Questõessobre História do Brasil
Com relação às dimensões políticas, econômicas e sociais da escravidão, na formação do Estado
brasileiro no século XIX, considere as seguintes afirmações.
I - A proibição do tráfico de africanos, colocada em prática em 1850, ocasionou um aumento do fluxo
interno de escravizados, oriundos da região norte, para atender a demanda de mão de obra nas
lavouras cafeeiras do sudeste.
II - As ameaças internacionais de grupos e entidades abolicionistas motivaram esforços de defesa do
regime escravista, articulando interesses comuns de setores da elite brasileira com comerciantes
da América hispânica e dos Estados Unidos.
III - A dinâmica do mercado externo e o desenvolvimento do capitalismo industrial tornaram
consensual, na elite política imperial, o apoio ao fim da escravidão, aproximando Luzias e
Saquaremas, durante a chamada "grande conciliação", ocorrida no Segundo Reinado.
Quais estão corretas?
Apenas III.
Em meados da década de 1970, intensificaram-se no Brasil as demandas de diferentes setores da
sociedade brasileira por uma "anistia ampla, geral e irrestrita".
Com relação a esse contexto histórico e suas consequências nos dias de hoje, considere as afirmações abaixo.
I - A promulgação da Lei da Anistia, em 1979, insere-se no processo de transição política para a
democracia junto com outras medidas, como a revogação do Ato Institucional n. 5 e a
reorganização do sistema partidário brasileiro.
II - A anistia obedeceu ao grande acordo nacional, organizado pelo partido governista e pela oposição,
que previa a permanência dos militares no poder por mais uma década.
III - Um processo de revisão da anistia, concedida aos agentes da repressão, iniciou-se a partir da década
de 1990, e esses agentes passaram a ser criminalizados com o início dos trabalhos da Comissão
Nacional da Verdade, em 2012.
Quais estão corretas?
Observe o cartum abaixo.
Alex Solnik e Chico Caruso. "Bar Brasil. Não ria de
mim, Argentina". Revista Senhor, n. 138,
09/11/1983,p.78.
Disponível em: <https:/ /bndigital.bn.gov.br/wpcontent/uploads/2016/12/senhor002.jpg>.
Acesso em: 23 jul. 2019.
A charge retrata o presidente João Batista
Figueiredo e o deputado federal Ulisses
Guimarães em 1983, e faz referência
Observe o cartum abaixo.
Alex Solnik e Chico Caruso. "Bar Brasil. Não ria de mim, Argentina". Revista Senhor, n. 138, 09/11/1983,p.78. Disponível em: <https:/ /bndigital.bn.gov.br/wpcontent/uploads/2016/12/senhor002.jpg>. Acesso em: 23 jul. 2019.
Disponível em:<http://www.portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=51433>. Acesso em: 15 abr. 2015.
A charge apresentada retrata três momentos da trajetória política de Getúlio Vargas, sendo que a figura referente
ao ano de
“Como milhões de pessoas nas ruas não
conseguiram derrotar um regime isolado e
desprestigiado, nem dobrar seus representantes no
Congresso? Qual seria o projeto de democracia que se
desenhava nas ruas? Seria o voto direto um símbolo
vazio de sentido, uma bandeira frágil que se rasgou na primeira adversidade? No animado verão de 1984, o
Brasil viveu uma breve, poética e frágil primavera
democrática. Que até hoje desafia quem tenta analisá-la”.
NAPOLITANO, Marcos. Todo mundo na rua, de blusa amarela.
Revista de História. Ano 10, nº 114, março de 2015.
No trecho citado, o autor faz referência a um
importante momento histórico vivido pelo Brasil na
década de 1980, relacionado a
Os Estados ficaram implicitamente autorizados a exercer
atribuições diversas, como as de contrair empréstimos no exterior e organizar forças militares próprias. Uma atribuição importante para os Estados exportadores foi a de decretar impostos
sobre a exportação de suas mercadorias. Os Estados ficaram
também com a faculdade de organizar uma justiça própria.
(Boris Fausto. História do Brasil, 1994. Adaptado.)
O excerto refere-se a um princípio constitucional da República
oligárquica no Brasil, a saber:
Observe a charge, que representa o primeiro-ministro britânico
e Napoleão Bonaparte.
A situação representada na charge resultou
Em uma aldeia no Espírito Santo, o padre jesuíta José de
Anchieta fez representar uma peça que escreveu na língua
tupi, em homenagem a Nossa Senhora da Assunção. Leia o
trecho:
Vem, Virgem Maria,
mãe de Deus, visitar esta aldeia
[...]
Afasta as enfermidades
febres, disenterias,
as corruções e a tosse,
para que seus habitantes
creiam em Deus, teu filho.
(Apud Luiz Felipe de Alencastro. O trato dos viventes:
formação do Brasil no Atlântico Sul, 2000.)
Esses versos, que seriam recitados por um menino índio
vestido de anjo,
No Brasil, o modelo econômico do regime militar (1964-1985)
privilegiou
Muitos autores consideram que o período de 1849 (repressão
à Revolução Praieira) a 1864 (início da Guerra do Paraguai)
corresponde ao auge do Segundo Reinado.
Essa estabilidade política e econômica foi alcançada graças
O episódio relatado na reportagem, assim como a prisão e o exílio do pesquisador Paulo Freire,
estiveram associados às ações repressoras instituídas logo após a deposição do presidente João
Goulart, em 1964.
Naquela conjuntura política, os novos governantes justificaram ações dessa natureza alegando
a necessidade de evitar um contexto de:
A casa de morar nas fazendas ou o palacete foram em
geral construídos a partir de 1870. Representavam o
poderio econômico e político do proprietário, assim como o
gênero da pintura de paisagem que, segundo o historiador
Rafael Marquese, foi mobilizado pela classe senhorial do
Vale do Paraíba como uma resposta direta à crise da
escravidão negra no Império do Brasil.
(Adaptado de Ana Luiza Martins, “Representações da economia cafeeira: dos barões
aos ‘Reis do café’, em Wilma Peres Costa e Ana Betraiz Demarchi Barel (orgs.),
Cultura e Poder entre o Império e a República. São Paulo: Alameda, 2018, p. 195.)
A partir do texto acima, é correto afirmar:
Lélia Gonzalez (1935–1994) teve um papel pioneiro na
criação de uma teoria do feminismo negro brasileiro. O
momento mais intenso de sua militância ocorreu durante a
Ditadura Militar (1964–1985), que coibiu a organização
política da sociedade civil. A Lei de Segurança Nacional,
de setembro de 1967, estabelecia que era crime “incitar
publicamente ao ódio ou à discriminação racial”. O que, na
verdade, poderia ser usado contra o movimento negro,
uma vez que denunciar o racismo e expor o mito da
democracia racial poderia ser considerado uma ameaça à
ordem social, um estímulo ao antagonismo e uma incitação
ao preconceito.
(Adaptado de Raquel Barreto, “Memória – Lélia Gonzalez”. Revista Cult 247.
São Paulo, julho, 2019. Disponível em https://revistacult.uol.com.br/home/ leliagonzalez-perfil/. Acessado em 01/05/2020.)
A partir do excerto sobre Lélia Gonzalez e seu contexto
histórico, assinale a alternativa correta.
Quando um campesinato afro-brasileiro surgiu no final do
século XVIII, os agricultores do litoral da Bahia misturaram
conhecimentos agrícolas e etnobotânicos da África e do
Brasil para fazer proliferar o dendê africano. Mosaicos de
mata atlântica e campos de mandioca transformaram o
litoral da Bahia em um simulacro transatlântico do
complexo de palmeiras da África Ocidental, criando uma
paisagem afro-brasileira. A Costa do Dendê, no sul da
Bahia, resultante desse processo, permanece como um
testemunho de contribuições africanas e de
afrodescendentes para o desenvolvimento econômico,
ecológico e cultural das Américas.
(Adaptado de Case Watkins, "African Oil Palms, Colonial Socioecological
Transformation and the Making of an Afro-Brazilian Landscape in Bahia, Brazil."
Environment and History. Winwick Cambridgeshire: The White Horse Press,
2015, v. 21, p. 41.)
Com base no excerto e em seus conhecimentos sobre a
cultura brasileira, assinale a alternativa correta.
A questão da consciência ou autopercepção nacional nas
colônias da América tem sido frequentemente tratada de
forma desligada do seu contexto político e social.
Podemos, todavia, pensar em um sentimento de distinção
e diferença, uma falta de identificação com a Europa e uma
consciência da realidade colonial que teria existido entre
populações mestiças.
(Adaptado de Stuart B Schwartz, “A formação de uma identidade colonial no
Brasil”, em Da América Portuguesa ao Brasil. Lisboa: Difel, 2003, p. 218.)
Com base no texto acima sobre a formação da identidade
colonial, assinale a alternativa correta.
0 tráfico de escravos da África para o Brasil, por
menos que se queira, faz parte da nossa história.
Mesmo que se tente esquecer ou esconder - como
fez Rui Barbosa quando mandou queimar a
documentação existente sobre escravidão no Brasil -
não se pode ignorar sua existência.
(Extraído: https://bndigital.bn.gov.br/dossies/trafico-deescravos-no-brasil/trafico-e-comercio-de-escravos/)
O traficante de escravos ganhava muito dinheiro,
pois, trazendo para os nossos dias, os escravos
valiam na África cerca de U$ 40 e podiam ser
vendidos no Brasil por U$ 400, mas podendo chegar
até U$ 1.200 que, na lógica cruel mercantilista, a
perda de alguns homens durante a viagem não fazia
diferença.
(Fonte: O Globo, 22 de janeiro de 2011.)
O comércio negreiro, demonstrado pelos relatos
acima, marcou profundam ente a história da
sociedade brasileira e era bastante lucrativo.
Entre as opções que se seguem, uma explicação da
predominância do trabalho do africano escravizado
na América portuguesa, já a partir do século XVII, era:
0 tráfico de escravos da África para o Brasil, por menos que se queira, faz parte da nossa história. Mesmo que se tente esquecer ou esconder - como fez Rui Barbosa quando mandou queimar a documentação existente sobre escravidão no Brasil - não se pode ignorar sua existência.
(Extraído: https://bndigital.bn.gov.br/dossies/trafico-deescravos-no-brasil/trafico-e-comercio-de-escravos/)
O traficante de escravos ganhava muito dinheiro, pois, trazendo para os nossos dias, os escravos valiam na África cerca de U$ 40 e podiam ser vendidos no Brasil por U$ 400, mas podendo chegar até U$ 1.200 que, na lógica cruel mercantilista, a perda de alguns homens durante a viagem não fazia diferença.
(Fonte: O Globo, 22 de janeiro de 2011.)
O comércio negreiro, demonstrado pelos relatos acima, marcou profundam ente a história da sociedade brasileira e era bastante lucrativo.
Entre as opções que se seguem, uma explicação da
predominância do trabalho do africano escravizado
na América portuguesa, já a partir do século XVII, era:
[...] A coluna realizou uma incrível marcha pelo
interior do país, percorrendo cerca de 24 mil
quilômetros até fevereiro/março de 1927, quando
seus remanescentes deram o movimento por
terminado e se internaram na Bolívia e Paraguai.
Seus componentes nunca passaram de 1.500
pessoas, oscilando muito com a entrada e saída de
participantes transitórios. (...) O apoio da população
rural não passou de uma ilusão, e as possibilidades
de êxito militar eram praticamente nulas. Entretanto,
ela teve um efeito simbólico entre setores da
população urbana insatisfeitos com a elite dirigente.
Para esses setores, havia esperanças de mudar os
destinos da República, como mostravam aqueles
heróis que corriam todos os riscos para salvar uma
nação.
(FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2006. p.
309.)
Mapa da Coluna Prestes
(Extraído: http://www.megatim es.com .br/2012/11/colunaprestes-1925-1927.html)
Durante a Primeira República no Brasil (1889-1930),
ocorreram várias revoltas, de grupos descontentes
com a situação política, econômica e social da época.
Dentre essas revoltas, destaca-se a Coluna Prestes,
que foi liderada pelo capitão do exército Luís Carlos
Prestes.
Essa revolta fez parte do movimento que ficou
conhecido como:
No dia 24 de agosto de 1954, Getúlio Vargas
suicidava-se, deixando em despedida ao povo, no
seu melhor estilo populista, a sua famosa Carta-Testamento.
“Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a
espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O
ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo.
Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha
morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro
passo no caminho da eternidade e saio da vida para
entrar na História”.
(Último parágrafo da famosa Carta-Testamento de Getúlio Vargas. Fonte:
CPDOC-FGV).
Acerca desse documento, considerado um dos mais
importantes da História do Brasil do século XX, pode-se apreender que:
No dia 24 de agosto de 1954, Getúlio Vargas suicidava-se, deixando em despedida ao povo, no seu melhor estilo populista, a sua famosa Carta-Testamento.
“Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História”.
(Último parágrafo da famosa Carta-Testamento de Getúlio Vargas. Fonte: CPDOC-FGV).
Acerca desse documento, considerado um dos mais
importantes da História do Brasil do século XX, pode-se apreender que: