Questõessobre Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos
Durante os anos de 1854-55, o governo brasileiro — por meio de sua representação
diplomática em Londres — e os livre-cambistas ingleses — nas colunas do Daily News e
na Câmara dos Comuns — aumentaram a pressão pela revogação da Lei Aberdeen. O
governo britânico, entretanto, ainda receava que, sem um tratado anglo-brasileiro
satisfatório para substituí-la, não haveria nada que impedisse os brasileiros de um dia
voltarem aos seus velhos hábitos.
BETHELL, L. A abolição do comércio brasileiro de escravos. Brasília: Senado Federal, 2002 (adaptado).
As tensões diplomáticas expressas no texto indicam o interesse britânico em
O autor sustenta que um mundo inesperado aguardava a
expedição de Cristóvão Colombo, devido
O expansionismo europeu, iniciado no século XV, com a expansão marítima, levou inúmeras
regiões à ocupação territorial, à exploração econômica e ao domínio político. Nessa região do
globo, temos dois momentos importantes: a primeira fase colonialista teve a liderança dos
países ibéricos – Portugal e Espanha – seguidos de Holanda, França e Inglaterra. No século
XIX, buscando especialmente matérias-primas e mercados consumidores, houve um segundo
grande impulso colonialista, tendo a liderança da Inglaterra, seguida de perto por França,
Bélgica e, depois, por Alemanha e Itália.
(Marco A. de Moraes e Paulo S. S. Franco. Geopolítica, 2014. Adaptado.)
Com impactos sociais, políticos e econômicos que perduram até os dias atuais, o processo de
colonização tratado no excerto ocorreu
O equilíbrio histórico dos três séculos foi, em muitos aspectos,
abalado
Leia o enunciado abaixo.
No contexto das grandes navegações, iniciou-se um processo de deslocamento do eixo comercial e
econômico europeu do ........ para o ........ . Em função da ........ do comércio, desenvolveram-se
concepções econômicas na Europa, no século XVI, que ficaram conhecidas como ........ .
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado acima, na ordem em que
aparecem.
Leia o seguinte texto a respeito das disputas fronteiriças entre as coroas ibéricas no sul do continente
americano, ao longo do século XVIII, e o protagonismo indígena no contexto de tais disputas.
Durante um período de conflito agudo nas reduções, em meados do século XVIII, os Guarani
escreveram intensamente, os documentos produzidos por eles permitem repensar as relações
estabelecidas com o território missioneiro e, especialmente, suas formas de ação política. Esse
conjunto de documentos indica uma discussão pouco referida pela historiografia dedicada ao tema,
ou seja, a existência da defesa por escrito de um direito a resistir a uma ordem real injusta dos Guarani
em redução [...]. A disputa pelas fronteiras na América do Sul, resultado da rivalidade entre as duas
monarquias ibéricas, esteve caracterizada por uma ativa participação dos agentes locais. Diante das
implicações dessa permuta, a elite indígena procurou estabelecer negociações que lhe garantissem o
controle das terras orientais.
NEUMANN, Eduardo Santos; BOIDIN, Capucine. A escrita política e o pensamento dos Guarani em tempos de
autogoverno {c.1753). Revista Brasileira de Hlstória, v. 37, n. 75, 2017, p. 98.
Em relação a essas disputas, é correto afirmar que
“A expansão ultramarina europeia iniciada no século XV transformou
profundamente a História mundial, ao colocar povos de continentes distantes em um
processo de interação econômica, política e cultural.” (www.passeiweb.com) Alguns
pesquisadores entenderam ser esta realidade o gérmen de um processo de
globalização, que alcançaria seu ápice em finais do século XX. Entretanto, o contato
com tantos tempos e espaços distintos permite, também, um questionamento sobre:
A Inglaterra não só os produzia em condições técnicas
mais avançadas do que o resto dos países, como os
transportava e distribuía. Tinha, pois, necessidades
de mercados, e foi por isso que se esforçou, naquela
etapa de sua história, para criá-los e desenvolvê-los.
O Tratado de Methuen em 1703 estabelecia a compra
dos tecidos ingleses por parte de Portugal, enquanto a
Inglaterra se comprometia a adquirir a produção vinícola
dos lusitanos.
SODRÉ, N. W. As razões da independência. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1969 (adaptado).
No contexto político-econômico da época, esse tratado
teve como consequência para os britânicos a
“No interior do Brasil pode-se ainda ver hoje em dia a dramatização da luta entre mouros e
cristãos em evento que costuma ocorrer por ocasião das festas juninas. Trata-se de uma tradição
comum nos dois lados do Atlântico, cuja realização periódica tem por fim reforçar as identidades
coletivas. No caso europeu, desempenha papel na reafirmação da identidade nacional e religiosa ao
atualizar um fato marcante de sua história. Quanto ao Novo Mundo, sua persistência desempenha dois
papéis complementares, contribui para fortalecer laços culturais cristãos, funcionando como ritual de
aproximação e integração. Ao mesmo tempo, contribui para acentuar a negação da presença islâmica
em solo ibérico”.
Fonte: MACEDO, José Rivair. Mouros e cristãos: a ritualização da conquista no velho e no Novo Mundo. In: Bulletin du centre d’études
médiévales d’Auxerre (BUCEMA). Hors-série, n° 2, 2008, p. 1-2. (Adaptado)
No texto, as referências aos mouros na cultura popular ibero-americana evidencia qual evento ocorrido
no medievo europeu?
“Embarcados, até que as
costas da África se perdessem de vista, os
cativos eram presos nos ferros. A
promiscuidade e os horrores desse
aprisionamento também foram temas de
descrição que causam mal-estar em todos os
leitores sensíveis que tomam conhecimento das
horríveis condições de encarceramento dos
cativos”. (MATTOSO, Katia M. de Queirós. Ser
escravo no Brasil: séculos XVI-XIX. p. 68. Petrópolis, Vozes, 2016). O sistema escravista adotado no
período moderno é denominado de escravismo
criminoso, por basilar suas relações a partir do
uso exagerado da violência sejam a física, psicológica, religiosa-cultural e sexual.
É incoerente sobre esse período:
Na maior parte da América Latina, os museus surgiram no século passado, fundados com
a intenção de "civilizar", ou seja, de trazer para o Novo Mundo os padrões científicos e
culturais das nações colonizadoras. Os museus seriam, dessa forma, instituições
transplantadas, criadas dentro dos ideais positivistas de progresso. Não por acaso, ficaram,
em sua maior parte, sujeitos aos moldes clássicos, a partir da valorização de aspectos da
cultura erudita, fortemente associados à elite. Era necessário, pois, assumir uma função social
de maior alcance e ocupar um espaço relevante, capaz de atrair grande quantidade de público.
BARRETO, M. Turismo e legado cultural. Campinas: Papirus, 2002 (adaptado).
A transformação de um número cada vez mais expressivo de museus latino-americanos em
espaços destinados a atividades lúdicas e reflexivas está associada ao rompimento com o(a)
A expansão romana pelo mar Mediterrâneo pode ser considerada um exemplo de “globalização em sociedades
pré-modernas”, pois envolveu
Atualmente, muitos estudiosos acreditam que é possível identificar processos de globalização em sociedades pré-modernas, em vista de fenômenos como o encurtamento relativo das distâncias (através de meios de transporte e comunicação mais eficazes), maior conectividade entre regiões previamente isoladas [...].
(Rafael Scopacasa. Revista de História, no
177, 2018.)
A Divisão Internacional do Trabalho significa
que alguns países se especializam em ganhar
e outros, em perder. Nossa comarca no mundo,
que hoje chamamos América Latina, foi precoce:
especializou-se em perder desde os remotos
tempos em que os europeus do Renascimento se aventuraram pelos mares e lhe cravaram os dentes
na garganta. Passaram-se os séculos e a América
Latina aprimorou suas funções.
GALEANO. E. As veias abertas da América Latina. São Paulo: Paz e Terra, 1978.
Escrito na década de 1970. o texto considera a
participação da América Latina na Divisão Internacional
do Trabalho marcada pela
Porque todos confessamos não se poder viver sem
alguns escravos, que busquem a lenha e a água, e
façam cada dia o pão que se come, e outros serviços
que não são possíveis poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime sendo tão poucos, que seria
necessário deixar as confissões e tudo mais. Parece-me que a Companhia de Jesus deve ter e adquirir
escravos, justamente, por meios que as Constituições
permitem, quando puder para nossos colégios e casas
de meninos.
LEITE. S. Historia da Companhia de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1938 (adaptado).
O texto explicita premissas da expansão ultramarina
portuguesa ao buscar justificar a
Cristóvão Colombo inicia o diário de sua
primeira viagem com uma introdução em que
recorda as circunstâncias nas quais os soberanos da
coroa de Castela e Aragão deram-lhe a tarefa de
encontrar o caminho marítimo para a
A chegada de uma frota portuguesa liderada
pelo fidalgo Pedro Álvares Cabral em 21 de abril de
1500 no litoral do atual estado da Bahia foi
precedida por outro grande evento das navegações
lusitanas que estimulou o rei D. Manuel I, o
venturoso, a investir nesse importante
empreendimento marítimo e comercial para o
Estado português. Esse evento da expansão
marítima portuguesa que precedeu a viagem
cabralina foi
Observe a charge e leia o texto.
Disponível em: <https://www.google.com.br/>.
Acesso em: 4 ago. 2018.
O Sebastianismo foi um movimento
místico-secular que ocorreu em Portugal, durante a
segunda metade do século XVI. Foi causado pela morte do
rei D. Sebastião, durante a batalha de Alcácer-Quibir, no
ano de 1578.
Como D. Sebastião não possuía herdeiros, o
trono de Portugal ficou sob o poderio do rei Filipe II, da
Espanha. O Sebastianismo foi, portanto, uma esperança na
vinda de um salvador, adaptado às condições lusas.
Seria traduzido como uma inconformidade, um
sentimento de insatisfação com a situação política da época e uma expectativa de mudança (salvação), mesmo
que, para isso acontecer, fosse necessário um verdadeiro
milagre, como a ressurreição do rei morto, D. Sebastião.
Disponível em:
<https://www.infoescola.com/historia/sebastianismo/>.
Acesso em: 4 ago. 2018.
As duas fontes históricas apresentadas abordam o
contexto de crise político-institucional na história de
Portugal à época
Observe a charge e leia o texto.
Disponível em: <https://www.google.com.br/>.
Acesso em: 4 ago. 2018.
O Sebastianismo foi um movimento místico-secular que ocorreu em Portugal, durante a segunda metade do século XVI. Foi causado pela morte do rei D. Sebastião, durante a batalha de Alcácer-Quibir, no ano de 1578.
Como D. Sebastião não possuía herdeiros, o trono de Portugal ficou sob o poderio do rei Filipe II, da Espanha. O Sebastianismo foi, portanto, uma esperança na vinda de um salvador, adaptado às condições lusas. Seria traduzido como uma inconformidade, um sentimento de insatisfação com a situação política da época e uma expectativa de mudança (salvação), mesmo que, para isso acontecer, fosse necessário um verdadeiro milagre, como a ressurreição do rei morto, D. Sebastião.
Disponível em:
<https://www.infoescola.com/historia/sebastianismo/>.
Acesso em: 4 ago. 2018.
As duas fontes históricas apresentadas abordam o
contexto de crise político-institucional na história de
Portugal à época
A imagem a seguir refere‐se às principais rotas de comércio
da África do Norte e Ocidental, no século XV.
Em relação às rotas comerciais representadas no mapa, é
correto afirmar que elas
A imagem a seguir refere‐se às principais rotas de comércio da África do Norte e Ocidental, no século XV.
Em relação às rotas comerciais representadas no mapa, é
correto afirmar que elas