Questõesde UFAC 2008
Assinale a alternativa abaixo que possui o tipo de bioma caracterizado por possuir arbustos e árvores de pequeno porte, além de gramíneas, o qual é encontrado na Ásia, na Austrália, na África e nas Américas. Vale ressaltar que no Brasil há um tipo de campo semelhante ao referido bioma, conhecido como cerrado.
Quando a personagem pensa nas crianças e nos homens grandes com fome, há uma reversão de perspectiva de sentimentos em relação àquele universo que acaba lhe subindo uma náusea na garganta e a moral do Jardim Botânico se torna outra. Depois de uma série de novas percepções espantosas, ela termina com uma sentença terrível: “O jardim era tão bonito que ela teve medo do Inferno.” Desta maneira, fica estabelecido no fragmento que a personagem terá de:
Nos animais vertebrados, durante o estágio de nêurula, ocorrem vários eventos importantes, destacando-se o grande desenvolvimento do mesoderma, que passa a preencher todos os espaços entre o ectoderma e o endoderma. O mesoderma localizado ao longo do dorso do embrião envolve completamente o tubo nervoso e a notocorda, e se divide em blocos, denominados:
As algas microscópicas que flutuam nas camadas superiores da águas dos lagos e mares, fazem parte da comunidade aquática denominada plâncton. Essas algas constituem o plâncton fotossintetizante ou fitoplâncton. A vida nos mares depende das algas do fitoplâncton, constituído principalmente por:
Os seres vivos necessitam de diversos tipos de sais minerais para o funcionamento eficaz das células. Na espécie humana, por exemplo, os íons de cálcio, dentre outras funções, participam da:
Na espécie humana, durante o desenvolvimento embrionário ocorrem 3 (três) fenômenos celulares fundamentais. Assinale a alternativa que possui a seqüência correta de ocorrência desses fenômenos, da esquerda para a direita.
As células acinosas do pâncreas produzem enzimas digestivas através do retículo endoplasmático rugoso, cujas enzimas são aprimoradas e empacotadas no complexo de Golgi, em forma de vesículas ou grânulos. No momento que o pâncreas recebe um “sinal” que há alimento para ser digerido, essas vesículas repletas de enzimas digestivas aproximam-se da membrana plasmática, fundem-se a ela e eliminam seu conteúdo para o meio extracelular. Nesse contexto, indique a alternativa que possui a região da célula pancreática onde ocorre a eliminação do referido conteúdo enzimático.
Indique qual dos hormônios abaixo atua como inibidor do crescimento das plantas e fecha os estômatos na ausência de água.
A variedade folclórica descrita em Macunaíma propõe o reconhecimento de um Brasil ainda em formação, por meio de um personagem que se tornará símbolo, em nossa literatura, de um processo do qual:
Ao experimentar novas técnicas narrativas, Machado de Assis, em Memórias póstumas de Brás Cubas, estabelece um campo de observação privilegiado que dá ao narrador uma sintonia nervosa em relação ao leitor, isto porque:
Em “...o mundo era tão rico que apodrecia.”, a antítese revela uma extraordinária capacidade de percepção da personagem porque:
Nas sentenças “Os troncos eram percorridos por parasitas folhudos, o abraço era macio, colado. Como repulsa que precedesse uma entrega – era fascinante, a mulher tinha nojo, e era fascinante”, o travessão encerra uma relação íntima com a natureza ao mesmo tempo assustadora, já que ela:
Quando o narrador descreve as percepções da personagem e seqüencia três sentenças conclusivas de um estado de espírito (A crueza do mundo era tranqüila. O assassinato era profundo. E a morte não era o que pensávamos), o verbo “ser” funciona como:
Observe o fragmento abaixo de um conto de Clarice Lispector:
“Nas árvores as frutas eram pretas, doces como mel. Havia no chão caroços secos cheios de circunvoluções, como pequenos cérebros apodrecidos. O banco estava manchado de sucos roxos. Com suavidade intensa rumorejavam as águas. No tronco da árvore pregavam-se as luxuosas patas de uma aranha. A crueza do mundo era tranqüila. O assassinato era profundo. E a morte não era o que pensávamos. Ao mesmo tempo que imaginário – era um mundo de se comer com os dentes, um mundo de volumosas dálias e tulipas. Os troncos eram percorridos por parasitas folhudos, o abraço era macio, colado. Como a repulsa que precedesse uma entrega – era fascinante, a mulher tinha nojo, e era fascinante. As árvores estavam carregadas, o mundo era tão rico que apodrecia. Quando Ana pensou que havia crianças e homens grandes com fome, a náusea subiu-lhe à garganta, como se ela estivesse grávida e abandonada. A moral do jardim era outra. Agora que o cego a guiara até ele, estremecia nos primeiros passos de um mundo faiscante, sombrio, onde vitórias-régias boiavam monstruosas. As pequenas flores espalhadas na relva não lhe pareciam amarelas ou rosadas, mas cor de mau ouro e escarlates. A decomposição era profunda, perfumada... Mas todas as pesadas coisas, ela via com a cabeça rodeada por um enxame de insetos, enviados pela vida mais fina do mundo. A brisa se insinuava entre as flores. Ana mais adivinhava que sentia o seu cheio adocicado...
O jardim era tão bonito que ela teve medo do Inferno.” (LISPECTOR, C. Amor. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. P. 25)
A personagem Ana, uma dona de casa comum, tem um momento privilegiado de revelação quando desce errado do ponto e acaba indo parar quase sem querer no Jardim Botânico. Neste momento, várias imagens vão configurando um universo de sensações inesperadas em contato com uma natureza que sempre esteve no mesmo lugar. Por que agora a percepção desse mundo se torna diferente?
“Nas árvores as frutas eram pretas, doces como mel. Havia no chão caroços secos cheios de circunvoluções, como pequenos cérebros apodrecidos. O banco estava manchado de sucos roxos. Com suavidade intensa rumorejavam as águas. No tronco da árvore pregavam-se as luxuosas patas de uma aranha. A crueza do mundo era tranqüila. O assassinato era profundo. E a morte não era o que pensávamos. Ao mesmo tempo que imaginário – era um mundo de se comer com os dentes, um mundo de volumosas dálias e tulipas. Os troncos eram percorridos por parasitas folhudos, o abraço era macio, colado. Como a repulsa que precedesse uma entrega – era fascinante, a mulher tinha nojo, e era fascinante. As árvores estavam carregadas, o mundo era tão rico que apodrecia. Quando Ana pensou que havia crianças e homens grandes com fome, a náusea subiu-lhe à garganta, como se ela estivesse grávida e abandonada. A moral do jardim era outra. Agora que o cego a guiara até ele, estremecia nos primeiros passos de um mundo faiscante, sombrio, onde vitórias-régias boiavam monstruosas. As pequenas flores espalhadas na relva não lhe pareciam amarelas ou rosadas, mas cor de mau ouro e escarlates. A decomposição era profunda, perfumada... Mas todas as pesadas coisas, ela via com a cabeça rodeada por um enxame de insetos, enviados pela vida mais fina do mundo. A brisa se insinuava entre as flores. Ana mais adivinhava que sentia o seu cheio adocicado...
O jardim era tão bonito que ela teve medo do Inferno.” (LISPECTOR, C. Amor. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. P. 25)
A personagem Ana, uma dona de casa comum, tem um momento privilegiado de revelação quando desce errado do ponto e acaba indo parar quase sem querer no Jardim Botânico. Neste momento, várias imagens vão configurando um universo de sensações inesperadas em contato com uma natureza que sempre esteve no mesmo lugar. Por que agora a percepção desse mundo se torna diferente?
A poesia de Carlos Drummond de Andrade se caracterizou desde o início por uma postura de deslocamento em relação ao mundo. No poema “José”, é inevitável a percepção de um esgotamento, de uma finitude de valores vivida ao extremo (E agora José?), porque nesse caso:
Em Seringal, de Miguel Ferrante, a narrativa se constitui, dentro de uma tradição regionalista amazônica, por meio de vários painéis que procuram reproduzir uma espécie de momento heróico de ocupação no momento do predomínio da monocultura da borracha. Esses personagens acabam de alguma maneira reduzidos na sua configuração psicológica porque:
O narrador em Vidas secas praticamente desaparece num meio descrito em sua crueza e realismo, sujeitando os personagens a seguir uma espécie de destino inexorável, mas que justamente, por outro lado, não perde de vista a condição humana que se debate num ambiente hostil. Poderíamos afirmar que:
Em “...ficou claro que o dinheiro lhe fora entregue em troca da concessão de diversos aumentos no preço das passagens municipais de ônibus”, as duas orações estão direcionadas a termos acessórios que praticamente complementam o sentido da frase, isso porque:
Observe o parágrafo abaixo:
“O ex-prefeito de Juiz de Fora Carlos Alberto
Bejani é mesmo um fenômeno. Em pleno Brasil do
ano de 2008, onde tão pouca gente chega a se meter
em algum problema mais sério, de verdade, por
cometer atos de delinqüência na vida pública, ele
conseguiu ser preso duas vezes seguidas, entre abril
e junho. Para começar, deixou-se pegar em
flagrante, naquele tipo de cena que hoje em dia se
tornou um clássico da nossa política: recebendo
pacotes de dinheiro vivo, em valor um pouco acima
de 1,1 milhão de reais, numa gravação com imagem
e som. Ficou catorze dias na cadeia e foi solto, como
acontece sempre: e, como acontece sempre, tudo
deveria ir acabando por aí. Neste caso, porém, nem
mesmo a incomparável proteção que as leis e a
justiça brasileira oferecem a gente como o exprefeito foi suficiente para mantê-lo solto. O
documento que ele apresentou para justificar a
origem do dinheiro – a já tradicional venda de uma
‘fazenda’, variante da venda de bois, cavalos etc. –
foi considerado falso. Diante de sua absoluta falta de
cuidado com o que dizia enquanto era gravado,
ficou claro que o dinheiro lhe fora entregue em troca
da concessão de diversos aumentos no preço das
passagens municipais de ônibus. Contra todas as
expectativas, o homem teve de voltar ao presídio.”
(GUZZO, J. R. Agravo x embargo. Veja, São Paulo,
25 jun. 2008. Seções, p. 140)
O autor utiliza um recurso de repetição no meio do parágrafo (como acontece sempre) que enfatiza um aspecto importante para o reforço da idéia a ser desenvolvida. Isso demonstra, na seqüência, que ele:
Observe o parágrafo abaixo:
“O ex-prefeito de Juiz de Fora Carlos Alberto
Bejani é mesmo um fenômeno. Em pleno Brasil do
ano de 2008, onde tão pouca gente chega a se meter
em algum problema mais sério, de verdade, por
cometer atos de delinqüência na vida pública, ele
conseguiu ser preso duas vezes seguidas, entre abril
e junho. Para começar, deixou-se pegar em
flagrante, naquele tipo de cena que hoje em dia se
tornou um clássico da nossa política: recebendo
pacotes de dinheiro vivo, em valor um pouco acima
de 1,1 milhão de reais, numa gravação com imagem
e som. Ficou catorze dias na cadeia e foi solto, como
acontece sempre: e, como acontece sempre, tudo
deveria ir acabando por aí. Neste caso, porém, nem
mesmo a incomparável proteção que as leis e a
justiça brasileira oferecem a gente como o exprefeito foi suficiente para mantê-lo solto. O
documento que ele apresentou para justificar a
origem do dinheiro – a já tradicional venda de uma
‘fazenda’, variante da venda de bois, cavalos etc. –
foi considerado falso. Diante de sua absoluta falta de
cuidado com o que dizia enquanto era gravado,
ficou claro que o dinheiro lhe fora entregue em troca
da concessão de diversos aumentos no preço das
passagens municipais de ônibus. Contra todas as
expectativas, o homem teve de voltar ao presídio.”
(GUZZO, J. R. Agravo x embargo. Veja, São Paulo,
25 jun. 2008. Seções, p. 140)
O autor utiliza um recurso de repetição no meio do parágrafo (como acontece sempre) que enfatiza um aspecto importante para o reforço da idéia a ser desenvolvida. Isso demonstra, na seqüência, que ele: