O expansionismo europeu, iniciado no século XV, com a expansão marítima, levou inúmeras
regiões à ocupação territorial, à exploração econômica e ao domínio político. Nessa região do
globo, temos dois momentos importantes: a primeira fase colonialista teve a liderança dos
países ibéricos – Portugal e Espanha – seguidos de Holanda, França e Inglaterra. No século
XIX, buscando especialmente matérias-primas e mercados consumidores, houve um segundo
grande impulso colonialista, tendo a liderança da Inglaterra, seguida de perto por França,
Bélgica e, depois, por Alemanha e Itália.
(Marco A. de Moraes e Paulo S. S. Franco. Geopolítica, 2014. Adaptado.)
Com impactos sociais, políticos e econômicos que perduram até os dias atuais, o processo de
colonização tratado no excerto ocorreu
Gabarito comentado
Alternativa correta: A — no continente africano.
Tema central: o enunciado trata do expansionismo europeu em duas fases: a partir do século XV (liderança ibérica) e o novo imperialismo do século XIX (liderança britânica, com França, Bélgica, Alemanha e Itália). Esse padrão descreve de modo direto a partilha da África.
Resumo teórico rápido: - Séculos XV–XVII: colonização costeira e exploração colonial portuguesa e espanhola nas Américas, África e Ásia. - Século XIX (aprox. 1870–1914): Scramble for Africa — corrida por territórios africanos, consolidada na Conferência de Berlim (1884–85). Potências: Reino Unido, França, Bélgica (Congo), Alemanha e Itália ocuparam vastas áreas africanas. (Ver: Marco A. de Moraes & Paulo S. S. Franco, Geopolítica, 2014; Thomas Pakenham, The Scramble for Africa.)
Por que a alternativa A é correta: as duas fases e a lista de potências citadas casam exatamente com a colonização africana. No século XIX houve um impulso explícito por matérias-primas e mercados que motivou a ocupação em massa do continente africano, diferença fundamental em relação às Américas, onde muitos países já eram independentes ao longo do século XIX.
Análise das demais alternativas:
- B — América Latina: foi fortemente colonizada na 1ª fase (ibéricos), mas a maior parte tornou‑se independente no início do século XIX, logo não sofreu a “segunda fase” de partilha por Bélgica, Alemanha e Itália.
- C — Oriente Médio: sofreu intervenções e domínios (império otomano, influência britânica/francesa), mas não corresponde ao padrão de scramble descrito com presença belga e partilha massiva territorial típica da África.
- D — Antártida: não houve colonização tradicional nem exploração econômica contínua naquela época; só no século XX surgiram tratados internacionais (Tratado da Antártida).
- E — Leste Asiático: teve imperialismo (Ex.: guerras do Ópio, colônias francesas e britânicas), mas as potências citadas e o fenômeno descrito (partilha à moda africana, presença belga e italiana) apontam muito mais para a África.
Dica de interpretação: identifique palavras‑chave do enunciado — “segunda fase”, “matérias‑primas”, e a lista de potências — e ligue-as a eventos históricos concretos (Conferência de Berlim; Congo Belga). Isso elimina alternativas que têm só semelhanças parciais.
Fontes principais: Marco A. de Moraes & Paulo S. S. Franco, Geopolítica (2014); Thomas Pakenham, The Scramble for Africa (1991); documentos sobre a Conferência de Berlim (1884–85).
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