Questõesde FAMERP sobre Português
“Para alguns, o mundo do dia se tornará definitivamente vazio e apenas a noite excitada e veloz vai concentrar em si o
valor do que é vivo.” (2°
parágrafo)
Considerado em seu contexto, o trecho sugere que
Segundo o texto, o uso de drogas na boate
“Há em Berlim uma casa que nunca fecha.” (1°
parágrafo)
No período em que está inserida, a oração destacada tem
valor e função, respectivamente, de
No mundo contemporâneo, a representação política é
“Ao se dirigirem às urnas os cidadãos reafirmam sua condição de igualdade perante um ato fundamental do Estado.”
(1°
parágrafo)
Em seu contexto, o verbo destacado, na forma em que foi
empregado, indica uma ação
Uma relação correta entre o trecho apresentado e o movimento literário em que O cortiço está inserido é:
A imagem da “rosa”
No poema, está presente a seguinte característica do heterônimo Ricardo Reis:
Os pronomes oblíquos assumem, geralmente, a função de
complementos verbais. Em “projeta-o” (2ª
estrofe) e “Demore-a” (4ª estrofe), os pronomes oblíquos referem-se, respectivamente, aos termos
Levando a bordo El-Rei D. Sebastião,
E erguendo, como um nome, alto o pendão
Do Império,
Foi-se a última nau, ao sol aziago1
Erma2 , e entre choros de ânsia e de pressago3
Mistério.
Não voltou mais. A que ilha indescoberta
Aportou? Voltará da sorte incerta
Que teve?
Deus guarda o corpo e a forma do futuro,
Mas Sua luz projeta-o, sonho escuro
E breve.
Ah, quanto mais ao povo a alma falta,
Mais a minha alma atlântica se exalta
E entorna,
E em mim, num mar que não tem tempo ou spaço,
Vejo entre a cerração teu vulto baço
Que torna.
Não sei a hora, mas sei que há a hora,
Demore-a Deus, chame-lhe a alma embora
Mistério.
Surges ao sol em mim, e a névoa finda:
A mesma, e trazes o pendão ainda
Do Império.
2erma: solitária.
3pressago: presságio.
Em relação ao poema “A última nau”, pode-se afirmar que:
Levando a bordo El-Rei D. Sebastião,
E erguendo, como um nome, alto o pendão
Do Império,
Foi-se a última nau, ao sol aziago1
Erma2 , e entre choros de ânsia e de pressago3
Mistério.
Não voltou mais. A que ilha indescoberta
Aportou? Voltará da sorte incerta
Que teve?
Deus guarda o corpo e a forma do futuro,
Mas Sua luz projeta-o, sonho escuro
E breve.
Ah, quanto mais ao povo a alma falta,
Mais a minha alma atlântica se exalta
E entorna,
E em mim, num mar que não tem tempo ou spaço,
Vejo entre a cerração teu vulto baço
Que torna.
Não sei a hora, mas sei que há a hora,
Demore-a Deus, chame-lhe a alma embora
Mistério.
Surges ao sol em mim, e a névoa finda:
A mesma, e trazes o pendão ainda
Do Império.
2erma: solitária.
3pressago: presságio.
Segundo Modesto Carone, o trecho que melhor ilustra a última fase da poesia de João Cabral é:
Leia um trecho do ensaio de Modesto Carone para responder
à questão.
que faz de coral suas árvores,
luta por curar os ossos
da doença de possuir carne,
o anjo da guarda esqueceu
perguntas que não se respondem.
pintas a obscura metafísica
do limbo.
de um silêncio de lua,
na noite da lâmpada
pressinto a tua.
crescendo como rios;
são os gestos brancos
da cantora muda;
Conforme o comentário de Modesto Carone, João Cabral
Leia um trecho do ensaio de Modesto Carone para responder
à questão.
duvidou da poesia engajada, notadamente depois de Morte e vida severina.
Em “mas em cada aspecto aparecerá o traço fundamental
do autor” (1º
parágrafo), a expressão em destaque exerce a
mesma função sintática da expressão destacada em:
Em “Numa literatura de imaginação vasqueira, onde a maioria costeia o documento bruto, é deslumbrante essa navegação no mar alto” (2º parágrafo), o termo destacado, mantendo-se o sentido do texto, pode ser substituído por:
(Quino. Toda Mafalda, 2012. Adaptado.)
O autor inseriu no balão do último quadrinho uma fala que
exemplifica o conceito de metonímia (figura de linguagem baseada numa relação de proximidade). Essa fala é:
Para orientar sua fala na entrevista, Lira Neto estabeleceu
uma relação de equivalência entre:
A leitura do trecho permite afirmar que Lira Neto
Segundo o repórter, o telespectador típico
Com base na leitura do texto, é correto afirmar que a filosofia
Leia o texto de Oswaldo Porchat Pereira para responder às questão.
A experiência do cotidiano nos brinda sempre com anomalias, incongruências, contradições. E, quando tentamos
explicá-las, explicações à primeira vista razoáveis acabam
por revelar-se insatisfatórias após exame mais acurado. A natureza das coisas e dos eventos não nos parece facilmente
inteligível. As opiniões e os pontos de vista dos homens são
dificilmente conciliáveis ou, mesmo, uns com os outros inconsistentes. Consensos porventura emergentes se mostram
provisórios e precários. Quem sente a necessidade de pensar com um espírito mais crítico e tenta melhor compreender,
essa diversidade toda o desnorteia.
Talvez a maioria dos homens conviva bem com esse espetáculo da anomalia mundana. Uns poucos não o conseguem e essa experiência muito os perturba. Alguns destes se
fazem filósofos e buscam na filosofia o fim dessa perturbação
e a tranquilidade de espírito. Uma tranquilidade de espírito
que esperam obter, por exemplo, graças à posse da verdade.
A filosofia lhes promete explicar o mundo, dar conta da experiência cotidiana, dissipar as contradições, afastar as névoas
da incompreensão. Revelando o ser, que o aparecer oculta;
ou, se isso não for possível, desvendando os mistérios do
conhecimento e deste delineando a natureza e os precisos
limites; ou, pelo menos, esclarecendo a natureza e a função
de nossa humana linguagem, na qual dizemos o mundo e
formulamos os problemas da filosofia. A filosofia distingue e
propõe-se ensinar-nos a distinguir entre verdade e falsidade, conhecimento e crença, ser e aparência, sujeito e objeto,
representação e representado, além de muitas outras distinções.
Mas a filosofia não nos dá o que nos prometera e buscáramos nela. Muito pelo contrário, o que ela nos descobre
é uma extraordinária diversidade de posições e pontos de
vista, totalmente incompatíveis uns com os outros e nunca
conciliáveis. A discordância que divide o comum dos homens,
nós a encontramos de novo nas filosofias, mas potencializada agora como ao infinito, de mil modos sofisticada num discurso arguto. Sobre coisa nenhuma se põem os filósofos de
acordo, nem mesmo sobre o objeto, a natureza ou o método
do próprio empreendimento de filosofar.
(Rumo ao ceticismo, 2006. Adaptado.)