O texto estabelece a formação do Brasil a partir da navegação marítima, o que implica reconhecer a importância
Nem existia Brasil no começo dessa história. Existiam o
Peru e o México, no contexto pré-colombiano, mas Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, Canadá, não. No que seria o Brasil, havia gente no Norte, no Rio, depois no Sul, mas
toda essa gente tinha pouca relação entre si até meados
do século XVIII. E há aí a questão da navegação marítima,
torna-se importante aprender bem história marítima, que é
ligada à geografia. [...] Essa compreensão me deu muita liberdade para ver as relações que Rio, Pernambuco e Bahia
tinham com Luanda. Depois a Bahia tem muito mais relação
com o antigo Daomé, hoje Benin, na Costa da Mina. Isso
formava um todo, muito mais do que o Brasil ou a América
portuguesa. [...]
Nunca os missionários entraram na briga para saber se
o africano havia sido ilegalmente escravizado ou não, mas a
escravidão indígena foi embargada pelos missionários desde o começo, e isso também é um pouco interesse dos negreiros, ou seja, que a escravidão africana predomine. [...] A
escravização tem dois processos: o primeiro é a despersonalização, e o segundo é a dessocialização.
Nem existia Brasil no começo dessa história. Existiam o Peru e o México, no contexto pré-colombiano, mas Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, Canadá, não. No que seria o Brasil, havia gente no Norte, no Rio, depois no Sul, mas toda essa gente tinha pouca relação entre si até meados do século XVIII. E há aí a questão da navegação marítima, torna-se importante aprender bem história marítima, que é ligada à geografia. [...] Essa compreensão me deu muita liberdade para ver as relações que Rio, Pernambuco e Bahia tinham com Luanda. Depois a Bahia tem muito mais relação com o antigo Daomé, hoje Benin, na Costa da Mina. Isso formava um todo, muito mais do que o Brasil ou a América portuguesa. [...]
Nunca os missionários entraram na briga para saber se o africano havia sido ilegalmente escravizado ou não, mas a escravidão indígena foi embargada pelos missionários desde o começo, e isso também é um pouco interesse dos negreiros, ou seja, que a escravidão africana predomine. [...] A escravização tem dois processos: o primeiro é a despersonalização, e o segundo é a dessocialização.