Questão ea2aa1a9-d7
Prova:
Disciplina:
Assunto:
É correto afirmar que o narrador do texto assemelha-se a
É correto afirmar que o narrador do texto assemelha-se a
Leia o trecho do romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, para
responder à questão.
Junto dela pôs-se a trabalhar a Leocádia, mulher de um
ferreiro chamado Bruno, portuguesa pequena e socada, de
carnes duras, com uma fama terrível de leviana entre suas
vizinhas.
Seguia-se a Paula, uma cabocla velha, meio idiota, a
quem respeitavam todos pelas virtudes de que só ela dispunha para benzer erisipelas e cortar febres por meio de rezas
e feitiçarias. Era extremamente feia, grossa, triste, com olhos
desvairados, dentes cortados à navalha, formando ponta,
como dentes de cão, cabelos lisos, escorridos e ainda retintos apesar da idade. Chamavam-lhe “Bruxa”.
Depois seguiam-se a Marciana e mais a sua filha Florinda. A primeira, mulata antiga, muito séria e asseada em
exagero: a sua casa estava sempre úmida das consecutivas
lavagens. Em lhe apanhando o mau humor punha-se logo
a espanar, a varrer febrilmente, e, quando a raiva era grande, corria a buscar um balde de água e descarregava-o com
fúria pelo chão da sala. A filha tinha quinze anos, a pele de
um moreno quente, beiços sensuais, bonitos dentes, olhos
luxuriosos de macaca. Toda ela estava a pedir homem, mas
sustentava ainda a sua virgindade e não cedia, nem à mão
de Deus Padre, aos rogos de João Romão, que a desejava
apanhar a troco de pequenas concessões na medida e no
peso das compras que Florinda fazia diariamente à venda.
(O cortiço, 2007.)
Leia o trecho do romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, para
responder à questão.
Junto dela pôs-se a trabalhar a Leocádia, mulher de um
ferreiro chamado Bruno, portuguesa pequena e socada, de
carnes duras, com uma fama terrível de leviana entre suas
vizinhas.
Seguia-se a Paula, uma cabocla velha, meio idiota, a
quem respeitavam todos pelas virtudes de que só ela dispunha para benzer erisipelas e cortar febres por meio de rezas
e feitiçarias. Era extremamente feia, grossa, triste, com olhos
desvairados, dentes cortados à navalha, formando ponta,
como dentes de cão, cabelos lisos, escorridos e ainda retintos apesar da idade. Chamavam-lhe “Bruxa”.
Depois seguiam-se a Marciana e mais a sua filha Florinda. A primeira, mulata antiga, muito séria e asseada em
exagero: a sua casa estava sempre úmida das consecutivas
lavagens. Em lhe apanhando o mau humor punha-se logo
a espanar, a varrer febrilmente, e, quando a raiva era grande, corria a buscar um balde de água e descarregava-o com
fúria pelo chão da sala. A filha tinha quinze anos, a pele de
um moreno quente, beiços sensuais, bonitos dentes, olhos
luxuriosos de macaca. Toda ela estava a pedir homem, mas
sustentava ainda a sua virgindade e não cedia, nem à mão
de Deus Padre, aos rogos de João Romão, que a desejava
apanhar a troco de pequenas concessões na medida e no
peso das compras que Florinda fazia diariamente à venda.
(O cortiço, 2007.)
A
um pintor atento às cores, às luzes e as sombras, dedicado a formalizar com inspiração as sensações que o
mundo lhe imprime.
B
um historiador preocupado com o caráter documental do
que escreve, atento à relevância histórica dos fatos narrados.
C
um ourives, construindo um universo de personagens de
maneira equilibrada, de modo a valorizar o objeto artístico como se fosse uma joia.
D
um professor em um momento de orientação moral de
seus alunos, ensinando-lhes a se comportarem adequadamente
E
um cientista em um laboratório a dissecar e classificar
os diversos aspectos dos personagens como se fossem
objetos de uma análise científica.