Na obra Discurso do método, o filósofo francês Renê Descartes descreve as quatro regras que, segundo ele, podem levar ao conhecimento de todas as coisas de que o espírito é capaz de conhecer.

Quanto a uma dessas regras, ele diz que se trata de “dividir cada dificuldade que examinasse em tantas partes quantas possíveis e necessárias para melhor resolvê-las”.

Descartes. Discurso do método,I-II, citado por: MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. Tradução de Marcus Penchel.

Essa regra, transcrita acima, é denominada

Alternativa correta: A - regra da análise

Tema central: trata-se do método cartesiano presente no Discurso do método (René Descartes, 1637). A questão exige reconhecer qual regra corresponde à ação de “dividir cada dificuldade ... em tantas partes quantas possíveis e necessárias”. Isso mobiliza conhecimentos básicos sobre as quatro regras cartesianas: evidência, análise, síntese e enumeração/verificação.

Resumo teórico: Descartes propõe um método para atingir conhecimento seguro, composto por regras. A análise consiste em decompor problemas complexos em partes menores e mais simples. A síntese é a operação complementar: recompor as partes em ordem crescente de complexidade para obter a solução total. A evidência refere-se à admissão apenas do que é claro e distinto; e verificação/enumeração aponta para checar e revisar o raciocínio.

Justificativa da alternativa A: o enunciado descreve exatamente a operação de decomposição de um problema — isto é a definição clássica de análise. Em textos cartesianos (Discourse on the Method, I–II) essa regra é explicitamente formulada como dividir as dificuldades para melhor resolução.

Análise das alternativas incorretas:

• B — Síntese: incorreta porque síntese é a fase de reconstrução, não de dividir. Confundir as duas é a armadilha mais comum.
• C — Evidência: trata da clareza e distintividade das ideias — admitir só o que é evidente — não envolve dividir problemas.
• D — Verificação: verificação/enumeração refere-se à revisão e conferência final do raciocínio, não à decomposição inicial.

Dica de prova: ao interpretar enunciados, destaque verbos-chave (aqui: “dividir”) e relacione-os com termos técnicos. Quando duas alternativas (análise/síntese) parecem similares, identifique se a operação é de decompor (análise) ou recompor (síntese).

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