Questõessobre História e Geografia de Estados e Municípios
“Baianinho era cativo do coronel Batista, a quem
ficara devendo um despropósito. Dívida fantástica,
dívida inventada pelo coronel. Baianinho comprava
uma rapadura, o coronel assentava duas em sua
conta; no mercado a rapadura custava quinhentos
réis, nos assentamentos do coronel cada rapadura
custava o dobro. Com cinco anos Baianinho devia
tanto que não pagaria ainda que trabalhasse o restante
da vida”.
(ÉLIS, Bernardo. O Tronco. Rio de Janeiro: José Olympio,
1979)
As construções literárias buscam retratar, em
essência, ações culturais e a realidade social de um
povo ou região. A literatura goiana não foi diferente.
Nessa passagem da obra O Tronco, Bernardo Élis
busca retratar a realidade social das relações de
trabalho entre coronéis e seus agregados no sertão
goiano.
A partir do que foi apresentado sobre o
coronelismo em Goiás, assinale a alternativa correta
“Baianinho era cativo do coronel Batista, a quem ficara devendo um despropósito. Dívida fantástica, dívida inventada pelo coronel. Baianinho comprava uma rapadura, o coronel assentava duas em sua conta; no mercado a rapadura custava quinhentos réis, nos assentamentos do coronel cada rapadura custava o dobro. Com cinco anos Baianinho devia tanto que não pagaria ainda que trabalhasse o restante da vida”.
(ÉLIS, Bernardo. O Tronco. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979)
Alguns municípios do estado de São Paulo se
desenvolveram em consequência da expansão da malha
ferroviária entre o final do século XIX e a primeira metade
do século XX, em decorrência da ampliação das áreas
produtoras de café no estado.
A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, fundada no início do
século XX, foi uma das responsáveis pelo desenvolvimento
dos municípios de
Observe a imagem.
A imagem retrata a festa em homenagem à santa
padroeira da irmandade religiosa de Nossa Senhora
do Rosário dos Homens Pretos, em Minas Gerais,
no século XVIII. Segundo o historiador Caio Boch,
“as irmandades foram a mais viva expressão social
das Minas Gerais do século XVIII”. De modo geral,
as irmandades são definidas como associações
constituídas por religiosos leigos e fiéis de
diferentes classes sociais que se dedicavam ao culto
de um padroeiro.
Na região das Minas Gerais, no século XVIII,
essas associações se caracterizavam pela
Johann Moritz Rugendas. Festa de Nossa Senhora do Rosário, Patrona dos
Negros, c.1835.
<https://tinyurl.com/ybj66a52> Acesso em: 20/10/2018. Original colorido
Observe o mapa para responder à questão.
MAPA – MATO GROSSO DO SUL: MICRORREGIÕES GEOGRÁFICAS
Fonte: adaptado de Guimarães, Turetta, Coutinho (2010).
As microrregiões geográficas de Dourados e do Baixo
Pantanal são diversas do ponto de vista
socioambiental e do ponto de vista econômico.
Assinale a alternativa que corresponde às
características econômicas predominantes nas duas
microrregiões.
A camada intermediária abrangia, nas Minas, indivíduos
entregues a uma gama variada de atividades profissionais.
Creio ser possível arriscar a hipótese de que poucos viviam
com certo conforto e despreocupação, a grande maioria sendo constituída pelos que tinham de lutar diariamente pela
subsistência, numa capitania inteiramente voltada para a faina aurífera e para a mineração de diamantes.
(Laura Vergueiro. Opulência e miséria das Minas Gerais, 1983.)
Entre os membros do grupo social apresentado no texto,
viviam nas Minas Gerais do século XVIII:
Entre os membros do grupo social apresentado no texto, viviam nas Minas Gerais do século XVIII:
Leia com atenção os textos abaixo, a respeito do Festival Internacional da Canção ocorrido no Rio de
Janeiro em 1968, e depois escolha a alternativa correta.
Vou voltar/Sei que ainda vou voltar para o meu lugar/Foi lá e é ainda lá/Que eu hei de ouvir cantar/ Uma
sabiá
Sabiá. Chico Buarque de Hollanda e Tom Jobim
Vem vamos embora que esperar não é saber/Quem sabe faz a hora não espera acontecer
Pra não dizer que não falei das flores. Geraldo Vandré
As 20 mil pessoas que estavam no Maracanãzinho [em 1968] transformaram-se em coral dessa variante
melódica do conceito marighelista de que 'a vanguarda faz a ação'. 'Sabiá' derrotou 'Caminhando', mas
Tom Jobim mal conseguiu tocá-la. A arquibancada vaiou-o por 23 minutos. Talvez tenha sido a mais
longa das vaias ouvidas nos auditórios do país. Não era a Tom que se apupava, muito menos ao júri, que
deixara 'Caminhando' em segundo lugar. A vaia era contra a ditadura, e aquela seria a última
manifestação vocalista das multidões brasileiras. Passariam uma década em silêncio, gritando pouco
mais que 'gol'. Poucas semanas depois, o governo proibiu a execução de 'Caminhando' nas rádios e em
locais públicos. Temia que se tornasse 'o ponto de partida para a aceleração e ampliação de um processo
de dominação das massas'.
Gaspari, Elio, A ditadura envergonhada. São Paulo, Companhia das Letras, 2002, p. 322.
Leia com atenção os textos abaixo, a respeito do Festival Internacional da Canção ocorrido no Rio de Janeiro em 1968, e depois escolha a alternativa correta.
Vou voltar/Sei que ainda vou voltar para o meu lugar/Foi lá e é ainda lá/Que eu hei de ouvir cantar/ Uma sabiá
Sabiá. Chico Buarque de Hollanda e Tom Jobim
Vem vamos embora que esperar não é saber/Quem sabe faz a hora não espera acontecer
Pra não dizer que não falei das flores. Geraldo Vandré
As 20 mil pessoas que estavam no Maracanãzinho [em 1968] transformaram-se em coral dessa variante melódica do conceito marighelista de que 'a vanguarda faz a ação'. 'Sabiá' derrotou 'Caminhando', mas Tom Jobim mal conseguiu tocá-la. A arquibancada vaiou-o por 23 minutos. Talvez tenha sido a mais longa das vaias ouvidas nos auditórios do país. Não era a Tom que se apupava, muito menos ao júri, que deixara 'Caminhando' em segundo lugar. A vaia era contra a ditadura, e aquela seria a última manifestação vocalista das multidões brasileiras. Passariam uma década em silêncio, gritando pouco mais que 'gol'. Poucas semanas depois, o governo proibiu a execução de 'Caminhando' nas rádios e em locais públicos. Temia que se tornasse 'o ponto de partida para a aceleração e ampliação de um processo de dominação das massas'.
Gaspari, Elio, A ditadura envergonhada. São Paulo, Companhia das Letras, 2002, p. 322.