Questõesde UFU-MG 2018 sobre Filosofia

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UFU-MG 2018, UFU-MG 2018 - Filosofia - Conceitos Filosóficos, Ontologia e a Natureza do ser

    Considere o seguinte trecho, extraído da obra A náusea, do escritor e filósofo francês Jean Paul Sartre (1889-1980).

    “O essencial é a contingência. O que quero dizer é que, por definição, a existência não é a necessidade. Existir é simplesmente estar presente; os entes aparecem, deixam que os encontremos, mas nunca podemos deduzi-los. Creio que há pessoas que compreenderam isso. Só que tentaram superar essa contingência inventando um ser necessário e causa de si próprio. Ora, nenhum ser necessário pode explicar a existência: a contingência não é uma ilusão, uma aparência que se pode dissipar; é o absoluto, por conseguinte, a gratuidade perfeita.”

SARTRE, Jean Paul. A Náusea. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1986. Tradução de Rita Braga, citado por: MARCONDES, Danilo Marcondes. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000.

    Nesse trecho, vemos uma exemplificação ou uma referência ao existencialismo sartriano que se apresenta como

A
recusa da noção de que tudo é contingente.
B
fundamentado no conceito de angústia, que deriva da consciência de que tudo é contingente.
C
denúncia da noção de má fé, que nos leva a admitir a existência de um ser necessário para aplacar o sentimento de angústia.
D
crítica à metafísica essencialista.
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UFU-MG 2018, UFU-MG 2018 - Filosofia

De acordo com o pensamento do filósofo Immanuel Kant (1724-1804), os juízos a priori são todos analíticos e os juízos a posteriori são todos sintéticos.

Assinale a alternativa que define corretamente as noções de juízo analítico e juízo sintético.

A
O juízo analítico é uma proposição que não pode ser pensada sem ser simultaneamente acompanhada de sua necessidade, já o juízo sintético não é uma proposição necessária.
B
No juízo analítico, o sujeito está contido no conceito do predicado, mas, no juízo sintético, o predicado advém da experiência.
C
No juízo analítico, o predicado pertence ao sujeito como algo que está contido nele, já no juízo sintético, o predicado está totalmente fora do conceito do sujeito.
D
O juízo analítico é uma proposição necessária, já no juízo sintético, o predicado vai além do conceito do sujeito, acrescentando algo a esse.
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UFU-MG 2018, UFU-MG 2018 - Filosofia

Na obra Discurso do método, o filósofo francês Renê Descartes descreve as quatro regras que, segundo ele, podem levar ao conhecimento de todas as coisas de que o espírito é capaz de conhecer.

Quanto a uma dessas regras, ele diz que se trata de “dividir cada dificuldade que examinasse em tantas partes quantas possíveis e necessárias para melhor resolvê-las”.

Descartes. Discurso do método,I-II, citado por: MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. Tradução de Marcus Penchel.

Essa regra, transcrita acima, é denominada

A
regra da análise.
B
regra da síntese.
C
regra da evidência.
D
regra da verificação.
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UFU-MG 2018, UFU-MG 2018 - Filosofia - Os Contratualistas (Hobbes, Locke e Rousseau), A Política

Com relação à noção de estado de natureza, que é o estado em que os seres humanos se achavam antes da formação da sociedade, podem-se identificar, na filosofia política moderna, três tendências:

1. Os seres humanos são naturalmente egoístas e, no estado de natureza, se achavam numa guerra de todos contra todos daí que, por medo uns dos outros, aceitam renunciar à liberdade e constituir um Soberano, o estado, que garanta a paz.
2. Não é por medo uns dos outros, e sim para garantir o direito à propriedade e à segurança que os seres humanos consentem em criar uma autoridade que possa tornar isso possível.
3. No estado de natureza, os seres humanos eram felizes e foi o advento da propriedade privada e da sociedade civil que tornou alguns escravos de outros.

Podem-se atribuir essas três concepções, respectivamente, a

A
Hobbes, Rousseau e Maquiavel.
B
Hobbes, Locke e Rousseau.
C
Maquiavel, Hobbes e Locke.
D
Rousseau, Maquiavel e Locke.
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UFU-MG 2018, UFU-MG 2018 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias

Agostinho, em Confissões, diz: “Mas após a leitura daqueles livros dos platônicos e de ser levado por eles a buscar a verdade incorpórea, percebi que ‘as perfeições invisíveis são visíveis em suas obras’ (Carta de Paulo aos Romanos, 1, 20)”.

Agostinho de Hipona. Confissões, livro VII, cap. 20, citado por: MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. Tradução do autor.

Nesse trecho, podemos perceber como Agostinho

A
se utilizou da Bíblia para conhecer melhor a filosofia platônica.
B
utiliza a filosofia platônica para refutar os textos bíblicos.
C
separa nitidamente os domínios da filosofia e da religião.
D
foi despertado para o conhecimento de Deus a partir da filosofia platônica.
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UFU-MG 2018, UFU-MG 2018 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga

Considere o seguinte texto do filósofo Heráclito (século VI a.C.).
“Para as almas, morrer é transformar-se em água; para a água, morrer é transformar-se em terra. Da terra, contudo, forma-se a água e da água, a alma”

Heráclito. Fragmentos, extraído de: MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. Tradução do autor.

Em relação ao excerto acima, podemos afirmar que ele ilustra

A
a concepção heraclitiana que valoriza a importância do movimento na descrição da realidade.
B
a concepção dialética do pensamento heraclitiano, segundo a qual o movimento é uma ilusão dos sentidos.
C
a concepção heraclitiana da realidade, segundo a qual a multiplicidade dos fenômenos subjaz uma realidade única.
D
o pensamento religioso de Heráclito, segundo o qual a morte é a libertação da alma.
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UFU-MG 2018, UFU-MG 2018 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

“O filósofo natural e o dialético darão definições diferentes para cada uma dessas afecções. Por exemplo, no caso da pergunta “O que é a raiva?”, o dialético dirá que se trata de um desejo de vingança, ou algo deste tipo; o filósofo natural dirá que se trata de um aquecimento do sangue ou de fluidos quentes do coração. Um explica segundo a matéria, o outro, segundo a forma e a definição. A definição é o “o que é” da coisa, mas, para existir, esta precisa da matéria.”

Aristóteles. Sobre a alma, I,1 403a 25-32. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2010.

Considerando-se o trecho acima, extraído da obra Sobre a Alma, de Aristóteles (384-322 a.C.), assinale a alternativa que nomeia corretamente a doutrina aristotélica em questão.

A
Teoria das categorias.
B
Teoria do ato-potência.
C
Teoria das causas.
D
Teoria do eudaimonismo.
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UFU-MG 2018, UFU-MG 2018 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

Considere o seguinte trecho

“No diálogo Mênon, Platão faz Sócrates sustentar que a virtude não pode ser ensinada, consistindo-se em algo que trazemos conosco desde o nascimento, defendendo uma concepção, segundo a qual temos em nós um conhecimento inato que se encontra obscurecido desde que a alma encarnou-se no corpo. O papel da filosofia é fazer-nos recordar deste conhecimento”

MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. p. 31.

Nesse trecho, o autor descreve o que ficou conhecido como

A
a teoria das ideias de Platão.
B
a doutrina da reminiscência de Platão.
C
a ironia socrática.
D
a dialética platônica.
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UFU-MG 2018, UFU-MG 2018 - Filosofia - Pensamentos Políticos - Karl Marx, A Política

Segundo Karl Marx (1818-1883), “não é a consciência dos homens que determina o seu ser; é o seu ser social que, inversamente, determina a sua consciência”.

Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: M. Fontes, 1977. p. 23.

Essa citação sintetiza o pensamento filosófico, político, histórico e econômico desse pensador, que se convencionou chamar de

A
Liberalismo de esquerda.
B
Idealismo dialético.
C
Atomismo econômico.
D
Materialismo histórico.
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UFU-MG 2018, UFU-MG 2018 - Filosofia - Conceitos Filosóficos, A Razão e seus Sentidos

“Pois pensar e ser é o mesmo”

Parmênides, Poema, fragmento 3, extraído de: Os filósofos pré-socráticos. Tradução de Gerd Bornheim. São Paulo: Cultrix, 1993.

A proposição acima é parte do poema de Parmênides, o fragmento 3. Considerando-se o que se sabe sobre esse filósofo, que viveu por volta do século VI a.C., assinale a afirmativa correta.

A
Para compreender a realidade, é preciso confiar inteiramente no que os nossos sentidos percebem.
B
O movimento é uma característica aparente das coisas, a verdadeira realidade está além dele.
C
O verdadeiro sentido da realidade só pode ser revelado pelos deuses para aqueles que eles escolhem.
D
Tudo o que pensamos deve existir em algum lugar do universo.