Questõesde FAMERP sobre Português

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Foram encontradas 59 questões
ea2aa1a9-d7
FAMERP 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

É correto afirmar que o narrador do texto assemelha-se a

Leia o trecho do romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, para responder à questão.

    Junto dela pôs-se a trabalhar a Leocádia, mulher de um ferreiro chamado Bruno, portuguesa pequena e socada, de carnes duras, com uma fama terrível de leviana entre suas vizinhas.
    Seguia-se a Paula, uma cabocla velha, meio idiota, a quem respeitavam todos pelas virtudes de que só ela dispunha para benzer erisipelas e cortar febres por meio de rezas e feitiçarias. Era extremamente feia, grossa, triste, com olhos desvairados, dentes cortados à navalha, formando ponta, como dentes de cão, cabelos lisos, escorridos e ainda retintos apesar da idade. Chamavam-lhe “Bruxa”.
     Depois seguiam-se a Marciana e mais a sua filha Florinda. A primeira, mulata antiga, muito séria e asseada em exagero: a sua casa estava sempre úmida das consecutivas lavagens. Em lhe apanhando o mau humor punha-se logo a espanar, a varrer febrilmente, e, quando a raiva era grande, corria a buscar um balde de água e descarregava-o com fúria pelo chão da sala. A filha tinha quinze anos, a pele de um moreno quente, beiços sensuais, bonitos dentes, olhos luxuriosos de macaca. Toda ela estava a pedir homem, mas sustentava ainda a sua virgindade e não cedia, nem à mão de Deus Padre, aos rogos de João Romão, que a desejava apanhar a troco de pequenas concessões na medida e no peso das compras que Florinda fazia diariamente à venda.

(O cortiço, 2007.)
A
um pintor atento às cores, às luzes e as sombras, dedicado a formalizar com inspiração as sensações que o mundo lhe imprime.
B
um historiador preocupado com o caráter documental do que escreve, atento à relevância histórica dos fatos narrados.
C
um ourives, construindo um universo de personagens de maneira equilibrada, de modo a valorizar o objeto artístico como se fosse uma joia.
D
um professor em um momento de orientação moral de seus alunos, ensinando-lhes a se comportarem adequadamente
E
um cientista em um laboratório a dissecar e classificar os diversos aspectos dos personagens como se fossem objetos de uma análise científica.
ea2e7300-d7
FAMERP 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Para alguns, o mundo do dia se tornará definitivamente vazio e apenas a noite excitada e veloz vai concentrar em si o valor do que é vivo.” (2° parágrafo)

Considerado em seu contexto, o trecho sugere que

Leia o texto de Tales Ab´Sáber para responder à questão.

    Há em Berlim uma casa que nunca fecha. Aquela noite que não termina jamais pode de fato começar a qualquer momento do dia, às sete da manhã ou ainda às dez. Lá todos os tempos se estendem e noite e dia se transformam em outra coisa. Naquela imensa boate que pretende expandir o seu plano de existência, seu tempo infinito, sobre a vida e a cidade, construída em uma antiga fábrica − uma antiga usina de energia nazista −, todo tipo de figura da noite se encontra, em uma festa fantástica alucinada que deseja não terminar jamais.
     À luz da vida tecno¹ avançada, as ideias tradicionais de dia e de noite se revelam mais frágeis, bem mais insólitas do que a vida cotidiana sob o regime da produção nos leva a crer. Para alguns, o mundo do dia se tornará definitivamente vazio e apenas a noite excitada e veloz vai concentrar em si o valor do que é vivo.
    Naquela boate, como em muitas outras, tudo se encerra apenas quando o efeito prolongado e sistemático da droga se encerra. Como uma pausa para respirar, às vezes tendo passado muitos dias entre uma jornada de diversão e sua suspensão momentânea. Para muitos, apenas pelo tempo mínimo da reposição das forças até a próxima jornada, extenuante, sem fim, pela política imaginária da noite.
      E, ainda mais. Para outros tantos, o próprio efeito da droga sob a pulsação infinita da música eletrônica, experiência programática e enfeitiçada, não deveria se encerrar jamais: estes estariam destinados ao projeto de dissolução na pulsação sem eu da música tecno, seja a dissolução do espírito, em uma infantilização sem fim para os embates materiais da vida, seja a dissolução do corpo, ambos igualmente reais. De fato, após uma noite de vida tecno, é forte a experiência radical de vazio que se torna o espírito do dia. A energia foi imensamente gasta à noite. Foi devastada, tornando o dia vazio de objeto, porém vivo. Vivo no vazio, muito bem articulado à busca pelo excedente absoluto de mais tarde, à noite.

(A música do tempo infinito, 2012. Adaptado.)

¹tecno: estilo de música eletrônica.
A
as ruas perto da boate ficam vazias durante as noites porque todos estão dentro da casa.
B
os conceitos de dia e de noite, ligados ao mundo natural, podem ser relativizados pelas construções humanas, como a boate.
C
é possível distinguir dia e noite, mesmo num ambiente fechado como a boate.
D
há frequentadores da boate que consideram que tudo o que é externo à casa não tem qualquer valor.
E
algumas pessoas preferem entrar na boate apenas durante a noite, ainda que a casa fique aberta o tempo todo.
ea33b968-d7
FAMERP 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Segundo o texto, o uso de drogas na boate

Leia o texto de Tales Ab´Sáber para responder à questão.

    Há em Berlim uma casa que nunca fecha. Aquela noite que não termina jamais pode de fato começar a qualquer momento do dia, às sete da manhã ou ainda às dez. Lá todos os tempos se estendem e noite e dia se transformam em outra coisa. Naquela imensa boate que pretende expandir o seu plano de existência, seu tempo infinito, sobre a vida e a cidade, construída em uma antiga fábrica − uma antiga usina de energia nazista −, todo tipo de figura da noite se encontra, em uma festa fantástica alucinada que deseja não terminar jamais.
     À luz da vida tecno¹ avançada, as ideias tradicionais de dia e de noite se revelam mais frágeis, bem mais insólitas do que a vida cotidiana sob o regime da produção nos leva a crer. Para alguns, o mundo do dia se tornará definitivamente vazio e apenas a noite excitada e veloz vai concentrar em si o valor do que é vivo.
    Naquela boate, como em muitas outras, tudo se encerra apenas quando o efeito prolongado e sistemático da droga se encerra. Como uma pausa para respirar, às vezes tendo passado muitos dias entre uma jornada de diversão e sua suspensão momentânea. Para muitos, apenas pelo tempo mínimo da reposição das forças até a próxima jornada, extenuante, sem fim, pela política imaginária da noite.
      E, ainda mais. Para outros tantos, o próprio efeito da droga sob a pulsação infinita da música eletrônica, experiência programática e enfeitiçada, não deveria se encerrar jamais: estes estariam destinados ao projeto de dissolução na pulsação sem eu da música tecno, seja a dissolução do espírito, em uma infantilização sem fim para os embates materiais da vida, seja a dissolução do corpo, ambos igualmente reais. De fato, após uma noite de vida tecno, é forte a experiência radical de vazio que se torna o espírito do dia. A energia foi imensamente gasta à noite. Foi devastada, tornando o dia vazio de objeto, porém vivo. Vivo no vazio, muito bem articulado à busca pelo excedente absoluto de mais tarde, à noite.

(A música do tempo infinito, 2012. Adaptado.)

¹tecno: estilo de música eletrônica.
A
tem importância secundária, na medida em que as pessoas estão ali para viver a experiência proporcionada pela música.
B
funciona como uma espécie de medida do tempo: o fim do efeito da droga no organismo determina, para alguns, o encerramento da experiência na boate.
C
é uma expressão do que há de mais errado em nossa sociedade, assim como foi o nazismo, que ocupou em outra época as instalações da casa.
D
ultrapassa os limites do razoável e poderia ser regrado a fim de que as pessoas não perdessem as noções de tempo e os limites da própria subjetividade.
E
simboliza uma necessidade de nossa sociedade como um todo: é preciso falar de drogas sem hipocrisia.
ea373bc8-d7
FAMERP 2016 - Português - Análise sintática, Sintaxe, Morfologia

“Há em Berlim uma casa que nunca fecha.” (1° parágrafo)

No período em que está inserida, a oração destacada tem valor e função, respectivamente, de

Leia o texto de Tales Ab´Sáber para responder à questão.

    Há em Berlim uma casa que nunca fecha. Aquela noite que não termina jamais pode de fato começar a qualquer momento do dia, às sete da manhã ou ainda às dez. Lá todos os tempos se estendem e noite e dia se transformam em outra coisa. Naquela imensa boate que pretende expandir o seu plano de existência, seu tempo infinito, sobre a vida e a cidade, construída em uma antiga fábrica − uma antiga usina de energia nazista −, todo tipo de figura da noite se encontra, em uma festa fantástica alucinada que deseja não terminar jamais.
     À luz da vida tecno¹ avançada, as ideias tradicionais de dia e de noite se revelam mais frágeis, bem mais insólitas do que a vida cotidiana sob o regime da produção nos leva a crer. Para alguns, o mundo do dia se tornará definitivamente vazio e apenas a noite excitada e veloz vai concentrar em si o valor do que é vivo.
    Naquela boate, como em muitas outras, tudo se encerra apenas quando o efeito prolongado e sistemático da droga se encerra. Como uma pausa para respirar, às vezes tendo passado muitos dias entre uma jornada de diversão e sua suspensão momentânea. Para muitos, apenas pelo tempo mínimo da reposição das forças até a próxima jornada, extenuante, sem fim, pela política imaginária da noite.
      E, ainda mais. Para outros tantos, o próprio efeito da droga sob a pulsação infinita da música eletrônica, experiência programática e enfeitiçada, não deveria se encerrar jamais: estes estariam destinados ao projeto de dissolução na pulsação sem eu da música tecno, seja a dissolução do espírito, em uma infantilização sem fim para os embates materiais da vida, seja a dissolução do corpo, ambos igualmente reais. De fato, após uma noite de vida tecno, é forte a experiência radical de vazio que se torna o espírito do dia. A energia foi imensamente gasta à noite. Foi devastada, tornando o dia vazio de objeto, porém vivo. Vivo no vazio, muito bem articulado à busca pelo excedente absoluto de mais tarde, à noite.

(A música do tempo infinito, 2012. Adaptado.)

¹tecno: estilo de música eletrônica.
A
advérbio e adjunto adverbial.
B
substantivo e sujeito.
C
adjetivo e adjunto adnominal.
D
substantivo e objeto direto.
E
adjetivo e predicativo.
ea3aa546-d7
FAMERP 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No mundo contemporâneo, a representação política é

Leia o texto de Carlos Ranulfo Melo para responder à questão.

Corrupção eleitoral

    As democracias contemporâneas são arranjos representativos. A representação foi a “solução encontrada” para um dilema. Tão logo firmado o princípio da igualdade política entre os indivíduos, regimes políticos baseados na tradição, na origem de classe ou na condição de status perderam a legitimidade. Por outro lado, o tamanho das sociedades e a complexidade cada vez maior das questões em discussão – demandando acesso a informações, disponibilidade de tempo e condições de negociação – tornaram proibitiva a ideia de que todos participassem das decisões a serem coletivizadas. A escolha de um corpo de representantes em eleições livres, justas e periódicas – e que incluam a todo o eleitorado adulto – passou a ser algo que, sem esgotar a noção contemporânea de democracia, firmou-se como sua pedra angular. Ao se dirigirem às urnas os cidadãos reafirmam sua condição de igualdade perante um ato fundamental do Estado. Ao organizar as eleições e transformar os votos em postos executivos e/ou legislativos, o aparato institucional das democracias permite que, em maior ou menor grau, os mais diversos interesses, opiniões e valores sejam vocalizados no curso do processo decisório. Tal processo, no entanto, pode apresentar problemas que ameacem corromper o corpo político constituído, comprometendo sua legitimidade e diminuindo sua capacidade de oferecer à coletividade os resultados esperados.
     A corrupção eleitoral ou a reiterada incidência de fenômenos capazes de desvirtuar o processo de constituição de um corpo de representantes sempre significou um problema para as democracias. A condição para que seu enfrentamento se tornasse possível foi a constituição de uma Justiça Eleitoral dotada de autonomia face aos poderes político e econômico, com recursos suficientes para organizar e poderes necessários para regulamentar os processos eleitorais. Mas mesmo as democracias consolidadas não conseguiram impedir de forma cabal que determinados interesses pudessem, utilizando os recursos que tivessem à mão, obter vantagens diferenciadas em função de sua participação nas eleições.

(Corrupção, 2008. Adaptado.)
A
o modo encontrado pelas democracias para, em sociedades grandes e com questões complexas, garantir a participação na vida pública de todo o eleitorado adulto.
B
o caminho encontrado pelas democracias para garantir aos cidadãos os direitos especiais baseados na tradição e na origem de classe de cada eleitor.
C
um discurso que, em sua superfície, defende a inclusão de todos os cidadãos no processo político, mas que esconde o interesse de perpetuar os processos de corrupção no Estado.
D
uma alternativa viável, mas difícil de implantar, aos processos de corrupção que ocupam o Estado e todo o espaço público como se eles fossem propriedade privada.
E
a maneira de eliminar a necessidade de uma Justiça Eleitoral, com poderes autônomos, o que geraria a possibilidade de corrupção no Estado.
ea3f4202-d7
FAMERP 2016 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Ao se dirigirem às urnas os cidadãos reafirmam sua condição de igualdade perante um ato fundamental do Estado.” (1° parágrafo)

Em seu contexto, o verbo destacado, na forma em que foi empregado, indica uma ação

Leia o texto de Carlos Ranulfo Melo para responder à questão.

Corrupção eleitoral

    As democracias contemporâneas são arranjos representativos. A representação foi a “solução encontrada” para um dilema. Tão logo firmado o princípio da igualdade política entre os indivíduos, regimes políticos baseados na tradição, na origem de classe ou na condição de status perderam a legitimidade. Por outro lado, o tamanho das sociedades e a complexidade cada vez maior das questões em discussão – demandando acesso a informações, disponibilidade de tempo e condições de negociação – tornaram proibitiva a ideia de que todos participassem das decisões a serem coletivizadas. A escolha de um corpo de representantes em eleições livres, justas e periódicas – e que incluam a todo o eleitorado adulto – passou a ser algo que, sem esgotar a noção contemporânea de democracia, firmou-se como sua pedra angular. Ao se dirigirem às urnas os cidadãos reafirmam sua condição de igualdade perante um ato fundamental do Estado. Ao organizar as eleições e transformar os votos em postos executivos e/ou legislativos, o aparato institucional das democracias permite que, em maior ou menor grau, os mais diversos interesses, opiniões e valores sejam vocalizados no curso do processo decisório. Tal processo, no entanto, pode apresentar problemas que ameacem corromper o corpo político constituído, comprometendo sua legitimidade e diminuindo sua capacidade de oferecer à coletividade os resultados esperados.
     A corrupção eleitoral ou a reiterada incidência de fenômenos capazes de desvirtuar o processo de constituição de um corpo de representantes sempre significou um problema para as democracias. A condição para que seu enfrentamento se tornasse possível foi a constituição de uma Justiça Eleitoral dotada de autonomia face aos poderes político e econômico, com recursos suficientes para organizar e poderes necessários para regulamentar os processos eleitorais. Mas mesmo as democracias consolidadas não conseguiram impedir de forma cabal que determinados interesses pudessem, utilizando os recursos que tivessem à mão, obter vantagens diferenciadas em função de sua participação nas eleições.

(Corrupção, 2008. Adaptado.)
A
usual, reiterada, no passado.
B
habitual, regular.
C
feita no instante em que o enunciado é apresentado.
D
contínua, extensa, no presente.
E
pontual, corriqueira, ordinária e sem importância.
ea26d4cc-d7
FAMERP 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Uma relação correta entre o trecho apresentado e o movimento literário em que O cortiço está inserido é:

Leia o trecho do romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, para responder à questão.

    Junto dela pôs-se a trabalhar a Leocádia, mulher de um ferreiro chamado Bruno, portuguesa pequena e socada, de carnes duras, com uma fama terrível de leviana entre suas vizinhas.
    Seguia-se a Paula, uma cabocla velha, meio idiota, a quem respeitavam todos pelas virtudes de que só ela dispunha para benzer erisipelas e cortar febres por meio de rezas e feitiçarias. Era extremamente feia, grossa, triste, com olhos desvairados, dentes cortados à navalha, formando ponta, como dentes de cão, cabelos lisos, escorridos e ainda retintos apesar da idade. Chamavam-lhe “Bruxa”.
     Depois seguiam-se a Marciana e mais a sua filha Florinda. A primeira, mulata antiga, muito séria e asseada em exagero: a sua casa estava sempre úmida das consecutivas lavagens. Em lhe apanhando o mau humor punha-se logo a espanar, a varrer febrilmente, e, quando a raiva era grande, corria a buscar um balde de água e descarregava-o com fúria pelo chão da sala. A filha tinha quinze anos, a pele de um moreno quente, beiços sensuais, bonitos dentes, olhos luxuriosos de macaca. Toda ela estava a pedir homem, mas sustentava ainda a sua virgindade e não cedia, nem à mão de Deus Padre, aos rogos de João Romão, que a desejava apanhar a troco de pequenas concessões na medida e no peso das compras que Florinda fazia diariamente à venda.

(O cortiço, 2007.)
A
a referência cuidadosa e delicada à sexualidade dos personagens é parte de um esforço, típico do Realismo, para apresentar o ser humano em sua totalidade sem sobrecarregar um de seus aspectos.
B
a caracterização dos personagens como indivíduos únicos e isolados da coletividade, deixando em segundo plano suas relações sociais, é um traço típico do Naturalismo.
C
a preferência dos personagens pela razão e seu desprezo pela fé, em uma estratégia para valorizar a ciência e a objetividade e desvalorizar a religião, são características do Realismo.
D
a valorização da vida perto da natureza, com personagens que abrem mão dos métodos e dos objetos frutos da tecnologia para se ligarem à tranquilidade de uma vida sem máquinas, é uma característica do Naturalismo.
E
a descrição das características vulgares dos personagens e a frequente associação entre homens e animais, que ajudam a estabelecer uma concepção biológica do mundo, são características do Naturalismo.
ea1cec79-d7
FAMERP 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A imagem da “rosa”

Leia o poema de Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa, para responder à questão.

As rosas amo dos jardins de Adônis,
Essas volucres¹ amo, Lídia, rosas,
Que em o dia em que nascem,
Em esse dia morrem.
A luz para elas é eterna, porque
Nascem nascido já o sol, e acabam
Antes que Apolo deixe
O seu curso visível.
Assim façamos nossa vida um dia,
Inscientes, Lídia, voluntariamente
Que há noite antes e após
O pouco que duramos.

(O guardador de rebanhos e outros poemas, 1997.)

¹volucre: que tem vida curta. 
A
simboliza toda a natureza, com a qual o eu lírico está envolvido e da qual ele depende para que sua vida seja satisfatória.
B
representa a delicadeza e a beleza do amor que o eu lírico sente, declara e tem a intenção de dividir com sua amada.
C
apresenta a ideia da efemeridade da vida a fim de defender que cada dia deve ser aproveitado sem preocupações com o passado ou com o futuro.
D
substitui inicialmente a imagem da mulher amada, Lídia, a fim de enaltecer sua beleza.
E
colabora para definir uma perspectiva de mundo centrada no indivíduo, a flor, deixando a coletividade, o jardim, em segundo plano.
ea226328-d7
FAMERP 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No poema, está presente a seguinte característica do heterônimo Ricardo Reis:

Leia o poema de Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa, para responder à questão.

As rosas amo dos jardins de Adônis,
Essas volucres¹ amo, Lídia, rosas,
Que em o dia em que nascem,
Em esse dia morrem.
A luz para elas é eterna, porque
Nascem nascido já o sol, e acabam
Antes que Apolo deixe
O seu curso visível.
Assim façamos nossa vida um dia,
Inscientes, Lídia, voluntariamente
Que há noite antes e após
O pouco que duramos.

(O guardador de rebanhos e outros poemas, 1997.)

¹volucre: que tem vida curta. 
A
elogio da noite e das facetas noturnas do ser humano.
B
valorização de relações interpessoais que criticam as normas da sociedade.
C
tematização das relações amorosas em uma abordagem ultrarromântica.
D
entendimento da vida como algo que ultrapassa a morte física.
E
alusões positivas ao mundo clássico.
982a55f2-d7
FAMERP 2017 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Os pronomes oblíquos assumem, geralmente, a função de complementos verbais. Em “projeta-o” (2ª estrofe) e “Demore-a” (4ª estrofe), os pronomes oblíquos referem-se, respectivamente, aos termos

Leia o poema “A última nau”, da obra Mensagem, de Fernando Pessoa, para responder à questão.

Levando a bordo El-Rei D. Sebastião,
E erguendo, como um nome, alto o pendão
Do Império,
Foi-se a última nau, ao sol aziago1
Erma2 , e entre choros de ânsia e de pressago3
Mistério.

Não voltou mais. A que ilha indescoberta
Aportou? Voltará da sorte incerta
Que teve?
Deus guarda o corpo e a forma do futuro,
Mas Sua luz projeta-o, sonho escuro
E breve.

Ah, quanto mais ao povo a alma falta,
Mais a minha alma atlântica se exalta
E entorna,
E em mim, num mar que não tem tempo ou spaço,
Vejo entre a cerração teu vulto baço
Que torna.

Não sei a hora, mas sei que há a hora,
Demore-a Deus, chame-lhe a alma embora
Mistério.
Surges ao sol em mim, e a névoa finda:
A mesma, e trazes o pendão ainda
Do Império.

(Obra poética, 1987.)
1aziago: funesto.
2erma: solitária.
3pressago: presságio.
A
“Deus” e “alma”.
B
“sol” e “nau”.
C
“corpo” e “hora”.
D
“Mistério” e “cerração”.
E
“Império” e “névoa”.
98266203-d7
FAMERP 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação ao poema “A última nau”, pode-se afirmar que:

Leia o poema “A última nau”, da obra Mensagem, de Fernando Pessoa, para responder à questão.

Levando a bordo El-Rei D. Sebastião,
E erguendo, como um nome, alto o pendão
Do Império,
Foi-se a última nau, ao sol aziago1
Erma2 , e entre choros de ânsia e de pressago3
Mistério.

Não voltou mais. A que ilha indescoberta
Aportou? Voltará da sorte incerta
Que teve?
Deus guarda o corpo e a forma do futuro,
Mas Sua luz projeta-o, sonho escuro
E breve.

Ah, quanto mais ao povo a alma falta,
Mais a minha alma atlântica se exalta
E entorna,
E em mim, num mar que não tem tempo ou spaço,
Vejo entre a cerração teu vulto baço
Que torna.

Não sei a hora, mas sei que há a hora,
Demore-a Deus, chame-lhe a alma embora
Mistério.
Surges ao sol em mim, e a névoa finda:
A mesma, e trazes o pendão ainda
Do Império.

(Obra poética, 1987.)
1aziago: funesto.
2erma: solitária.
3pressago: presságio.
A
na batalha de Alcácer Quibir, a névoa foi a causa da derrota portuguesa.
B
erguido o alto pendão, os portugueses partiram com a certeza da vitória.
C
entre a cerração, o vulto baço que torna é o de El-Rei D. Sebastião.
D
do alto de seu Império, El-Rei D. Sebastião assistiu à partida da última nau.
E
entre os portugueses, o retorno de El-Rei D. Sebastião tem hora marcada.
98216b30-d7
FAMERP 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Segundo Modesto Carone, o trecho que melhor ilustra a última fase da poesia de João Cabral é:

Leia um trecho do ensaio de Modesto Carone para responder à questão.

    É fato sabido que a trajetória de João Cabral começa num surrealismo despojado da escrita automática, passa pelo ardor da construção e da lucidez, discute a pureza e a decantação da poesia antilírica e, descartando a desconfiança (então em moda) quanto à possibilidade de dizer o mundo e os seus conflitos, assume, de Morte e vida severina em diante, o lado sujo da miséria do Nordeste.
(Modesto Carone. “Severinos e comendadores”. In: Roberto Schwarz (org). Os pobres na literatura brasileira, 1983.)
A
O mar, que só preza a pedra,
que faz de coral suas árvores,
luta por curar os ossos
da doença de possuir carne,
B
Sobre o lado ímpar da memória
o anjo da guarda esqueceu
perguntas que não se respondem.
C
Com peixes e cavalos sonâmbulos
pintas a obscura metafísica
do limbo.
D
Ó face sonhada
de um silêncio de lua,
na noite da lâmpada
pressinto a tua.
E
As nuvens são cabelos
crescendo como rios;
são os gestos brancos
da cantora muda;
981d3f5a-d7
FAMERP 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Conforme o comentário de Modesto Carone, João Cabral

Leia um trecho do ensaio de Modesto Carone para responder à questão.

    É fato sabido que a trajetória de João Cabral começa num surrealismo despojado da escrita automática, passa pelo ardor da construção e da lucidez, discute a pureza e a decantação da poesia antilírica e, descartando a desconfiança (então em moda) quanto à possibilidade de dizer o mundo e os seus conflitos, assume, de Morte e vida severina em diante, o lado sujo da miséria do Nordeste.
(Modesto Carone. “Severinos e comendadores”. In: Roberto Schwarz (org). Os pobres na literatura brasileira, 1983.)
A
afastou-se da poesia antilírica, por considerá-la impura e decantada.
B
praticou o que a crítica literária chama, hoje, de “poesia suja”.
C
explorou, ao longo da fase inicial de sua poesia, a escrita automática.
D

duvidou da poesia engajada, notadamente depois de Morte e vida severina.

E
ignorou a desconfiança que foi moda em relação à poesia de crítica social.
9817f0d7-d7
FAMERP 2017 - Português - Análise sintática, Sintaxe

Em “mas em cada aspecto aparecerá o traço fundamental do autor” (1º parágrafo), a expressão em destaque exerce a mesma função sintática da expressão destacada em:

Leia um trecho do ensaio de Antonio Candido para responder à questão.

    Na extraordinária obra-prima Grande sertão: veredas há de tudo para quem souber ler, e nela tudo é forte, belo, impecavelmente realizado. Cada um poderá abordá-la a seu gosto, conforme o seu ofício; mas em cada aspecto aparecerá o traço fundamental do autor: a absoluta confiança na liberdade de inventar.
    Numa literatura de imaginação vasqueira, onde a maioria costeia o documento bruto, é deslumbrante essa navegação no mar alto, esse jorro de imaginação criadora na linguagem, na composição, no enredo, na psicologia.
(Antonio Candido. Tese e antítese, 1971.)
A
“nela tudo é forte, belo, impecavelmente realizado” (1º parágrafo).
B
Cada um poderá abordá-la a seu gosto, conforme o seu ofício” (1º parágrafo).
C
“Na extraordinária obra-prima Grande Sertão: Veredasde tudo para quem souber ler” (1º parágrafo).
D
Na extraordinária obra-prima Grande Sertão: Veredas há de tudo para quem souber ler” (1º parágrafo).
E
“onde a maioria costeia o documento bruto” (2º parágrafo).
9813d41c-d7
FAMERP 2017 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Em “Numa literatura de imaginação vasqueira, onde a maioria costeia o documento bruto, é deslumbrante essa navegação no mar alto” (2º parágrafo), o termo destacado, mantendo-se o sentido do texto, pode ser substituído por:

Leia um trecho do ensaio de Antonio Candido para responder à questão.

    Na extraordinária obra-prima Grande sertão: veredas há de tudo para quem souber ler, e nela tudo é forte, belo, impecavelmente realizado. Cada um poderá abordá-la a seu gosto, conforme o seu ofício; mas em cada aspecto aparecerá o traço fundamental do autor: a absoluta confiança na liberdade de inventar.
    Numa literatura de imaginação vasqueira, onde a maioria costeia o documento bruto, é deslumbrante essa navegação no mar alto, esse jorro de imaginação criadora na linguagem, na composição, no enredo, na psicologia.
(Antonio Candido. Tese e antítese, 1971.)
A
profunda.
B
eloquente.
C
escassa.
D
criativa.
E
vivaz.
980f6536-d7
FAMERP 2017 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem


(Quino. Toda Mafalda, 2012. Adaptado.)

O autor inseriu no balão do último quadrinho uma fala que exemplifica o conceito de metonímia (figura de linguagem baseada numa relação de proximidade). Essa fala é:

A
Bem!... Vai ver que em vez de mente meu pai quis dizer cabeça.
B
Se é assim, por que você fica fora do ar, de vez em quando?
C
Filipe... Você acha, então, que o meu pai mente?
D
Olhei pelo buraco do seu ouvido e não vi nada...
E
Pra você, com esse topete que parece uma antena, é fácil!
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FAMERP 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Para orientar sua fala na entrevista, Lira Neto estabeleceu uma relação de equivalência entre:

Leia um trecho do artigo de Lira Neto para responder à questão.

    [...] dia desses, uma equipe de reportagem de um canal por assinatura veio até minha casa para me entrevistar sobre a Era Vargas. O repórter que conduziria a conversa advertiu- -me, antes de o operador ligar a câmera: “Pense que nosso telespectador típico é aquele sujeito esparramado no sofá, com uma lata de cerveja numa mão e o controle remoto na outra, que esbarrou na nossa reportagem por acaso, durante o intervalo de um filme de ação”, detalhou. “É para esse cara que você vai falar; pense nele como alguém com a idade mental de 14 anos.”
    Sou cortês, mas tenho meus limites. Quase enxotei o colega porta afora, aos pontapés. Respirei fundo e procurei ser didático, sem me esforçar para parecer que estava falando com o Homer Simpson postado ali do outro lado da lente. Afinal, como pai de duas crianças, acredito que há uma enorme distância entre o didatismo e o discurso toleirão, entre a clareza e a parvoíce.
(“A TV virou um dinossauro”. Folha de S.Paulo, 09.07.2017.)
A
idade mental e limites / pai e crianças.
B
reportagem e canal por assinatura / Era Vargas e conversa.
C
repórter e operador / telespectador e sujeito.
D
lata de cerveja e controle remoto / intervalo e filme.
E
didatismo e clareza / discurso toleirão e parvoíce.
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FAMERP 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A leitura do trecho permite afirmar que Lira Neto

Leia um trecho do artigo de Lira Neto para responder à questão.

    [...] dia desses, uma equipe de reportagem de um canal por assinatura veio até minha casa para me entrevistar sobre a Era Vargas. O repórter que conduziria a conversa advertiu- -me, antes de o operador ligar a câmera: “Pense que nosso telespectador típico é aquele sujeito esparramado no sofá, com uma lata de cerveja numa mão e o controle remoto na outra, que esbarrou na nossa reportagem por acaso, durante o intervalo de um filme de ação”, detalhou. “É para esse cara que você vai falar; pense nele como alguém com a idade mental de 14 anos.”
    Sou cortês, mas tenho meus limites. Quase enxotei o colega porta afora, aos pontapés. Respirei fundo e procurei ser didático, sem me esforçar para parecer que estava falando com o Homer Simpson postado ali do outro lado da lente. Afinal, como pai de duas crianças, acredito que há uma enorme distância entre o didatismo e o discurso toleirão, entre a clareza e a parvoíce.
(“A TV virou um dinossauro”. Folha de S.Paulo, 09.07.2017.)
A
não pôde dizer aquilo que realmente pensava.
B
pensou em citar uma personagem de desenho animado.
C
imaginou que o repórter se parecia com Homer Simpson.
D
utilizou os filhos como parâmetro para o conteúdo de sua fala.
E
criou uma distância necessária com o telespectador.
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FAMERP 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Segundo o repórter, o telespectador típico

Leia um trecho do artigo de Lira Neto para responder à questão.

    [...] dia desses, uma equipe de reportagem de um canal por assinatura veio até minha casa para me entrevistar sobre a Era Vargas. O repórter que conduziria a conversa advertiu- -me, antes de o operador ligar a câmera: “Pense que nosso telespectador típico é aquele sujeito esparramado no sofá, com uma lata de cerveja numa mão e o controle remoto na outra, que esbarrou na nossa reportagem por acaso, durante o intervalo de um filme de ação”, detalhou. “É para esse cara que você vai falar; pense nele como alguém com a idade mental de 14 anos.”
    Sou cortês, mas tenho meus limites. Quase enxotei o colega porta afora, aos pontapés. Respirei fundo e procurei ser didático, sem me esforçar para parecer que estava falando com o Homer Simpson postado ali do outro lado da lente. Afinal, como pai de duas crianças, acredito que há uma enorme distância entre o didatismo e o discurso toleirão, entre a clareza e a parvoíce.
(“A TV virou um dinossauro”. Folha de S.Paulo, 09.07.2017.)
A
tem dificuldade para entender a Era Vargas.
B
é imaturo.
C
é capaz de entender qualquer explicação.
D
evita mudar de canal.
E
busca informações históricas ao acaso.
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FAMERP 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com base na leitura do texto, é correto afirmar que a filosofia

Leia o texto de Oswaldo Porchat Pereira para responder às questão.


    A experiência do cotidiano nos brinda sempre com anomalias, incongruências, contradições. E, quando tentamos explicá-las, explicações à primeira vista razoáveis acabam por revelar-se insatisfatórias após exame mais acurado. A natureza das coisas e dos eventos não nos parece facilmente inteligível. As opiniões e os pontos de vista dos homens são dificilmente conciliáveis ou, mesmo, uns com os outros inconsistentes. Consensos porventura emergentes se mostram provisórios e precários. Quem sente a necessidade de pensar com um espírito mais crítico e tenta melhor compreender, essa diversidade toda o desnorteia.
   Talvez a maioria dos homens conviva bem com esse espetáculo da anomalia mundana. Uns poucos não o conseguem e essa experiência muito os perturba. Alguns destes se fazem filósofos e buscam na filosofia o fim dessa perturbação e a tranquilidade de espírito. Uma tranquilidade de espírito que esperam obter, por exemplo, graças à posse da verdade. A filosofia lhes promete explicar o mundo, dar conta da experiência cotidiana, dissipar as contradições, afastar as névoas da incompreensão. Revelando o ser, que o aparecer oculta; ou, se isso não for possível, desvendando os mistérios do conhecimento e deste delineando a natureza e os precisos limites; ou, pelo menos, esclarecendo a natureza e a função de nossa humana linguagem, na qual dizemos o mundo e formulamos os problemas da filosofia. A filosofia distingue e propõe-se ensinar-nos a distinguir entre verdade e falsidade, conhecimento e crença, ser e aparência, sujeito e objeto, representação e representado, além de muitas outras distinções.
    Mas a filosofia não nos dá o que nos prometera e buscáramos nela. Muito pelo contrário, o que ela nos descobre é uma extraordinária diversidade de posições e pontos de vista, totalmente incompatíveis uns com os outros e nunca conciliáveis. A discordância que divide o comum dos homens, nós a encontramos de novo nas filosofias, mas potencializada agora como ao infinito, de mil modos sofisticada num discurso arguto. Sobre coisa nenhuma se põem os filósofos de acordo, nem mesmo sobre o objeto, a natureza ou o método do próprio empreendimento de filosofar.

(Rumo ao ceticismo, 2006. Adaptado.)

     

A
revela inúmeras divergências de opiniões, cuja harmonização é impossível.
B
concilia os pontos de vista e as posições diferentes, aparentemente incompatíveis.
C
suprime as diferenças das opiniões, usuais na vida cotidiana.
D
dilui as divergências da vida cotidiana em explicações superficiais.
E
assegura a convergência entre os diferentes pontos de vista.