Acerca do Modernismo no Brasil, pode-se afirmar que tal
período literário passou por três fases com características
próprias e distintas. Dentre as afirmativas a seguir sobre tal
assunto, estão todas corretas com EXCEÇÃO de:
Gabarito comentado
Tema central: Fases do Modernismo Brasileiro
O Modernismo brasileiro, tema recorrente em vestibulares, é dividido em três fases, cada qual com características próprias e transformações estruturais na literatura. Dominar as distinções entre essas fases é fundamental para acertar questões que cobram identificação de tendências, autores ou postura estética e social do período.
Ao analisar as alternativas, devemos primeiramente lembrar que:
- Primeira Fase (1922-1930): caracterizada pela ruptura com o passado acadêmico, valorização da cultura popular brasileira e assimilação das vanguardas europeias de maneira nacionalizada.
- Segunda Fase (1930-1945): apresenta equilíbrio entre modernidade e tradição, com foco em questões sociais e maior aproximação entre narrador culto e personagens marginalizados.
- Terceira Fase (1945-1960): marcada pela complexidade estética e profundidade psicológica das personagens, além de experimentação linguística.
Justificativa da alternativa correta (B):
A alternativa B está INCORRETA porque contraria um dos pilares do Modernismo de 1922: os modernistas não “ignoravam a cultura popular”, mas, pelo contrário, defendiam e a incorporavam como expressão legítima da identidade brasileira. Obras como “Macunaíma”, de Mário de Andrade, refletem bem essa valorização do elemento popular, do folclore e da linguagem cotidiana. Portanto, a afirmação de que defendiam apenas a técnica de vanguarda mantendo tradição e ignorando a cultura popular é equivocada e demonstra uma inversão grosseira da proposta modernista.
Análise crítica das demais alternativas:
A – Correta. A terceira fase realmente se destaca pela complexidade estética e densidade psicológica, como visto nas obras de Clarice Lispector e Guimarães Rosa.
C – Correta. Na terceira fase, há pesquisa de linguagem e aplicação inovadora de técnicas narrativas, intensificando o vínculo entre narrador e personagens e aprofundando suas subjetividades.
D – Correta. O narrador culto aproximando-se dos marginalizados e oprimidos é típico da segunda fase, evidenciado em romances regionalistas/socialistas, como “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos.
Estratégia para provas:
Fique atento a afirmações que invertem ou distorcem fatos conhecidos, trocas de termos como “ignorar” por “valorizar”, e generalizações. Foque em palavras-chave ("cultura popular", "psicológica", "narrador culto") para localizar rapidamente incoerências.
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