Questõessobre Cultura e identidade nacional
O poema canta a aceitação de uma visão de alguém que
adquiriu hábitos e formação para dividir bens e produtos com
seus semelhantes. É alguém que recebeu uma educação que
o identifica com os outros. Dessa forma, pode-se considerar
que é pelo hábito e pela educação que um povo constrói
O poema canta a aceitação de uma visão de alguém que
adquiriu hábitos e formação para dividir bens e produtos com
seus semelhantes. É alguém que recebeu uma educação que
o identifica com os outros. Dessa forma, pode-se considerar
que é pelo hábito e pela educação que um povo constrói
O modo de vida de muitos povos resulta da fusão de outros modos de vida, isto é,
de culturas de outros povos que, por alguma circunstância, entraram em contato
entre si. O processo de fusão de culturas em contato através da troca de seus
padrões e da influência mútua é denominado, em Sociologia, de aculturação ou
transculturação. (NOVA, Sebastião Vila. Introdução à Sociologia. São Paulo:
Atlas, 1999 – texto adaptado).
Sobre aculturação, com base no texto acima, é correto afirmar:
Por herança social, se pode entender:
O conjunto de todas as formas de cultura e valores,
como língua, costumes, tradições e formas de
organização, que determinada comunidade herda e
aceita das gerações que a precederam, designa-se,
em Sociologia por:
Sobre as religiões brasileiras, assinale a alternativa INCORRETA.
O frevo é uma forma de expressão musical,
coreográfica e poética, enraizada no Recife e em Olinda,
no estado de Pernambuco. O frevo é formado pela
grande mescla de gêneros musicais, danças, capoeira
e artesanato. É uma das mais ricas expressões da
inventividade e capacidade de realização popular na
cultura brasileira. Possui a capacidade de promover a
criatividade humana e também o respeito à diversidade
cultural. No ano de 2012, a Unesco proclamou o frevo
como Patrimônio Imaterial da Humanidade.
PORTAL BRASIL. Disponível em: www.brasil.gov.br.
Acesso em: 10 fev. 2013.
A característica da manifestação cultural descrita que
justifica a sua condição de Patrimônio Imaterial da
Humanidade é a
Leia o texto a seguir.
Há muitos anos você anda em círculos
Já não lembra de onde foi que partiu
Tantos desejos soprados pelo vento
Se espatifaram quando o vento sumiu
Você cruzou todas as fronteiras
Não sabe mais de que lado ficou
E ainda tenta e ainda procura
Por um tempo que faz tempo passou
Se você correu, correu, correu tanto
E não chegou a lugar nenhum
Baby oh Baby bem vinda ao Século XXI
(Adaptado de: SEIXAS, R.; NOVA, M. Século XXI – 1989.)
A letra da música, ao evocar as incertezas que acompanham o indivíduo com a virada do século XX
para o século XXI, chama a atenção para a importância da temática da identidade no debate sociológico
contemporâneo.
Com base no texto e nos conhecimentos sociológicos sobre a constituição de identidades socioculturais
na pós-modernidade, assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir.
Há muitos anos você anda em círculos
Já não lembra de onde foi que partiu
Tantos desejos soprados pelo vento
Se espatifaram quando o vento sumiu
Você cruzou todas as fronteiras
Não sabe mais de que lado ficou
E ainda tenta e ainda procura
Por um tempo que faz tempo passou
Se você correu, correu, correu tanto
E não chegou a lugar nenhum
Baby oh Baby bem vinda ao Século XXI
(Adaptado de: SEIXAS, R.; NOVA, M. Século XXI – 1989.)
A letra da música, ao evocar as incertezas que acompanham o indivíduo com a virada do século XX para o século XXI, chama a atenção para a importância da temática da identidade no debate sociológico contemporâneo. Com base no texto e nos conhecimentos sociológicos sobre a constituição de identidades socioculturais na pós-modernidade, assinale a alternativa correta.
Autor brasileiro que entendia a construção do Brasil como a
fusão de raças, regiões, culturas e grupos sociais decorrentes
da formação colonial, em que os negros e mestiços teriam
papel fundamental na formação da identidade cultural do povo.
Essa referência identifica
Quer um conselho? Vá conhecer alguma coisa da
terra e deixe os homens em paz... Os homens mudam,
a terra é inalterável. Vá por aí dentro, embrenhe-se pelo
interior e observe alguma coisa de proveitoso. Aqui na
capital só encontrará casas mais altas, ruas mais cheias
e coisas parecidas ao que de igual existe em todas as
cidades modernas. Mas ao contato com a terra você
sentirá o que não pode sentir nas avenidas asfaltadas.
LOBATO, M. Lobatiana: meio ambiente. São Paulo: Brasiliense, 1985.
O texto literário evidencia uma percepção dual sobre a
cidade e o campo, fundamentada na ideia de
Quer um conselho? Vá conhecer alguma coisa da terra e deixe os homens em paz... Os homens mudam, a terra é inalterável. Vá por aí dentro, embrenhe-se pelo interior e observe alguma coisa de proveitoso. Aqui na capital só encontrará casas mais altas, ruas mais cheias e coisas parecidas ao que de igual existe em todas as cidades modernas. Mas ao contato com a terra você sentirá o que não pode sentir nas avenidas asfaltadas.
LOBATO, M. Lobatiana: meio ambiente. São Paulo: Brasiliense, 1985.
O texto literário evidencia uma percepção dual sobre a cidade e o campo, fundamentada na ideia de
Sobre a questão do etnocentrismo, Roque de Barros Laraia escreve que “o fato de o indivíduo ver o mundo através de sua cultura
tem como consequência a propensão em considerar o seu modo de vida mais correto e o mais natural. Tal tendência, denominada
etnocentrismo, é responsável em seus casos extremos pela ocorrência de numerosos conflitos sociais. O etnocentrismo, de fato, é
um fenômeno universal. É comum a crença de que a própria sociedade é o centro da humanidade, ou mesmo sua única expressão.
[...] A dicotomia ‘nós e os outros’ expressa em níveis diferentes essa tendência. Dentro de uma mesma sociedade, a divisão ocorre
sob a mesma forma de parentes e não parentes. Os primeiros são melhores por definição e recebem um tratamento diferenciado.
[...] Comportamentos etnocêntricos resultam também em apreciações negativas dos padrões culturais de povos diferentes. Práticas
de outros sistemas culturais são catalogadas como absurdas, deprimentes e imorais”.
(LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2001, p. 73-74.)
Em resumo, Laraia tenta nos mostrar que:
Sobre a questão do etnocentrismo, Roque de Barros Laraia escreve que “o fato de o indivíduo ver o mundo através de sua cultura tem como consequência a propensão em considerar o seu modo de vida mais correto e o mais natural. Tal tendência, denominada etnocentrismo, é responsável em seus casos extremos pela ocorrência de numerosos conflitos sociais. O etnocentrismo, de fato, é um fenômeno universal. É comum a crença de que a própria sociedade é o centro da humanidade, ou mesmo sua única expressão. [...] A dicotomia ‘nós e os outros’ expressa em níveis diferentes essa tendência. Dentro de uma mesma sociedade, a divisão ocorre sob a mesma forma de parentes e não parentes. Os primeiros são melhores por definição e recebem um tratamento diferenciado. [...] Comportamentos etnocêntricos resultam também em apreciações negativas dos padrões culturais de povos diferentes. Práticas de outros sistemas culturais são catalogadas como absurdas, deprimentes e imorais”.
(LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2001, p. 73-74.)
Em resumo, Laraia tenta nos mostrar que:
Quando de longe observamos o mundo árabe e o mundo judeu, vemos o contraste entre
duas religiões – a judaica, baseada no Tanakh (da qual a Torá é parte) e a muçulmana, baseada
no Alcorão ou no Corão. Menos comum é vermos as semelhanças tal como o ritual de circuncisão
masculina que, em ambas as religiões, se realiza a partir dos oito dias de vida e representa o pacto
entre Deus e os homens.
Por isso, entre sistemas com diferenças, também pode haver semelhanças e, para abarcar
essa dupla realidade, as Ciências Sociais criaram o conceito de
Quando de longe observamos o mundo árabe e o mundo judeu, vemos o contraste entre duas religiões – a judaica, baseada no Tanakh (da qual a Torá é parte) e a muçulmana, baseada no Alcorão ou no Corão. Menos comum é vermos as semelhanças tal como o ritual de circuncisão masculina que, em ambas as religiões, se realiza a partir dos oito dias de vida e representa o pacto entre Deus e os homens.
Por isso, entre sistemas com diferenças, também pode haver semelhanças e, para abarcar essa dupla realidade, as Ciências Sociais criaram o conceito de
Texto 1
O fato de a exposição Queermuseu ter sofrido uma série
de retaliações de setores fascistas e reacionários do Brasil,
conhecidos por suas posições homofóbicas, racistas e classistas,
faz com que seja importante trazer outras camadas
para esse debate. Os ataques à mostra se deram não somente
na internet, mas também na própria exposição – onde
o público visitante era constrangido com a presença de manifestantes
a favor do fechamento da exposição.
(Tiago Sant’Ana. “‘Queermuseu’: a apropriação que acabou em censura”.
Le Monde Diplomatique, 18.09.2017. Adaptado.)
Texto 2
A diretora Daniela Thomas apresentou seu filme,
Vazante, que fala sobre escravidão, no Festival de Brasília
do Cinema Brasileiro. Ela foi duramente questionada no
debate a partir de questões que não falam de aspectos
estéticos propriamente, mas sobre procedimentos escolhidos
para fazer a obra: “você não incluiu pessoas negras
na produção, você não teve consultoria de negros para o
roteiro”. Chegou-se a sugerir que Daniela não exibisse o
filme comercialmente, que ele não fosse colocado nas salas
de cinema. A censura está muito presente e ela não é
só uma vontade ou um movimento que parte do ponto de
vista da direita, mas também da esquerda.
(Rodrigo Cássio. “Conversa entre professores: a censura não tem lado”.
www.adufg.org.br, 09.11.2017. Adaptado.)
A partir da análise dos textos 1 e 2, depreende-se que ambos
os acontecimentos
Texto 1
O fato de a exposição Queermuseu ter sofrido uma série de retaliações de setores fascistas e reacionários do Brasil, conhecidos por suas posições homofóbicas, racistas e classistas, faz com que seja importante trazer outras camadas para esse debate. Os ataques à mostra se deram não somente na internet, mas também na própria exposição – onde o público visitante era constrangido com a presença de manifestantes a favor do fechamento da exposição.
(Tiago Sant’Ana. “‘Queermuseu’: a apropriação que acabou em censura”. Le Monde Diplomatique, 18.09.2017. Adaptado.)
Texto 2
A diretora Daniela Thomas apresentou seu filme, Vazante, que fala sobre escravidão, no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Ela foi duramente questionada no debate a partir de questões que não falam de aspectos estéticos propriamente, mas sobre procedimentos escolhidos para fazer a obra: “você não incluiu pessoas negras na produção, você não teve consultoria de negros para o roteiro”. Chegou-se a sugerir que Daniela não exibisse o filme comercialmente, que ele não fosse colocado nas salas de cinema. A censura está muito presente e ela não é só uma vontade ou um movimento que parte do ponto de vista da direita, mas também da esquerda.
(Rodrigo Cássio. “Conversa entre professores: a censura não tem lado”. www.adufg.org.br, 09.11.2017. Adaptado.)
A partir da análise dos textos 1 e 2, depreende-se que ambos
os acontecimentos
“Cultura é uma perspectiva do mundo que as pessoas passam a ter em comum quando interagem. É aquilo sobreo que as pessoas acabam por concordar, seu consenso, sua realidade em comum, suas ideias compartilhadas”.CHARON, Joel. Sociologia. São Paulo: Saraiva, 2004. p. 103.
Com base na afirmativa acima, é CORRETO afirmar:
Com base na afirmativa acima, é CORRETO afirmar:
Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de pioneiros e empresários, que tampouco
desenvolvera uma fineza de sentido para os desvios espirituais. Todos são livres para dançar e para se divertir, do
mesmo modo que, desde a neutralização histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras
seitas. Mas a liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela-se em todos os
setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa.
ADORNO, T; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é um(a)
Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de pioneiros e empresários, que tampouco desenvolvera uma fineza de sentido para os desvios espirituais. Todos são livres para dançar e para se divertir, do mesmo modo que, desde a neutralização histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela-se em todos os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa.
ADORNO, T; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é um(a)
O texto chama a atenção para a importância da proteção
de bens que, como aquele apresentado na imagem, se
identificam como:
TEXTO II
A eleição dos novos bens, ou melhor, de novas formas de se conceber a condição do patrimônio cultural nacional, também permite que diferentes grupos sociais, utilizando as leis do Estado e o apoio de especialistas, revejam as imagens e alegorias do seu passado, do que querem guardar e definir como próprio e identitário.
ABREU, M.; SOIHET, R.; GONTIJO, R. (Org.). Cultura política e leituras do passado:
historiografia e ensino de história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.
Opinião
Podem me prender
Podem me bater
Podem até deixar-me sem comer
Que eu não mudo de opinião.
Aqui do morro eu não saio não
Aqui do morro eu não saio não.
Se não tem água
Eu furo um poço
Se não tem carne
Eu compro um osso e ponho na sopa
E deixa andar, deixa andar...
Falem de mim
Quem quiserfalar
Aqui eu não pago aluguel
Se eu morreramanhã seu doutor,
Estou pertinho do céu
Zé Ketti.Opinião. Disponívelem: http:/www.mpbnet.com.br.
Acesso em: 28 abr.2010
Essa música fez parte de um importante espetáculo teatral que estreou no ano de 1964, no Rio de Janeiro. O papel exercido pela Música Popular Brasileira (MPB) nesse contexto, evidenciado pela letra de música citada, foi o de
Podem me prender
Podem me bater
Podem até deixar-me sem comer
Que eu não mudo de opinião.
Aqui do morro eu não saio não
Aqui do morro eu não saio não.
Se não tem água
Eu furo um poço
Se não tem carne
Eu compro um osso e ponho na sopa
E deixa andar, deixa andar...
Falem de mim
Quem quiserfalar
Aqui eu não pago aluguel
Se eu morreramanhã seu doutor,
Estou pertinho do céu
Zé Ketti.Opinião. Disponívelem: http:/www.mpbnet.com.br.
Acesso em: 28 abr.2010
Essa música fez parte de um importante espetáculo teatral que estreou no ano de 1964, no Rio de Janeiro. O papel exercido pela Música Popular Brasileira (MPB) nesse contexto, evidenciado pela letra de música citada, foi o de
O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas. [...] Entretanto, toda essa aparência de cansaço ilude. Nada é mais surpreendedor do que vê-la desaparecer de improviso. Naquela organização combalida, operam-se, em segundos, transmutações completas. Basta o aparecimento de qualquer incidente exigindo-lhe o desencadear das energias adormecidas. O homem transfigura-se.
Empertiga-se, estadeando novos relevos, novas linhas na estatura e no gesto; e a cabeça firma-se- lhe, alta, sobre os ombros possantes aclarada pelo olhar desassombrado e forte; e corrigem-se-lhe, prestes, numa descarga nervosa instantânea, todos os efeitos do relaxamento habitual dos órgãos; e da figura vulgar do tabaréu canhestro reponta, inesperadamente, o aspecto dominador de um titã acobreado e potente, num desdobramento surpreendente de força e agilidade extraordinárias. (CUNHA, 2001, p. 207-208).
Sobre a obra da qual foi extraído o fragmento em evidência, muito conhecida pela análise histórica que faz sobre a Guerra de Canudos (1987), mas que realiza um grande exame sobre a terra e o homem do Nordeste, através de uma ótica permeada pelo positivismo, é correto afirmar:
Empertiga-se, estadeando novos relevos, novas linhas na estatura e no gesto; e a cabeça firma-se- lhe, alta, sobre os ombros possantes aclarada pelo olhar desassombrado e forte; e corrigem-se-lhe, prestes, numa descarga nervosa instantânea, todos os efeitos do relaxamento habitual dos órgãos; e da figura vulgar do tabaréu canhestro reponta, inesperadamente, o aspecto dominador de um titã acobreado e potente, num desdobramento surpreendente de força e agilidade extraordinárias. (CUNHA, 2001, p. 207-208).
Sobre a obra da qual foi extraído o fragmento em evidência, muito conhecida pela análise histórica que faz sobre a Guerra de Canudos (1987), mas que realiza um grande exame sobre a terra e o homem do Nordeste, através de uma ótica permeada pelo positivismo, é correto afirmar: