Questõesde ENEM sobre História do Brasil
Escravo fugido
No dia 8 de Outubro do anno proximo
passado fugio da fazenda do Bom Retiro, propriedade do dr. Francisco Antonio de Araújo,
o escravo José, pardo claro, de 22 annos de
idade, estatura regular, cheio de corpo, com
a falta de um dente na frente do lado superior, cabellos avermelhados, orelha roxa,
falla macia, e andar vagaroso. Intitula-se
forro, e quando fugio a primeira vez esteve
contratado como camarada em uma fazenda
em Capivary.
Quem o aprehender e entregar ao seu senhor no Amparo, ou o recolher a cadêa em
qualquer parte será bem gratificado, e protesta-se com todo o rigor da lei contra quem o
ac outar.15 - 13
Escravo fugido. Jornal Correio Paulistano, 13 de abril de 1879. Disponível em:http://bndigital.bn.gov.br. Acesso em: 2 ago. 2019 (adaptado).
No anúncio publicado na segunda metade do século XIX, qual a estratégia de resistência escrava apresentada?
TEXTO I


EIGENHEER, E.M.Lixo: a limpeza urbana através dos tempos. Porto Alegre: Gráfica Palloti, 2009.
TEXTO II
A repugnante tarefa de carregar lixo e os dejetos da casa para as praças e praias era geralmente destinada ao único escravo da família ou ao de menor status ou valor. Todas as noites, depois das dez horas, os escravos conhecidos popularmente como “tigres” levavam tubos ou barris de excremento e lixo sobre a cabeça pelas ruas do Rio.
KARASCH, M. C. A vida dos escravos no Rio de Janeiro, 1808-1850.
Rio de Janeiro: Cia. das Letras, 2000.
A ação representada na imagem e descrita no texto evidencia uma prática do cotidiano nas cidades no Brasil nos séculos XVIII e XIX caracterizada pela
TEXTO I
EIGENHEER, E.M.Lixo: a limpeza urbana através dos tempos. Porto Alegre: Gráfica Palloti, 2009.
TEXTO II
A repugnante tarefa de carregar lixo e os dejetos da casa para as praças e praias era geralmente destinada ao único escravo da família ou ao de menor status ou valor. Todas as noites, depois das dez horas, os escravos conhecidos popularmente como “tigres” levavam tubos ou barris de excremento e lixo sobre a cabeça pelas ruas do Rio.
KARASCH, M. C. A vida dos escravos no Rio de Janeiro, 1808-1850.
Rio de Janeiro: Cia. das Letras, 2000.
A ação representada na imagem e descrita no texto evidencia uma prática do cotidiano nas cidades no Brasil nos séculos XVIII e XIX caracterizada pela
O governo Vargas, principalmente durante o Estado Novo (1937-1945), pretendeu construir um Estado capaz de criar uma nova sociedade. Uma dimensão-chave desse projeto tinha no território seu foco principal. Não por acaso, foram criadas então instituições encarregadas de fornecer dados confiáveis para a ação do governo, como o Conselho Nacional de Geografia, o Conselho Nacional de Cartografia, o Conselho Nacional de Estatística e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este de 1938.
LIPPI, L. A conquista do Oeste. Disponível em: http://cpdoc.fgv.br.Acesso em: 7 nov. 2014 (adaptado).
A criação dessas instituições pelo governo Vargas representava uma estratégia política de
Quando Getúlio Vargas se suicidou, em agosto de 1954, o país parecia à beira do caos. Acuado por uma grave crise política, o velho líder preferiu uma bala no peito à humilhação de aceitar uma nova deposição, como a que sofrera em outubro de 1945. Entretanto, ao contrário do que imaginavam os inimigos, ao ruído do estampido não se seguiu o silêncio que cerca a derrota.
REIS FILHO, D. A. O Estado à sombra de Vargas.
Revista Nossa História, n. 7, maio 2004.
O evento analisado no texto teve como repercussão imediata na política nacional a
TEXTO I

EIGENHEER, E. M. Lixo: a limpeza urbana através dos tempos. Porto Alegre: Gráfica Palloti, 2009.
TEXTO II
A repugnante tarefa de carregar lixo e os dejetos da casa para as praças e praias era
geralmente destinada ao único escravo da família ou ao de menor status ou valor. Todas
as noites, depois das dez horas, os escravos conhecidos popularmente como “tigres”
levavam tubos ou barris de excremento e lixo sobre a cabeça pelas ruas do Rio.
KARASCH, M. C. A vida dos escravos no Rio de Janeiro, 1808-1850. Rio de Janeiro: Cia. das Letras, 2000.
A ação representada na imagem e descrita no texto evidencia uma prática do cotidiano
nas cidades no Brasil nos séculos XVIII e XIX caracterizada pela
TEXTO I
EIGENHEER, E. M. Lixo: a limpeza urbana através dos tempos. Porto Alegre: Gráfica Palloti, 2009.
TEXTO II
A repugnante tarefa de carregar lixo e os dejetos da casa para as praças e praias era geralmente destinada ao único escravo da família ou ao de menor status ou valor. Todas as noites, depois das dez horas, os escravos conhecidos popularmente como “tigres” levavam tubos ou barris de excremento e lixo sobre a cabeça pelas ruas do Rio.
KARASCH, M. C. A vida dos escravos no Rio de Janeiro, 1808-1850. Rio de Janeiro: Cia. das Letras, 2000.
A ação representada na imagem e descrita no texto evidencia uma prática do cotidiano
nas cidades no Brasil nos séculos XVIII e XIX caracterizada pela
Por que o Brasil continuou um só enquanto a América espanhola se dividiu em
vários países?
Para o historiador brasileiro José Murilo de Carvalho, no Brasil, parte da sociedade
era muito mais coesa ideologicamente do que a espanhola. Carvalho argumenta que isso
se deveu à tradição burocrática portuguesa. “Portugal nunca permitiu a criação de
universidades em sua colônia”. Por outro lado, na América espanhola, entre 1772 e 1872,
150 mil estudantes se formaram em universidades locais. Para o historiador mexicano
Alfredo Ávila Rueda, as universidades na América espanhola eram, em sua maioria,
reacionárias. Nesse sentido, o historiador mexicano diz acreditar que a livre circulação de
impressos (jornais, livros e panfletos) na América espanhola, que não era permitida na
América portuguesa (a proibição só foi revertida em 1808), teve função muito mais
importante na construção de regionalismos do que propriamente as universidades.
BARRUCHO, L. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 8 set. 2019 (adaptado).
Os pontos de vista dos historiadores referidos no texto são divergentes em relação ao

Escravo fugido. Jornal Correio Paulistano, 13 de abril de 1879. Disponível em:
http://bndigital.bn.gov.br. Acesso em: 2 ago. 2019 (adaptado).
No anúncio publicado na segunda metade do século XIX, qual a estratégia de resistência
escrava apresentada?
Escravo fugido. Jornal Correio Paulistano, 13 de abril de 1879. Disponível em:
http://bndigital.bn.gov.br. Acesso em: 2 ago. 2019 (adaptado).
No anúncio publicado na segunda metade do século XIX, qual a estratégia de resistência
escrava apresentada?
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova — 1932
A Educação Nova, alargando a sua finalidade para além dos limites das classes,
assume, com uma feição mais humana, a sua verdadeira função social, preparando-se
para formar “a hierarquia democrática” pela “hierarquia das capacidades”, recrutadas em
todos os grupos sociais, a que se abrem as mesmas oportunidades de educação. Ela
tem, por objeto, organizar e desenvolver os meios de ação durável com o fim de “dirigir os
desenvolvimentos natural e integral do ser humano em cada uma das etapas de seu
crescimento”, de acordo com uma certa concepção do mundo.
Disponível em: www.histedbr.fe.unicamp.br. Acesso em: 7 out. 2015.
Os autores do manifesto citado procuravam contrapor-se ao caráter oligárquico da
sociedade brasileira. Nesse sentido, o trecho propõe uma relação necessária entre
O governo Vargas, principalmente durante o Estado Novo (1937-1945), pretendeu
construir um Estado capaz de criar uma nova sociedade. Uma dimensão-chave desse
projeto tinha no território seu foco principal. Não por acaso, foram criadas então
instituições encarregadas de fornecer dados confiáveis para a ação do governo, como o
Conselho Nacional de Geografia, o Conselho Nacional de Cartografia, o Conselho
Nacional de Estatística e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este de
1938.
LIPPI, L. A conquista do Oeste. Disponível em: http://cpdoc.fgv.br. Acesso em: 7 nov. 2014 (adaptado).
A criação dessas instituições pelo governo Vargas representava uma estratégia política de
De um lado, ancorados pela prática médica europeia, por outro, pela terapêutica
indígena, com seu amplo uso da flora nativa, os jesuítas foram os reais iniciadores do
exercício de uma medicina híbrida que se tornou marca do Brasil colonial. Alguns
religiosos vinham de Portugal já versados nas artes de curar, mas a maioria aprendeu na
prática diária as funções que deveriam ser atribuídas a um físico, cirurgião, barbeiro ou
boticário.
GURGEL, C. Doenças e curas: o Brasil nos primeiros séculos. São Paulo: Contexto, 2010 (adaptado).
Conforme o texto, o que caracteriza a construção da prática medicinal descrita é a
Quando Getúlio Vargas se suicidou, em agosto de 1954, o país parecia à beira do
caos. Acuado por uma grave crise política, o velho líder preferiu uma bala no peito à
humilhação de aceitar uma nova deposição, como a que sofrera em outubro de 1945.
Entretanto, ao contrário do que imaginavam os inimigos, ao ruído do estampido não se
seguiu o silêncio que cerca a derrota.
REIS FILHO, D. A. O Estado à sombra de Vargas. Revista Nossa História, n. 7, maio 2004.
O evento analisado no texto teve como repercussão imediata na política nacional a
Eu, Dom João, pela graça de Deus, faço saber a V. Mercê que me aprouve banir para
essa cidade vários ciganos — homens, mulheres e crianças — devido ao seu
escandaloso procedimento neste reino. Tiveram ordem de seguir em diversos navios
destinados a esse porto, e, tendo eu proibido, por lei recente, o uso da sua língua
habitual, ordeno a V. Mercê que cumpra essa lei sob ameaça de penalidades, não
permitindo que ensinem dita língua a seus filhos, de maneira que daqui por diante o seu
uso desapareça.
TEIXEIRA, R. C. História dos ciganos no Brasil. Recife: Núcleo de Estudos Ciganos, 2008.
A ordem emanada da Coroa portuguesa para sua colônia americana, em 1718,
apresentava um tratamento da identidade cultural pautado em
Sendo função social antes que direito, o voto era
concedido àqueles a quem a sociedade julgava poder
confiar sua preservação. No Império, como na República,
foram excluídos os pobres (seja pela renda, seja pela
exigência de alfabetização), os mendigos, as mulheres,
os menores de idade, os praças de pré, os membros de
ordens religiosas.
CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi.
São Paulo: Cia. das Letras, 1996.
A restrição à participação eleitoral mencionada no texto
visava assegurar o poder político aos(às)
Nas cidades, os agentes sociais que se rebelavam
contra o arbítrio do governo também eram proprietários de
escravos. Levavam seu protesto às autoridades policiais
pelo recrutamento sem permissão. Conseguimos levantar,
em ocorrências policiais de 1867, na Província do Rio de
Janeiro, 140 casos de escravos aprisionados e remetidos
à Corte para serem enviados aos campos de batalha.
SOUSA, J. P. Escravidão ou morte: os escravos brasileiros na Guerra do Paraguai.
Rio de Janeiro: Mauad; Adesa, 1996.
Desconstruindo o mito dos “voluntários da pátria”, o texto
destaca o descontentamento com a mobilização para a
Guerra do Paraguai expresso pelo grupo dos
Nas cidades, os agentes sociais que se rebelavam contra o arbítrio do governo também eram proprietários de escravos. Levavam seu protesto às autoridades policiais pelo recrutamento sem permissão. Conseguimos levantar, em ocorrências policiais de 1867, na Província do Rio de Janeiro, 140 casos de escravos aprisionados e remetidos à Corte para serem enviados aos campos de batalha.
SOUSA, J. P. Escravidão ou morte: os escravos brasileiros na Guerra do Paraguai.
Rio de Janeiro: Mauad; Adesa, 1996.
Desconstruindo o mito dos “voluntários da pátria”, o texto
destaca o descontentamento com a mobilização para a
Guerra do Paraguai expresso pelo grupo dos
No Brasil, após a eclosão da Bossa Nova, no fim dos
anos 1950 — quando efetivamente a canção popular
começou a ser objeto de debate e análise por parte das
elites culturais — desenvolveram-se duas principais
vertentes interpretativas da nossa música: a vertente
da tradição e a vertente da modernidade, dualismo que
não surgiu nesta época e nem se restringe ao tema da
produção musical. Desde pelo menos 1922, a tensão
entre “tradicional” e “moderno” ocupa o centro do debate
político-cultural no país, refletindo o dilema de uma elite
em busca da identidade brasileira.
ARAÚJO, P. C. Eu não sou cachorro, não. Rio de Janeiro: Record, 2013.
A manifestação cultural que, a partir da década de 1960,
pretendeu sintetizar o dualismo apresentado no texto foi:
Ao longo de uma evolução iniciada nos meados do
século XIV, o tráfico lusitano se desenvolve na periferia
da economia metropolitana e das trocas africanas. Em
seguida, o negócio se apresenta como uma fonte de
receita para a Coroa e responde à demanda escravista
de outras regiões europeias. Por fim, os africanos são
usados para consolidar a produção ultramarina.
ALENCASTRO, L. F. O trato dos viventes. São Paulo: Cia. das Letras, 2000 (adaptado).
A atividade econômica destacada no texto é um dos
elementos do processo que levou o reino português a
Há outras razões fortes para promover a
participação da população em eleições. Grande parte
dela, particularmente os mais pobres, esteve sempre
alijada do processo eleitoral no Brasil, não somente nos
períodos ditatoriais, mas também nos democráticos.
Na eleição de 1933, por exemplo, apenas 3,3% da
população do país votaram. Em 1945, com a volta da
democracia, foram parcos 13,4%. Em 1962, só 20%
dos brasileiros foram às urnas.
KERCHE, F.; FERES JR., J. Um nobre dever. Revista de História da Biblioteca Nacional,
n. 109, out. 2014.
O baixo índice de participação popular em eleições nos
períodos mencionados ocorria em função da
A originalidade do Absolutismo português talvez
esteja no fato de ter sido o regime político europeu que
melhor sintetizou a ideia do patrimonialismo estatal: os
recursos materiais da nação se confundindo com os bens
pessoais do monarca.
LOPES, M. A. O Absolutismo: política e sociedade na Europa moderna.
São Paulo: Brasiliense, 1996 (adaptado).
Na colonização do Brasil, o patrimonialismo da Coroa
portuguesa ficou evidente
A originalidade do Absolutismo português talvez esteja no fato de ter sido o regime político europeu que melhor sintetizou a ideia do patrimonialismo estatal: os recursos materiais da nação se confundindo com os bens pessoais do monarca.
LOPES, M. A. O Absolutismo: política e sociedade na Europa moderna.
São Paulo: Brasiliense, 1996 (adaptado).
Na colonização do Brasil, o patrimonialismo da Coroa
portuguesa ficou evidente