Questõesde FGV sobre Período Colonial: produção de riqueza e escravismo

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FGV 2020 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

De acordo com o processo de formação do território brasileiro, a ocupação dos sertões nos séculos XVII e XVIII realizou-se com

A
a revogação do Tratado de Tordesilhas entre Portugal e Espanha.
B
o estabelecimento de feitorias para abastecer populações tradicionais.
C
a opção colonial pelo povoamento da América do Sul.
D
o desenvolvimento das atividades pecuária e mineradora.
E
a abertura de novas fazendas cafeeiras pelos colonos italianos.
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FGV 2015 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo

[...] se o interesse da Coroa estava centralizado na atividade minerária, ela não poderia negligenciar outras atividades que garantissem sua manutenção e continuidade. É nesse contexto que a agricultura deve ser vista integrando os mecanismos necessários ao processo de colonização desenvolvidos na própria Colônia, uma vez que, voltada para o consumo interno, era um meio de garantir a reprodução da estrutura social, além de permitir a redução dos custos com a manutenção da força de trabalho escrava.

Guimarães, C. M. e REIS, F. M. da M. “Agricultura e mineração no século XVIII”,
in Resende, m.e.l. e VILLALTA, L.C. (orgs.) História de Minas Gerais. As minas setecentistas.
Belo Horizonte: Autêntica Editora/Companhia do Tempo, 2007, p. 323. 


Assinale a alternativa que interpreta corretamente o texto.  

A
Para o desenvolvimento das atividades de exploração das minas foi decisiva a permissão dada pela metrópole ao desenvolvimento técnico e industrial da região.
B
Os caminhos entre as minas e Salvador, além de escoar a produção mineradora e permitir a entrada de escravos, ficaram marcados pelo aparecimento de importantes vilas e povoados.
C
A produção agrícola na região das minas desenvolveu-se a ponto de se tornar um dos principais itens da pauta de produtos exportados no período colonial.
D
Apesar do crescimento da agricultura e da pecuária, o mercado interno não se desenvolveu no Brasil colonial, cuja produção se manteve estritamente voltada ao mercado externo.
E
As atividades agrícolas e a pecuária desenvolveram-se de certo modo integradas ao desenvolvimento da mineração e da urbanização da região mineradora.
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FGV 2013 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Dos engenhos, uns se chamam reais, outros inferiores, vulgarmente engenhocas. Os reais ganharam este apelido por terem todas as partes de que se compõem e todas as oficinas, perfeitas, cheias de grande número de escravos, com muitos canaviais próprios e outros obrigados à moenda; e principalmente por terem a realeza de moerem com água, à diferença de outros, que moem com cavalos e bois e são menos providos e aparelhados; ou, pelo menos, com menor perfeição e largueza, das oficinas necessárias e com pouco número de escravos, para fazerem, como dizem, o engenho moente e corrente.

ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp. 1982, p. 69.

O texto oferece uma descrição dos engenhos no Brasil no início do século XVIII. A esse respeito é correto afirmar:

A
O engenho de açúcar foi a principal unidade econômica do sertão nordestino durante o período colonial, permitindo a ocupação dos territórios situados entre o rio São Francisco e o rio Parnaíba.
B
A produção de açúcar no nordeste brasileiro colonial, em larga escala, foi possível graças à implantação do sistema de fábrica e ao uso do vapor como força motriz nas moendas.
C
Os engenhos da Bahia utilizavam, sobretudo, mão de obra escrava africana, enquanto que nos engenhos pernambucanos predominava o trabalho indígena
D
Os grandes engenhos desenvolviam todas as etapas de produção do açúcar, do plantio, passando pela moagem, a purga, a secagem e até a embalagem.
E
E A produção de açúcar no sistema de “plantation” ficou restrita aos domínios lusitanos das Américas, durante a época colonial, o que garantiu bons lucros aos produtores locais e aos comerciantes reinóis.
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FGV 2013 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Dos engenhos, uns se chamam reais, outros inferiores, vulgarmente engenhocas. Os reais ganharam este apelido por terem todas as partes de que se compõem e todas as oficinas, perfeitas, cheias de grande número de escravos, com muitos canaviais próprios e outros obrigados à moenda; e principalmente por terem a realeza de moerem com água, à diferença de outros, que moem com cavalos e bois e são menos providos e aparelhados; ou, pelo menos, com menor perfeição e largueza, das oficinas necessárias e com pouco número de escravos, para fazerem, como dizem, o engenho moente e corrente.


ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp. 1982, p. 69.


O texto oferece uma descrição dos engenhos no Brasil no início do século XVIII. A esse respeito é correto afirmar:

A
O engenho de açúcar foi a principal unidade econômica do sertão nordestino durante o período colonial, permitindo a ocupação dos territórios situados entre o rio São Francisco e o rio Parnaíba.
B
A produção de açúcar no nordeste brasileiro colonial, em larga escala, foi possível graças à implantação do sistema de fábrica e ao uso do vapor como força motriz nas moendas.
C
Os engenhos da Bahia utilizavam, sobretudo, mão de obra escrava africana, enquanto que nos engenhos pernambucanos predominava o trabalho indígena.
D
Os grandes engenhos desenvolviam todas as etapas de produção do açúcar, do plantio, passando pela moagem, a purga, a secagem e até a embalagem.
E
A produção de açúcar no sistema de “plantation” ficou restrita aos domínios lusitanos das Américas, durante a época colonial, o que garantiu bons lucros aos produtores locais e aos comerciantes reinóis.
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FGV 2015 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Reverendo padre reitor, eu, Manoel Beckman, como procurador eleito por aquele povo aqui presente, venho intimar a vossa reverência, e mais religiosos assistentes no Maranhão, como justamente alterados pelas vexações que padece por terem vossas paternidades o governo temporal dos índios das aldeias, se tem resolvido a lançá-los fora assim do espiritual como do temporal, então e não tem falta ao mau exemplo de sua vida, que por esta parte não tem do que se queixar de vossas paternidades; portanto, notifico a alterado povo, que se deixem estar recolhidos ao Colégio, e não saiam para fora dele para evitar alterações e mortes, que por aquela via se poderiam ocasionar; e entretanto ponham vossas paternidades cobro em seus bens e fazendas, para deixá-las em mãos de seus procuradores que lhes forem dados, e estejam aparelhados para o todo tempo e hora se embarcarem para Pernambuco, em embarcações que para este efeito lhes forem concedidas.
João Felipe Bettendorff, Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão. 2ª Edição, Belém: SECULT, 1990, p.360.

O movimento liderado por Manuel Beckman no Maranhão, em 1684, foi motivado pela

A
proibição do ensino laico no Brasil colonial e pelas pressões que os jesuítas realizavam para impedir a sua liberação.
B
questão da mão de obra indígena e pela insatisfação de colonos com as atividades da Companhia de Comércio do Maranhão.
C
ameaça dos jesuítas de abandonarem a região e pela catequese dos povos indígenas sob a sua guarda.
D
crítica dos colonos maranhenses ao apoio dos jesuítas aos interesses espanhóis e holandeses na região.
E
tentativa dos jesuítas em aumentar o preço dos escravos indígenas, contrariando os interesses dos colonos maranhenses.
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FGV 2016 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

A economia colonial na América portuguesa esteve assentada, principalmente, na produção em larga escala voltada ao abastecimento dos mercados europeus, visando atender aos interesses metropolitanos. Mesmo assim, na colônia, desenvolveu-se o mercado interno que teve como uma de suas características

A
o intenso comércio de manufaturados produzidos no Rio de Janeiro.
B
a comercialização de pedras preciosas na Zona da Mata.
C
a venda de gêneros alimentícios em São Paulo provenientes do Nordeste.
D
a circulação de tropeiros que ligava o Sul à região de Sorocaba.
E
as transações imobiliárias envolvendo fazendas pecuaristas na Amazônia.
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FGV 2017 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

A Lei de Terras de 1850, por exemplo, que fora apresentada pela primeira vez em 1843, visava organizar o país para o fim eventual do trabalho escravo – tendo sido votada poucos dias após a interrupção do tráfico.

SCHWARCZ, L.M. e STARLING, H.M., Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 274.


Acerca da Lei de Terras e do processo politico e social a ela associado é correto afirmar:

A
O fim do tráfico significou, na prática, o fim da escravidão no território brasileiro.
B
A Lei de Terras impedia a livre ocupação agrária por homens livres pobres no Brasil.
C
A Lei de Terras e o fim do tráfico permitiram a constituição de pequenas e médias propriedades no Brasil.
D
A Lei de Terras no Brasil teve as mesmas implicações que a Homestead Act, promulgada nos Estados Unidos em 1862.
E
A Lei de Terras previa a distribuição de terras não ocupadas a ex-escravos que se dispusessem a cultivá-las.
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FGV 2015 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Reverendo padre reitor, eu, Manoel Beckman, como procurador eleito por aquele povo aqui presente, venho intimar a vossa reverência, e mais religiosos assistentes no Maranhão, como justamente alterados pelas vexações que padece por terem vossas paternidades o governo temporal dos índios das aldeias, se tem resolvido a lançá-los fora assim do espiritual como do temporal, então e não tem falta ao mau exemplo de sua vida, que por esta parte não tem do que se queixar de vossas paternidades; portanto, notifico a alterado povo, que se deixem estar recolhidos ao Colégio, e não saiam para fora dele para evitar alterações e mortes, que por aquela via se poderiam ocasionar; e entretanto ponham vossas paternidades cobro em seus bens e fazendas, para deixá-las em mãos de seus procuradores que lhes forem dados, e estejam aparelhados para o todo tempo e hora se embarcarem para Pernambuco, em embarcações que para este efeito lhes forem concedidas.

João Felipe Bettendorff, Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão. 2ª Edição, Belém: SECULT, 1990, p.360.

O movimento liderado por Manuel Beckman no Maranhão, em 1684, foi motivado pela

A
proibição do ensino laico no Brasil colonial e pelas pressões que os jesuítas realizavam para impedir a sua liberação.
B
questão da mão de obra indígena e pela insatisfação de colonos com as atividades da Companhia de Comércio do Maranhão.
C
ameaça dos jesuítas de abandonarem a região e pela catequese dos povos indígenas sob a sua guarda.
D
crítica dos colonos maranhenses ao apoio dos jesuítas aos interesses espanhóis e holandeses na região.
E
tentativa dos jesuítas em aumentar o preço dos escravos indígenas, contrariando os interesses dos colonos maranhenses.
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FGV 2015, FGV 2015 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

     “Caso tomemos o exemplo do Rio de Janeiro (...), iremos perceber de imediato que se trata de uma região caracterizada por forte concentração de riqueza em poucas mãos. Os círculos dos mais ricos – 14% das pessoas – chegaram a ter três quartos da riqueza inventariada. (...) Entre fins do século XVIII e a primeira metade do século XIX, eles chegaram a dominar 95% dos valores transacionados nos empréstimos (...).

     Era dentro dessa elite que se situava o pequeno grupo formado pelos negociantes de grande envergadura, cujas fortunas foram constituídas por meio do comércio transoceânico e no comércio colonial de longa distância. (...)

     Uma vez acumuladas tais fortunas, verifica-se que parte desses homens de negócios (ou seus filhos) abandonava o comércio, convertendo-se em rentistas (pessoas que vivem de rendas, como, por exemplo, do aluguel de imóveis urbanos) ou em grandes senhores de terras e de escravos. Curiosamente, ao fazerem isso, estavam perdendo dinheiro, já que os ganhos do tráfico atlântico de escravos (19% por viagem) eram superiores aos lucros da plantation (de 5% a 10% ao ano).

     O que havia por trás de um movimento de reconversão em si mesmo inusitado?"

(João Fragoso et al., A economia colonial brasileira (séculos XVI-XIX). 1998) Esse “movimento de reconversão" pode ser explicado

A
pelos extorsivos impostos cobrados aos traficantes de escravos e aos comerciantes em geral e pelas restrições de oferta de títulos de nobreza para os homens que não tivessem grandes propriedades fundiárias.
B
pela radical transformação da economia colonial desde meados do século XVIII, que permitiu uma acumulação de capital maior na atividade manufatureira, e pela decadência da produção aurífera, em Minas Gerais e em Goiás.
C
por um considerável ideal aristocratizante de uma parcela da elite colonial brasileira, que almejava um afastamento relativo do mundo do trabalho, e pela busca de maiores garantias para o patrimônio constituído por meio do comércio.
D
pela legislação presente nas Ordenações Filipinas, que estabelecia uma hierarquia social a partir da origem principal da riqueza e pelas restrições ao tráfico de escravos, instituídas a partir de 1810.
E
pela proibição dos comerciantes em participar das Câmaras Municipais, como eleitores e como elegíveis, e pela condenação feita pela Igreja Católica contra os ganhos obtidos por meio de lucros gananciosos e de juros altos.
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FGV 2014 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Caracteriza a agricultura colonial no Brasil do final do século XVIII:

A
a importância alcançada pela produção de tabaco em São Paulo e em Minas Gerais, que ocorreu após o Conselho Ultramarino ter permitido esse cultivo, o que favoreceu a sua troca com manufaturas inglesas e francesas.
B
um novo produto, o trigo, foi beneficiado pela estrutura originada da Revolução Industrial, que aprofundou a divisão entre os papéis a serem exercidos pelas nações, isto é, as ricas, produtoras de industrializados e, as pobres, de matérias-primas.
C
o valor especial adquirido pelo extrativismo no Norte do Brasil, com o guaraná, que concorreu com os produtos agrícolas tradicionais, como o açúcar, permitiu um rápido desenvolvimento dessa região e a sua articulação com o restante da colônia.
D
o revigoramento da produção de açúcar e o desenvolvimento do cultivo do algodão decorrentes, principalmente, de alguns fatos internacionais importantes, em especial, a independência das treze colônias inglesas e a Revolução Haitiana.
E
o aparecimento do café na pauta de exportações coloniais, o que revolucionou as relações entre o Estado português e a elite escravista, pois a sustentação econômica da metrópole exigiu o abrandamento das restrições mercantilistas.