Questõessobre Literatura
Instrução: A questão refere-se a obra As meninas, de Lygia Fagundes Telles.
Leia o fragmento a seguir da obra, em que a personagem Lia conversa com o motorista de Lorena.
- A filha também lhe da alegria? Ele demora na resposta. Vejo sua boca entortar. - Essa moda que
vocês tem, essa de liberdade. Cismou de andar solta demais e não topo isso. Agora inventou de
estudar de novo. Entrou num curso de madureza.
- E isso não e bom? - S6 sei que antes de fechar os olhos quero ver a garota casada, e s6 o que
peço a Deus. Ver ela casada.
- Garantida, o senhor quer dizer. Mas ela pode estudar, ter uma profissão e casar também, não e
mais garantido assim? Se casar errado, fica desempregada. Mais velha, com filhos, entende [ ... ].
- A Loreninha também fala assim mas vocês são de família rica, podem ter esses luxos. Minha filha
e moça pobre e lugar de moça pobre e em casa, com o marido, com os filhos. Estudar s6 serve pra
atrapalhar a cabeça dela quando estiver lavando roupa no tanque.
Considere as afirmac;6es abaixo, a respeito da situação da mulher, tema ilustrado no fragmento acima
e presente em outros momentos do romance.
I - 0 discurso do motorista e exemplo de postura patriarcalista, que desaprova a liberdade da mulher,
especialmente se ela for de classe baixa, pois a maior aspiração que ela pode ter na vida e o
casamento.
II - A sexualidade feminina não e tema tratado no romance, aparecendo apenas de modo difuso, a
fim de escapar da censura vigente a época de sua publicação, em 1973.
III- As ideias de Lia mostram sua postura libertaria em relação ao papel da mulher na sociedade,
contrariando as vis6es estereotipadas que a reduzem a um ser passivo e dependente dos homens.
Quais estao corretas?
Instrução: A questão refere-se a obra As meninas, de Lygia Fagundes Telles.
Leia o fragmento a seguir da obra, em que a personagem Lia conversa com o motorista de Lorena.
- A filha também lhe da alegria? Ele demora na resposta. Vejo sua boca entortar. - Essa moda que vocês tem, essa de liberdade. Cismou de andar solta demais e não topo isso. Agora inventou de estudar de novo. Entrou num curso de madureza.
- E isso não e bom? - S6 sei que antes de fechar os olhos quero ver a garota casada, e s6 o que peço a Deus. Ver ela casada.
- Garantida, o senhor quer dizer. Mas ela pode estudar, ter uma profissão e casar também, não e mais garantido assim? Se casar errado, fica desempregada. Mais velha, com filhos, entende [ ... ].
- A Loreninha também fala assim mas vocês são de família rica, podem ter esses luxos. Minha filha e moça pobre e lugar de moça pobre e em casa, com o marido, com os filhos. Estudar s6 serve pra atrapalhar a cabeça dela quando estiver lavando roupa no tanque.
Considere as afirmac;6es abaixo, a respeito da situação da mulher, tema ilustrado no fragmento acima e presente em outros momentos do romance.
I - 0 discurso do motorista e exemplo de postura patriarcalista, que desaprova a liberdade da mulher, especialmente se ela for de classe baixa, pois a maior aspiração que ela pode ter na vida e o casamento.
II - A sexualidade feminina não e tema tratado no romance, aparecendo apenas de modo difuso, a fim de escapar da censura vigente a época de sua publicação, em 1973.
III- As ideias de Lia mostram sua postura libertaria em relação ao papel da mulher na sociedade, contrariando as vis6es estereotipadas que a reduzem a um ser passivo e dependente dos homens.
Quais estao corretas?
Instrução: A questão refere-se a obra As meninas, de Lygia Fagundes Telles.
No bloco superior abaixo, estão listadas personagens do romance; no inferior, características dessas
personagens.
Associe adequadamente o bloco inferior ao superior.
1. Lorena Vaz Leme
2. Lia de Melo Shultz
3. Ana Clara Conceição
( ) E modelo, viciada em drogas, e divide-se entre o noivo rico e o amante traficante.( ) Envolve-se na militância política contra a ditadura e presencia a prisão de seu namorado.
( ) E culta, vive trancada em seu quarto-concha, possui um passado trágico, relacionado a morte do
irmão e a loucura do pai.
( ) E filha de mãe baiana, vai para São Paulo estudar Ciências Sociais, fugindo do passado sombrio
do pai, um ex-militar nazista.
A sequencia correta, de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, e
Considere as seguintes afirmações sobre os romances abaixo.
I - A personagem Bertoleza, de O cortiço, representa um entrave as ambições de Joao Romão de
ascender socialmente, razão pela qual ele planeja devolve-la ao seu antigo senhor, na condição
de escrava que era.
II - Euclides da Cunha narra, em "A luta", terceira parte de Os sertões, as formas de organização e
as estratégias de combate dos sertanejos, liderados por Antonio Conselheiro, que derrotam o
Exercito Republicano.
III- O personagem Ricardo Coração dos Outros, em Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima
Barreto, e um musico popular, que goza da estima da mais alta sociedade carioca, por ser a
expressão característica da alma nacional.
Quais estão corretas?
Instrução: A questão refere-se a obra São Bernardo, de Graciliano Ramos.
Assinale a alternativa correta a respeito do romance.
Considerando o experimentalismo surgido com as vanguardas do século XX, constata-se que os poemas de
Campos e Pontes são respectivamente


Embora O Uraguai seja considerado a melhor realização épica do Arcadismo brasileiro, nota-se, na obra, uma
quebra do modelo da epopeia clássica. Em termos de conteúdo, tanto no trecho quanto na pintura apresentados,
essa quebra se evidencia

A produção artística no Paleolítico se caracteriza pelo
Leia o soneto de Gregório de Matos.
Aos afetos, e lágrimas derramadas na ausência da dama a
quem queria bem
Ardor em firme coração nascido;
Pranto por belos olhos derramado;
Incêndio em mares de água disfarçado;
Rio de neve em fogo convertido:
Tu, que um peito abrasas escondido;
Tu, que em um rosto corres desatado;
Quando fogo, em cristais aprisionado;
Quando cristal, em chamas derretido.
Se és fogo, como passas brandamente,
Se és neve, como queimas com porfia?
Mas ai, que andou Amor em ti prudente!
Pois para temperar a tirania,
Como quis que aqui fosse a neve ardente,
Permitiu parecesse a chama fria.
(MATOS, Gregório de. In: Wisnik, José Miguel [Sel. e org.]. Poemas
escolhidos. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.)
Analise as assertivas a seguir.
I. As contradições, presentes no Barroco, demonstram
sentimentos despertados no eu lírico.
II. No fim do poema, os elementos que produzem as imagens
opostas são fundidos havendo, assim, uma conciliação dos
opostos.
III. O interlocutor a quem o eu lírico se dirige no poema pode
ser identificado como a própria dama a quem entregara
seus sentimentos amorosos.
IV. Trata-se de um soneto em versos decassílabos com a
presença de rimas intercaladas demonstrando a organização
dada aos poemas pelos poetas barrocos.
Estão corretas apenas as afirmativas
“Iluminismo” é a denominação dada ao conjunto das
tendências ideológicas, filosóficas e científicas desenvolvidas
no século XVIII, como consequência da recuperação de um
espírito experimental, racional, que buscava o saber
enciclopédico. O Iluminismo foi uma forte influência para a
estética literária designada:
Acerca do Modernismo no Brasil, pode-se afirmar que tal
período literário passou por três fases com características
próprias e distintas. Dentre as afirmativas a seguir sobre tal
assunto, estão todas corretas com EXCEÇÃO de:
“O _______________________ contou com importantes
cronistas, que documentaram a modernização do país e seus
contrastes. Um deles foi ____________________, autor de
“Triste fim de Policarpo Quaresma.” Assinale a alternativa
que completa correta e sequencialmente a afirmativa
anterior.
O poema a seguir, de Vinicius de Moraes, publicado no livro
“Antologia poética” (1954) remete ao ataque nuclear no
final da Segunda Guerra Mundial.
A rosa de Hiroshima
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada.
(MORAES, Vinicius de. Poesia completa e prosa. São Paulo: Companhia
das Letras, 1992.)
Imagem da explosão da bomba atômica, que serve como tema para a
composição de Vinicius de Moraes.
Comparando a imagem da explosão da bomba atômica
com as imagens criadas pelo eu lírico em “A rosa de
Hiroshima”, pode-se afirmar que:

Leia a seguir alguns trechos do poema “Ode ao burguês” de
Mário de Andrade, publicado na obra “Pauliceia desvairada”
(1922).
Ode ao burguês
Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
O burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! O homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
É sempre um cauteloso pouco-a-pouco!
[...]
Come! Come-te a ti mesmo, oh! gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! Oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte e infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
Sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Ela!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!
Fora! Fu! Fora o bom burguês!...
Em relação ao poema, indique V para as afirmativas
verdadeiras e F para as falsas.
( ) O título demonstra, após a leitura do poema, a
intenção crítica do eu lírico diante do elemento
“burguês”.
( ) A expressão “burguês-níquel” demonstra a importância
que o eu lírico concede ao dinheiro, ao materialismo.
( ) As características quanto ao tema e ao estilo
apresentados tornam o poema um exemplo da
literatura da primeira fase do Modernismo no Brasil.
( ) A preocupação com o emprego constante de
conectores lógicos demonstra o cuidado com o uso da
linguagem, característica marcante da primeira fase
modernista.
A sequência está correta em
Em relação à estrutura de um poema épico, cujas partes
são denominadas cantos, relacione adequadamente as
colunas a seguir.
1. Proposição.
2. Invocação.
3. Narração.
4. Conclusão.
( ) Definição do tema e do herói do poema.
( ) Ocorre após o relato dos feitos gloriosos que marcaram
a trajetória do herói.
( ) Refere-se à apresentação da sequência cronológica
dos fatos que envolvem as aventuras do herói.
( ) Pedido do poeta à Musa para que lhe inspire, para que
desenvolva perfeitamente o tema de seu poema.
Está correta a sequência em
I
Óbito do autor
“Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias
pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro
lugar meu nascimento ou a minha morte. Suposto o
uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas
considerações me levaram a adotar diferente método: a
primeira é que eu não sou propriamente um autor
defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim
mais galante e mais novo. Móises, que também contou
a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo:
diferença radical entre este livro e o Pentateuco.
Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta
feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara
de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e
prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos
contos e fui acompanhado ao cemitério por onze
amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas
nem anúncios. Acresce que chovia – peneirava – uma
chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão
triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a
intercalar esta engenhosa ideia no discurso que
proferiu à beira de minha cova: - ‘Vós, que o
conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo
que a natureza parece estar chorando a perda
irreparável de um dos mais belos caracteres que têm
honrado a Humanidade. Este ar sombrio, estas gotas
do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul
como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má
que lhe rói à Natureza as mais íntimas entranhas: tudo
isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado’.
Bom e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte
apólices que lhe deixei.” [...]
ASSIS, Machado. Memórias Póstumas de Brás Cubas. 2. ed. São
Paulo; Martin Claret, 2010, página 17.
PAZ, Octavio. Signos em rotação. São Paulo: Perspectiva, 2003.
Segundo o mexicano Octavio Paz, os
elementos da ironia e do humor são marcas fundantes
do romance moderno. A ironia é o elemento que
consiste em exprimir o contrário daquilo que se está
pensando ou sentindo, e na maioria das vezes traz um
toque de sarcasmo ou depreciação, maneira também
de fazer críticas a alguma situação ou a algum
comportamento de alguém. O humor, enquanto isso,
consiste no elemento ou construção de enunciado que
aponta para o cômico, o divertido, sendo ele também
uma maneira de fazer críticas.
No trecho transcrito do romance Memórias
Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis,
constata-se a ironia no seguinte enunciado:
CUNHATÃ
Vinha do Pará
Chamava Siquê.
Quatro anos. Escurinha. O riso gutural da raça.
Piá branca nenhuma corria mais do que ela.
Tinha uma cicatriz no meio da testa:
- Que foi isto, Siquê?
Com voz de detrás da garganta, a boquinha tuíra:
- Minha mãe (a madrasta) estava costurando
Disse vai ver se tem fogo
Eu soprei eu soprei eu soprei não vi fogo
Aí ela se levantou e esfregou com minha cabeça na
brasa
Rui, riu, riu
Uêrêquitáua.
O ventilador era a coisa que roda.
Quando se machucava, dizia: Ai Zizus!
BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 20.ed. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1993, p. 138.
O poema de Bandeira foi publicado em 1930 e
traz algumas palavras da língua indígena misturadas
ao português. Já em seu título comparece uma palavra
de origem da língua tupi, cunhatã, que significa
“menina, moça, mulher adolescente”.
Ao fazer o uso de
uma língua indígena nesse poema, observa-se que o
autor:
CUNHATÃ
Vinha do Pará
Chamava Siquê.
Quatro anos. Escurinha. O riso gutural da raça.
Piá branca nenhuma corria mais do que ela.
Tinha uma cicatriz no meio da testa:
- Que foi isto, Siquê?
Com voz de detrás da garganta, a boquinha tuíra:
- Minha mãe (a madrasta) estava costurando
Disse vai ver se tem fogo
Eu soprei eu soprei eu soprei não vi fogo
Aí ela se levantou e esfregou com minha cabeça na brasa
Rui, riu, riu
Uêrêquitáua.
O ventilador era a coisa que roda.
Quando se machucava, dizia: Ai Zizus!
BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 20.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993, p. 138.
O poema de Bandeira foi publicado em 1930 e traz algumas palavras da língua indígena misturadas ao português. Já em seu título comparece uma palavra de origem da língua tupi, cunhatã, que significa “menina, moça, mulher adolescente”.
Ao fazer o uso de
uma língua indígena nesse poema, observa-se que o
autor:
Mas ao cabo de três meses, João Romão, [...]
retornou à sua primitiva preocupação com o Miranda,
única rivalidade que verdadeiramente o estimulava.
Desde que o vizinho surgiu com o baronato, o vendeiro
transformava-se por dentro e por fora a causar pasmo.
Mandou fazer boas roupas e aos domingos refestelava-se de casaco branco e de meias, assentado defronte
da venda, a ler jornais. Depois deu para sair a passeio,
vestido de casemira, calçado e de gravata. [...] Já não
era o mesmo lambuzão.
Bertoleza é que continuava na cepa torta,
sempre a mesma crioula suja, sempre atrapalhada de
serviço, sem domingo nem dia santo; essa, em nada,
em nada absolutamente, participava das novas regalias
Vestibular 2016/2 Página 15
do amigo; pelo contrário, à medida que ele galgava
posição social, a desgraçada fazia-se mais e mais
escrava e rasteira. [...] p.142
AZEVEDO, Aluisio. O cortiço. 5ª edição. São Paulo: Martin Claret,
2010.
A composição dos personagens é um dos
elementos a serem considerados na interpretação de
uma obra narrativa. No excerto destacado, tem-se o
caso de um personagem que não se modifica no
desenrolar da trama e de outro que se transforma na
perspectiva da ascensão social e, sobre essa
composição, observa-se que:
SAPO-CURURU
Sapo-cururu
Da beira do rio.
Oh que sapo gordo!
Oh que sapo feio!
Sapo-cururu
Da beira do rio.
Quando o sapo coaxa,
Povoléu tem frio.
Que sapo mais danado,
Ó maninha, Ó maninha!
Sapo-cururu é o bicho
Pra comer de sobreposse.
Sapo-cururu
Da barriga inchada.
Vôte! Brinca com ele...
Sapo cururu é senador da República.
BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. 20ª edição. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
No texto de Bandeira está explícito o
procedimento de intertextualidade caracterizado pelo
diálogo que um texto estabelece com outro, o que faz
desse poema:
Verifica-se que os versos e a pintura, em razão das características que lhes são peculiares, pertencem
respectivamente aos períodos
Leia o poema e observe a pintura a seguir para responder à questão.
Destes penhascos fez a natureza
O berço, em que nasci: oh quem cuidara,
Que entre pedras tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza!
Amor, que vence os tigres, por empresa
Tomou logo render-me ele declara
Centra o meu coração guerra tão rara,
Que não me foi bastante a fortaleza
Por mais que eu mesmo conhecesse o dano,
A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pude fugir ao cego engano:
Vós, que ostentais a condição mais dura,
Temei, penhas, temei; que Amor tirano,
Onde há mais resistência mais se apura
COSTA, Claudio Manuel da. Soneto XCVIII. Disponível em: <http://www.bibvirt.futuro.usp.br>
CARAVAGGIO, Michelangelo. Conversão de São Paulo – 1600-1601. Óleo sobre tela. Disponível em: <galleryhip.com>