Questõesde IF Sul - MG

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Foram encontradas 239 questões
67a3b472-b3
IF Sul - MG 2017 - Inglês - Tempos Verbais | Verb Tenses

O tempo verbal grifado na seguinte frase “Twenty years on, there's been a coup at the palace” é o:

• Leia o texto e responda às questões:
How has Princess Diana's death changed the Royal Family?
The death of Princess Diana in 1997, and the public's response to it, shook the House of Windsor.

Twenty years on, there's been a coup at the palace. It was bloodless. All the royals remain standing. But the power has shifted.
The departure, earlier this month, of the Queen's dedicated senior official Sir Christopher Geidt has meant her eldest son can exert more control over the monarchy's direction of travel.
The comings and goings of courtiers excite those on the inside and leave outsiders cold.
However, recent changes should cheer Prince Charles. The heir who's waited and waited is more content and less anguished.
He's still driven by a desire to deliver change but the royal prophet in the wilderness on climate change has been embraced by the mainstream.
A prince once derided for talking to plants is praised for trying to save the planet.
With each year that passes, his mother will do less and he will do more.
There are fewer clouds on his horizon. It's a horizon that was once obscured by the War of the Waleses:
his televised admission of adultery, and his leaked comments about tampons.

Lasting influence

And yet, and yet. Whatever accommodation he reached with his first wife in life hasn't survived her death. Diana haunts Charles.
A recent YouGov poll commissioned by the Press Association suggested that the number of people who believe the Prince of Wales has made a positive contribution to the Royal Family has fallen over the past four years, down from 60% to 36%.
This polling took place at a time when it was hard to escape references to Charles's painful past.
Newspapers and television channels have reflected at length on the influence of Diana, Princess of Wales, an influence that stretched from fashion to the British monarchy.
It's been a month of coverage that must have perplexed anyone under the age of 25 and would have confused a visiting Martian.
Charles's many supporters will argue that Diana's adverse impact on his popularity will recede with each passing year. But 20 years on, her influence still registers.(...)

Disponível em: <http://www.bbc.com/news/uk-41094816/. Acesso em: Agosto de 2017)


A
Present Perfect Continuous.
B
Present Perfect.
C
Past Perfect.
D
Simple Present.
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IF Sul - MG 2017 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

Escolha a alternativa FALSA sobre o texto:

• Leia o texto e responda às questões:
How has Princess Diana's death changed the Royal Family?
The death of Princess Diana in 1997, and the public's response to it, shook the House of Windsor.

Twenty years on, there's been a coup at the palace. It was bloodless. All the royals remain standing. But the power has shifted.
The departure, earlier this month, of the Queen's dedicated senior official Sir Christopher Geidt has meant her eldest son can exert more control over the monarchy's direction of travel.
The comings and goings of courtiers excite those on the inside and leave outsiders cold.
However, recent changes should cheer Prince Charles. The heir who's waited and waited is more content and less anguished.
He's still driven by a desire to deliver change but the royal prophet in the wilderness on climate change has been embraced by the mainstream.
A prince once derided for talking to plants is praised for trying to save the planet.
With each year that passes, his mother will do less and he will do more.
There are fewer clouds on his horizon. It's a horizon that was once obscured by the War of the Waleses:
his televised admission of adultery, and his leaked comments about tampons.

Lasting influence

And yet, and yet. Whatever accommodation he reached with his first wife in life hasn't survived her death. Diana haunts Charles.
A recent YouGov poll commissioned by the Press Association suggested that the number of people who believe the Prince of Wales has made a positive contribution to the Royal Family has fallen over the past four years, down from 60% to 36%.
This polling took place at a time when it was hard to escape references to Charles's painful past.
Newspapers and television channels have reflected at length on the influence of Diana, Princess of Wales, an influence that stretched from fashion to the British monarchy.
It's been a month of coverage that must have perplexed anyone under the age of 25 and would have confused a visiting Martian.
Charles's many supporters will argue that Diana's adverse impact on his popularity will recede with each passing year. But 20 years on, her influence still registers.(...)

Disponível em: <http://www.bbc.com/news/uk-41094816/. Acesso em: Agosto de 2017)


A
O texto se inicia com a notícia de que a morte da princesa Diana em 1997 acabou abalando a casa de Windsor e que vinte anos depois, há um golpe no palácio, mas não sangrento.Todos os membros da realeza permanecem em seus postos, porém a capacidade de reter o poder mudou.
B
Há menção ao príncipe Charles, que uma vez foi ridicularizado por falar com as plantas,e agora é louvado por tentar salvar o planeta.
C
Foi feita uma pesquisa recente pela YouGov, encomendada pela Associação de Imprensa, e nesta pesquisa é sugerido que o número de pessoas que acreditam que o Príncipe de Gales (Charles) contribuiu negativamente para a Família Real caiu nos últimos quatro anos de 60% para 36%.
D
Fica claro no fim do texto que os muitos defensores de Charles argumentarão que o impacto adverso da princesa Diana em sua popularidade irá diminuir com cada ano que passa.
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IF Sul - MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Nesse trecho, apesar da grande amizade que nutria por Escobar, Bento Santiago tenta disfarçar a sua dor pela perda do amigo porque:

Tendo como referência a obra Dom Casmurro, de Machado de Assis, responda a questão.

CAPÍTULO CXXIII – OLHOS DE RESSACA

No enterro de Escobar, seu melhor amigo, Bentinho pensa ver nos olhos de Capitu as marcas da traição de que acredita ter sido vítima.
…..........................................................

Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...

As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora como se quisesse tragar também o nadador da manhã.

Assis, Machado de. Dom Casmurro. 32. ed. São Paulo: Ática, 1997. p. 160-161. (Fragmento).
A
como homem, preso a uma série de convenções sociais da época, demonstrar a sua dor naquele momento poderia significar fraqueza;
B
sentia-se furioso com as circunstâncias que levaram seu amigo à morte e seu principal objetivo era identificar os culpados e infligir-lhes severo castigo;
C
sua grande preocupação naquele momento era encontrar no comportamento da esposa traços de comportamento que denunciassem seu envolvimento amoroso com o amigo morto.
D
por causa de seu temperamento austero, o narrador oculta sentimentos que pudessem denotar características de um comportamento homossexual.
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IF Sul - MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em diversas passagens da obra, o narrador menciona os olhos de Capitu como sendo “olhos de ressaca”, sendo isso uma referência clara:

Tendo como referência a obra Dom Casmurro, de Machado de Assis, responda a questão.

CAPÍTULO CXXIII – OLHOS DE RESSACA

No enterro de Escobar, seu melhor amigo, Bentinho pensa ver nos olhos de Capitu as marcas da traição de que acredita ter sido vítima.
…..........................................................

Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...

As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora como se quisesse tragar também o nadador da manhã.

Assis, Machado de. Dom Casmurro. 32. ed. São Paulo: Ática, 1997. p. 160-161. (Fragmento).
A
aos hábitos da esposa que, sendo uma mulher atormentada pelo sentimento de culpa causado pelo adultério, teria se entregado ao vício da bebida.
B
à ação do mar que, em período de ressaca, assim como o olhar de Capitu, atraía para si tudo e todos que com ela mantinham contato visual.
C
à tentativa de Capitu de esconder seus instintos lascivos em relação aos homens que dela se aproximavam.
D
à fragilidade de Capitu e à sua submissão ao marido, características muito comuns às mulheres do século XIX.
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IF Sul - MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O trecho lido apresenta a figura feminina sob o olhar do narrador, segundo ele a personagem:

Tendo como referência a leitura da obra Iracema, de José de Alencar, leia o trecho que segue e responda a questão:

CAPÍTULO II

Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara, o pé grácil e nu, mal roçando alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.
Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos. Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto.
Iracema saiu do banho; o aljôfar d'água ainda a roreja, como à doce mangaba que corou em manhã de chuva. Enquanto repousa, empluma das penas do gará as flechas de seu arco e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto agreste
A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem pelo nome; outras remexe o uru de palha matizada, onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda, e as tintas de que matiza o algodão.
Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se.
Diante dela e todo a contemplá-la, está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.
Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face do desconhecido.
De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz da espada, mas logo sorriu. O moço guerreiro aprendeu na religião de sua mãe, onde a mulher é símbolo de ternura e amor. Sofreu mais d'alma que da ferida.
O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o sei eu. Porém a virgem lançou de si o arco e a uiraçaba, e correu para o guerreiro, sentida da mágoa que causara.
A mão que rápida ferira, estancou mais rápida e compassiva o sangue que gotejava. Depois Iracema quebrou a flecha homicida: deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada.
O guerreiro falou:
—Quebras comigo a flecha da paz?
—Quem te ensinou, guerreiro branco, a linguagem de meus irmãos? Donde vieste a estas matas, que nunca viram outro guerreiro como tu ?
—Venho de bem longe, filha das florestas. Venho das terras que teus irmãos já possuíram, e hoje têm os meus.
—Bem-vindo seja o estrangeiro aos campos dos tabajaras, senhores das aldeias, e à cabana de Araquém, pai de Iracema.

ALENCAR, José de. “Iracema”. In: ALENCAR, José de.Obra Completa. Rio de Janeiro: Editora José Aguilar, 1959a, vol. III.
A
é vista como um ser desejado pela beleza do seu corpo e cujos atributos superam tudo quanto a natureza pode oferecer de belo; apesar disso salientam-se algumas imperfeições e defeitos físicos e alguns vícios repulsivos.
B
é uma figura totalmente idealizada e distante; ao passo que o homem se coloca como um escravo fiel a serviço de sua senhora.
C
é vista como ser distante da realidade; idealizado e até mesmo elevado à perfeição.
D
transpira sensualidade, apresenta um instinto animal, selvagem, livre, animalesco; supera e se liberta, por vezes, da dominação masculina.
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IF Sul - MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

A frase “[...] a cidade era um espaço proibido [...]”, retirada do texto, revela a presença de uma figura de linguagem. Assinale a alternativa que indica, respectivamente, esse recurso expressivo e o seu efeito de sentido.

• A questão se refere ao Texto I

Texto I

Indígenas na cidade: pobreza e preconceito marcam condições de vida

Há muito tempo, a floresta amazônica deixou de ser o lar de milhares de indígenas. A escassez de alimentos, o desmatamento e o avanço das cidades sobre as matas são alguns fatores que motivaram povos tradicionais a migrar para áreas urbanas. Em Manaus, no Amazonas, eles podem ser encontrados em todas as regiões da cidade. A Fundação Estadual do Índio estima que de 15 a 20 mil indígenas de diversas etnias vivam em áreas urbanas amazonenses, como os sateré-mawé, apurinã, kokama, miraña, dessana, tukano e piratapuia. “Acredito que 90% dos bairros de Manaus tenham indígenas morando”, informou o presidente da Fundação Estadual do Índio, Raimundo Atroari.


Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza, tem dificuldade de conseguir emprego e a principal renda vem do artesanato. “Geralmente, as comunidades estão localizadas em área de risco. Nunca é numa área boa. A gente sente muita essa dificuldade de viver na cidade. A maioria dos Sateré daqui da aldeia está no trabalho informal, sem carteira assinada. A maior parte fica dentro da aldeia trabalhando com artesanato. A gente consegue gerar uma renda mais no mês de abril quando o público procura. Fora isso a gente fica dependendo de doações”, contou o tuxaua ou cacique Moisés Sateré, líder de uma comunidade no bairro da Paz, zona oeste de Manaus, onde vivem 14 famílias.


A antropóloga Lúcia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, confirma que é comum os indígenas, mesmo em áreas urbanas, viverem em comunidade. “Conforme vai passando o tempo, vem um, vem outro e mais outros, as famílias acabam se juntando em determinado bairro, ou em uma periferia que ninguém morava, e os indígenas foram morar. Você vai ver que nas grandes cidades como Manaus, Campo Grande, Porto Alegre têm bairros eminentemente indígenas, ou segmentos de bairros, ressaltou a antropóloga.”


[...]

Morar em centros urbanos sem ocultar a ancestralidade e as próprias referências é ainda uma luta para mais de 315 mil indígenas, segundo dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 49% do total da população indígena do país.


“Há ainda forte preconceito e discriminação. E os indígenas que moram nas cidades são realmente os que enfrentam a situação assim no dia a dia, constantemente”, conta o presidente da Organização dos Índios da Cidade, de Boa Vista, Eliandro Pedro de Sousa, do povo Wapixana.


Em todo o Brasil, São Paulo é a cidade com maior população indígena, com cerca de 12 mil habitantes; seguida de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, com pouco mais de 11 mil e Salvador, com mais de 7,5 mil índios.


A antropóloga Lúcia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, destaca que desde a colonização, a presença indígena nas cidades é constante, mas, em décadas passadas, a cidade era um espaço proibido.


“Eles iam pras cidades e não diziam que eram indígenas. Ocultavam a origem e também ocultavam as referências culturais, digamos assim”, explica. De acordo com ela, o medo da discriminação e de represálias do antigo Serviço de Proteção ao Índio impedia os indígenas de se apresentarem como tal.


Foi na década de 50, com o desenvolvimento industrial, que o processo de migração para as cidades se intensificou. Moradores do campo seguiam em busca de emprego nas fábricas e, com os indígenas, não foi diferente, conta a professora.


A própria Fundação Nacional do Índio (Funai), que tem como missão promover os direitos dos povos indígenas no Brasil, sofre o preconceito e percebe a situação dos indígenas que moram nas cidades. “Essa questão do preconceito é até com os servidores [da Funai]. Se é com o servidor, imagine para o próprio indígena”, indaga o coordenador regional da Funai em Roraima, Riley Mendes.

Bianca Paiva, Maíra Heinen – repórteres do radiojornalismo – EBC – Agência Brasil, 19/04/2017.

Fonte: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-04/indigenas-na-cidade-pobreza-e-preconceito-marcam-condicao-de-vida>. Acesso em: 10 set. 2017.

A
Metonímia; intensificar o fato de os indígenas terem substituído um espaço (as aldeias) por outro (as grandes cidades) em busca de melhores condições de vida;
B
Metáfora; comparar implicitamente a mudança de comportamento dos indígenas quando inseridos ao novo espaço, visto que ocultam suas referências culturais e suas origens, o que acarreta o preconceito.
C
Alegoria; questionar o motivo pelo qual os moradores das grandes cidades não acolhem os indígenas de forma respeitosa.
D
Antítese; opor as poucas oportunidades de trabalho às quais eles têm acesso nas aldeias às boas oportunidades encontradas nas cidades grandes, fatores esses que os motivam a deslocar-se.
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IF Sul - MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A caracterização da personagem Iracema, no trecho citado, é feita através do uso de elementos da natureza que a circundam. Nesse processo, evidencia-se que a personagem possui, em relação à natureza, um posicionamento:

Tendo como referência a leitura da obra Iracema, de José de Alencar, leia o trecho que segue e responda a questão:

CAPÍTULO II

Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara, o pé grácil e nu, mal roçando alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.
Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos. Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto.
Iracema saiu do banho; o aljôfar d'água ainda a roreja, como à doce mangaba que corou em manhã de chuva. Enquanto repousa, empluma das penas do gará as flechas de seu arco e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto agreste
A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem pelo nome; outras remexe o uru de palha matizada, onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda, e as tintas de que matiza o algodão.
Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se.
Diante dela e todo a contemplá-la, está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.
Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face do desconhecido.
De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz da espada, mas logo sorriu. O moço guerreiro aprendeu na religião de sua mãe, onde a mulher é símbolo de ternura e amor. Sofreu mais d'alma que da ferida.
O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o sei eu. Porém a virgem lançou de si o arco e a uiraçaba, e correu para o guerreiro, sentida da mágoa que causara.
A mão que rápida ferira, estancou mais rápida e compassiva o sangue que gotejava. Depois Iracema quebrou a flecha homicida: deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada.
O guerreiro falou:
—Quebras comigo a flecha da paz?
—Quem te ensinou, guerreiro branco, a linguagem de meus irmãos? Donde vieste a estas matas, que nunca viram outro guerreiro como tu ?
—Venho de bem longe, filha das florestas. Venho das terras que teus irmãos já possuíram, e hoje têm os meus.
—Bem-vindo seja o estrangeiro aos campos dos tabajaras, senhores das aldeias, e à cabana de Araquém, pai de Iracema.

ALENCAR, José de. “Iracema”. In: ALENCAR, José de.Obra Completa. Rio de Janeiro: Editora José Aguilar, 1959a, vol. III.
A
equilibrado
B
vantajoso
C
complementar
D
auspicioso
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IF Sul - MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Minha língua, minha pátria

Estudante de Letras da UFSCar, o indígena Luciano Ariabo Quezo, decidiu escrever um livro didático para evitar o desaparecimento da língua que era falada em sua aldeia, o umutina-balatiponé.

A cada dia, o estudante Luciano Ariabo Quezo, 25, percebia que a língua portuguesa ocupava mais espaço na aldeia indígena onde nasceu e “engolia” sua língua materna, o umutina-balatiponé.

Preocupado com a situação, especialmente após a morte de um ancião – um dos poucos que só falava o idioma nativo –, ele resolveu escrever um livro bilíngue para tentar evitar o desaparecimento da língua de sua família.

Quezo é natural de uma reserva indígena de Barra do Bugres (MT), onde cerca de 600 pessoas falam o idioma.

Aluno do último ano do curso de Letras da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), em São Carlos, no interior paulista, ele trabalha no tema desde 2012, quando obteve uma bolsa da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) para sua pesquisa.

Só existem duas escolas indígenas no território umutina e, segundo ele, aprender a língua dependia do interesse individual. Após a morte do ancião, diz, não há mais idosos que dominem completamente a língua e nem todos os jovens a conhecem.

Um esboço do projeto foi lançado em 2013, com 40 páginas e 180 exemplares, para ser testado e aprovado pela comunidade.

“Língua e Cultura Indígena Umutina no Ensino Fundamental” é destinado a alunos das séries iniciais das escolas de sua aldeia. Um irmão de Quezo trabalha em uma delas e utiliza o material com os estudantes.

TOLEDO, Marcelo. “Minha língua, minha pátria”. Folha de São Paulo, 15 abr. 2015. Cotidiano.

Pode-se depreender, a partir da leitura do texto acima, que sua intencionalidade discursiva é:

A
analisar o posicionamento de um indígena ante as circunstâncias sociais e históricas que afetam sua origem.
B
confrontar aspectos culturais – de povos indígenas com os de não indígenas – a fim de ressaltar a importância de uma cultura sobre a outra.
C
justificar a perda de espaço linguístico e cultural pelos indígenas no atual cenário brasileiro.
D
evidenciar a ação feita por um nativo da língua umutina-balatiponé a fim de preservar sua história e sua língua.
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IF Sul - MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sinovaldo, Correio Gravataí, 19/04/2016. Disponível em: <http://www.correiogravatai.com.br/_conteudo/2016/04/noticias/regiao/315696-dia-do-ndio-e-brasilia-nas-charges-dos-jornais-desta-quarta.html> . Acesso em: 10 set. 2017.


“Geralmente, as comunidades estão localizadas em área de risco. Nunca é numa área boa. A gente sente muita essa dificuldade de viver na cidade. A maioria dos Sateré daqui da aldeia está no trabalho informal, sem carteira assinada. A maior parte fica dentro da aldeia trabalhando com artesanato. A gente consegue gerar uma renda mais no mês de abril quando o público procura. Fora isso a gente fica dependendo de doações”


A relação entre a charge e o excerto do texto I, reproduzido acima, se dá, principalmente, porque ambos:

• A questão se refere ao Texto I

Texto I

Indígenas na cidade: pobreza e preconceito marcam condições de vida

Há muito tempo, a floresta amazônica deixou de ser o lar de milhares de indígenas. A escassez de alimentos, o desmatamento e o avanço das cidades sobre as matas são alguns fatores que motivaram povos tradicionais a migrar para áreas urbanas. Em Manaus, no Amazonas, eles podem ser encontrados em todas as regiões da cidade. A Fundação Estadual do Índio estima que de 15 a 20 mil indígenas de diversas etnias vivam em áreas urbanas amazonenses, como os sateré-mawé, apurinã, kokama, miraña, dessana, tukano e piratapuia. “Acredito que 90% dos bairros de Manaus tenham indígenas morando”, informou o presidente da Fundação Estadual do Índio, Raimundo Atroari.


Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza, tem dificuldade de conseguir emprego e a principal renda vem do artesanato. “Geralmente, as comunidades estão localizadas em área de risco. Nunca é numa área boa. A gente sente muita essa dificuldade de viver na cidade. A maioria dos Sateré daqui da aldeia está no trabalho informal, sem carteira assinada. A maior parte fica dentro da aldeia trabalhando com artesanato. A gente consegue gerar uma renda mais no mês de abril quando o público procura. Fora isso a gente fica dependendo de doações”, contou o tuxaua ou cacique Moisés Sateré, líder de uma comunidade no bairro da Paz, zona oeste de Manaus, onde vivem 14 famílias.


A antropóloga Lúcia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, confirma que é comum os indígenas, mesmo em áreas urbanas, viverem em comunidade. “Conforme vai passando o tempo, vem um, vem outro e mais outros, as famílias acabam se juntando em determinado bairro, ou em uma periferia que ninguém morava, e os indígenas foram morar. Você vai ver que nas grandes cidades como Manaus, Campo Grande, Porto Alegre têm bairros eminentemente indígenas, ou segmentos de bairros, ressaltou a antropóloga.”


[...]

Morar em centros urbanos sem ocultar a ancestralidade e as próprias referências é ainda uma luta para mais de 315 mil indígenas, segundo dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 49% do total da população indígena do país.


“Há ainda forte preconceito e discriminação. E os indígenas que moram nas cidades são realmente os que enfrentam a situação assim no dia a dia, constantemente”, conta o presidente da Organização dos Índios da Cidade, de Boa Vista, Eliandro Pedro de Sousa, do povo Wapixana.


Em todo o Brasil, São Paulo é a cidade com maior população indígena, com cerca de 12 mil habitantes; seguida de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, com pouco mais de 11 mil e Salvador, com mais de 7,5 mil índios.


A antropóloga Lúcia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, destaca que desde a colonização, a presença indígena nas cidades é constante, mas, em décadas passadas, a cidade era um espaço proibido.


“Eles iam pras cidades e não diziam que eram indígenas. Ocultavam a origem e também ocultavam as referências culturais, digamos assim”, explica. De acordo com ela, o medo da discriminação e de represálias do antigo Serviço de Proteção ao Índio impedia os indígenas de se apresentarem como tal.


Foi na década de 50, com o desenvolvimento industrial, que o processo de migração para as cidades se intensificou. Moradores do campo seguiam em busca de emprego nas fábricas e, com os indígenas, não foi diferente, conta a professora.


A própria Fundação Nacional do Índio (Funai), que tem como missão promover os direitos dos povos indígenas no Brasil, sofre o preconceito e percebe a situação dos indígenas que moram nas cidades. “Essa questão do preconceito é até com os servidores [da Funai]. Se é com o servidor, imagine para o próprio indígena”, indaga o coordenador regional da Funai em Roraima, Riley Mendes.

Bianca Paiva, Maíra Heinen – repórteres do radiojornalismo – EBC – Agência Brasil, 19/04/2017.

Fonte: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-04/indigenas-na-cidade-pobreza-e-preconceito-marcam-condicao-de-vida>. Acesso em: 10 set. 2017.

A
Indicam o desmatamento como causa da expulsão dos índios das matas brasileiras.
B
Apontam a intervenção do homem branco no cotidiano indígena como fator de exploração.
C
Abordam a dificuldade de manutenção das tradições indígenas mesmo em território próprio.
D
Ilustram a restrição do reconhecimento do indígena como cidadão a um evento do calendário nacional.
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IF Sul - MG 2017 - Português - Uso dos conectivos, Sintaxe

Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza, tem dificuldade de conseguir emprego e a principal renda vem do artesanato”.

A expressão grifada, no trecho acima, estabelece uma relação de sentido marcada pela:

• A questão se refere ao Texto I

Texto I

Indígenas na cidade: pobreza e preconceito marcam condições de vida

Há muito tempo, a floresta amazônica deixou de ser o lar de milhares de indígenas. A escassez de alimentos, o desmatamento e o avanço das cidades sobre as matas são alguns fatores que motivaram povos tradicionais a migrar para áreas urbanas. Em Manaus, no Amazonas, eles podem ser encontrados em todas as regiões da cidade. A Fundação Estadual do Índio estima que de 15 a 20 mil indígenas de diversas etnias vivam em áreas urbanas amazonenses, como os sateré-mawé, apurinã, kokama, miraña, dessana, tukano e piratapuia. “Acredito que 90% dos bairros de Manaus tenham indígenas morando”, informou o presidente da Fundação Estadual do Índio, Raimundo Atroari.


Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza, tem dificuldade de conseguir emprego e a principal renda vem do artesanato. “Geralmente, as comunidades estão localizadas em área de risco. Nunca é numa área boa. A gente sente muita essa dificuldade de viver na cidade. A maioria dos Sateré daqui da aldeia está no trabalho informal, sem carteira assinada. A maior parte fica dentro da aldeia trabalhando com artesanato. A gente consegue gerar uma renda mais no mês de abril quando o público procura. Fora isso a gente fica dependendo de doações”, contou o tuxaua ou cacique Moisés Sateré, líder de uma comunidade no bairro da Paz, zona oeste de Manaus, onde vivem 14 famílias.


A antropóloga Lúcia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, confirma que é comum os indígenas, mesmo em áreas urbanas, viverem em comunidade. “Conforme vai passando o tempo, vem um, vem outro e mais outros, as famílias acabam se juntando em determinado bairro, ou em uma periferia que ninguém morava, e os indígenas foram morar. Você vai ver que nas grandes cidades como Manaus, Campo Grande, Porto Alegre têm bairros eminentemente indígenas, ou segmentos de bairros, ressaltou a antropóloga.”


[...]

Morar em centros urbanos sem ocultar a ancestralidade e as próprias referências é ainda uma luta para mais de 315 mil indígenas, segundo dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 49% do total da população indígena do país.


“Há ainda forte preconceito e discriminação. E os indígenas que moram nas cidades são realmente os que enfrentam a situação assim no dia a dia, constantemente”, conta o presidente da Organização dos Índios da Cidade, de Boa Vista, Eliandro Pedro de Sousa, do povo Wapixana.


Em todo o Brasil, São Paulo é a cidade com maior população indígena, com cerca de 12 mil habitantes; seguida de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, com pouco mais de 11 mil e Salvador, com mais de 7,5 mil índios.


A antropóloga Lúcia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, destaca que desde a colonização, a presença indígena nas cidades é constante, mas, em décadas passadas, a cidade era um espaço proibido.


“Eles iam pras cidades e não diziam que eram indígenas. Ocultavam a origem e também ocultavam as referências culturais, digamos assim”, explica. De acordo com ela, o medo da discriminação e de represálias do antigo Serviço de Proteção ao Índio impedia os indígenas de se apresentarem como tal.


Foi na década de 50, com o desenvolvimento industrial, que o processo de migração para as cidades se intensificou. Moradores do campo seguiam em busca de emprego nas fábricas e, com os indígenas, não foi diferente, conta a professora.


A própria Fundação Nacional do Índio (Funai), que tem como missão promover os direitos dos povos indígenas no Brasil, sofre o preconceito e percebe a situação dos indígenas que moram nas cidades. “Essa questão do preconceito é até com os servidores [da Funai]. Se é com o servidor, imagine para o próprio indígena”, indaga o coordenador regional da Funai em Roraima, Riley Mendes.

Bianca Paiva, Maíra Heinen – repórteres do radiojornalismo – EBC – Agência Brasil, 19/04/2017.

Fonte: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-04/indigenas-na-cidade-pobreza-e-preconceito-marcam-condicao-de-vida>. Acesso em: 10 set. 2017.

A
Explicação: o deslocamento para as grandes cidades não propiciou novas oportunidades de trabalho aos indígenas.
B
Afirmação: o espaço proibido dos grandes centros transforma-se em subterfúgio para os problemas enfrentados nas regiões periféricas de onde os indígenas saem.
C
Concessão: há uma quebra de expectativa, pois a cidade grande não oferece emprego aos índios e, ainda, os marginaliza.
D
Negação: as megalópoles não são os melhores destinos para os quais essa parcela da população deve deslocar-se, visto a falta de infraestrutura que elas apresentam.
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IF Sul - MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com o texto, a presença dos índios nos centros urbanos NÃO se encontra marcada pela:

• A questão se refere ao Texto I

Texto I

Indígenas na cidade: pobreza e preconceito marcam condições de vida

Há muito tempo, a floresta amazônica deixou de ser o lar de milhares de indígenas. A escassez de alimentos, o desmatamento e o avanço das cidades sobre as matas são alguns fatores que motivaram povos tradicionais a migrar para áreas urbanas. Em Manaus, no Amazonas, eles podem ser encontrados em todas as regiões da cidade. A Fundação Estadual do Índio estima que de 15 a 20 mil indígenas de diversas etnias vivam em áreas urbanas amazonenses, como os sateré-mawé, apurinã, kokama, miraña, dessana, tukano e piratapuia. “Acredito que 90% dos bairros de Manaus tenham indígenas morando”, informou o presidente da Fundação Estadual do Índio, Raimundo Atroari.


Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza, tem dificuldade de conseguir emprego e a principal renda vem do artesanato. “Geralmente, as comunidades estão localizadas em área de risco. Nunca é numa área boa. A gente sente muita essa dificuldade de viver na cidade. A maioria dos Sateré daqui da aldeia está no trabalho informal, sem carteira assinada. A maior parte fica dentro da aldeia trabalhando com artesanato. A gente consegue gerar uma renda mais no mês de abril quando o público procura. Fora isso a gente fica dependendo de doações”, contou o tuxaua ou cacique Moisés Sateré, líder de uma comunidade no bairro da Paz, zona oeste de Manaus, onde vivem 14 famílias.


A antropóloga Lúcia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, confirma que é comum os indígenas, mesmo em áreas urbanas, viverem em comunidade. “Conforme vai passando o tempo, vem um, vem outro e mais outros, as famílias acabam se juntando em determinado bairro, ou em uma periferia que ninguém morava, e os indígenas foram morar. Você vai ver que nas grandes cidades como Manaus, Campo Grande, Porto Alegre têm bairros eminentemente indígenas, ou segmentos de bairros, ressaltou a antropóloga.”


[...]

Morar em centros urbanos sem ocultar a ancestralidade e as próprias referências é ainda uma luta para mais de 315 mil indígenas, segundo dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 49% do total da população indígena do país.


“Há ainda forte preconceito e discriminação. E os indígenas que moram nas cidades são realmente os que enfrentam a situação assim no dia a dia, constantemente”, conta o presidente da Organização dos Índios da Cidade, de Boa Vista, Eliandro Pedro de Sousa, do povo Wapixana.


Em todo o Brasil, São Paulo é a cidade com maior população indígena, com cerca de 12 mil habitantes; seguida de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, com pouco mais de 11 mil e Salvador, com mais de 7,5 mil índios.


A antropóloga Lúcia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, destaca que desde a colonização, a presença indígena nas cidades é constante, mas, em décadas passadas, a cidade era um espaço proibido.


“Eles iam pras cidades e não diziam que eram indígenas. Ocultavam a origem e também ocultavam as referências culturais, digamos assim”, explica. De acordo com ela, o medo da discriminação e de represálias do antigo Serviço de Proteção ao Índio impedia os indígenas de se apresentarem como tal.


Foi na década de 50, com o desenvolvimento industrial, que o processo de migração para as cidades se intensificou. Moradores do campo seguiam em busca de emprego nas fábricas e, com os indígenas, não foi diferente, conta a professora.


A própria Fundação Nacional do Índio (Funai), que tem como missão promover os direitos dos povos indígenas no Brasil, sofre o preconceito e percebe a situação dos indígenas que moram nas cidades. “Essa questão do preconceito é até com os servidores [da Funai]. Se é com o servidor, imagine para o próprio indígena”, indaga o coordenador regional da Funai em Roraima, Riley Mendes.

Bianca Paiva, Maíra Heinen – repórteres do radiojornalismo – EBC – Agência Brasil, 19/04/2017.

Fonte: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-04/indigenas-na-cidade-pobreza-e-preconceito-marcam-condicao-de-vida>. Acesso em: 10 set. 2017.

A
dispersão urbana, notadamente nas regiões periféricas das cidades.
B
precariedade financeira, derivada da execução de trabalhos informais.
C
anulação identitária, uma vez que as tradições culturais são esquecidas.
D
resistência ao preconceito, direcionado a eles e àqueles que os protegiam.
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IF Sul - MG 2018 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, História do Brasil

Observe a charge:


                     

Charge de Honoré Daumier, publicada no La Caricature (1832-1834). Disponível em:<http://www.dpedroiv.parquesdesintra.pt/cronologia/1834/maio/26/assinatura-do-tratado-de-evoramonte--no-alentejo/124> . Acesso em: 30/03/2018.


A charge acima retrata uma das constantes críticas feitas ao Imperador Dom Pedro I. Sua impopularidade cresceu gradativamente a partir da imposição da Constituição de 1824 que instalou o poder moderador e transformou o país em uma Monarquia Hereditária disfarçada de constitucional.


Assinale a alternativa que interpreta CORRETAMENTE a charge de Honoré Daumier associada à abdicação do trono por Dom Pedro I em 1831. 

A
A charge apresenta o episódio conhecido como a Noite das Garrafadas ocorrido no dia 13 de março de 1831, quando brasileiros e portugueses entraram em conflito nas ruas do Rio de Janeiro.
B
A charge apresenta a destituição do Ministério de Dom Pedro I composto somente por brasileiros. A destituição reproduzia um sentimento absolutista do imperador que enfrentou uma manifestação no Campo de Santana, exigindo a volta do ministério deposto.
C
A charge apresenta o envolvimento do imperador na crise sucessória de Portugal, iniciada com a morte de Dom João VI, em 1826, passando pela abdicação do trono em favor de sua filha e pelo governo de Dom Miguel como príncipe regente em Portugal.
D
A charge apresenta a disputa entre Brasil e Argentina pelo domínio da Província Cisplatina, iniciada em 1825.
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IF Sul - MG 2018 - História - Guerra Fria e seus desdobramentos, História Geral

Observe a imagem:



Ao final da II Guerra Mundial, o planeta mergulhou na Guerra Fria. Assim, as superpotências conservaram seus exércitos e até os desenvolveram com investimentos gigantescos. Após a vitória dos aliados na II Guerra Mundial, seguiu-se uma série de conferências que indicaram várias diretrizes para o mundo.


A Conferência de Potsdam estabeleceu:

A
a criação do Tribunal de Nuremberg e a desmilitarização da Alemanha.
B
a formação da ONU e a definição da partilha do mundo no pós-guerra.
C
a formação da Liga das Nações e a divisão da Alemanha em blocos de influência capitalista e socialista.
D
a autorização para as potências capitalistas e socialistas desenvolverem suas armas nucleares.
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IF Sul - MG 2018 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

Leia o texto abaixo:


“[...] em 1902, os paulistas organizam o primeiro campeonato de futebol no Brasil. No mesmo ano, surgem os primeiros campos de várzea, que logo se espalham pelos bairros operários; e já em 1908/1910, a várzea paulistana congregava vários e concorridos campeonatos, de forma que São Paulo não é apenas pioneira no futebol “oficial”, mas também (e sobretudo) no “futebol popular”.

JESUS, Gilmar M. Várzeas, operários e futebol: uma outra Geografia. GEOgraphia. Niterói, vol. 4, p. 88-89.


O texto relaciona, entre outros temas, industrialização, operariado e futebol. Assinale a alternativa que indica como a prática do futebol refletia os conflitos sociais que marcaram o Brasil da Primeira República:

A
A prática do futebol foi instrumentalizada pela nascente burguesia e aumentou a necessidade de lazer, assim, o esporte procurava socializar os imigrantes e promover a igualdade social.
B
A prática do futebol era segmentada entre o futebol “popular” e o “oficial”. Entre os clubes de elite, o futebol era visto como elegante e organizado; já entre os populares ou de várzea, como um encontro de vadios e que deveria ser perseguido pela polícia.
C
A prática do futebol transportava o cidadão para um patamar social de igualdade de condições. A indústria agia em prol deste setor, fazendo crescer as agremiações populares e adquirindo o status de mediadora dos conflitos sociais.
D
A prática do futebol igualava o cidadão, não existindo porém conflitos sociais nas agremiações existentes, e o futebol de várzea era visto como trampolim para os grandes clubes brasileiros nos primeiros anos da República no Brasil.
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IF Sul - MG 2018 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

Leia o texto:


O outro exemplo é tirado do Jornal de Notícias (Bahia), de 23 de fevereiro de 1903, e mostra que a intolerância contra a cultura negra atingia até o carnaval: ‘O carnaval deste ano, não obstante o pedido patriótico e civilizador que fez o mesmo, foi ainda a exibição pública do candomblé, salvo raríssimas exceções. Se alguém de fora julgar a Bahia pelo seu carnaval, não pode deixar de colocá-la a par da África e note-se, para nossa vergonha, que aqui se acha hospedada uma comissão de sábios austríacos que, naturalmente, de pena engatilhada, vai registrando estes fatos para divulgar nos jornais da culta Europa, em suas impressões de viagem. [...]”.

                             HAUCK, J. et. AL. A história da Igreja no Brasil. T. II, v. 2. p. 278-287.


Observe a imagem: 


                   

Foliões, Augusto Malta. Carnaval, Rio de Janeiro, 1920. Disponível em:<https://www.pinterest.pt/pin/230105862181537424/>  Acesso em: 30/03/2018.


No cotejamento entre texto e imagem, nota-se a existência de uma batalha pelo espaço público, uma luta social no Brasil Republicano. As principais características desta luta estão expostas CORRETAMENTE em:

A
A batalha pelo espaço público era uma simples luta de confetes e serpentinas, uma forma bem comportada de projeção social e busca da igualdade.
B
Os desfiles de foliões em carros abertos representavam os anseios da população subalterna que descia os morros e eram acolhidos com hospitalidade pelos setores das camadas dominantes.
C
O espaço público era disputado no Carnaval porque as autoridades procuravam transformar a população subalterna em espectadora.
D
A transformação do espaço público ocorre em função dos festejos do Carnaval, que associava a população subalterna e os dominantes em uma grande confraternização humanista.
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IF Sul - MG 2018 - Geografia - Fuso Horário, Cartografia

Fusos horários compreendem a área que em qualquer lugar da faixa teoricamente limitada por dois meridianos conserva a mesma hora referida ao meridiano de origem.



Baseado nas informações, resolva a questão de fuso horário abaixo.


Em uma viagem para reuniões de negócios, um empresário saiu da cidade de São Paulo (45º Oeste), às 16 h do domingo, com destino à cidade de Roma (15º Leste). O itenerário previa as seguintes situações: Depois de 8 horas de viagem, faria uma escala em Londres. Em Londres, o avião ficaria por 3 h e depois partiria para Roma, fazendo mais 3 horas de voo.


De acordo com o exposto, a alternativa que apresenta informações CORRETAS quanto aos horários da viagem é:

A
O horário do pouso do avião em Londres foi às 18 h (hora local). Levantou voo às 23 h e pousou em Roma à 1 h da manhã de segunda-feira.
B
O horário do pouso do avião em Londres foi às 13 h (hora local). Levantou voo às 17 h e pousou em Roma às 20 h do domingo.
C
O horário do pouso do avião em Londres foi às 3 h da manhã de segunda-feira (hora local). Levantou voo às 6 h e pousou em Roma às 10 h da manhã de segunda-feira.
D
O horário do pouso do avião em Londres foi à meia noite (hora local). Levantou voo às 3 h e pousou em Roma às 6 h da manhã de segunda-feira.
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IF Sul - MG 2018 - Geografia - Geografia Física, Meio Ambiente na Geografia, Clima, Mudanças climáticas

Domínios morfoclimáticos são unidades da paisagem natural resultantes da combinação e integração entre relevo, vegetação, solo, clima e hidrografia, que definem determinada porção do território. É a visão do todo em contraposição à análise compartimentada de elementos da natureza.



Sobre os domínios morfoclimáticos brasileiros, analise as afirmativas:

I) A Floresta Amazônica é estratificada e pode ser dividida em áreas de terra firme (as partes mais elevadas da floresta), inundação (as matas ficam permanentemente alagadas) e várzea (são inundadas periodicamente em razão da elevação da pluviosidade).
II) O domínio da Caatinga apresenta solos rasos e pedregosos, muitos dos seus rios têm drenagem intermitente porque são afetados pelo déficit hídrico. Os solos são pedregosos, rasos e com pouco húmus, sua vegetação apresenta características de xerofilia.
III) O domínio do Cerrado é caracterizado por uma estação seca e outra chuvosa. Tem solos ricos em níquel, alumínio e ferro. A vegetação, nas épocas de seca, apresenta raízes que se ramificam em busca de água nos locais mais profundos. Na superfície, a vegetação apresenta árvores e arbustos espaçados, com troncos e galhos retorcidos.
IV) Área extremamente rica em biodiversidade e a mais ameaçada do planeta. A composição original da Mata Atlântica é um mosaico de vegetações com presença de árvores de médio e grande porte, formando uma floresta fechada e densa. Sofre, desde o processo de ocupação do Brasil, grande perda da vegetação nativa. Estima-se que restam entre 6 e 8% de sua vegetação nativa.

Marque a opção VERDADEIRA após análise dos itens:

A
As opções I e II são verdadeiras
B
As opções I, II, III e IV são verdadeiras
C
Apenas as opções I e IV são verdadeiras
D
Apenas a opção IV é verdadeira.
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IF Sul - MG 2018 - Geografia - Pirâmide etária, População

O Brasil possui uma população de mais de 208 milhões de pessoas. Analisar a pirâmide etária brasileira nos fornece importantes informações sobre natalidade, idade média da população, longevidade, entre outros temas.



Sobre a análise da população brasileira, marque a opção CORRETA:

A
Todas as pirâmides apresentam uma elevada taxa de natalidade.
B
O número de homens supera o de mulheres em todos os momentos apresentados nos gráficos.
C
Para 2050, apesar das modificações apresentadas, o Brasil ainda poderá ser classificado como um país “jovem”.
D
A tendência apontada na terceira pirâmide é de um número maior de idosos, sendo as mulheres a maioria. Isso se explica pelo fato de que, no Brasil, a porcentagem de mortes masculinas é maior que a feminina, pois os primeiros fazem maior consumo de álcool, tabagismo e têm mais doenças ligadas ao sobrepeso e também devido à violência urbana.
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IF Sul - MG 2018 - Geografia - Urbanização, Noções Gerais de Urbanização

O espaço geográfico está sempre em processo de construção e de transformação. As ações humanas fazem, ao longo de sua ocupação, novos arranjos sociais e materiais do espaço.


Atualmente, para entendermos o espaço geográfico, que é o principal objeto de análise da Geografia, nos utilizamos dos conceitos que se consolidam como categorias geográficas: território, região, paisagem e lugar. Com base nas informações, marque a opção que expressa informações CORRETAS sobre essas categorias:

A
Lugar – Caracteriza-se principalmente pela valorização das relações de afetividade desenvolvidas pelos indivíduos em relação ao ambiente. É o resultado de significados construídos pela experiência, ou seja, tratam-se de referenciais afetivos desenvolvidos ao longo de nossas vidas.
B
Região – Baseia-se nas relações entre os agentes que interferem na gestão e organização do espaço. Essa delimitação se refere às relações de poder que se estabelecem.
C
Território – espaço que, quando dividido, obedece a critérios específicos. São estabelecidos para facilitar estudos e compreensão de determinados aspectos do espaço.
D
Paisagem – É mais do que um espaço físico controlado pelo Estado. É um objeto de preocupação e análise social. O uso que dela se faz é objeto de análise social.
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IF Sul - MG 2018 - Geografia - Coordenadas Geográficas, Cartografia

A localização precisa de qualquer ponto da superfície do planeta é fornecida pelas coordenadas geográficas, que resultaram do desenvolvimento de técnicas cartográficas para a elaboração de mapas. São linhas imaginárias que foram traçadas com o objetivo de determinar a posição correta dos diversos lugares do planeta.


Os paralelos são linhas imaginárias traçadas sobre a superfície terrestre, que representam cada um dos cortes horizontais; já os meridiano são cada um dos círculos máximos que cortam a terra em duas partes iguais, que passam pelos polos norte e sul.



A partir dos dados, marque as opções com V para as VERDADEIRAS e com F para as FALSAS:


( ) O ponto B é o que se localiza na parte mais austral do planeta.

( ) Os pontos D e B estão localizados no Oceano Atlântico.

( ) O ponto E apresenta as seguintes coordenadas: 40º de latitude norte e 120º de longitude oeste.

( ) O território brasileiro tem a maior parte de suas terras no hemisfério austral.

( ) O ponto E é o que se encontra em maior grau no hemisfério oriental.


A sequência CORRETA será:

A
V V V V V
B
V V F V V
C
F F F V V
D
V F V F V