Questõesde UNESP sobre História

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1b1d49c3-b9
UNESP 2019 - História - História do Brasil, República de 1954 a 1964

    A construção de Brasília pode ser considerada a principal meta do Plano de Metas [...]. Para alguns analistas, a nova capital seria o elemento propulsor de um projeto de identidade nacional comprometido com a modernidade, cuja face mais visível seria a arquitetura modernista de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. Ao mesmo tempo, no entanto, a interiorização da capital faria parte de um antigo projeto de organização espacial do território brasileiro, que visava ampliar as fronteiras econômicas rumo ao Oeste e alavancar a expansão capitalista nacional.


(Marly Motta. “Um presidente bossa-nova”. In: Luciano Figueiredo (org.).

História do Brasil para ocupados, 2013.)



O texto expõe dois significados da construção de Brasília durante o governo de Juscelino Kubitschek. Esses dois significados relacionam-se, pois

A
denotam o esforço de construção de um espaço geográfico brasileiro com o intuito de assegurar o equilíbrio econômico e político entre as várias regiões do país.
B
demonstram o nacionalismo xenófobo do governo Kubitschek e sua disposição de isolar o Brasil dos demais países do continente americano.
C
revelam a importância da redefinição do espaço territorial para a implantação de um projeto de restrições à entrada de capitais e investimentos estrangeiros.
D
explicitam a postura antiliberal do governo Kubitschek e sua intenção de implantar um regime de igualdade social no país.
E
indicam o surgimento de uma expressão arquitetônica original e baseada no modelo de edificação predominante entre os primeiros habitantes do atual Brasil.
1b20c006-b9
UNESP 2019 - História - História Geral, Descolonização Afro-asiática : novos Estados, nova arena internacional

Dois fatores que contribuíram para os processos de emancipação política na África e na Ásia no pós-Segunda Guerra Mundial foram:

A
a defesa chinesa de uma política de neutralidade ante os conflitos regionais e o fim da Guerra Fria, que opunha Estados Unidos e União Soviética.
B
a partilha europeia do continente africano e a crise do petróleo, que obrigou os países ricos a negociar com lideranças políticas da África e do Oriente Médio.
C
o nacionalismo de organizações civis dentro das colônias e o princípio da autodeterminação dos povos, que era defendido pela ONU.
D
a crescente autossuficiência econômica dos países africanos e o surgimento do pan-africanismo, que unificou as lutas no continente.
E
a ascensão econômica dos países do chamado Terceiro Mundo e a ação vietcongue, que expulsou os colonizadores da Indochina francesa.
1b18ed01-b9
UNESP 2019 - História - História da América Latina, Primeira metade do século XX: Revolução Mexicana, peronismo e cardenismo

Observe a gravura.






Produzida no início da década de 1910, a gravura representa a Revolução Mexicana como marcada

A
pela participação feminina e pela recuperação de elementos da tradição pré-colombiana.
B
pela vitória dos projetos revolucionários populares e pela construção de uma nova ordem social.
C
pela negociação político-diplomática e pelos altos índices de assassinatos de mulheres.
D
pela interferência de países estrangeiros e pela perda da autonomia do país.
E
pela repressão governamental e pela imposição de castigos físicos aos revolucionários.
1b11e6cc-b9
UNESP 2019 - História - História Geral, Revoluções Liberais na Europa : Ondas de 1820, 1830 e 1848

    Na Europa, as forças reacionárias que compunham a Santa Aliança não viam com bons olhos a emancipação política das colônias ibéricas na América. […] Todavia, o novo Império do Brasil podia contar com a aliança da poderosa Inglaterra, representada por George Canning, primeiro-ministro do rei Jorge IV. […] Canning acabaria por convencer o governo português a aceitar a soberania do Brasil, em 1825. Uma atitude coerente com o apoio que o governo britânico dera aos EUA, no ano anterior, por ocasião do lançamento da Doutrina Monroe, que afirmava o princípio da não intervenção europeia na América.


(Ilmar Rohloff de Mattos e Luis Affonso Seigneur de Albuquerque.

Independência ou morte: a emancipação política do Brasil, 1991.)



O texto relaciona

A
a restauração das monarquias absolutistas no continente europeu, a industrialização dos Estados Unidos e a constituição da Federação dos Estados Independentes da América Latina.
B
a influência da Igreja católica nos assuntos políticos europeus, o controle britânico dos mares depois do Ato de Navegação e o avanço imperialista dos Estados Unidos sobre o Brasil.
C
a disposição europeia de recolonização da América, o Bloqueio Continental determinado pela França e os acordos de livre-comércio do Brasil com os países hispano-americanos.
D
a penetração dos industrializados britânicos nos mercados europeus, a tolerância portuguesa em relação ao emancipacionismo brasileiro e a independência política dos Estados Unidos.
E
a reorganização da Europa continental depois do período de domínio napoleônico, os processos de independência na América e a ampliação do controle comercial mundial pela Inglaterra.
1b07eaf6-b9
UNESP 2019 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

O texto estabelece a formação do Brasil a partir da navegação marítima, o que implica reconhecer a importância

    Nem existia Brasil no começo dessa história. Existiam o Peru e o México, no contexto pré-colombiano, mas Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, Canadá, não. No que seria o Brasil, havia gente no Norte, no Rio, depois no Sul, mas toda essa gente tinha pouca relação entre si até meados do século XVIII. E há aí a questão da navegação marítima, torna-se importante aprender bem história marítima, que é ligada à geografia. [...] Essa compreensão me deu muita liberdade para ver as relações que Rio, Pernambuco e Bahia tinham com Luanda. Depois a Bahia tem muito mais relação com o antigo Daomé, hoje Benin, na Costa da Mina. Isso formava um todo, muito mais do que o Brasil ou a América portuguesa. [...]

    Nunca os missionários entraram na briga para saber se o africano havia sido ilegalmente escravizado ou não, mas a escravidão indígena foi embargada pelos missionários desde o começo, e isso também é um pouco interesse dos negreiros, ou seja, que a escravidão africana predomine. [...] A escravização tem dois processos: o primeiro é a despersonalização, e o segundo é a dessocialização.


A
da imposição de uma lógica global de comércio e da dissolução das fronteiras entre os territórios colonizados na América.
B
do domínio colonial de Portugal sobre o litoral africano e da intermediação espanhola no tráfico escravagista.
C
do controle das rotas marítimas por navegadores italianos e da conformação do conceito geográfico de Ocidente.
D
da constituição do espaço geográfico do Atlântico Sul e da relação estabelecida entre os continentes americano e africano.
E
do surgimento do tráfico de africanos escravizados e das relações comerciais do Brasil com a América espanhola.
1b0e6dea-b9
UNESP 2019 - História - História Geral, Revolução Intelectual do século XVIII: Iluminismo

    Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a direção suprema da vontade geral, e recebemos, enquanto corpo, cada membro como parte indivisível do todo. [...] um corpo moral e coletivo, composto de tantos membros quantos são os votos da assembleia [...]. Essa pessoa pública, que se forma, desse modo, pela união de todas as outras, tomava antigamente o nome de cidade e, hoje, o de república ou de corpo político, o qual é chamado por seus membros de Estado [...].


(Jean-Jacques Rousseau. Os pensadores, 1983.)



O texto, produzido no âmbito do Iluminismo francês, apresenta a doutrina política do

A
coletivismo, manifesto na rejeição da propriedade privada e na defesa dos programas socialistas de estatização.
B
humanismo, presente no projeto liberal de valorizar o indivíduo e sua realização no trabalho.
C
socialismo, presente na crítica ao absolutismo monárquico e na defesa da completa igualdade socioeconômica.
D
corporativismo, presente na proposta fascista de unir o povo em torno da identidade e da vontade nacional.
E
contratualismo, manifesto na reação ao Antigo Regime e na defesa dos direitos de cidadania.
1aff2fe6-b9
UNESP 2019 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

    A Odisseia choca-se com a questão do passado. Para perscrutar o futuro e o passado, recorre-se geralmente ao adivinho. Inspirado pela musa, o adivinho vê o antes e o além: circula entre os deuses e entre os homens, não todos os homens, mas os heróis, preferencialmente mortos gloriosamente em combate. Ao celebrar aqueles que passaram, ele forja o passado, mas um passado sem duração, acabado.


(François Hartog. Regimes de historicidade:

presentismo e experiências do tempo, 2015. Adaptado.)



O texto afirma que a obra de Homero

A
questiona as ações heroicas dos povos fundadores da Grécia Antiga, pois se baseia na concepção filosófica de physis.
B
valoriza os mitos em que os gregos acreditavam e que estão no fundamento das concepções modernas de tempo e história.
C
é fundadora da ideia de história, pois concebe o passado como um tempo que prossegue no presente e ensina os homens a aprenderem com seus erros.
D
identifica uma forma do pensamento mítico e uma visão de passado estranha à ideia de diálogo entre temporalidades, que caracteriza a história.
E
desenvolve uma abordagem crítica do passado e uma reflexão de caráter racionalista, semelhantes à da filosofia pré-socrática.
1aa4fb5d-b9
UNESP 2019 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Em um estudo publicado em 2005, o historiador Gustavo Acioli Lopes vale-se, no quadro da economia colonial, da expressão “primo pobre” para se referir ao produto derivado das lavouras mencionadas por Antônio Vieira em sua carta. No contexto histórico em que foi escrita a carta, o “primo rico” seria

    No fim da carta de que V. M.1 me fez mercê me manda V. M. diga meu parecer sobre a conveniência de haver neste estado ou dois capitães-mores ou um só governador.

    Eu, Senhor, razões políticas nunca as soube, e hoje as sei muito menos; mas por obedecer direi toscamente o que me parece.

    Digo que menos mal será um ladrão que dois; e que mais dificultoso serão de achar dois homens de bem que um. Sendo propostos a Catão dois cidadãos romanos para o provimento de duas praças, respondeu que ambos lhe descontentavam: um porque nada tinha, outro porque nada lhe bastava. Tais são os dois capitães-mores em que se repartiu este governo: Baltasar de Sousa não tem nada, Inácio do Rego não lhe basta nada; e eu não sei qual é maior tentação, se a 1 , se a 2 . Tudo quanto há na capitania do Pará, tirando as terras, não vale 10 mil cruzados, como é notório, e desta terra há-de tirar Inácio do Rego mais de 100 mil cruzados em três anos, segundo se lhe vão logrando bem as indústrias.

    Tudo isto sai do sangue e do suor dos tristes índios, aos quais trata como tão escravos seus, que nenhum tem liberdade nem para deixar de servir a ele nem para poder servir a outrem; o que, além da injustiça que se faz aos índios, é ocasião de padecerem muitas necessidades os portugueses e de perecerem os pobres. Em uma capitania destas confessei uma pobre mulher, das que vieram das Ilhas, a qual me disse com muitas lágrimas que, dos nove filhos que tivera, lhe morreram em três meses cinco filhos, de pura fome e desamparo; e, consolando-a eu pela morte de tantos filhos, respondeu-me: “Padre, não são esses os por que eu choro, senão pelos quatro que tenho vivos sem ter com que os sustentar, e peço a Deus todos os dias que me os leve também.”

    São lastimosas as misérias que passa esta pobre gente das Ilhas, porque, como não têm com que agradecer, se algum índio se reparte não lhe chega a eles, senão aos poderosos; e é este um desamparo a que V. M. por piedade deverá mandar acudir.

    Tornando aos índios do Pará, dos quais, como dizia, se serve quem ali governa como se foram seus escravos, e os traz quase todos ocupados em seus interesses, principalmente no dos tabacos, obriga-me a consciência a manifestar a V. M. os grandes pecados que por ocasião deste serviço se cometem.

(Sérgio Rodrigues (org.). Cartas brasileiras, 2017. Adaptado.)

1V. M.: Vossa Majestade.

A
o açúcar.
B
o pau-brasil.
C
o café.
D
o ouro.
E
o algodão.
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UNESP 2013 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil

Em 1977, o Regime Militar, por meio da Agência Nacional de Comunicação, lançou uma propaganda que ensinava a população a fazer um cata-vento verde-amarelo e convocava-a a sair às ruas com esses brinquedos para comemorar a Semana da Pátria. Por meio de uma charge, o cartunista Henfil ironizou essa iniciativa do governo, sublinhando um outro problema enfrentado pelo país nessa época.


(IstoÉ,19.10.1977. Adaptado.)


Considerando o contexto histórico no qual a charge se insere, é correto afirmar que o cartunista chamava a atenção para

A
a alienação social frente à falta de planejamento econômico.
B
o gasto excessivo do governo no setor da energia eólica.
C
a falta de investimento público no setor de transporte.
D
os impactos ambientais em decorrência da mecanização.
E
a abertura econômica do país ao capital estrangeiro.
9225d478-af
UNESP 2013 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil

Eu acho que a anistia foi a solução, mas ela não foi completa. Quer dizer, não podiam ser anistiados aqueles que mataram torturando, porque esse é um crime inafiançável. Quem mata calmamente, friamente, tem de sofrer um processo e tem de sofrer também as consequências do seu ato. Isso nunca foi executado no Brasil como foi executado na Argentina com todos os generais. O Brasil fez uma anistia pela metade, mas nós ficamos contentes porque não houve derramamento de sangue.


(D. Paulo Evaristo Arns. Cult, março de 2004.)


Segundo a declaração de D. Paulo Evaristo Arns, Arcebispo de São Paulo entre 1970 e 1998, a Lei da Anistia no Brasil, de 1979,

A
perdoou opositores e defensores do regime militar e, a despeito de suas imperfeições, impediu confrontos e mortes entre setores políticos rivais.
B
inspirou-se na lei de anistia argentina, que julgou e condenou militares que mataram e torturaram durante o regime militar.
C
foi inútil, uma vez que não puniu aqueles que atuaram, durante o regime militar, nos órgãos de repressão política e policial.
D
foi equivocada, pois determinou o posterior levantamento, análise e julgamento dos crimes cometidos durante o período do regime militar.
E
beneficiou os opositores do regime militar e condenou aqueles que os reprimiram por meio da violência e da tortura.
921dc412-af
UNESP 2013 - História - História Geral, Segunda Grande Guerra – 1939-1945

Ao mencionar a aliança temporária e bizarra entre capitalismo liberal e comunismo, o texto refere-se

    Enquanto a economia balançava, as instituições da democracia liberal praticamente desapareceram entre 1917 e 1942; restou apenas uma borda da Europa e partes da América do Norte e da Austrália. Enquanto isso, avançavam o fascismo e seu corolário de movimentos e regimes autoritários.
   A democracia só se salvou porque, para enfrentá-lo, houve uma aliança temporária e bizarra entre capitalismo liberal e comunismo [...]. Uma das ironias deste estranho século é que o resultado mais duradouro da Revolução de Outubro, cujo objetivo era a derrubada global do capitalismo, foi salvar seu antagonista, tanto na guerra quanto na paz, fornecendo-lhe o incentivo — o medo — para reformar-se após a Segunda Guerra Mundial [...].

(Eric Hobsbawm. Era dos extremos, 1995.)
A
ao esforço conjunto de União Soviética, França, Inglaterra e Estados Unidos na reunificação da Alemanha, após a Segunda Guerra Mundial.
B
à articulação militar que uniu Estados Unidos e União Soviética, na Segunda Guerra Mundial, contra os países do Eixo.
C
à constituição da Entente que, na Primeira Guerra Mundial, permitiu que países do Ocidente e a Rússia lutassem lado a lado contra a Alemanha.
D
à corrida armamentista entre União Soviética e Estados Unidos, que estimulou o crescimento econômico e industrial dos dois países.
E
aos acordos de paz que, ao final das duas guerras mundiais, ampliaram a influência política e comercial da Rússia e dos países liberais europeus.
920a4938-af
UNESP 2013 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

A alteração na relação entre o governo português e o Brasil, mencionada no texto, pode ser notada, por exemplo

        Com a vinda da Corte, pela primeira vez, desde o início da colonização, configuravam-se nos trópicos portugueses preocupações próprias de uma colônia de povoamento e não apenas de exploração ou feitoria comercial, pois que no Rio teriam que viver e, para sobreviver, explorar “os enormes recursos naturais” e as potencialidades do Império nascente, tendo em vista o fomento do bem-estar da própria população local.


(Maria Odila Leite da Silva Dias.

A interiorização da metrópole e outros estudos, 2005.)

A
na redução dos impostos sobre a exportação do açúcar e do algodão, no reforço do sistema colonial e na maior integração do território brasileiro.
B
no estreitamento dos vínculos diplomáticos com os Estados Unidos, na instalação de um modelo federalista e na modernização dos portos.
C
na ampliação do comércio com as colônias espanholas do Rio da Prata, na reurbanização do Rio de Janeiro e na redução do contingente do funcionalismo público.
D
na abertura de estradas, na melhoria das comunicações entre as capitanias e no maior aparelhamento militar e policial.
E
no restabelecimento de laços comerciais com França e Inglaterra, na fundação de casas bancárias e no aprimoramento da navegação de cabotagem.
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UNESP 2013 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

[...] até a década de 1870, apesar das pressões, os escravos continuavam a ser a mão de obra fundamental para a lavoura brasileira, sendo que nessa época todos os 643 municípios do Império [...] ainda continham escravos.


(Lilia Moritz Schwarcz. Retrato em branco e negro, 1987.)


A redução da importância do trabalho escravo, ocorrida após 1870, deveu-se, entre outros fatores,

A
ao aumento das fugas e rebeliões escravas e ao crescimento das correntes migratórias em direção ao Brasil.
B
ao desinteresse dos cafeicultores do Vale do Paraíba em manter escravos e à intensa propaganda abolicionista direcionada aos próprios escravos.
C
à firme oposição da Igreja Católica ao escravismo e ao temor de que se repetisse, no Brasil, uma revolução escrava como a que ocorrera em Cuba.
D
à pressão inglesa e francesa pelo fim do tráfico e à dificuldade de adaptação do escravo ao trabalho na lavoura do café.
E
à diminuição do preço do escravo no mercado interno e à atuação abolicionista da Guarda Nacional.
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UNESP 2013 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

A vinda da Corte portuguesa para o Brasil, ocorrida em 1808 e citada no texto, foi provocada, sobretudo,

        Com a vinda da Corte, pela primeira vez, desde o início da colonização, configuravam-se nos trópicos portugueses preocupações próprias de uma colônia de povoamento e não apenas de exploração ou feitoria comercial, pois que no Rio teriam que viver e, para sobreviver, explorar “os enormes recursos naturais” e as potencialidades do Império nascente, tendo em vista o fomento do bem-estar da própria população local.


(Maria Odila Leite da Silva Dias.

A interiorização da metrópole e outros estudos, 2005.)

A
pelo fim da ocupação francesa em Portugal e pelo projeto, defendido pelos liberais portugueses, de iniciar a gradual descolonização do Brasil.
B
pela pressão comercial espanhola e pela disposição, do príncipe regente, de impedir a expansão e o sucesso dos movimentos emancipacionistas na colônia.
C
pelo interesse de expandir as fronteiras da colônia, avançando sobre terras da América Espanhola, para assegurar o pleno domínio continental do Brasil.
D
pela invasão francesa em Portugal e pela proximidade e aliança do governo português com a política da Inglaterra.
E
pela intenção de expandir, para a América, o projeto de união ibérica, reunindo, sob a mesma administração colonial, as colônias espanholas e o Brasil.
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UNESP 2013 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

A disputa pelo Acre, entre Brasil e Bolívia, na passagem do século XIX para o XX, envolveu

A
guerra entre os dois países, que durou mais de dez anos e provocou a destruição de boa parte das áreas de plantio e extrativismo na região.
B
atuação militar e política da Grã-Bretanha, que mediou as negociações entre os países sul-americanos e estabeleceu a hegemonia britânica na região amazônica.
C
interesses dos dois países relacionados à exploração do látex, que atraíra grande contingente de brasileiros para a região, na segunda metade do século XIX.
D
intervenção dos Estados Unidos, que aproveitaram o conflito entre os países sul-americanos para assumir o controle sobre a exploração do gás natural boliviano.
E
conflitos armados, que se alastraram por toda a região amazônica no princípio do século XX e dos quais participaram, também, a Colômbia e a Venezuela.
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UNESP 2013 - História - História Geral, Ocupação de novos territórios: Colonialismo, Imperialismo e Colonialismo do século XIX

As redes de comércio, os fortes costeiros, as relações tecidas ao longo dos séculos entre comerciantes europeus e chefes africanos, continuaram a ser o sustentáculo do fornecimento de mercadorias para os europeus, só que agora estas não eram mais pessoas, e sim matérias-primas.


(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)


O texto refere-se à redefinição das relações comerciais entre europeus e africanos, ocorrida quando

A
portugueses e espanhóis libertaram suas colônias africanas e permitiram que elas comercializassem marfim, café e outros produtos livremente com o resto do mundo.
B
norte-americanos passaram a estimular a independência das colônias africanas, para ampliar o mercado consumidor de seus tecidos e produtos alimentícios.
C
ingleses e holandeses estabeleceram amplo comércio escravista entre os dois litorais do Atlântico Sul.
D
ingleses e franceses buscaram resinas, tinturas e outros produtos na África e desestimularam o comércio escravista.
E
portugueses e espanhóis conquistaram e colonizaram as costas leste e oeste da África.
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UNESP 2013 - História - História Geral, Período Entre-Guerras: Revolução Russa de 1917, Período Entre-Guerras: Totalitarismos, Período Entre-Guerras; Crise de 1929 e seus desdobramentos, Segunda Grande Guerra – 1939-1945

Segundo o texto, a economia balançava e as instituições da democracia liberal praticamente desapareceram entre 1917 e 1942, devido

    Enquanto a economia balançava, as instituições da democracia liberal praticamente desapareceram entre 1917 e 1942; restou apenas uma borda da Europa e partes da América do Norte e da Austrália. Enquanto isso, avançavam o fascismo e seu corolário de movimentos e regimes autoritários.
   A democracia só se salvou porque, para enfrentá-lo, houve uma aliança temporária e bizarra entre capitalismo liberal e comunismo [...]. Uma das ironias deste estranho século é que o resultado mais duradouro da Revolução de Outubro, cujo objetivo era a derrubada global do capitalismo, foi salvar seu antagonista, tanto na guerra quanto na paz, fornecendo-lhe o incentivo — o medo — para reformar-se após a Segunda Guerra Mundial [...].

(Eric Hobsbawm. Era dos extremos, 1995.)
A
à crise financeira que culminou com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque e à ascensão de projetos totalitários de direita.
B
ao avanço do socialismo no continente africano e ao armamentismo alemão após a chegada dos nazistas ao poder.
C
à ascensão econômico-financeira dos Estados Unidos e à Guerra Fria entre Ocidente capitalista e Oriente socialista.
D
ao desenvolvimento do capitalismo industrial na Rússia e à derrota alemã na Segunda Guerra Mundial.
E
ao fim das democracias liberais no Ocidente e ao surgimento de Estados islâmicos no Oriente Médio e Sul asiático.
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UNESP 2013 - História - História Geral, Antiguidade Oriental (Egípcios, Mesopotâmicos, Persas, Indianos e Chineses)

[Na Mesopotâmia,] todos os bens produzidos pelos próprios palácios e templos não eram suficientes para seu sustento. Assim, outros rendimentos eram buscados na exploração da população das aldeias e das cidades. As formas de exploração eram principalmente duas: os impostos e os trabalhos forçados.

(Marcelo Rede. A Mesopotâmia, 2002.)


Entre os trabalhos forçados a que o texto se refere, podemos mencionar a

A
internação de doentes e loucos em áreas rurais, onde deviam cuidar das plantações de algodão, cevada e sésamo.
B
utilização de prisioneiros de guerra como artesãos ou pastores de grandes rebanhos de gado bovino e caprino.
C
escravidão definitiva dos filhos mais velhos das famílias de camponeses, o que caracterizava o sistema econômico mesopotâmico como escravista.
D
servidão por dívidas, que provocava a submissão total, pelo resto da vida, dos devedores aos credores.
E
obrigação de prestar serviços, devida por toda a população livre, nas obras realizadas pelo rei, como templos ou muralhas.
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UNESP 2013 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

“Servir” ou, como também se dizia, “auxiliar”, – “proteger”: era nestes termos tão simples que os textos mais antigos resumiam as obrigações recíprocas do fiel armado e do seu chefe.


(Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.)


O mais importante dos deveres que, na sociedade feudal, o vassalo tinha em relação ao seu senhor era:

A
o respeito à hierarquia e à unicidade de homenagens, que determinava que cada vassalo só podia ter um senhor.
B
o auxílio na guerra, participando pessoalmente, montado e armado, nas ações militares desenvolvidas pelo senhor.
C
a proteção policial das aldeias e cidades existentes nos arredores do castelo de seu senhor.
D
a participação nos torneios e festejos locais, sem que o vassalo jamais levantasse suas armas contra seu senhor.
E
a servidão, trabalhando no cultivo das terras do senhor e pagando os tributos e encargos que lhe eram devidos.
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UNESP 2018 - História - História Geral, Período Entre-Guerras: Totalitarismos

– Então, todos os alemães dessa época são culpados?
– Esta pergunta surgiu depois da guerra e permanece até hoje. Nenhum povo é coletivamente culpado. Os alemães contrários ao nazismo foram perseguidos, presos em campos de concentração, forçados ao exílio. A Alemanha estava, como muitos outros países da Europa, impregnada de antissemitismo, ainda que os antissemitas ativos, assassinos, fossem apenas uma minoria. Estima-se hoje que cerca de 100000 alemães participaram de forma ativa do genocídio. Mas o que dizer dos outros, os que viram seus vizinhos judeus serem presos ou os que os levaram para os trens de deportação?

(Annette Wieviorka. Auschwitz explicado à minha filha, 2000. Adaptado.)

Ao tratar da atitude dos alemães frente à perseguição nazista aos judeus, o texto defende a ideia de que

A
os alemães comportaram-se de forma diversa perante o genocídio, mas muitos mostraram-se tolerantes diante do que acontecia no país.
B
esse tema continua presente no debate político alemão, pois inexistem fontes documentais que comprovem a ocorrência do genocídio.
C
esse tema foi bastante discutido no período do pós-guerra, mas é inadequado abordá-lo hoje, pois acentua as divergências políticas no país.
D
os alemães foram coletivamente responsáveis pelo genocídio judaico, pois a maioria da população teve participação direta na ação.
E
os alemães defendem hoje a participação de seus ancestrais no genocídio, pois consideram que tal atitude foi uma estratégia de sobrevivência.