Questõessobre Literatura

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UNICENTRO 2019 - Literatura - Teoria Literária

Fragmento I
Esse Aires que aí aparece conserva ainda agora algumas das virtudes daquele tempo, e quase nenhum vício. Não atribuas tal estado a qualquer propósito. Nem creias que vais nisto um pouco de homenagem à modéstia da pessoa. Não, senhor, é verdade pura e natural efeito. Apesar dos quarenta anos, ou quarenta e dois, e talvez por isso mesmo, era um belo tipo de homem. Diplomata de carreira, chegara dias antes do Pacífico, com uma licença de seis meses.
ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó, São Paulo, FTD, 2011. p. 46.

Fragmento II
Também não creias que fosse outrora rico e adúltero, aberto de mãos, quando vinha de dizer adeus às suas amigas. Ni cet excès d´honneur, nit cette indignité. Era um pobre diabo sem mais ofício que a devoção.
ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó, São Paulo, FTD, 2011. p. 21.

Observando os fragmentos (I e II) destacados do romance Esaú e Jacó e considerando a totalidade da obra, pode-se afirmar:

A
No fragmento I, a intertextualidade com outro livro do autor é evidente ao fazer alusão a Aires, o diplomata. No fragmento II, há um exemplo da erudição do autor ao citar outros autores, estratégia que se repete ao longo do livro.
B
No fregmento I, o narrador apresenta uma das personagens centrais do livro, genitor dos gêmeos Pedro e Paulo. No fragmento II, vemos uma citação em francês, o que atesta a semelhança deste romance com as obras do Romantismo, época em que havia influência da literatura de Victor Hugo.
C
Ambos os fragmentos atestam o gosto de Machado de Assis pela ironia, estratégia comum em toda sua obra.
D
Os fragmentos fogem ao estilo comum na obra do autor por serem expressionistas, novidade introduzida anos antes da publicação desse livro, quando abandonou o estilo realista e adotou o Romantismo.
E
Os fragmentos confirmam a filiação do autor ao estilo romântico, anterior a sua estreia como realista, que só ocorreu anos após a publicação de Esaú e Jacó.
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UNICENTRO 2019 - Literatura - Teoria Literária

O lançamento da obra Quarto de despejo, em 1960, fez de Carolina de Jesus o maior sucesso editorial da história da literatura brasileira, com cerca de um milhão de cópias vendidas. A autora deixou registrado o seguinte depoimento:

“Enquanto escrevo vou pensando que resido num castelo cor de ouro que reluz na luz do sol. Que as janelas são de prata e as luzes de brilhantes. Que a minha vista circula no jardim e eu contemplo as flores de todas as qualidades.”(1976).


O depoimento de Carolina de Jesus atesta o seguinte sobre sua relação com a vida e com a sua obra Quarto de despejo:

A
Seu estilo é romântico, com tendência a idealizar a realidade e a enxergar o mundo numa ótica maniqueísta, tanto na literatura como na vida.
B
Seu estilo é neossimbolista na literatura, mas tem uma tendência realista na relação com a vida.
C
Apesar de seu estilo ser realista e espelhar a realidade da vida na favela, a narradora desta obra permite-se penetrar no mundo onírico com as digressões subjetivas sobrepujando os registros documentais em seu livro, já que na vida costuma fantasiar e sonhar
D
A escritora vale-se de um recurso em que, apesar de retratar a vida como ela é em seu romance, inclusive com personagens retirados do mundo real das favelas, permite-se sublimar tudo isso na vida real, vendo assim o mundo idealizado apenas em pensamento.
E
A narrativa segue os princípios do Realismo Fantástico, em que realidade e sonho se sobrepõem e o leitor é levado a acreditar no mundo de castelos dourados e luzes brilhantes, assim como sonha no mundo real.
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UNICENTRO 2019 - Literatura - Modernismo, Teoria Literária, Escolas Literárias

Legado

Que lembrança darei ao país que me deu

tudo que lembro e sei, tudo quanto senti?

Na noite do sem-fim, breve o tempo esqueceu

minha incerta medalha, e a meu nome se ri.

E mereço esperar mais do que os outros, eu?

Tu não me enganas, mundo, e não te engano a ti.

Esses monstros atuais, não os cativa Orfeu,

a vagar, taciturno, entre o talvez e o se.

Não deixarei de mim nenhum canto radioso,

uma voz matinal palpitando na bruma

e que arranque de alguém seu mais secreto espinho.

De tudo quanto foi meu passo caprichoso

na vida, restará, pois o resto se esfuma,

uma pedra que havia em meio do caminho.

Disponível em:<https://www.companhiadasletras.com.br/trechos/13225.pdf> . Acesso em: 20 ago. 2019.


Considerando-se a obra Claro Enigma, de Carlos Drummond de Andrade, no contexto histórico em que foi escrita, e o poema Legado, marque com V as afirmativas verdadeiras e com F, as demais.

( ) A obra Claro Enigma foi publicada durante o período da Guerra Fria, e alguns dos seus poemas fazem questionamentos sobre o futuro em tom pessimista.

( ) O poema Legado exemplifica uma fonte de inspiração comum aos poemas da obra Claro Enigma: foi inspirado pelas incertezas e angústias da época em que foram escritos.

( ) No poema Legado, pode-se constatar o tom melancólico do poeta.

( ) No poema Legado, fica claro que o sujeito poético passa de um estado contemplativo e melancólico para outro de renovação e de descoberta.

( ) No poema Legado, assim como na obra como um todo (Claro Enigma), o sujeito poético esboça um projeto de vida voltado para a superação da amargura e do sofrimento que o acompanharam durante toda a sua existência.


A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a

A
F V V F V
B
V F V V F
C
V V V F F
D
F V F V V
E
V V F F V
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UNICENTRO 2019 - Literatura - Teoria Literária

Trecho 01
— A senhora me faz saudades de minha terra. Lembrei-me de minha casa, e das tardes em que passeava assim por aqueles sítios, com minha mãe e minha irmã.
— O senhor tem mãe e irmã! Como deve ser feliz! disse Lúcia com sentimento.
— Quem é que não tem uma irmã! respondi-lhe sorrindo. E minha mãe ainda é muito moça para que eu tivesse a desgraça de a haver perdido.
— Perdi a minha muito cedo...
ALENCAR, José de. Senhora, São Paulo, FTD, 1991. p. 21-22

Trecho 02
Lúcia saiu um instante e voltou. [...] o fato é que a aparição já desvanecida surgira de repente aos meus olhos.
— Agora lembro-me! Estou vendo-a como a vi pela primeira vez!
— Como daquela vez não me verá mais nunca!
— O que lhe falta? — Falta o que o senhor pensava e não tornará a pensar! disse ela com a voz pungida por dor íntima!
ALENCAR, José de. Senhora, São Paulo, FTD, 1991. p. 24.

Trecho 03
Quando porém os meus lábios se colaram na tez de cetim e meu peito estreitou as formas encantadoras que debuxavam a seda, pareceu-me que o sangue lhe refluía ao coração. As palpitações eram bruscas e precípites. Estava lívida e mais branca do que o alvo colarinho do seu roupão.
ALENCAR, José de. Senhora, São Paulo, FTD, 1991. p. 25


Considerando-se os fragmentos destacados do romance Senhora e considerando-se a totalidade da obra, assinale o único item cujas afirmações não podem ser comprovadas com a leitura da obra.

A
No trecho 01, a personagem faz uma alusão ao trauma do passado que a fez assumir uma nova identidade social.
B
No trecho 02, a linguagem vaga na fala da personagem ilustra sua consciência acerca da dupla imagem de mulher assumida por ela.
C
No trecho 03, as reações instintivas de Lúcia comprovam que sua verdadeira natureza difere da imagem que tenta passar para a sociedade e que compõem seu novo status social.
D
Na obra como um todo, há constantemente um contraste nas descrições de Lúcia: às vezes o foco está na sua aparência, outras vezes na sua verdadeira natureza.
E
No epílogo da obra, Lúcia se redime de todos os seus pecados voltando a assumir seu antigo papel social de moça recatada e assim restaurando sua imagem perante a sociedade.
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UNICENTRO 2019 - Literatura - Modernismo: Tendências contemporâneas, Teoria Literária, Escolas Literárias

TEXTO:
Nove anos procurou Blimunda. Começou por contar as estações, depois perdeu-lhes o sentido. Nos primeiros tempos calculava as léguas que andava por dia, quatro, cinco, às vezes seis, mas depois confundiram-se-lhes os números, não tardou que o espaço e o tempo deixassem de ter significado, tudo se media em manhã, tarde, noite, chuva, soalheira, granizo, névoa e nevoeiro, caminho bom, caminho mau [...] milhares de rostos, rostos sem número que o dissesse, quantas vezes mais os que em Mafra se tinham juntado, e de entre os rostos, os das mulheres para as perguntas, os dos homens para ver se neles estava a resposta...
SARAMAGO. José. Memorial do convento. 25. ed. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1982. p. 345.

Considerando que José Saramago apresenta uma escrita peculiar, com um estilo próprio e uma linguagem inovadora, marque com V ou F, conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmativas acerca do estilo, do enredo ou da linguagem presentes na obra, não só levando em conta o trecho, mas também a totalidade do livro.
( ) No trecho “Nove anos procurou Blimunda”, a personagem em foco sofre a ação verbal, portanto Blimunda funciona como complemento do verbo "procurar".
( ) A linguagem da obra, como atesta o fragmento, é documental e realista, sendo seu estilo chamado de neorrealismo.
( ) O narrador, no trecho acima, assim como em outros, apresenta ao leitor como a personagem sente, em sua subjetividade, os aspectos vividos na realidade concreta.
( ) Considerando que esse trecho é parte do epílogo da obra, a personagem procurada por Blimunda é Baltazar.
( ) A personagem em questão, Blimunda, tem poderes extraordinários, que podem ser entendidos literalmente ou metaforicamente.

A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a

A
F F V F F
B
F F V V V
C
V V V V V
D
V F V F V
E
V F V V V
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UNICENTRO 2017 - Literatura - Simbolismo, Escolas Literárias

Assinale a alternativa características do simbolismo.

A
A objetividade ocupou lugar do subjetivismo e a valorização da emoção foi abandonada.
B
O artista busca, no plano da linguagem, oferecer descrições aparentemente isentas, para que o leitor forme um juízo sobre as cenas apresentadas.
C
A sociedade é objeto de interesse imediato e sua análise e compreensão depende da capacidade de se ater a comportamentos observáveis.
D
Para explorar o mundo visível, racional e objetivo, exploram diferentes recursos da linguagem para evocar sensações, tais como maiúsculas alegorizantes, reticências e aliterações.
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UNICENTRO 2017 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Sobre o Modernismo no Brasil, é correto considerar que

A
Obras como “I – Juca-Pirama” de Gonçalves Dias que introduzem o herói índio, narrando seus feitos admiráveis, a fim de ilustrar a brasilidade.
B
Entende-se por Modernismo um conjunto de experiências de linguagem. Na literatura buscou-se uma crítica global às estruturas mentais das velhas gerações e um esforço para penetrar na realidade brasileira.
C
Na poesia, amadurece a tradição literária com extremo subjetivismo, à Byron e à Musset, com temáticas emotivas de amor e morte.
D
Busca ilustrar comportamento, espaços visando à construção de uma identidade nacional, por meio de estruturas simples e referências culturais sofisticadas (históricas, artísticas, mitológicas), tais como na obra “Cinco Minutos” de José de Alencar.
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UFT 2019 - Literatura - Teoria Literária

Sobre o fragmento da obra Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá, de Lima Barreto, assinale a alternativa CORRETA.

Leia o fragmento para responder a QUESTÃO .

A felicidade, sensação tão volátil, instável, irredutível de homem a homem é cousa diferente, e não consente média a abranger centenas, milhares e milhões de seres humanos. Imaginas tu que Madame Belasman, de Petrópolis, tem um grande joanete, um defeito hediondo, com o qual sobremaneira sofre; e o operário Felismino, da mortona, orgulha-se em possuir um filho com talento. Madame Belasman vive acabrunhada com a exuberância de seu joanete. [...] entretanto, Felismino, quando bate rebites, sorri e antegoza o estrondo que uma parcela do seu sangue vai causar na sociedade. [...] Quem é mais feliz – pergunto – madame Belasman ou o senhor Felismino? E, à vista disso, poderás dizer que todas as damas de Petrópolis são felizes e os operários de fundição são desgraçados? Há média possível para a felicidade das classes? Nós, os modernos, nos vamos esquecendo que essas histórias de classe, de povos, de raças, são tipos de gabinetes, fabricados para as necessidades de certos edifícios lógicos, mas que fora deles desaparecem completamente: – Não são? Não existem.

Fonte: BARRETO, Lima. Vida e Morte de M.J. Gonzaga de Sá. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2017, p 100-101. (fragmento).
A
Apresenta a ideia de que a felicidade varia de pessoa para pessoa e que, por ser um sentimento sólido e estável, uma vez sentida, permanece.
B
Expõe a ideia de que a felicidade é um sentimento que pode ser medido entre as classes sociais e que alcança todos os seres humanos.
C
Compara a felicidade dos homens mais simples com a felicidade das mulheres da classe alta, defendendo que a felicidade depende de fatores divinos.
D
Defende que a felicidade depende da forma como cada pessoa se vê e se relaciona com sua realidade, independentemente de seu lugar social.
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UFT 2019 - Literatura - Teoria Literária

Assinale a alternativa CORRETA. No fragmento de Quarto de despejo, Carolina Maria de Jesus apresenta um olhar

Leia o fragmento para responder a QUESTÃO .

3 DE MAIO... Fui na feira da Rua Carlos de Campos, catar qualquer coisa. Ganhei bastante verdura. Mas ficou sem efeito, porque eu não tenho gordura. Os meninos estão nervosos por não ter o que comer.

6 DE MAIO [...] ...O que eu aviso aos pretendentes a politica, é que o povo não tolera a fome. É preciso conhecer a fome para saber descrevê-la.

9 DE MAIO... Eu cato papel, mas não gosto. Então eu penso: Faz de conta que eu estou sonhando.

10 DE MAIO... [...] O tenente interessou-se pela educação dos meus filhos. Disse-me que a favela é um ambiente propenso, que as pessoas tem mais possibilidades de delinquir do que tornar-se util a patria e ao país. Pensei: Se ele sabe disto, porque não faz um relatorio e envia para os politicos? O senhor Janio Quadros, o Kubstchek e o Dr. Adhemar de Barros? Agora falar para mim, que sou uma pobre lixeira. Não posso resolver nem as minhas dificuldades. ... O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome também é professora. Quem passa fome aprende a pensar no proximo, e nas crianças.

16 DE MAIO Eu amanheci nervosa. Porque eu queria ficar em casa, mas eu não tinha nada para comer.
... Eu não ia comer porque o pão era pouco. Será que é só eu que levo esta vida? O que posso esperar do futuro? Um leito em Campos do Jordão. Eu quando estou com fome quero matar o Janio, quero enforcar o Adhemar e queimar o Juscelino. As dificuldades corta o afeto do povo pelos politicos.

Fonte: JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1983, p. 25-29. (fragmento).
A
submisso ao discurso dos homens da lei sobre a propensão para o crime, das pessoas da favela.
B
crítico com relação à problemática da fome e à falta de atenção dos políticos para com a população pobre.
C
otimista quanto à possibilidade de mudança de sua vida e de sua família.
D
culpado por não conseguir comida suficiente para si e seus filhos.
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UFT 2019 - Literatura - Teoria Literária

Sobre o fragmento do Poema Sujo, de Ferreira Gullar, assinale a alternativa CORRETA.

Leia o fragmento para responder a QUESTÃO .

       Corpo meu corpo corpo
que tem um nariz assim uma boca
dois olhos
e um certo jeito de sorrir
de falar
que minha mãe identifica como sendo de seu filho
que meu filho identifica
como sendo de seu pai

corpo que se para de funcionar provoca
um grave acontecimento na família:
sem ele não há José Ribamar Ferreira
não há Ferreira Gullar

e muitas pequenas coisas acontecidas no planeta
estarão esquecidas para sempre

corpo-facho corpo-fátuo corpo-fato
[...]
meu corpo nascido numa porta-e-janela da Rua dos Prazeres
ao lado de uma padaria
sob o signo de Virgo
sob as balas do 24º BC
na revolução de 30
e que desde então segue pulsando como um relógio
num tic tac que não se ouve
(senão quando se cola o ouvido à altura do meu coração)
tic tac tic tac

Fonte: GULLAR, Ferreira. Poema Sujo. São Paulo: Círculo do Livro, 1980, p. 11-
13. (fragmento). 
A
Retrata, por meio de um narrador em terceira pessoa, a memória de um homem cosmopolita de meia idade.
B
Traz como temáticas centrais as paixões da juventude e a solidão que compõe o eu-lírico na idade adulta.
C
Apresenta as impressões do eu-lírico sobre o corpo-vida que o constitui.
D
Compõe-se de um narrador em terceira pessoa que descreve sua trajetória de vida, do nascimento à velhice.
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UFT 2019 - Literatura - Teoria Literária

A partir da leitura do fragmento de texto de Daniel Munduruku, é INCORRETO afirmar que:

Leia o fragmento para responder a QUESTÃO .

Contam os velhos do povo Karajá que um misterioso acontecimento estava deixando a aldeia alarmada. Isso acontecia porque os guerreiros estavam sumindo durante a caçada e ninguém conseguia explicar por que isso estava acontecendo. Havia um clima de medo.
Um rapaz, no entanto, resolveu rastrear pela trilha dos parentes sumidos. Entrou na mata cautelosamente e logo adiante avistou um bando de urubus. Isso era um sinal de que havia carniça por perto. Redobrou sua atenção e arrastou-se até chegar perto de uma grande árvore em cuja raiz encontrou objetos e ossadas dos parentes desaparecidos. Seu susto foi maior quando avistou dois monstruosos indivíduos saindo de uma caverna. Comentavam um para o outro:
– Estou com uma fome tão grande. Tô com vontade de comer gente!
– Vamos botar uma espera? Sinto que hoje vamos pegar alguém!
O jovem, ouvindo aquela conversa, sentiu-se amedrontado, achando que ele poderia ser o alimento daquela gente estranha.
[...] Quando chegou à aldeia, estava muito angustiado. Começou a gritar para chamar a atenção de todos. _ Inã biroxikre nhaçã rekã!... (Bugios grandalhões estão devorando gente!).
[...] Onde vais com tanta pressa, valente guerreiro?
– Vou caçar nhaçã rekã! – respondeu o jovem de forma arrogante.
– Se me tomares como esposa, eu te ensinarei como caçar aquelas perigosas feras feiticeiras! – propôs a mulher-sapo.  

Fonte: MUNDURUKU, Daniel. A Caveira-Rolante, a Mulher-Lesma e outras
histórias. Ilustrações Maurício Negro. São Paulo: Global, 2010, p. 40-41.
(fragmento).

A
Munduruku faz referência a elementos da cultura indígena.
B
a história Karajá narrada por Munduruku traz à cena criaturas misteriosas.
C
na construção da sua narrativa Munduruku utiliza palavras da língua indígena.
D
Munduruku trata do aniquilamento de guerreiros Karajá por tribos inimigas.
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UFT 2019 - Literatura - Teoria Literária

Os fragmentos das obras de Bernardo Élis e de João Guimarães Rosa narram, respectivamente, a notícia da chegada de um viajante e a chegada de outro viajante. É CORRETO afirmar que os narradores:

Leia os fragmentos para responder a QUESTÃO .

Texto I
O Juiz Valério alegrava-se com a aproximação da comissão. Acreditava em justiça, em lei, achava que o governo fosse dotado de uma clarividência que o comum dos homens não possuía, de uma reta intenção de punir o mal e premiar o bem. Daquele recanto tão afastado, Governo era assim algo de sobre-humano e inatacável. Antes porém que a Comissão chegasse ao [Vila do] Duro, aportaram ali notícias do que era ela. Era como o vento que precede a chuva braba. Quem vinha chefiando a comissão era um juiz togado, com assento em Porto Nacional, formado pela Faculdade do Recife, com militança no Foro de Salvador e Belém do Pará, homem de estudo, homem de preparo, homem sabido e corrido.

Fonte: ÉLIS, Bernardo. O tronco. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008, p.15. (fragmento). (adaptado).


Texto II
Sucedeu então vir o grande sujeito entrando no lugar, capiau de muito longínquo: tirado à arreata o cavalo raposo, que mancara, apontava de noroeste, pisando o arenoso. Seus bigodes ou a rustiquez – roupa parda, botinões de couro de anta, chapéu toda a aba – causavam riso e susto. Tomou fôlego, feito burro entesa orelhas, no avistar um fiapo de povo mas a rua, imponente invenção humana. Tinha vergonha de frente e de perfil, todo o mundo viu, devia também de alentar internas desordens no espírito.

Fonte: ROSA, João Guimarães. Tutaméia (Terceiras estórias). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 58. (fragmento).
A
descrevem a valentia desses viajantes.
B
constroem imaginários desses viajantes.
C
delineiam as características físicas desses viajantes.
D
explicam as relações entre esses viajantes e o governo.
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UFT 2019 - Literatura - Teoria Literária

A partir da leitura do fragmento de O auto de São Lourenço, de José de Anchieta, é CORRETO afirmar que

Leia o fragmento para responder a QUESTÃO .

SÃO LOURENÇO:
Mas existe a confissão,
remédio senhor da cura.
Os índios que enfermos são
com ela se curarão,
e a comunhão os segura.

Quando o pecado lhes pesa,
vão-se os índios confessar.
Dizem: "Quero melhorar..."
O padre sobre eles reza
para o seu Deus aplacar.
[...]

AIMBIRÊ: [criado do diabo]:
Afastado,
"quando à morte fôr chegado,
diz o índio, expulsarei
todo o crime que ocultei".

GUAIXARÁ [diabo chefe]:
Ouve, oh! sim; pois com cuidado
seus maus atos desfiei. 

SÃO LOURENÇO:
Com todo vosso ódio, sei
que procurais condená-los.
Deles não me afastarei,
mas a Deus suplicarei
para sempre auxiliá-los.
Eles em mim confiaram,
construindo essa capela;
velhos vícios extirparam,
por patrono me tomaram
que em firmá-los se desvela. 

Fonte: ANCHIETA, José de. Teatro de Anchieta. In: O auto de São Lourenço.
Edições Loyola: São Paulo, 1977, p. 158. (fragmento). (adaptado). 
A
apresenta um diálogo entre São Lourenço, Guaixará e Aimbirê, no qual o Santo intercede pelos índios junto ao divino.
B
exibe uma disputa entre o bem e o mal, em que o chefe dos diabos faz acusações contra São Lourenço.
C
intenciona apresentar as virtudes dos diabos e os vícios dos índios.
D
retoma o evangelho cristão, no qual São Lourenço condena os índios por seus vícios.
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UFT 2019 - Literatura - Vanguardas Europeias, Modernismo, Escolas Literárias

Leia o fragmento para responder a QUESTÃO .


Horácio não gostava de ser contestado, mas compreendeu não era bom tema de conversa. Voltou à literatura, aconselhando os outros a lerem Drummond de Andrade, na sua opinião o melhor poeta de língua portuguesa de sempre. Qual Camões, qual Pessoa, Drummond é que era, tudo estava nele, até a situação de Angola se podia inferir na sua poesia. Por isso vos digo, os portugueses passam a vida a querer-nos impingir a sua poesia, temos de a estudar na escola, e escondem-nos os brasileiros, nossos irmãos, poetas e prosadores sublimes, relatando os nossos problemas e numa linguagem bem mais próxima da que falamos nas cidades. Quem não leu Drummond é um analfabeto. Os outros iam comendo, trocando de vez em quando olhares cúmplices. Até que Malongo e Vítor terminaram a refeição. Malongo despediu-se, levantando-se, um analfabeto vos saúda. Vítor e Furtado riram, Horácio fingiu que não ouviu. Agarrou no braço de Furtado e continuou a cultivá-lo com versos de Drummond e os seus próprios, dedicados ao grande brasileiro.

Fonte: PEPETELA. A geração da utopia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira: 2000, p. 30-31 (fragmento).



No fragmento do romance do escritor angolano Pepetela, Horácio aconselha seus amigos Malongo, Vítor e Furtado a lerem o poeta Drummond de Andrade.

Analise as afirmativas a seguir.


I. A poesia de Drummond é melhor que a de Camões e de Pessoa.

II. Há uma aproximação entre a literatura de Drummond e a realidade angolana.

III. Nas escolas portuguesas se estuda a poesia de Drummond.

IV. A poesia de Drummond está sendo usada para alfabetizar nas escolas angolanas.

V. As obras dos literatos brasileiros possuem uma linguagem próxima a dos angolanos nas cidades.



Assinale a alternativa CORRETA.

A
Apenas as afirmativas II, IV e V estão corretas.
B
Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
C
Apenas as afirmativas I, II e V estão corretas.
D
Apenas as afirmativas I, III e V estão corretas.
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UFT 2019 - Literatura - Teoria Literária

A partir da leitura dos dois poemas do escritor tocantinense Célio Pedreira é CORRETO afirmar que eles:

Leia os poemas para responder a QUESTÃO.

Texto I

Bulandeira
O braço
rompe a roda
a roda
vira o ralo
o ralo
na raiz da fome
farinha.


Texto II

Tapioca na gamela
Eita que esse destino de furupa
guarnece a brasa e o tição
o forno de assar o bolo
alvura que ama a tapioca na gamela
amassando a vida com as mãos
pois a festa é certa
quando certo o pão.
Fonte: PEDREIRA, Célio. As tocantinas. Palmas–TO: Universidade Federal do
Tocantins/EDUFT, 2014, p. 36 e 20. 
A
aludem ao trabalho e ao preparo artesanal de alimentos retirados da mandioca.
B
resgatam as tradições do preparo de alimentos servidos nas festas religiosas e rezas.
C
retomam memórias afetivas de festejos populares que ocorrem nas comunidades interioranas.
D
remetem ao trabalho coletivo e ao ambiente festivo durante a preparação de pratos tradicionais.
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UNICENTRO 2016 - Literatura - Simbolismo, Escolas Literárias

Nas duas últimas estrofes, há uma referência à sublimação através da morte que se comprova pela receptividade da lua e dos arcanjos à chegada da amada. Pelo amado, há a preocupação com o seu estado, já que ainda se encontra na terra.

Essa peculiaridade do Simbolismo dá-se porque, para os simbolistas, a morte

 

GUIMARAENS, Alphonsus. Hão de chorar por ela os cinamomos.

Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/literatura/cinco-poemasalphonsus-guimaraens.htm>;. Acesso em: 22 set. 2016.

A
é a sublimação suprema, porque o ser se transforma em espiritualidade pura, condição inconcebível em vida.
B
é fuga e, e como ela já se livrou da vida, a situação dele é mais preocupante.
C
é uma evasão, o sujeito poético transcende de sua condição mortal para uma condição imortal, dessa forma, ela ainda precisa evoluir, enquanto ele já transcendeu.
D
não é real, apenas imaginada, tudo não passa de um sonho em que a amada ultrapassa os limites do mundo concreto e atinge a sublimação.
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UNICENTRO 2017 - Literatura - Naturalismo, Realismo, Escolas Literárias

Sobre o Romance Luzia-Homem de Domingos Olímpio é errado afirmar que

A
O romance apresenta características da estética Naturalista, o que se evidencia por exemplo na construção das personagens, que são produtos do meio onde vivem, fortemente influenciadas pelo ambiente, movidas pelo instinto sexual e incapazes de lidar com tais impulsos. É possível perceber inclusive a secura que o povo descrito no texto herdou da terra infértil.
B
Luzia é uma protagonista forte, que se mantém firme nos seus propósitos até o fim da narrativa. A personagem figura como um símbolo da mulher nordestina que enfrenta o flagelo da seca com coragem e sem perder a bondade e a sensibilidade.
C
Luzia é um grande símbolo feminista, visto que sua composição é produto do impacto que os movimentos femininos de conquista por espaço, efervescentes no período de criação do texto, causou nenhum no contexto intelectual brasileiro e, consequentemente, no escritor Domingos Olímpio.
D
Luzia-Homem se situa no chamado ciclo das secas da Literatura Nordestina, e tem como marcas regionais a fala característica das personagens e a descrição dolorosa do flagelo vivido pelos nordestinos. Além disso vale ressaltar a presença dos exploradores da miséria popular tentando sempre alguma vantagem diante de um contexto miserável.
E
A protagonista Luzia tem como atributos físicos força incomum para uma mulher, o que lhe rende o apelido de homem. Porém no decorrer do romance também se nota sua força interior, sendo um personagem firme e incorruptível na constituição de seu caráter.
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UNICENTRO 2017 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Leia o trecho a seguir retirado do conto “A Causa Secreta” e assinale a alternativa correta no que diz respeito ao referido conto e a estética de Machado de Assis.

Fortunato saiu, foi deitar-se no sofá da saleta contígua, e adormeceu logo. Vinte minutos depois acordou, quis dormir outra vez, cochilou alguns minutos, até que se pegue e voltou à sala. Caminhava nas pontas dos pés para não acordar a parenta, que dormia perto. Chegando à porta, estacou assombrado.
Garcia tinha-se chegado ao cadáver, levantara o lenço e contemplara por alguns instantes como feições defuntas. Depois, como se a morte espiritualizasse tudo, inclinou-se e beijou-a na testa. Foi nesse momento que Fortunato chegou à porta. Estacou assombrado; não podia ser o beijo da amizade, podia ser o epílogo de um livro adúltero. Não tinha ciúmes, note-se; a natureza compô-lo de maneira que lhe não deu ciúmes nem inveja, mas dera-lhe vaidade, que não é menos cativa ao ressentimento. Olhou assombrado, mordendo os beiços.
Entretanto, Garcia inclinou-se ainda para beijar outra vez o cadáver; mas então não pôde mais. O beijo rebentou em soluços, e os olhos não puderam conter como lágrimas, que predomina em borbotões, lágrimas de amor calado, e irremediável desespero. Fortunato, à porta, onde ficara, saboreou tranquilo essa explosão de dor moral que foi longa, muito longa, deliciosamente longa.
(Várias Histórias - Machado de Assis - WM Jackson Inc Editores - 1946.)


A
Em “A Causa Secreta”, assim como em diversas ficções machadianas, o autoconstrói toda a tensão de sua narrativa ao redor de um possível triângulo amoroso. A infidelidade conjugal, a deterioração da família e a vingança são os principais elementos constituintes desse texto, visto que o motor de toda a narrativa é o desejo de vingança que move Fortunato a tentar recuperar sua honra perdida.
B
Nenhum referido conto, só é possível compreender as motivações que levam Fortunato a agir de maneira sádica porque o texto é narrado em primeira pessoa, emergindo na narrativa elementos que denunciam a composição psicológica do personagem.
C
Fortunato saboreia o sofrimento de Garcia no final do conto, pois sabe que o amigo não pode ter uma mulher amada novamente, uma vez que ela está morta. Desse modo, um personagem não sente ciúmes ou raiva da traição, pois se sente vingado pelo destino trágico que teve uma mulher. E só é possível que o leitor acesse essas informações e compreenda o deleite de Fortunato completamente graças a um artificio narrativo amplamente utilizado por Machado de Assis denominado realismo fantástico.
D
É graças ao fino desenvolvimento do narrador onisciente em terceira pessoa que o leitor flagra as mais profundas motivações de Fortunato. A partir do desnudamento psicológico da personagem o leitor passa a compreender que Fortunato é movido pelo sadismo e que busca o ápice de seu prazer no sofrimento de outros seres.
E
O viés naturalista de Machado de Assis é evidente neste texto, uma vez que no decorrer da narrativa Fortunato é revelado como fruto de uma sociedade falida, corrompida e refém dos problemas gerados pela violência. O narrador escancara os pormenores psicológicos de Fortunato revelando que um personagem buscar devolver para uma sociedade o que sempre deve, dor e sofrimento.
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UNICENTRO 2017 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Assinale o que for incorreto sobre Clarice Lispector e seus contos em Laços de Família.

A
A presença do objeto espelho nos contos “Amor” e “A imitação da rosa” é muito significa, pois as narrativas clariceanas esbanjam subjetividade e trazem predomínio de conteúdo reflexivo, evidenciando elementos comuns do cotidiano, porém, conferindo-lhes uma profundidade fora do senso comum.
B
A epifania é um traço constante na obra de Clarice Lispector, entretanto, para que funcione de forma consistente, esse recurso é apoiado por estruturas formais da narrativa tradicional, delimitando claramente elementos como tempo, espaço, personagens e foco narrativo.
C
O tom introspectivo recorrente na obra de Clarice Lispector coloca em destaque os aspectos internos do ser humano e relega a segundo plano dos aspectos externos. Não raro, é possível detectar a presença do recurso chamado fluxo de consciência em seus textos. Tais características contribuem para que, frequentemente, Clarice seja comparada de algum modo a escritores como James Joyce, Proust ou Virgínia Woolf
D
Nos treze contos que compõem “Laços de Família” é possível encontrar um olhar subjetivo e inquietante que retrata os frágeis laços que permeiam como famílias retratadas nas narrativas.
E
Uma característica recorrente na obra clariceana é a presença de personagens femininas. Muitas mulheres permeiam seus textos e não raro o apelo intimista de sua escrita desnuda como angústias de mulheres oprimidas, rodeadas por pessoas, extremamente mergulhadas na solidão do mundo.
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UNICENTRO 2017 - Literatura - Modernismo: Tendências contemporâneas, Escolas Literárias

Sobre Dias Gomes e O Pagador de Promessas é correto afirmar que:

A
A peça traz à baila uma representação de um embate entre uma camada pobre do Brasil da época, representada por Zé do Burro, e a porção rica da população brasileira, representada pela personagem Bonitão.
B
A mídia tem representação importante no desenvolvimento do texto pois tem a função de denunciar como injustiças cometidas contra o povo pobre do Brasil, que na peça representado pelo personagem Zé do Burro.
C
O livro apresenta o embate entre o Brasil rural e o Brasil urbano, evidenciando a falta de comunicabilidade entre duas realidades constituintes de uma mesma nação. Zé do Burro é uma representação do cidadão brasileiro simples e de fé inabalável, que carrega consigo certa ingenuidade e muita dificuldade para se comunicar com os elementos da cidade, que, por sua vez, sinaliza o confuso e desigual processo de modernização.
D
O sincretismo religioso presente no texto indica a harmonia que permite a coexistência entre os diversos símbolos de fé que formam uma pluralidade religiosa do Brasil, dando destaque para a relação pacífica e harmoniosa entre os personagens Padre Olavo e Zé do Burro.
E
A peça é uma tragédia clássica mesmo levando em conta a data de sua produção, uma vez que possui elementos como herói, coro e a participação ativa de divindades.