Questão ea3aa546-d7
Prova:
Disciplina:
Assunto:
No mundo contemporâneo, a representação política é
No mundo contemporâneo, a representação política é
Leia o texto de Carlos Ranulfo Melo para responder à questão.
Corrupção eleitoral
As democracias contemporâneas são arranjos representativos. A representação foi a “solução encontrada” para
um dilema. Tão logo firmado o princípio da igualdade política
entre os indivíduos, regimes políticos baseados na tradição,
na origem de classe ou na condição de status perderam a
legitimidade. Por outro lado, o tamanho das sociedades e a
complexidade cada vez maior das questões em discussão –
demandando acesso a informações, disponibilidade de tempo e condições de negociação – tornaram proibitiva a ideia de
que todos participassem das decisões a serem coletivizadas.
A escolha de um corpo de representantes em eleições livres,
justas e periódicas – e que incluam a todo o eleitorado adulto
– passou a ser algo que, sem esgotar a noção contemporânea de democracia, firmou-se como sua pedra angular. Ao se
dirigirem às urnas os cidadãos reafirmam sua condição de
igualdade perante um ato fundamental do Estado. Ao organizar as eleições e transformar os votos em postos executivos
e/ou legislativos, o aparato institucional das democracias permite que, em maior ou menor grau, os mais diversos interesses, opiniões e valores sejam vocalizados no curso do processo decisório. Tal processo, no entanto, pode apresentar
problemas que ameacem corromper o corpo político constituído, comprometendo sua legitimidade e diminuindo sua capacidade de oferecer à coletividade os resultados esperados.
A corrupção eleitoral ou a reiterada incidência de fenômenos capazes de desvirtuar o processo de constituição de um
corpo de representantes sempre significou um problema para
as democracias. A condição para que seu enfrentamento se
tornasse possível foi a constituição de uma Justiça Eleitoral
dotada de autonomia face aos poderes político e econômico,
com recursos suficientes para organizar e poderes necessários para regulamentar os processos eleitorais. Mas mesmo
as democracias consolidadas não conseguiram impedir de
forma cabal que determinados interesses pudessem, utilizando os recursos que tivessem à mão, obter vantagens diferenciadas em função de sua participação nas eleições.
(Corrupção, 2008. Adaptado.)
Leia o texto de Carlos Ranulfo Melo para responder à questão.
Corrupção eleitoral
As democracias contemporâneas são arranjos representativos. A representação foi a “solução encontrada” para
um dilema. Tão logo firmado o princípio da igualdade política
entre os indivíduos, regimes políticos baseados na tradição,
na origem de classe ou na condição de status perderam a
legitimidade. Por outro lado, o tamanho das sociedades e a
complexidade cada vez maior das questões em discussão –
demandando acesso a informações, disponibilidade de tempo e condições de negociação – tornaram proibitiva a ideia de
que todos participassem das decisões a serem coletivizadas.
A escolha de um corpo de representantes em eleições livres,
justas e periódicas – e que incluam a todo o eleitorado adulto
– passou a ser algo que, sem esgotar a noção contemporânea de democracia, firmou-se como sua pedra angular. Ao se
dirigirem às urnas os cidadãos reafirmam sua condição de
igualdade perante um ato fundamental do Estado. Ao organizar as eleições e transformar os votos em postos executivos
e/ou legislativos, o aparato institucional das democracias permite que, em maior ou menor grau, os mais diversos interesses, opiniões e valores sejam vocalizados no curso do processo decisório. Tal processo, no entanto, pode apresentar
problemas que ameacem corromper o corpo político constituído, comprometendo sua legitimidade e diminuindo sua capacidade de oferecer à coletividade os resultados esperados.
A corrupção eleitoral ou a reiterada incidência de fenômenos capazes de desvirtuar o processo de constituição de um
corpo de representantes sempre significou um problema para
as democracias. A condição para que seu enfrentamento se
tornasse possível foi a constituição de uma Justiça Eleitoral
dotada de autonomia face aos poderes político e econômico,
com recursos suficientes para organizar e poderes necessários para regulamentar os processos eleitorais. Mas mesmo
as democracias consolidadas não conseguiram impedir de
forma cabal que determinados interesses pudessem, utilizando os recursos que tivessem à mão, obter vantagens diferenciadas em função de sua participação nas eleições.
(Corrupção, 2008. Adaptado.)
A
o modo encontrado pelas democracias para, em sociedades grandes e com questões complexas, garantir a
participação na vida pública de todo o eleitorado adulto.
B
o caminho encontrado pelas democracias para garantir
aos cidadãos os direitos especiais baseados na tradição
e na origem de classe de cada eleitor.
C
um discurso que, em sua superfície, defende a inclusão
de todos os cidadãos no processo político, mas que esconde o interesse de perpetuar os processos de corrupção no Estado.
D
uma alternativa viável, mas difícil de implantar, aos processos de corrupção que ocupam o Estado e todo o espaço
público como se eles fossem propriedade privada.
E
a maneira de eliminar a necessidade de uma Justiça Eleitoral, com poderes autônomos, o que geraria a possibilidade de corrupção no Estado.