Pesquisa diz que SP não é apenas metrópole de serviços
17 de fevereiro de 2008
Uma pesquisa da Fundação SEADE apontou que a anunciada fuga da indústria da Região Metropolitana de São Paulo
para o interior é um movimento limitado a um raio de cem quilômetros. O “interior”, no caso, é uma mancha
geográfica extremada pelas regiões de Campinas, São José dos Campos, Sorocaba e Baixada Santista. Houve um
rearranjo interno, em que municípios como Campinas, Guarulhos, Osasco, Barueri e São José dos Campos ganharam
peso, enquanto São Paulo perdeu. Mas a metrópole paulista é, ainda, uma região que tem seu dinamismo econômico
conferido pela indústria: por conta da concorrência trazida pela abertura ao comércio exterior, que obrigou o
enxugamento de custos, as indústrias passaram a priorizar seu produto principal, terceirizando inúmeras atividades
de apoio. O desenvolvimento de tecnologias de informação e comunicação viabilizou o surgimento de prestadoras de
serviços organizadas de forma similar à indústria e que se tornaram elos de cadeias produtivas.
(Texto adaptado. Disponível em: <http://saopaulo.sp.gov.br>. Acesso em: 20 ago. 2018.)
Com relação ao fato apresentado no fragmento acima, é CORRETO afirmar que:
Pesquisa diz que SP não é apenas metrópole de serviços
17 de fevereiro de 2008
Uma pesquisa da Fundação SEADE apontou que a anunciada fuga da indústria da Região Metropolitana de São Paulo para o interior é um movimento limitado a um raio de cem quilômetros. O “interior”, no caso, é uma mancha geográfica extremada pelas regiões de Campinas, São José dos Campos, Sorocaba e Baixada Santista. Houve um rearranjo interno, em que municípios como Campinas, Guarulhos, Osasco, Barueri e São José dos Campos ganharam peso, enquanto São Paulo perdeu. Mas a metrópole paulista é, ainda, uma região que tem seu dinamismo econômico conferido pela indústria: por conta da concorrência trazida pela abertura ao comércio exterior, que obrigou o enxugamento de custos, as indústrias passaram a priorizar seu produto principal, terceirizando inúmeras atividades de apoio. O desenvolvimento de tecnologias de informação e comunicação viabilizou o surgimento de prestadoras de serviços organizadas de forma similar à indústria e que se tornaram elos de cadeias produtivas.
(Texto adaptado. Disponível em: <http://saopaulo.sp.gov.br>. Acesso em: 20 ago. 2018.)
Gabarito comentado
Alternativa correta: E
Tema central: relocação espacial da indústria e tertiarização na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). A questão exige compreender como ocorreu o rearranjo industrial — transferência de unidades produtivas para o interior, com manutenção de sedes e serviços especializados na metrópole — e diferenciar causas observadas de interpretações exageradas.
Resumo teórico e pontos-chave: Aglomerados industriais geram economias de escala e de proximidade, mas pressões de custo (terreno, salários, logística) podem levar à descentralização produtiva. Ao mesmo tempo, há tertiarização: crescimento dos serviços, especialmente os especializados (TI, administrativos, financeiros) que permanecem próximos às sedes. Fontes úteis: SEADE (estudos sobre dinâmica regional), IBGE (Censo e Contas Regionais).
Por que E é correta: A alternativa expressa com precisão o fenômeno descrito: muitas empresas transferiram unidades produtivas para o interior, mas mantiveram sedes administrativas e contrataram serviços especializados na metrópole. Isso reflete a terceirização de atividades de apoio e a centralidade da RMSP para funções de comando e serviços qualificados (conforme o texto adaptado da Fundação SEADE).
Análise das alternativas incorretas:
A — Incorreta: afirma desindustrialização plena da RMSP. O texto aponta um rearranjo interno (deslocamento para um raio ~100 km) e perda relativa de peso em favor de municípios do entorno, não uma desindustrialização absoluta da metrópole.
B — Incorreta: mistura fatos plausíveis com excesso. Embora empregos em serviços tenham crescido, dizer que a RMSP “ainda concentra as maiores plantas” generaliza; o texto indica ganho de peso no interior (Campinas, SJ Campos, Sorocaba, Baixada), além de enfatizar que a indústria ainda confere dinamismo, não que concentra necessariamente as maiores plantas.
C — Incorreta: afirma preferência por permanecer na RMSP por mercado consumidor grande, o que contraria a descrição de saída de unidades produtivas para o interior devido a custos e busca por economia; o texto enfatiza deslocamento e terceirização, não permanência por mercado.
D — Incorreta: sugere que a causa principal seria o aumento dos custos com segurança. A matéria destaca fatores econômicos — abertura comercial, enxugamento de custos, terceirização, avanços em TIC — e não aponta a criminalidade como causa central.
Dica de interpretação: procure no texto as causas explícitas e evite conclusões amplas não mencionadas. Prefira alternativas que reproduzam com precisão o núcleo explicativo do enunciado (descentralização produtiva + manutenção de funções de comando e serviços na metrópole).
Fontes recomendadas: estudos da Fundação SEADE sobre dinâmica metropolitana; IBGE (Censo, Estudos Regionais); literatura sobre aglomerações industriais e tertiarização.
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