
dc700932-a6
UFU-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência

Leia os trechos do diário abaixo. A seguir, numere-os de 1 a 5, de modo a organizar o texto com coesão e coerência. Em seguida, assinale a alternativa correta.

( ) Tomara que amanhã isso não aconteça. Sobre isso, estive pensando qual profissão gostaria de ter no futuro e não cheguei numa conclusão concreta. Uma coisa eu sei: quero ajudar as pessoas e fazer diferença no mundo. Tenho fé nisso!!! Termino esse dia com a frase de um autor que gosto muito, do Drummond: “Há campeões de tudo, inclusive de perda de campeonatos. Boa noite! Helena

( ) No recreio, não tive coragem de falar com elas e fiquei no meu canto, lendo a matéria de história e aproveitando para responder as questões que o prof. passou na aula passada. Quando cheguei em casa, almocei e fiquei enfiada no quarto o dia inteiro pensando que não quero mais voltar pra escola. Nem fome eu tive!

( ) Na sala de aula, a Ana e a Célia ficaram dando risadinhas e olhando pra mim. Depois veio o Hugo e me disse que eu tinha um chiclete no cabelo. A minha questão foi: Quem colocou ele ali? E porque ao invés de me falarem ficaram rindo da minha cara? Fiquei muito chateada com a atitude delas e de outras pessoas que passavam bilhetinho enquanto aproveitavam para olhar pra minha cabeça. Ainda bem que bateu o sinal para o intervalo.

( ) Depois de tanto pensar, resolvi enfrentar o problema e escrevi uma carta pra Ana e pra Célia. Acho que ficou bem legal, ainda que no texto eu não reprovei a atitude delas. Pelo contrário, convidei elas para serem minhas amigas. Gosto delas, mas não gosto de injustiças, de caçoar dos outros. Acho muito feio rir de um defeito ou da desgraça alheia. Eu sei: tenho um coração mole!!!.

( ) Londrina, 05 de julho de 2013. Querido Diário, hoje já acordei com uma sensação estranha. Talvez por ser o “dia das bruxas”. Como habitual, fui à escola e logo pude entender que algo inusitado iria acontecer. Tivemos duas aulas vagas, pois o professor de geografia ficou doente. Ficamos de boa na sala.

Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/genero-textual-diario>. Acesso em: 03 mai. 2017. (Adaptado).

A sequência correta, de cima para baixo, é:

A
5, 4, 2, 3,1
B
5, 2, 3, 4,1
C
5, 4, 3, 2,1
D
5, 3, 2, 4,1
dc76b4ba-a6
UFU-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A doação de sangue e o preconceito contra homossexuais

Preconceito contra doação de sangue de gays e bissexuais aumenta o déficit de sangue nos hemocentros do País, diz Alexino Ferreira
O professor Ricardo Alexino Ferreira, em sua coluna semanal para a Rádio USP, aborda a questão do preconceito a gays e bissexuais por parte do Ministério da Saúde, no qual, mesmo com o déficit de sangue nos hemocentros do País, faz restrições quanto à doação de homens que tenham tido relações sexuais com outros homens.
Segundo Alexino Ferreira, a portaria 2712 do Ministério da Saúde, datada de novembro de 2013, parece insistir no grupo de risco (1), em detrimento ao comportamento de risco (1). Afinal, já se estabeleceu, desde há muito, que o vírus HIV, transmissor da aids, não faz distinção de orientação sexual e que, portanto (2), heterossexuais, bissexuais ou homossexuais podem ser igualmente contaminados em situações de risco, ou seja, quando não se faz uso de preservativos nas relações sexuais ou quando se tem contato direto com sangue contaminado.
De fato, o colunista aponta uma contradição na própria portaria, a qual prevê que os serviços de hemoterapia não devem (3) manifestar preconceito ou discriminação com relação à orientação sexual ou com a identidade de gênero do doador.
Alexino Ferreira diz ainda que as organizações de direitos LGBTs vêm denunciando (4) esse tipo de preconceito. De acordo com elas, existem casais homoafetivos estáveis, que não têm relações extraconjugais, ou mesmo homens homossexuais ou bissexuais que fazem sexo seguro com outros homens e não são usuários de drogas. Com esse tipo de restrição, o Brasil perde 18 milhões de litros de sangue ao ano.

FERREIRA, Ricardo Alexino. Disponível em: <http://jornal.usp.br/atualidades/a-doacao-de-sangue-e-opreconceito-contra-homossexuais>. Acesso em: 28 abr. 2017.

Com base na leitura do texto e nos trechos numerados, assinale a alternativa INCORRETA.

A
Em 1, as expressões ‘grupo de risco’ e ‘comportamento de risco’ indicam que um grupo de risco obrigatoriamente tem comportamento de risco.
B
Em 2, podemos substituir ‘portanto’ por ‘consequentemente’, sem prejuízo para o sentido da oração.
C
Em 3, o emprego do verbo ‘dever’ indica obrigação, o que não ocorreria se o autor tivesse empregado o verbo ‘poder’.
D
Em 4, ‘vêm denunciando’ carrega a ideia de frequência, repetição de ação, o que não ocorreria se o autor tivesse optado por usar ‘denunciam’.
dc79e53e-a6
UFU-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos

Na “cidade”, como se diz, ele percebia toda a sua inferioridade de inteligência, de educação; a sua rusticidade, diante daqueles rapazes a conversar sobre coisas de que ele não entendia e a trocar pilhérias; em face da sofreguidão com que liam os placards dos jornais, tratando de assuntos cuja importância ele não avaliava, Cassi vexava-se de não suportar a leitura; comparando o desembaraço com que os fregueses pediam bebidas variadas e esquisitas, lembrava-se que nem mesmo o nome delas sabia pronunciar; olhando aquelas senhoras e moças que lhe pareciam rainhas e princesas, tal e qual o bárbaro que viu, no Senado de Roma, só reis, sentia-se humilde; enfim, todo aquele conjunto de coisas finas, atitudes apuradas, de hábitos de polidez e urbanidade, de franqueza no gastar, reduziam-lhe a personalidade de medíocre suburbano, de vagabundo doméstico, a quase coisa alguma.

BARRETO, Lima. Clara dos Anjos. São Paulo: Ática, 2011. p. 125.

Em suas entrelinhas, o trecho apresenta a dualidade “cidade” e subúrbio. Levando-se isso em conta, o fragmento

A
reforça a crítica à condição do suburbano.
B
revela o desejo de ascensão do suburbano.
C
indica a educação como quesito para uma cisão social.
D
ratifica a necessidade de separação física dos dois locais.
dc61b610-a6
UFU-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos

Por que temos de aprender Língua Portuguesa?

Essa pergunta certamente tem estado na cabeça de muitos estudantes nos mais diversos níveis de ensino ao longo de suas caminhadas de aprendizagem, de construção de conhecimentos, competências e habilidades. Essa enumeração de formas de representar o desenvolvimento cognitivo também nos remete à mesma pergunta – por que “ensinar” Língua Portuguesa?
Se nossos aprendizes são falantes nativos do idioma, por qual razão muitos deles sentem que não conhecem sua língua materna e que não fazem um bom uso das formas de dizer nos mais variados contextos de interação pela linguagem?
O fato é que há contingentes de analfabetos funcionais que, embora tenham sido alfabetizados, não desenvolveram a competência de uso da língua em situações comunicativas específicas.
Ler, compreender e produzir sentido(s). Tudo muito simples, mas há lacunas, faltam condições para que os aprendizes de leitura e de escrita conquistem sua autonomia, para que exerçam com plenitude a condição de sujeitos de seu dizer, de participantes ativos da produção dos sentidos que os discursos potencializam em suas múltiplas formas.
[...] Muitos pesquisadores do campo da linguística têm defendido o ensino de língua materna como um espaço de riqueza linguística, de diversidade de textos, que torne mais rica e significativa a experiência com a linguagem.

Disponível em: <http://www.gazetadosul.com.br>. Acesso em: 25 abr. 2017. (Fragmento adaptado)

Com o objetivo de responder à pergunta do título do texto, o autor, no segundo parágrafo, questiona o fato de os nativos do idioma sentirem que não conhecem sua língua materna. Infere-se que a crítica apresentada no texto diz respeito ao papel do(a)

A
escola, que apresenta falhas em relação a uma proposta político-pedagógica para uma abordagem adequada do ensino de língua materna.
B
aluno, que não faz um bom uso das formas de dizer nos mais variados contextos de interação pela linguagem.
C
analfabeto funcional, que não desenvolveu a competência de uso da língua em situações comunicativas específicas.
D
pesquisador, que defende o ensino como um espaço de riqueza linguística.
6a6c26b5-a5
UFU-MG 2018 - Português - Interpretação de Textos

Os dois mais murmuravam que conversavam: havia pouco iniciara-se o namoro e ambos andavam tontos, era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme.

– Está bem, acredito que sou a sua primeira namorada, fico feliz com isso. Mas me diga a verdade, só a verdade: você nunca beijou uma mulher antes de me beijar?

Ele foi simples:

– Sim, já beijei antes uma mulher.

– Quem era ela? perguntou com dor.

Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer.

O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir – era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros. [...]

O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.

De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente ao orifício de onde jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga. [...]

Ele a havia beijado.

Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva.

Deu um passo para trás ou para frente, nem sabia mais o que fazia. Perturbado, atônito, percebeu que uma parte de seu corpo, sempre antes relaxada, estava agora com uma tensão agressiva, e isso nunca lhe tinha acontecido. [...]

Até que, vinda da profundeza de seu ser, jorrou de uma fonte oculta nele a verdade. Que logo o encheu de susto e logo também de um orgulho antes jamais sentido: ele…

Ele se tornara homem.

LISPECTOR, Clarice. O primeiro beijo. In: Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 157.(Adaptado)


O amor juvenil é tema de O primeiro beijo, de Clarice Lispector. Além disso, esse conto pode ser interpretado como um rito de passagem e dele se entende que

A
a namorada e seu ciúme despertam a masculinidade do personagem central.
B
o garoto parte de um plano ideal definidor feminino rumo às mulheres reais.
C
a sensualidade e o erotismo aparecem na aversão do garoto pela estátua.
D
a sede e o calor indicam a construção metafórica de dominar o próprio desejo.
6a6872b9-a5
UFU-MG 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

CAPÍTULO CVI


... Ou, mais propriamente, capítulo em que o leitor, desorientado, não pode combinar as tristezas de Sofia com a anedota do cocheiro. E pergunta confuso: - Então a entrevista da Rua da Harmonia, Sofia, Carlos Maria, esse chocalho de rimas sonoras e delinquentes é tudo calúnia? Calúnia do leitor e do Rubião, não do pobre cocheiro que não proferiu nomes, não chegou sequer a contar uma anedota verdadeira. É o que terias visto, se lesses com pausa. Sim, desgraçado, adverte bem que era inverossímil que um homem, indo a uma aventura daquelas, fizesse parar o tílburi diante da casa pactuada. Seria pôr uma testemunha ao crime. Há entre o céu e a terra muitas mais ruas do que sonha a tua filosofia, – ruas transversais, onde o tílburi podia ficar esperando.

- Bem; PONTO E VÍRGULA? o cocheiro não soube compor. Mas que interesse tinha em inventar a anedota?

Conduzira Rubião a uma casa, onde o nosso amigo ficou quase duas horas, sem o despedir; viu-o sair, entrar no tílburi, descer logo e vir a pé, ordenando-lhe que o acompanhasse. Concluiu que era ótimo freguês; mas, ainda assim não se lembrou de inventar nada. Passou, porém, uma senhora com um menino, – a da Rua da Saúde – e Rubião quedou-se a olhar para ela com vistas de amor e melancolia. Aqui é que o cocheiro o teve por lascivo, além de pródigo, e encomendou-lhe as suas prendas. Se falou em Rua da Harmonia foi por sugestão do bairro donde vinham, e se disse que trouxera um moço da Rua dos Inválidos, é que naturalmente transportara de lá algum, na véspera, – talvez o próprio Carlos Maria, – ou porque lá morasse, ou porque lá tivesse a cocheira, – qualquer outra circunstância que lhe ajudou a invenção, como as reminiscências do dia servem de matéria aos sonhos da noite. Nem todos os cocheiros são imaginativos. Já é muito CONSERTAR? farrapos da realidade.

Resta só a coincidência de morar na Rua da Harmonia uma das costureiras do luto. Aqui, sim, parece um propósito do acaso. Mas a culpa é da costureira; não lhe faltaria casa mais para o centro da cidade, se quisesse deixar a agulha e o marido. Ao contrário disso, ama-os sobre todas as cousas deste mundo. Não era razão para que eu cortasse o episódio, ou interrompesse o livro.

ASSIS, Machado. Quincas Borba. São Paulo: Editora Globo, 1997. p. 142.


Levando-se em consideração a obra Quincas Borba e o fragmento acima, o narrador revela

A
a credulidade inocente de Rubião em relação às palavras do cocheiro.
B
a indignação de Rubião em relação à mudança de atitude de Sofia.
C
a mentira propagada pelo cocheiro em relação à esposa de Palha.
D
a degradação moral de Carlos Maria em relação à sua real índole.